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Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras

Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras. Apresentação baseada na obra “História do Brasil” de Boris Fausto Professor Rafael Ávila. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras. Períodos históricos nacionais: I) Brasil Colonial (1500-1822) Descobrimento e Extrativismo

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Presentation Transcript


  1. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Apresentação baseada na obra “História do Brasil” de Boris Fausto Professor Rafael Ávila

  2. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Períodos históricos nacionais: I) Brasil Colonial (1500-1822) • Descobrimento e Extrativismo • Início da Colonização – Capitanias Hereditárias e Sesmarias • Empresa Canavieira • Colonização do Interior [Pecuária] • Período do Ouro • Vice Reinado

  3. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras II) Brasil Império (1822-1889) • Dom Pedro I • Período Regencial • Dom Pedro II III) República Velha (1889-1930) IV) Estado Getulista (1930-1945) • Revolução de 1930 • Estado Novo

  4. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras V) Período Democrático (1945-1964) VI) Período Militar (1964-1985) VII) Transição Democrática (1985-)

  5. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Guerra dos Palmares Período Histórico: Séculos XVII e XVIII Atores Envolvidos: Negros fugidos dos engenhos de açúcar Palco dos Enfrentamentos: Serra da Barriga [região de Alagoas] Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: Época das invasões holandesas (1624-1625) e (1630-1654). Devido às invasões holandesas, algumas regiões brasileiras estavam sem controle colonial e em caos. Aproveitando desta situação, vários negros cativos conseguiram escapar das fazendas.

  6. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Estima-se que chegou-se a ter 20 mil escravos fugidos na região dos Palmares. Com a expulsão dos holandeses, passou a haver carência de mão-de-obra nos engenhos. Com isto, começou os assédios à região dos quilombos. Foram necessárias 18 expedições para erradicar o Quilombo dos Palmares. Mesmo o líder do quilombo sendo envenenado [Ganga Zona], seu sobrinho, Zumbi, prosseguiu a resistência.

  7. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Em 1695, Zumbi foi morto. A partir daí, Domingues Jorge Velho, com mais 6 mil homens, começaram a destruir o quilombo. Somente em 1710, todo o território foi reconquistado. Guerra dos Mascates Período Histórico: 1710-1711 Atores Envolvidos: Movimento nativista [Senhores de terra e de engenhos contra comerciantes portugueses do Recife] Palco dos Enfrentamentos: Pernambuco [Recife e Olinda] Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: Crise do Açúcar Nordestino

  8. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Problemas de dívida entre os latifundiários e senhores de engenho contraídas junto aos comerciantes portugueses [Mascates] Com a expulsão dos holandeses e o declínio dos preços do açúcar, especialmente em virtude da concorrência com as Antilhas, uma crise se instaurou na região. Os comerciantes de Recife pediram a emancipação da comarca de Recife, ligada diretamente à Olinda. Os olindenses se endividaram cada vez mais com os mascates. As rivalidades entre estes dois lados culminaram na perseguição dos mascates de Recife. A Metrópole interveio e elevou Recife a capital de Pernambuco. Com isso, ficou um sentimento de rixa entre as duas partes.

  9. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Aos poucos, os senhores de terra foram nutrindo sentimentos “nacionalistas” contra os portugueses, que irá insuflar outros choques posteriores [Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador). Inconfidência Mineira Período Histórico: 1789 Atores Envolvidos : Figuras da classe abastada de Minas gerais, excetuando-se Tiradentes. Palco dos Conflitos: Minas Gerais [Ouro Preto] Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: Crise da “produção” de ouro e possibilidade de decretação da Derrama

  10. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras O excessivo controle fiscal sobre a região de Minas gerais, a sobretaxa sobre os produtos vindos da capital e a proibição de atividades fabris e artesanais na região, gerou revolta entre os locais. A diminuição da produção de ouro não foi compreendida pela Coroa que estava prestes a decretar a Derrama. Membros da classe mais abastada de Minas Gerais começou a conspirar. A idéia republicana começou a se fortalecer entre os conspiradores. Antes que pudessem iniciar o movimento, os conspiradores foram delatados. Os líderes foram presos e enviados para o Rio de Janeiro, onde foram julgados. Somente Tiradentes foi executado (1792).

  11. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates Período Histórico: 1798 Atores Envolvidos: Movimento emancipatório, liderado por alfaiates e outros. Palco dos Enfrentamentos: Bahia Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: Insurgência de caráter popular, ao contrário da Inconfidência Mineira. Pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário, além da constituição de uma República. Porém, a questão mais relevante era luta contra os altos impostos e a impossibilidade de ascensão social. Problemas de carestia e falta de gêneros alimentícios se tornaram comuns em Salvador. Muitas idéias nativistas e nacionalistas começaram a infiltrar na sociedade, bem como nos quartéis.

  12. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Ideais da Revolução Francesa, da Inconfidência Mineira e da Guerra de Independência dos Estados Unidos da América alimentaram o ideário baiano. As idéias eram divulgadas por meio de panfletos. Alguns panfletários acabaram presos por autoridades e delataram os demais. Dos presos, quatro foram condenados à morte, alguns foram expulsos e outros pagaram com chibatadas. Revolução Pernambucana Período Histórico: 1817 Atores Envolvidos: Também conhecida como “Revolução dos Padres”. Domingos José Martins, Antônio Carlos de Andrada e Silva e Frei Caneca. Palco dos Conflitos: Pernambuco

  13. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Contexto Histórico: e Dinâmica dos Enfrentamentos: Insurgência contra a Coroa devido ao isolamento do Nordeste brasileiro. A instalação e a permanência da família real no Brasil aumentou o poder daqueles próximos à capital. Em contra-partida, no Nordeste, a situação era o contrário. Os nordestinos eram, de certa forma, obrigados a sustentá-los. A reforma do exército, com a chegada da corte, favorecia os de origem portuguesa. A crise açucareira e algodoeira, mais o aumento do número de impostos, prejudicavam ainda mais a situação. Revoltosos chegaram a tomar o poder e instalar a República.

  14. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras No poder, aboliram alguns impostos e elaboraram uma constituição. Foram dominados e só não acabaram mortos por um ato de clemência de Dom João VI. Confederação do Equador Período Histórico: 1824 Atores Envolvidos: Nativos brasileiros. Movimento emancipatório de caráter republicano Palco dos Enfrentamentos: Nordeste Contexto Histórico e Dinâmica dos Conflitos: Reação contra o absolutismo de Dom Pedro I e sua política centralizadora.

  15. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Pode-se dizer que este conflito foi decorrência da Guerra dos Mascates. Foi ainda conseqüência dos privilégios dados aos portugueses por Dom Pedro I. Os nativos brasileiros se revoltaram e compuseram um governo nacional a partir de Pernambuco. As crises do algodão e do açúcar também motivaram a rebelião. Os pernambucanos esperavam que a primeira constituição de Dom Pedro I fosse federalista, ou seja, desse maior autonomia às províncias. Dissidências entre os revoltosos começaram a parecer. A idéia pregada por alguns de libertar escravos fez outros negociarem com o governo imperial. O governo enviou forças mercenárias que foram dominando outras regiões até o controle total. Seus líderes foram enforcados, exceto Frei Caneca, que foi fuzilado (arcabuz).

  16. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Farroupilha Período Histórico: 1835-1845 Atores Envolvidos: Bento Gonçalves, Garibaldi, Davi Canabarro, Antônio de Souza Neto. Palco dos Conflitos: Rio Grande do Sul Contexto Histórico: As idéias de autonomia e federalismo encantavam a elite brasileira e ganhavam força na província de Rio Grande de São Pedro do Sul. A distância do poder central, a condição de produtor de alimentos, os elevados impostos pagos ao império e a recente vivência de guerras, impulsionaram o estado gaúcho a não aceitar a submissão que lhe era imposta. A elite rural gaúcha cansada dos desmandos do centro do país e do descaso político, se rebela.

  17. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Após diversas batalhas, que ocasionaram ora sucesso aos rebelados, ora sucesso ao exército imperial, a revolta se mantém viva. Os revoltosos proclamam a República Rio-Grandense, com Bento Gonçalves sendo o presidente, mesmo estando preso no Rio de Janeiro. Outros líderes, tais como Garibaldi , Antônio Souza e Davi Canabarro, proclamam a formação das repúblicas catarinense e juliana. A mobilização de quase 1/3 das forças imperiais para combater a revolta, acaba por levá-los à rendição em março de 1845. As forças imperiais, lideradas por Caxias, e as forças farroupilhas assinam a “Paz de Ponche Verde”, decretando o fim dos conflitos.

  18. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Cabanagem Período Histórico: 1835-1840 Atores Envolvidos: Elementos da classe média e alta da região, entre os quais se destacam o nome do padre João Batista Gonçalves Campos e do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio. Local do Conflito: Pará Contexto Histórico: Negros e índios se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará. Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder.

  19. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras A elite fazendeira do Grão-Pará, embora com melhores condições, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste. Em julho de 1831, estourou uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará, tendo Batista Campos sido preso como uma das lideranças implicadas. A indignação do povo cresceu e, em 1833, já se falava em criar uma federação. Eduardo Angelim, representante do movimento, assumiu a presidência. Durante 10 meses, a elite se viu atemorizada pelo controle cabano sobre a província do Grão-Pará. A falta de um projeto com medidas concretas para a consolidação do governo rebelde, provocaram seu enfraquecimento. Diante da vitória das forças de Angelim, o império reagiu mas os cabanos insurgentes escapavam.

  20. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Angelim foi capturado. A cabanagem, porém, não acabou com sua prisão.Os cabanos lutaram até 1840 [internados na selva], até serem literalmente exterminados; nações indígenas foram chacinadas; os murá e os mauê praticamente desapareceram. Balaiada Período Histórico: 1838-1840 Atores Envolvidos: Balaio, Cosme e seguidores Palco dos Enfrentamentos: Maranhão Contexto Histórico e Dinâmica dos Conflitos:

  21. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Contrário ao poder e aos aristocratas rurais que, até então, dominavam aquela região. Após algumas conquistas dos balaios, como a tomada de Caxias e a organização de um Junta Provisória, o governo uniu tropas de diferentes províncias para atacá-los. Contudo, os balaios venceram alguns combates. Outros líderes, como, por exemplo, o Coronel Luís Alves de Lima e Silva também entrou em combate com os revoltosos. Entretanto, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, se rendeu. Após a morte de Balaio Cosme [ex-escravo e um dos principais chefes dos balaios], a força dos balaios começou a diminuir, até que, em 1840, um grande número de balaios rendeu-se diante da concessão de anistia.

  22. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Pouco depois, todos os outros revoltosos se renderam. Com a completa queda dos balaios, Cosme foi enforcado. Sabinada Período Histórico:1837-1838 Atores Envolvidos: Setores das camadas médias urbanas – comerciantes, profissionais liberais e oficiais militares. Palco dos Enfrentamentos Bahia Contexto Histórico e Dinâmica dos Conflitos: O conflito se estabeleceu em torno da questão da centralização monárquica e do federalismo republicano. O movimento aproveitou a reação popular contra o recrutamento militar imposto pelo Governo Imperial, liderado pelo médico e jornalista Francisco Sabino Vieira.

  23. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Após dominar alguns quartéis em Salvador, os rebeldes não lograram obter a adesão dos senhores de terra do Recôncavo, nem encontraram apoio significativo junto à população escrava, permanecendo restritos aos limites urbanos da cidade, bloqueada. Sem maior apoio popular, sua repressão foi facilitada, que cercou a capital em uma operação combinada, terrestre e marítima. Insurreição Praieira Período Histórico: 1848-1850 Atores Envolvidos: Nativos Palco dos Enfrentamentos Pernambuco Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: A Insurreição tinha caráter liberal e separatista. Os insurretos lutavam contra o absolutismo de Dom Pedro II, a falta de independência política e por um reformismo radical.

  24. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Lutavam contra a constituição de 1824. Queriam acabar com o Poder Moderador e com o Senado vitalício, além de promover a liberdade de imprensa. A Insurreição está inserida no contexto das revoluções socialistas e nacionalistas que varreram a Europa neste período. A destituição de um presidente da província levou à revolta. Os revoltosos marcharam de Olinda à Recife. Incluíam-se pessoas de todas as categorias. As forças rebeldes foram derrotadas e a região foi pacificada. Os líderes mais ricos foram julgados e depois anistiados. Os mais pobres foram, alguns fuzilados, alguns anistiados. Foi uma das últimas revoltas de Pernambuco.

  25. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Guerra do Paraguai Período Histórico: 1864-1870 Atores envolvidos: Brasil, Argentina, Uruguai [Colorados de Flores] versus Paraguai e uruguaios [Brancos de Aguirre] Palco dos Enfrentamentos Vários Contexto Histórico: e Dinâmica do Conflito: Brasil, preocupado com a instabilidade política interna do Uruguai, resolveu interferir no país. Os constantes conflitos no Uruguai poderiam desencadear uma nova Farroupilha e isso fez Dom Pedro II reagir. O Paraguai declarou guerra ao Brasil. Paraguai era um potência sul-americana. O Brasil temia que as revoltas uruguaias refletissem na região sul. Após tirar Aguirre do poder, colocando Flores em seu lugar, o Paraguai declarou guerra ao Brasil e tomou navios brasileiros.

  26. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Depois, invadiu a Argentina e mesmo o Brasil [atual território do Mato Grosso do Sul]. O exército paraguaio era inicialmente maior e mais bem equipado. Após a Batalha Naval do Riachuelo a guerra passou a pender para o lado da Tríplice Aliança. O Brasil enviou 160 mil soldados, sendo que 50 mil não voltaram. O Paraguai, que havia crescido significativamente no governo Solano Lopes, foi arruinado. A Batalha do Riachuelo foi um dos turningpoints da guerra. Após o controle da invasão paraguaia, o Brasil invadiu o vizinho, comandado pelo General Osório. Posteriormente, Duque de Caxias assumiria o comando das forças brasileiras, conquistando Humaitá e depois caindo sobre Assunção. Na “Dezembrada”, Caxias obteve uma série de vitórias, inclusive na Batalha de Itororó. As forças brasileiras ainda perseguiram as forças de Solano por muito tempo.

  27. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Guerra de Canudos Período Histórico: 1896-1897 Atores Envolvidos: Comunidade de Canudos, forças estaduais baianas e forças federais. Palco do Conflito: Bahia Contexto Histórico: Movimento de fundo sócio-religioso. Período marcado por graves crises econômicas e sociais, especialmente relativas aos latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego. Eles não eram contra a República, mas questionavam alguns impostos cobrados pelo governo. No Brasil, a República estava recém-instaurada. Muitos acusaram os canudos de serem pró-monarquistas, a serviço de potências estrangeiras.

  28. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras A questão toda envolvia, de fato, busca por uma qualidade de vida melhor. A figura de Antônio Conselheiro desagradava o comando da Igreja pois ele seria uma espécie de rival. Conselheiro não era monarquista mas acreditava que a República e um governo laico seria uma profanação da autoridade da Igreja. Casamento civil, separação da Igreja do Estado, a cobrança de impostos de forma violenta, tudo isso era exemplo da proximidade do "fim do mundo". As perseguições e lutas contra os Canudos teve como desfecho o assassinato de 6 mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas. Tropas estaduais e depois federais tentaram por diversas vezes tomar a cidade. Somente na quarta expedição que as tropas federais conseguiram esmagar a resistência. Conselheiro foi morto e sua cabeça cortada à faca. No total, foram mobilizados quase dez mil soldados para lidar com a insurreição. Calcula-se que morreram 25 mil pessoas neste conflito.

  29. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Revolução Federalista Período Histórico: 1893-1895 Atores Envolvidos: Federalistas versus Legalistas ou Governistas Palco dos Conflitos: Sul do Brasil [Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina] Histórico do Conflito: Buscou-se a autonomia federal frente ao poder central. Opôs o Partido Federalista [Maragatos] contra os partidários do governo [Pica-paus ou Chimangos]. Forças federalistas exigiam a saída de Castilho, eleito pelo voto direto, e realização de um plebiscito onde o povo deveria decidir sobre a forma de governo. Lutaram contra os legalistas, de sul ao norte [até Curitiba e o desterro, posteriormente denominada Florianópolis} A revolução ficou conhecida como guerra da degola. As tropas federais só venceram no governo de Prudente de Morais.

  30. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Revolta da Armada Período Histórico: 1893-1894 Atores Envolvidos: Unidades da marinha contra o marechal Floriano Peixoto Palco dos Enfrentamentos: Rio de Janeiro e sul do país Contexto Histórico e Dinâmica do Conflito: Lutaram contra uma espécie de golpe dado por Floriano Peixoto. Os marinheiros se sentiam desprestigiados no novo governo republicano. O fechamento do Congresso por Deodoro e a violação dos princípios constitucionais levou ao levante de unidades da marinha que começaram a bombardear a partir da Baía de Guanabara. Para evitar uma guerra civil, Deodoro renunciou. Floriano assumiu ignorando a exigência constitucional de eleições se o presidente anterior não tivesse cumprido 2 anos de mandato.

  31. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Os navios então se deslocaram para o sul, tentando articular com os federalistas do sul. As forças revoltosas não conseguiram fazer a articulação de modo que se renderam sem obter nenhuma concessão. Revolta da Vacina Período Histórico: 1904 Atores Envolvidos: Povo, Positivistas e Cadetes da Escola Militar Palco dos Enfrentamentos: Rio de Janeiro Dinâmica do Conflito: Problemas de infra-estrutura, superpopulação, doenças espalhando pela cidade e carestia afetavam a vida da população. Oswaldo Cruz criou uma força de agentes sanitários para combater os problemas de saúde pública que podiam invadir casas para matar mosquitos e ratos.

  32. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Nos processos de vacinação, os agentes sanitários eram acusados de empregar excesso de força. A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio [16 de Novembro]. A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre. Revolta da Chibata Período Histórico: 22 a 27 de novembro de 1910 Atores Envolvidos: Marinheiros Palco dos Conflitos: Rio de Janeiro

  33. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Revolta planejada por 2 anos e que culminou no motim de 1910. Os castigos físicos, abolidos na Marinha do Brasil um dia após a proclamação da República, foram restabelecidos no ano seguinte (1890). Os marinheiros nacionais, quase todos negros ou mulatos, comandados por uma oficialidade branca, em contato cotidiano com as marinhas de países mais desenvolvidos na época, não podiam deixar de notar que as mesmas não adotavam este tipo de punição em suas belonaves, considerada degradante. O governo do presidente Hermes da Fonseca declarou aceitar as reivindicações dos amotinados, abolindo os castigos físicos e anistiando os revoltosos que se entregassem. Entretanto, dois dias mais tardes (28 de novembro), alguns marinheiros foram expulsos da marinha, sob a acusação de “inconveniente à disciplina”

  34. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Guerra do Contestado Período Histórico: Outubro de 1912 a agosto de 1916 Atores Envolvidos: população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro Palco do Conflito: região rica em erva-mate e madeira pretendida pelo Paraná e Santa Catarina. Dinâmica do Conflito: Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava uma guerra santa. Diversos conflitos travados entre grupos que protagonizaram uma guerra que teve origem em conflitos sociais, fruto de desmandos, em especial no tocante à regularização de terras por parte dos caboclos.

  35. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Na data de 12 de outubro de 1916, os governadores Filipe Schmidt [Santa Catarina] e Afonso Camargo [Paraná] assinaram um acordo e o município de “Campos do Irani” passou a se chamar Concórdia. Movimento Tenentista Período Histórico: Início da década de 1920 Atores Envolvidos: Jovens oficiais, na maioria tenentes, do exército brasileiro Palco do Conflito: Todo território nacional Dinâmica do Conflito: Descontentes com a situação política do Brasil, os jovens tenentes não declaravam nenhuma ideologia específica. Eram, porém, inspirados pela Revolução Comunistas.

  36. Guerras, Revoltas e Revoluções Brasileiras Suas principais pautas eram: reformas na estrutura de poder do país, entre as quais o fim do voto de cabresto, a instituição do voto secreto e a reforma na educação pública, apenas temas para que no fim o movimento comunista tomasse o poder. Os movimentos tenentistas foram: A Revolta dos 18 no Forte de Copacabana em 1922, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus em 1924 e a Coluna Prestes. A primeira revolta, que tem a forte influência dos tenentes, conhecida como os 18 do Forte, se opunha à posse do presidente eleito Arthur Bernardes. O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na estrutura política do país, já que nenhuma de suas tentativas teve sucesso. Porém, conseguiu manter viva a revolta contra o poder da oligarquias, representada na Política do Café com Leite. No entanto, o tenentismo preparou o caminho para a Revolução de 1930, que alterou definitivamente as estruturas do poder no país. Morreu somente em 1970.

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