1 / 16

Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas

Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas. Aproximações e distanciamentos. Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas.

elvis
Download Presentation

Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas Aproximações e distanciamentos

  2. Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas “Eles [os saberes alternativos] ressurgem na fissura entre a ausência de uma ética e a impossibilidade de a ciência circunscrever de modo preciso a subjetividade. Não é de causar espanto a psicologia se mostrar como o solo fértil da germinação desses saberes, uma vez que o campo psi está situado precisamente nesta fenda” Filho, João B. M. Saberes alternativos: emergência de uma prática ou de uma denúncia? In: Jornal do Psicólogo, n. 58, p. 5

  3. Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas “(...) me oponho ao segredo sobre manobras técnicas, desde que, desta forma, o ofício do psicólogo passou a ser confundido com prática esotérica ou mágica. Não é possível concordar que as psicoterapias possam estar fundadas em qualquer forma de engano e a utilização de uma ‘técnica secreta’ não liberta, mas apenas mantém o seu cliente expropriado do seu discurso (...). São mistificadoras as técnicas que não satisfazem os critérios mínimos de racionalidade. (...) considero mistificação a utilização de técnicas que se justificam mediante o uso de rituais prescritos e com origem externa à relação terapêutica, que não podem ser plenamente entendidos pelo cliente, no tanto que fazem apelo à má-fé e à mistificação”. Marzagão, Lúcio R. As psicoterapias e suas alternativas. In: Jornal do Psicólogo, n. 60, p.5.

  4. PSICOLOGIA, MISTICISMO E PRÁTICAS ALTERNATIVAS • Desenvolvimento da Psicologia como Ciência (séc. XIX): a partir de um paradigma positivista, propõe o desligamento das ideias psicológicas abstratas e espiritualistas. • No entanto, as matrizes filosóficas da psicologia e sua proximidade com a metafísica favorece a proximidade entre o campo da psicologia e das práticas não abarcadas pelo discurso científico.

  5. Psicologia, misticismo e práticas não reconhecidas • Mercado terapêutico heterogêneo em proliferação desde as décadas de 60 e 70 - contracultura. • A partir dos anos 90: preocupação e debates sobre legitimidade, confiabilidade, resultados quando a terapêutica passa a ser abordada por estas práticas. Maior preocupação: delimitação de fronteiras entre os campos de práticas. As práticas não reconhecidas devem ser inscritas no heterogêneo campo psi? • Contemporaneidade: crises nas esferas da terapêutica e da religião indica necessidade de questionamentos sobre limites.

  6. práticas não reconhecidas e reações da sociedade • Até a década de 80: a perspectiva mais difundida se voltava a práticas oraculares/divinatórias e de autoconhecimento. • A partir da década de 90: deslocamento de perspectiva para a terapêutica, formação de praticantes e relação com campos fronteiriços (medicina, psicologia, curandeiros, religiosos). • Este último fenômeno gerou repercussões na opinião pública, grupos religiosos e classes profissionais. • O CFP – Conselho Federal de Psicologia enquanto órgão representativo da profissão vem propiciando debates de várias perspectivas:

  7. O CFP diante das práticas não reconhecidas • 1990-1992: são identificadas pelo CFP. Reações polarizadas: denunciativa (alertas à população) e reflexiva (aberta à discussão). • 1993: CFP adota uma postura mais acirrada com relação à tais práticas dentro da própria classe. Três tendências internas são verificadas: • Holística: minimiza fronteiras epistemológicas em prol da fronteira política; • Ortodoxa: sustenta a cientificidade do saber psicológico. • Problematizadora: do saber psicológico em questão.

  8. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • Postura problematizadora questiona os parâmetros de legitimidade baseada em dois argumentos: • A pluralidade do saber psicológico demanda uma flexibilidade de delimitação de seu campo. • Saberes marginais anteriores – Psicanálise, p. ex. - foram reconhecidos posteriormente.

  9. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • 1994 – I Congresso Nacional de Psicologia: postura proibitiva e fiscalizadora. (Resolução de 05/1994 e 016/95 – veta ao psicólogo a publicidade de algumas práticas em vinculação com o título de psicólogo). Pouco resultado. • 1996 – II Congresso Nacional de Psicologia: Práticas não reconhecidas como tema central, crítica ao papel fiscalizador do órgão e tentativa de reverter este quadro. O CRP (Conselho Regional de Psicologia da 4ª região – ES e MG) elabora um documento preparatório para o congresso que se posiciona a favor da discussão:

  10. O CFP diante das Práticas não reconhecidas “Num primeiro momento, parece-nos, a alternativa encontrada pela autarquia foi excluir estas práticas do campo da psicologia. No entanto, com a inclusão deste tema no II Congresso Nacional de Psicologia estão abertas novas possibilidades de posicionamento. Para isso, estamos convocados a discutir nacionalmente em um espaço onde as alternativas para conduzir esta questão venham das bases e não impostas pela autarquia” (CRP, 1996, p. 4).

  11. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • Resolução 1996 – promove a ampliação do debate: “O Conselho não é um órgão de validação e de reconhecimento de técnicas. Tem função de normalizar o exercício profissional, isto é, a relação do profissional com a comunidade científica, zelando pelos princípios e compromissos da profissão. (...) O Conselho deverá estimular e incentivar a comunidade científica para a discussão e pesquisa das diferentes práticas alternativas.” (CNP, 1996, p. 18).

  12. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • 1997 – Debate em BH: “A psicologia discute: práticas alternativas ou emergentes?” Gerou duas resoluções: • 010/97 – Prática - critérios para divulgação, publicidade e prática do profissional associado à praticas que não estejam em acordo com os critérios científicos do campo da psicologia. Permite a divulgação de práticas já reconhecidas. • 011/97 – Pesquisa - dispõe sobre a realização de pesquisas com métodos e técnicas não reconhecidas pela psicologia é vedado o recebimento de honorários; a população submetida ao procedimento deve estar consciente desse fato.

  13. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • Continuam as fiscalizações dos CRP’s, agora com uma perspectiva orientadora. • Muitos psicólogos continuam anunciando sua atividade profissional vinculada a técnicas não reconhecidas. • Sobre isso, o conselho orienta:

  14. O CFP diante das Práticas não reconhecidas São cursos e terapias sem qualquer respaldo científico e sem esclarecimento de que não são prestados por profissionais de psicologia. (...). Em Minas e no Espírito Santo, como em todo o país, cresce o número de cursos, terapias e propostas de cura oferecidos por pessoas não habilitadas ao exercício da profissão. (...). Nesse capítulo, o CRP-04 não entrou no mérito das técnicas não pertencentes à psicologia. O que se pretendeu foi informar ao usuário que há uma distinção entre os serviços prestados” (Jornal do Psicólogo, n. 60, p. 4).

  15. O CFP diante das Práticas não reconhecidas • Assim, as resoluções 010/97 e 011/97 do CFP não regulamentam o alternativo, mas sim as fronteiras já definidas do saber psicológico, excluindo do seu campo de ação as técnicas alternativas.

  16. REFERÊNCIAS • TAVARES, Fátima. Legitimidade Terapêutica no Brasil Contemporâneo: As Terapias Alternativas no Âmbito do Saber Psicológico. In: PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 13(2):83-104, 2003. • BOCK, A. M. B. Psicologias: Introdução ao estudo da psicologia. 14 ed. São Paulo: Vozes, 2009.

More Related