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Ciência, Tecnologia e Inovação: Conceitos e Discussões

Ciência, Tecnologia e Sociedade. Ciência, Tecnologia e Inovação: Conceitos e Discussões. Aspectos a serem discutidos. Definições sobre Ciência e Tecnologia e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Crítica e proposição à visão reducionista e simplista das relações entre CTS

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Ciência, Tecnologia e Inovação: Conceitos e Discussões

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Presentation Transcript


  1. Ciência, Tecnologia e Sociedade Ciência, Tecnologia e Inovação: Conceitos e Discussões

  2. Aspectos a serem discutidos • Definições sobre Ciência e Tecnologia e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) • Crítica e proposição à visão reducionista e simplista das relações entre CTS • O conceito de inovação

  3. Família Frascati • Manual de Frascati – método normalizado para levantamento de dados para estudos sobre P&D; 1963 (1a. edição), 1994 (5a. edição); • Manual TBP - método normalizado para compilação e interpretação de dados sobre balanço de pagamentos tecnológicos (OCDE, 1990); • Manual de Oslo – compilação e interpretação de dados sobre inovação tecnológica; 1992 (1a. ed.), 1996 (2a. ed.), 2004 (trad. português); • Manual de patentes – utilização de dados de patentes como indicadores de C&T (1994); • Manual de Canberra – medição sobre recursos humanos dedicados à C&T (1995).

  4. Qual a sua importância? • Permitem, entre outros, comparações internacionais entre nações; • Subsídios para políticas públicas e para estratégias de empresas privadas; • Entretanto: • Necessidade de levantamento sistemático dos indicadores; • Países menos desenvolvidos – pouco levantamento e indicadores de C&T, P&D, inovação etc. – dificulta trabalhos comparativos; Ex.:RICYT/OEA/CYTED (algumas séries) • Brasil • algumas iniciativas esparsas • avanço com publicações da Fapesp • Idem com a Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica – PINTEC (IBGE, Finep)

  5. Conceitos e Definições

  6. A Ciência e seus conceitos • “Criação, descoberta, verificação, colação [validação], reorganização e disseminação do conhecimento sobre a natureza física, biológica e social” (Kline e Rosenberg, 1986) • Não é neutra, despossuída de valores, pois • é gerada em contextos históricos e sociais; • reflete, portanto, as relações sociais em suas formas organizativas, em seu conteúdo, em suas formas teóricas e cognitivas de seu desenvolvimento. • Produtos: artigos e publicações científicas, ...

  7. A Tecnologia e seus produtos • Conjunto de conhecimentos, ferramentas, técnicas, equipamentos ou métodos para o desenho, produção e distribuição de bens e serviços (Martínez, 1998). • Possibilita a transformação da matéria-prima em produto; possibilita o aumento da capacidade do homem. • Também não é neutra: • reflete e é determinada tanto pelas relações técnicas de produção como pelas relações sociais de produção.

  8. A Tecnologia e seus produtos • Há várias “classificações”: • tradicional / moderna, • endógena / exógena, • incorporada / desincorporada, • intensiva em mão-de-obra ou em capital ou em conhecimento, poupadora de energia... • Como se apropriar da tecnologia: • patentes (parte codificável da tecnologia) • segredo • know how (caráter tácito)

  9. Atividades de Ciência e Tecnologia “Esforço sistemático, diretamente relacionado com a geração, avanço, disseminação e aplicação do conhecimentocientífico e técnico em todos os campos da Ciência e da Tecnologia”. Até finais do séc. XIX: • fraca ligação entre Ciência e Tecnologia. Século XX: • “crescente cientificação da tecnologia e da produção”(E. Martínez & M. Albornoz) • “cada vez mais,ciência derivada da tecnologia” (Stokes, 1997-2005:43)

  10. Atividades de Ciência e Tecnologia Atividades de C&T incluem: - atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e - treinamento e educação técnica e científica; e serviços científicos e tecnológicos = Atividades Científicas e Técnicas Correlatas (ACTC)  metrologia, certificação, normatização, registro de patente, ensaios, levantamento de dados, apoio a museus e bibliotecas, entre vários outros (MCT, 2001:16).

  11. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) • “Compreendem o trabalho criativo levado a cabo de forma sistemática para incrementar o volume dos conhecimentos humanos, culturais e sociais e o uso destes conhecimentos para a obtenção de novas aplicações”(Manual Frascati)

  12. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) • Pesquisa básica: trabalhos experimentais ou teóricos que se empreendem fundamentalmente para obter novos conhecimentos acerca dos fundamentos dos fenômenos e fatos observáveis, sem pensar em dar-lhes uma aplicação ou utilização determinada.

  13. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) • Pesquisa aplicada: consiste também em trabalhos originais realizados para adquirir novos conhecimentos, mas agora dirigidos fundamentalmente a um objetivo prático específico.

  14. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) • Desenvolvimento experimental: consiste em trabalhos sistemáticosbaseados nos conhecimentos existentes, derivados da pesquisa e/ou da experiência prática, dirigidos à produção de novos materiais, produtos ou dispositivos; para o estabelecimento de novos processos, sistemas e serviços; ou à melhora substancial dos já existentes.(ver parágrafo 112, MF)

  15. Mas, • é muito difícil distinguir as atividades de pesquisa básica e aplicada – “progressos fundamentais freqüentemente ocorrem enquanto se está trabalhando com problemas práticos ou aplicados” (N. Rosenberg, 1982/2006, p. 227)* • O uso de um produto/tecnologia permite melhorias com base científica, pois permite identificar lacunas, problemas, novos usos, efeitos inesperados etc. (N. R., p. 231) • Vamos voltar a essa discussão adiante....

  16. Os limites da P&D (1) • O critério que permite distinguir P&D de atividades afins é a existência de um elemento apreciável de novidade e a resolução de uma incerteza científica e/ou tecnológica. • Ou seja, atividade de P&D  quando a solução de um problema não é evidente para alguém que está atento para o conjunto de conhecimento e técnicas básicas habitualmente utilizadas.

  17. Os limites da P&D (2) • A motivação de uma determinada atividade pode levar ou não a classificar tal atividade como sendo ou não de P&D. • Portanto, fronteiras entre: P&D e ensino e formação P&D e atividades afins de C&T P&D e outras atividades industriais P&D e administração e outras atividades de apoio.

  18. Reflexões sobre o processo de desenvolvimento do conhecimento, sua aplicação e as relações entre C,T&I e Sociedade

  19. Crítica: adotar uma ótica linear do processo de desenvolvimento da P&D: numa só direção, instantâneo, sem feed backs pesquisa básica  pesquisa aplicada  desenvolvimento experimental  inovação (de produto e/ou processo) Grande influência do Relatório Vannevar Bush, pós IIa Guerra Mundial. “A partir dessas definições fica claro que cada um dos sucessivos estágios depende do estágio precedente” (NSF, 1952, apud Stokes, 1997-2005:27-28-29)

  20. Críticas e outros aspectos a considerar (2) • Em relação à concepção sequencial, linear do processo de inovação • “Como se a ciência fosse exógena à tecnologia, sem se importar quão múltiplos e indiretos possam ser os caminhos que as ligam” (Stokes, p. 42) Pesquisa básica  Pesquisa aplicada  desenvolvimento experimental  inovação (de produto e/ou processo)

  21. Modelo interativo de Inovação: oportunidades de mercado, base do conhecimentos e capacidades da empresa(Kline e Rosenberg) • Dentro da empresa: percepção do mercado, via feedbacks (C) • Relação usuário-fornecedor: learning by using – inovações incrementais (f ) e (F) • Envolve o sistema de pesquisa, a empresa e o conhecimento externo (K)  idéia de estoque de conhecimento (o qual pode não ser suficiente, 1 e 2) • Empresa “coloca” perguntas ao sistema de pesquisa (R) (3 e 4) e a pesquisa permite uma invenção (ex: eletricidade) • Feedbacks entre a esfera produtiva e o sistema de pesquisa (I)

  22. Críticas e outros aspectos a considerar (3) • Crítica em relação à separação institucional: • dois primeiros momentos seriam realizados por universidades e IPPs e dois últimos por empresas. • Crítica: sinais do mercado são importantes para o desenvolvimento econômico • ou seja, a seqüência inversa também é importante e é real  aspecto fortemente discutido por N. Rosenberg.

  23. Outros aspectos a considerar (4) • As relações não são lineares, nem únicas, nem de um só tipo. Ex.: os trabalhos de Pasteur - estudos sobre doenças infecciosas e sobre fermentação  permitiram o desenvolvimento de medicamentos, de procedimentos... Novos conceitos: • pesquisa básica orientada pesquisa na área genética, na área farmacêutica ... Pois são cada vez mais tênues e não claras as fronteiras entre os diferentes estágios de desenvolvimento da pesquisa.

  24. Sugestão: O Quadrante de Pasteur - Stokes

  25. Reflexão - Quão exógena é a ciência?(N. Rosenberg, 1982/2006) • A institucionalização da ciência via desenvolvimento e progresso econômico • Preocupação: como a agenda da Ciência é formulada nas sociedades industriais avançadas • longe de se constituírem forças exógenas à arena econômica, o conteúdo e o direcionamento dos empreendimentos científicos são fortemente modelados por considerações tecnológicas, incrustadas na estrutura das sociedades industriais (p. 11)

  26. Reflexão - Quão exógena é a ciência?(N. Rosenberg, 1982/2006) • “O crescimento do conhecimento é muito mais cumulativo e interativo do que se percebe - especialmente se ele é pensado como se acontecesse de um só golpe, com o novo conhecimento conduzindo a aplicações tecnológicas”(p. 232) • Mesmo quando um avanço tecnológico é precedido por alguma pesquisa básica, é com o estabelecimento de uma vinculação palpável ente T e C que a pesquisa se intensifica (p. 235)

  27. O que significa isso? 1 • “... É comum olhar a causalidade como atuando exclusivamente no sentido da ciência para a tecnologia e pensar a tecnologia como se fosse redutível à simples aplicação dos conhecimentos científicos pré-existentes ...” (p. 218) • Mas a própria tecnologia é um corpo de conhecimentos ....! (ver p. 219) • “a falta de entendimento científico não precisa ser, e felizmente com freqüência não é, um obstáculo intransponível (para o avanço tecnológico)”. Ex.: metalurgia (o tecnologista “chegou lá antes”); o transistor, final anos 40, e tantos outros...

  28. O que significa isso? 2 • Conseqüência – o progresso tecnológico desempenha papel importante na formulação da agenda subseqüente da ciência. Ex.: aeronáutica e o turbojato

  29. INOVAÇÃO

  30. Inovação - Manual de Oslo • É a introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente ou contendo alguma característica nova e diferente da até então em vigor. • “A primeira aplicação comercial da C&T”  ver • A exigência mínima é que o produto/processo/método/sistema deva ser novo ou substancialmente melhorado para a empresa em relação a seus competidores

  31. Uma redefinição para inovação(um pouco do M. Oslo e um pouco de outras coisas mais) • É o processo de criação e apropriação social (via mercado ou não) de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente ou contendo alguma característica nova e diferente da até então em vigor.

  32. Inovação - Nova definição do Manual de Oslo (2004) • É a implementação de um produto (bem ou serviço) ou processo novo ou significativamente melhorado, um novo método de mercado – marketing, ou um novo método organizacional, nas práticas de negócios, organização do local de trabalho ou relações externas para a empresa. • Quatro tipos de Inovações são designados: Inovação de Produto; Inovação de Processo, Inovação de Marketing e Inovação Organizacional

  33. Inovação Tecnológica de Produtos e Processos (TPP) • Considera-se que uma inovação tecnológica foi implementada se foi introduzida no mercado (inovação de produto) ou se foi usada dentro de um processo produtivo (inovação de processo). • A empresa inovadora em TPP é a que, durante o período analisado, implementou produtos ou processos tecnologicamente novos ou com alto grau de melhoria técnica.

  34. Principais componentes da inovação TPP (1) 1. Inovação em tecnologia de produtos: • comporta bens e serviços; • produtos tecnologicamente novos (inovações de produto de caráter essencial) • produtos tecnologicamente melhorados (inovações de produto de caráter incremental) • Ex.: viodeocassete; substituição de metais por plástico 2. Inovação em tecnologia de processos: • é a adoção de métodos de produção novos ou substantivamente melhorados, incluindo-se métodos de entrega de produtos. • pode envolver mudanças de equipamento, RH, métodos de trabalho ou uma combinação destes.

  35. Principais componentes da inovação TPP (2) 3. Difusão de inovações TPP - ocorre quando se introduz, pela primeira vez, um produto ou processo novo ou melhorado; - dá-se em 3 âmbitos: máximo (novo para o mundo), intermediário (novo para o país ou região) e mínimo (novo para a empresa ou instituição). 4. Não são inovações TPP - inovação organizacional (ex.: norma de qualidade) - outros tipos de mudanças de produtos ou processos que: não têm grau suficiente de novidade; apresentam somente melhoria estética; serve para aumento de capacidade produtiva; produção cíclica – moda; diferenciação de produto (depende); ...

  36. Inovação é um jogo coletivo e tem pressupostos Diferentes atores sociais envolvidos Diferentes sistemas P&D C&T INOVAÇÃO PUSH & PULL* *nem só technology/science push, nem só demand pull (Stokes, p. 40-1)

  37. Por natureza, uma lógica coletiva desenho e pesquisa desenvolvimento experimental TIB, PI, certificação, testes, etc. Melhorias Financiamento Scaling up Lançamento Comercialização Distribuição exportação Manutenção, assistência técnica Produção

  38. Finalmente • Esses são alguns dos conceitos básicos necessários para uma melhor compreensão das discussões que serão feitas nesta disciplina. • Até a próxima semana!

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