1 / 60

Infecções do Trato Respiratório

Infecções do Trato Respiratório. Michelle Zicker Junho/2011. Caso clínico 1. Homem, 45 anos chega ao PS apresentando febre, cefaleia, mialgia, coriza abundante e tosse seca com início há 72 horas.

lassie
Download Presentation

Infecções do Trato Respiratório

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Infecções do Trato Respiratório Michelle Zicker Junho/2011

  2. Caso clínico 1 • Homem, 45 anos chega ao PS apresentando febre, cefaleia, mialgia, coriza abundante e tosse seca com início há 72 horas. • EF: REG, febril (Tax 39oC), FC 100 bpm, PA 130/76 FR 28 irpm, sat O2 93%, sibilos nas bases pulmonares. • OBS: terceiro paciente com queixas semelhantes naquela noite.

  3. Caso clínico 1 • Plantonista faz as hipóteses: • IVAS viral • Sinusite bacteriana aguda – cefaleia. • Não quis descartar pneumonia bacteriana, pois o paciente apresenta-se com febre alta.

  4. Caso clínico 1 • Plantonista solicita: • Hemograma • Radiografia de tórax • Teste rápido para Influenza na secreção nasal.

  5. Caso clínico 1 • Resultados... • Hemograma: • Hb 14,1 g/dL • Leucócitos 5900, sem desvio à esquerda • Plaquetas: 162 000 • Radiografia de tórax: S/ALTERAÇÕES • Teste rápido para Influenza: POSITIVO

  6. Influenza • Doença respiratória aguda, auto-limitada • Ocorre em epidemias regionais, 8-10 semanas, sazonais (inverno) • A cada 10 anos mudanças antigênicas → expansão global → pandemias • Alta taxa de ataque • Aumento da mortalidade

  7. Influenza • Transmissão: • Gotículas • Aerossóis gerados por tosse e espirros • Três gêneros: • A – mudança antigênica contínua • B • C – raramente causa doença em humanos

  8. Influenza • Desnudamento de toda mucosa por lise e liberação viral • Supressão da quimiotaxia de neutrófilos • Aumento da aderência bacteriana Risco de pneumonia secundária 7-14 dias após a infecção!

  9. Influenza • Quadro clínico: • Sintomas não específicos para estabelecer diagnóstico definitivo. • Pista: apresentação de casos semelhantes (Taxa de ataque > 50%). • Maior taxa de infecção em crianças e adultos jovens • Ausência de imunidade por exposição • Maior morbidade em crianças pequenas, idosos e doentes crônicos

  10. Influenza • Mais comum: febre alta, calafrios, tosse, cefaleia e mialgia • Dor de garganta • Lacrimejamento • Coriza abundante • Dor de ouvido • Rouquidão • Cansaço • Dor torácica

  11. Influenza • Exacerbação de doenças crônicas: • Asma e DPOC • Tosse persistente por meses • Insuficiência cardíaca • ↑ mortalidade cardiovascular: pico de incidência de AVC e IAM coincide com a epidemia

  12. Influenza • Complicações infecciosas • ¾ das mortes atribuídas ao Influenza • Infecção bacteriana • Idosos e pacientes com doenças metabólicas ou cardio-pulmonares crônicas • Reaparecimento de febre, aparecimento de tosse produtiva ou dor torácica após 7-14 dias do quadro agudo

  13. Influenza • Complicações infecciosas: • Agentes mais comuns: Streptococcus pneumoniae, Haemophilusinfluenzaee Staphylococcus aureus. • Diagnóstico • Teste rápido • Influenza A e B • Diferencia Influenza de outros vírus e de infecção bacteriana → evita uso desnecessário de ATB e permite início das medidas de controle

  14. Influenza • Diagnóstico: • Outros: cultura viral, PCR, sorologia • HMG, perfil metabólico, cultura de escarro e HMC → casos complicados ou com diagnóstico incerto

  15. Influenza • Manejo: • Pacientes saudáveis, +48h de sintomas: • Sintomáticos: antitérmicos, analgésicos, descongestionantes • Pacientes com -48h de sintomas podem ser candidatos a terapia antiviral: • Redução da duração da doença em 1,5 dia • Não previne pneumonia ou hospitalização por Influenza • Oseltamivir 75 mg 12/12 h por 5 dias

  16. Influenza • Prevenção: • Pacientes internados: precauções respiratórias por 7 dias a partir do início dos sintomas ou 24h após o fim dos sintomas respiratórios. (CDC) • Vacina: • Estimular a vacinação nos grupos indicados em todas as oportunidades. • Até 70% dos pacientes com complicações por Influenza passaram por médicos por outras razões no período de vacinação.

  17. Influenza • Indicações: • Pessoas > 60 anos • Crianças de 6 meses – 2 anos • Profissionais da saúde • Pacientes com doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares, diabetes, asplenia funcional ou anatômica, hepatopatas • TOS, TMO, HIV/AIDS • Imunodeficiência congênita • Doadores de órgãos e medula cadastrados • Comunicantes domiciliares de imunodeprimidos • Pessoas com fibrose cística, trissomias e implante coclear • Doenças neurológicas incapacitantes • Usuários crônicos de aspirina

  18. Caso clínico 1 • Paciente recebeu nebulização com B2-agonista + antitérmico no PS • Prescrita a mesma medicação para casa + descongestionante • Orientado a fazer repouso relativo e ingerir bastante líquido • Retornar ao PS se sintomas por > 7 dias ou piora clínica

  19. Caso clínico 2 • Mulher, 35 anos vem ao PS apresentando 3 dias de cafaleia frontal, mialgia, dor de garganta e secreção nasal que mudou de cor branca→ amarela nas últimas 24 horas. HP alergias ocasionais • EF: BEG, afebril, voz anasalada, secreção purulenta nasal visível à D, orofaringe hiperemiada; FC 78bpm; PA 110/80; FR 16 irpm, Sat O2 98%;

  20. Caso clínico 2 • Plantonista faz a hipótese diagnóstica de sinusite bacteriana aguda • Prescreve amoxicilina por 14 dias • Libera a paciente.

  21. Sinusite aguda • Definições: • Processo inflamatório que pode envolver as membranas mucosas da cavidade nasal, seios paranasais e líquidos cavitários. • Aguda: até 4 semanas de sintomas • Crônica: > 12 semanas

  22. Sinusite aguda Pacientes com sintomas sinusais Rinosinusite aguda Rinosinusite infecciosa aguda Rinosisnusite bacteriana aguda

  23. Sinusite aguda • Causas: • Fatores do hospedeiro • Rinite alérgica • Anormalidades anatômicas • Neoplasias • Fibrose cística • Síndrome dos cílios imóveis • Fatores externos • Infecções bacterianas, virais e fúngicas • Tabagismo • Exposição ocupacional

  24. Sinusite aguda • Sinusite bacteriana aguda: • Infecção viral aguda: • Obstrução dos óstios de drenagem dos seios • Distúrbio dos mecanismos de clearence de muco • Condições predisponentes: rinite alérgica, anormalidades anatômicas (pólipos nasais, desvio de septo)

  25. Sinusite aguda • Sinusite bacteriana aguda: • Aspiração do seio maxilar de 383 pacientes com sinusite comunitária: • Crescimento de bactéria em 59% • Streptococcus pneumoniae 41% • Haemophilus influenzae 35% • Anaeróbios: 7% • Outros: Moraxella catarrhalis, S. aureus e outras espécies de estreptococos Gwaltney JM et al. J Allergy Clin Immunol 1992;90: 457-461

  26. Sinusite aguda • Fungos: • Suspeitar em imunossuprimidos: • TOS • Neoplasias hematológicas • Neutropenia • AIDS avançado • Diabetes

  27. Sinusite aguda • Quadro clínico: • Dor/pressão facial • Obstrução nasal • ↓ olfato • Secreção nasal • Gotejamento nasal posterior • Espirros • Cefaleia • Dor maxilar • Febre

  28. Sinusite aguda • Complicações: • Celulite periorbitária (eritema, edema, febre e toxemia) • Tromboflebite séptica do seio cavernoso • Meningite • Empiema subdural • Abscesso cerebral

  29. Sinusite aguda Diante de um paciente com sinusite aguda: Esse paciente se beneficiaria com o uso de antibióticos?

  30. Sinusite aguda Esse paciente tem sinusite aguda? Se sim, trata-se de uma infecção bacteriana?

  31. Sinusite aguda • Diagnóstico da sinusite bacteriana aguda: • Padrão ouro: punção dos seios paranasais com cultura • Tecnicamente difícil • Desconfortável • Cara Utilidade no PS??? Nenhum estudo comparou prospectivamente sinais e sintomas com o padrão ouro!

  32. Sinusite aguda • Williams et al, prospectivamente: • 247 pacientes com sintomas de sinusite • Registrou presença ou ausência de 16 itens da história médica + 5 itens de exame físico • Comparou com os resultado do RX de seios da face em 4 posições • 5 fatores, em conjunto, preditores de RX alterado • Nenhum fator isoladamente teve poder discriminatório Williams et al. Ann Intern Med 1992; 117:705-710.

  33. Sinusite aguda

  34. Sinusite aguda • Hansen et al: • 147 pacientes com suspeita • TC seios da face • Se alterada → punção e aspiração do seio paranasal • Diagnóstico se aspirado purulento ou mucopurulento • 70% submetida a punção • 53% receberam o diagnóstico Hansen et al. BMJ 1995;311:233-236.

  35. Sinusite aguda • Exame de imagem: • Engels et al em meta-análise: • Performance do RX seios da face depende da definição de alteração: • “Opacidade” ou “líquido”: S73% e E80% • “Líquido no seio” ou opacificação ou espessamento de membrana: S90% e E61% • “Opacificação”: S41% e E85% Engels EA et al. J Clin Epidemiol 2000; 53: 852-862

  36. Sinusite aguda • Tratamento: • Sintomáticos: • Descongestionante oral x nasal • Anti-histamínico • Anti-inflamatórios • AINE • Corticoide intranasal • ATB: • Efeitos adversos • Custo • Emergência de resistência

  37. Sinusite aguda • Antibioticoterapia: • Duas meta-análises com resultados semelhantes: • Grupo placebo: 2/3 com cura ou melhora, sem complicações bacterianas • ATB reduz o risco de insucesso no tto em 46% • 8 tratamentos para prevenir 1 insucesso

  38. Sinusite aguda Qual ATB escolher? • Preferir o menor espectro: • Evidência: Amoxicilina, SMX-TMP, eritromicina = azitromicina, cefalosporinas, levofloxacina, amoxicilina-clavulanato • Escolha deve abranger os agentes mais frequentes: S. pneumoniae e H. influenzae

  39. Sinusite aguda Ação sobre Antimicrobiano Pneumococo H.influenzae M.catarrhalis Anaeróbios Ampicilina +++ + + +/- Amoxicilina +++ + + +/- Cefaclor ++ ++ +++ +/- Azitromicina +++ +++ +++ +/- SMX-TMP + + +++ +/- Levofloxacina +++ +++ +++ + Amoxicilina clavulanato +++ +++ +++ +++ Sultamicilina +++ +++ +++ +++

  40. Sinusite aguda • Duração do tto: • Maxilar: 5 a 7 dias • Demais 7 a 10 dias

  41. Sinusite aguda • Recomendações: • Imagem não é recomendada nos casos não complicados: • Imagem não é superior ao exame clínico • Na ausência de forte evidência clinica: a duração da doença é útil: Sinusite bacteriana é incomum em pacientes com menos de 7 dias de sintomas!!!

  42. Sinusite aguda • Recomendações: • Sinusite bacteriana aguda leve ou moderada não precisa de ATB: • Sintomáticos! • Devem receber ATB: • Sintomas graves • Persistência de sintomas moderados (> 7 dias) e sinais específicos de sinusite bacteriana aguda.

  43. Caso clínico 3 • Homem, 35 anos, queixa falta de ar. Há 2 dias com febre e calafrios. Apresenta tosse e expectoração esverdeada e fadiga. • EF: alerta e orientado; PA 142/90; FC 113 bpm; FR 24 irpm; Tax 39oC; Sat 95%; MVF com estertores no 1/3 inferior do HTXD

  44. Caso clínico 3 • Plantonista faz as seguintes hipóteses: • IVAS • Pneumonia • Sinusite bacteriana aguda • Solicitou: • RX tórax • Hemograma, bioquímica • Gasometria arterial

  45. Caso clínico 3

  46. Pneumonia comunitária • Definição: em pacientes NÃO hospitalizados ou institucionalizados 14 dias antes do início dos sintomas. Sintomas de doença do trato respiratório baixo (tosse) + Pelo menos um sintoma sistêmico (dispnéia, febre, calafrios, mialgia, alteração neurológica (no idoso) + Pelo menos um dos dados abaixo: • Sinais focais de pneumonia à ausculta • Alteração radiológica (opacidade) nova na radiografia de tórax sem outra explicação • Ausência de outra explicação para a doença

  47. Pneumonia comunitária • Ocorre: • Aspiração de secreção orofaríngea • Via hematogênica (endocardite D) • Inalação de aerossóis (TB ou Legionella) • Contiguidade (abscesso hepático)

  48. Pneumonia comunitária

  49. Pneumonia comunitária

  50. Pneumonia comunitária • Exames recomendados • Radiografia de tórax PA e perfil • Exames desejáveis • Hemograma • Oximetria de pulso • Gasometria arterial se oximetria alterada • Exames adicionais • De acordo com características clínicas e história do paciente

More Related