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Interpretações do Brasil

A utopia de Oliveira Viana. Solução para apaziguar os contrários

chanton
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  1. A utopia de Oliveira Viana • Solução para apaziguar os contrários • Para José Murilo de Carvalho, o modelo de organização dentro de uma sociedade harmônica aparece depois de sua nomeação para Ministro do Trabalho => o corporativismo, o sindicalismo e a legislação social foram a resposta encontrada • O Estado passa a ser o regente da orquestra, com função educadora e ordenadora dos sindicatos, corporações e organizações civis ( não mais os antigos clãs rurais, que acabavam confundindo público com privado) • A organização seria o caminho para o exercício da cidadania no mundo moderno • A ênfase era nos direitos sociais – “através da incorporação do trabalhador e do patrão pela estrutura sindical e pela legislação social é que se criava as condições para o exercício das liberdades civis e políticas” Interpretações do Brasil

  2. A utopia de Oliveira Viana • Semelhança entre Oliveira Viana e Sérgio Buarque de • Holanda • Diagnóstico dos males do Brasil, embora com visões e perspectivas diferentes • o peso da família • das relações pessoais • do ruralismo • da resistência à democracia • Questão de José Murilo de Carvalho no texto: “ (...) esse iberismo, profundamente antagônico à visão liberal, ortodoxa ou conservadora não [teria] razões mais profundas em nossa cultura, raízes que podem estar na base das dificuldades da implantação de uma sociedade liberal?” Interpretações do Brasil

  3. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda Interpretações do Brasil

  4. Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo,1902-1982) • Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil • em 1925, professor universitário e jornalista • Uma das principais referências na História e • na Sociologia (trabalha na interdisciplinaridade) • Participou do Movimento Modernista, escrevendo para as revistas Klaxon e Estética • Torna-se em1929 correspondente dos Diários Associados, em Berlim, onde assiste a ascensão do Nazismo e toma contato com a obra de historiadores e cientistas sociais germânicos, como Weber e Dilthey • Raízes do Brasil é publicado em 1936, logo após sua volta da Europa e no mesmo ano passa a lecionar História Moderna na Universidade do Brasil (RJ) • Na Década de 50 reside em Roma onde leciona na Universidade de Roma a cadeira de Estudos Brasileiros • Torna-se catedrático de História da Civilização Brasileira, USP (1958) até sua aposentadoria (1969). Interpretações do Brasil

  5. Influências de Weber (1864-1920) • Uso do método compreensivo (Dilthey) na análise sociológica • Extrair os conteúdos simbólicos dos fenômenos sociais • Ex: dar um pedaço de papel a alguém pode ser irrelevante para a análise do cientista social, mas um papel que é dado a outrem como forma de saldar uma dívida (cheque) é uma ação carregada de sentido. • Engloba uma "teia" complexa de significados, na medida em que o pedaço de papel serve como um meio de troca e esta função é legitimada pela sociedade. • SBH busca entender as formas de convívio, instituições e idéias de que somos herdeiros” a partir das “raízes” culturais da formação brasileira Interpretações do Brasil

  6. Influências de Weber (1864-1920) • Tipos ideais (conceito weberiano): • É uma abstração, trata-se de uma construção intelectual, por isso não são puros • O pesquisador disseca as propriedades dos fenômenos sociais observados e depois os reconstrói ("exagera" suas características). • SBH explora a metodologia dos contrários e formula tipos ideais em sua análise: trabalhador X aventureiro; semeador X ladrilheiro; “o homem cordial”. Interpretações do Brasil

  7. Influências de Weber (1864-1920) • É um recurso metodológico (uma ferramenta intelectual) que pinça dos inúmeros fenômenos observáveis, traços, considerados pelo pesquisador, característicos e representativos da questão estudada, a fim de melhor compreendê-la Interpretações do Brasil

  8. Influências de Weber (1864-1920) • Estado e autoridade • - Política entendida como a liderança do Estado: "uma comunidade humana que pretende o monopólio do uso legítimo da força física dentro de determinado território". • - O Estado depende de sua legitimidade (reconhecimento da autoridade e obediência) Interpretações do Brasil

  9. Influências de Weber (1864-1920) • Estado moderno inspira-se, principalmente, na dominação de caráter racional: • Monopólio da violência • Centralização dos impostos • Crença na legitimidade das ordens estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para exercer a dominação (dominação legal) • Separação radical entre público e privado • Racionalização e burocratização das instituições (relações institucionais devem ser impessoais e universais) Interpretações do Brasil

  10. Influências de Weber (1864-1920) • Burocracia • Ligada as ideais de racionalidade (adequação dos meios aos fins) e eficiência • Baseada na legalidade e formalização das normas e regras (para evitar práticas arbitrárias), na impessoalidade das relações, na hierarquia das funções organizacionais, no estabelecimento de rotinas e procedimentos nas atividades profissionais, na especialização e profissionalização (competência técnica e meritocracia) dos funcionários e na previsibilidade Interpretações do Brasil

  11. Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral • “A tentativa de implantação da cultura européia no • extenso território (...) é na origem da sociedade brasileira, • o fato dominante e mais rico em conseqüências . • Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, • nossas instituições, nossas idéias, e timbrando em manter • tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, • somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra (...) • o certo é que todo fruto de nosso trabalho ou de nossa • preguiça parece participar de um sistema de evolução • próprio de outro clima e de outra paisagem” Interpretações do Brasil

  12. Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral O brasileiro como herdeiro de uma colonização portuguesa que construiu uma sociedade personalista, com características rurais (traduzida pela exploração da grande propriedade aliada ao regime escravocrata) e avessa à implantação de um espaço público democrático e igualitário. Para nos modernizarmos, teremos que deixar de ser o que somos. Interpretações do Brasil

  13. Raízes do Brasil (1936) • A modernização no Brasil teria que ser • precedida de uma mudança nas • mentalidades: a sociedade precisaria se • organizar racionalmente • A questão de SBH é compreender os obstáculos • que atrapalham a modernização política e econômica do Brasil. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  14. Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral • O que faz que, entre nós, a “democracia no Brasil [sempre tenha sido] um lamentável mal entendido’? Fruto de “uma aristocracia rural e semi-feudal [que] importou-a e tratou de acomodá-la , onde fosse possível, aos seus direitos e privilégios”. Interpretações do Brasil

  15. Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral • Por que o liberalismo democrático “jamais se • Naturalizou entre nós” e “só assimilamos • efetivamente esses princípios até onde • coincidiram pura e simples com a negação de • uma autoridade incômoda”? Interpretações do Brasil

  16. Raízes do Brasil (1936) • A resposta está nas nossas raízes, • na nossa “herança” portuguesa. • Se a plasticidade “aventureira” dos lusitanos foi crucial para seu sucesso como colonizador, a mentalidade legada (rural,familiar, patriarcal e desinteressada pela vida pública) tornou-se incompatível com os tempos modernos (urbano e industrial) => Por isso, “vivemos entre dois mundos”. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  17. Semeador (Português) Raízes do Brasil Tipos ideais Pouco planejamento, vale-se da “riqueza fácil, ao alcance da mão” Simples local de passagem (litorânea) e enriquecimento Cidades irregulares, nascidas e crescidas ao “Deus dará” Semeador:sem trabalho, sem método, sem plano. Aventureiro (Ibéricos e ingleses até o séc XVIII) Colonizador Repulsa pelo trabalho regular e mecânico Busca novas experiências, é audacioso, criativo, espaçoso, ignora fronteiras o objetivo final e mais importante que os meios, quer colher o fruto sem plantar a árvore Fruto da ética católica Ladrilhador (Espanhol) Planeja-se, o homemintervém no cursodanatureza. Cidade - “empresadarazão” Estado presente, investe, fundapovoados, organiza, tentafazer do novo paísumaextensão do seu Trabalhador (Europeus do Norte) Vê primeiro a dificuldade a vencer, concentra-se nos meios disponíveis É metódico, realista, persistente, estável “Ethos” capitalista advindo da ética protestante (Weber) Interpretações do Brasil

  18. Raízes do Brasil (1936) • A cidade é vista como instrumento de • dominação, cujas características refletem o • estilo de colonização adotada • Os tipos aventureiro e trabalhador não existem em • estado puro • “ambos participam em maior ou menor grau, de múltiplas • combinações e é claro que em estado puro, nem o trabalhador, nem o aventureiro têm existência fora do mundo das idéias” 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  19. Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral • No entanto, o tipo aventureiro foi predominante na colonização brasileira: as características de imediatismo, audácia, instabilidade, ociosidade, reduzida capacidade de organização social e ausência de uma moral do trabalho foram dominantes. Interpretações do Brasil

  20. Raízes do Brasil (1936) • Essa mentalidade forjou nosso • personalismo (predominância das • relações sociais pessoalizadas, afetivas • e clientelistas) e “nossa incapacidade • secular de separar o público do privado” • Por isso, no contexto político brasileiro a unificação só foi conseguida nos governos fortemente centralizados 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  21. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral O que é o “homem cordial”? Interpretações do Brasil

  22. Raízes do Brasil (1936) • O “Homem cordial” - expressão retirada do • diplomata Ribeiro Couto, que a emprega em • carta, de 1931, endereçada ao escritor e • diplomata mexicano Alfonso Reyes • O “homem cordial” não é sinônimo de bondade • e polidez . • É oposto à civilidade (que visa esconder e controlar as emoções) • É o predomínio do afetivo, do domínio do coração (em latim cor, por isso cordial) • Define-se por um “fundo emocional, rico e transbordante” • . 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  23. Raízes do Brasil (1936) • Sua sociabilidade é apenas aparente, já que ela não ajuda no estabelecimento de uma organização coletiva e no respeito às normas estabelecidas • É herdeiro do sistema patriarcal, personalista e daí a dificuldade do brasileiro em localizar-se nas prerrogativas e • instituições de um Estado racional, pautado por suas leis impessoais • . 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  24. Raízes do Brasil (1936) • Igual dificuldade encontra ao lidar com res pública (coisa pública), favorecendo o grupo de amigos, ao invés de cuidar do interesse público, tentando reduzir as características do Estado ao padrão afetivo e pessoal. • É a síntese do iberismo e do ruralismo, com a adição do tipo aventureiro ao semeador 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  25. Raízes do Brasil (1936) • Para SBH, seria preciso “transfigurar” • essa cordialidade, isto é, libertar-se das • raízes lusitanas de nossa formação. • Afinal, nos anos 30, entrávamos em • nova fase de crescimento da urbanização • e da industrialização. • As exigências e os padrões de sociabilidade do mundo Moderno estavam se tornando incompatíveis com a nossa mentalidade e nossa herança cultural 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  26. Ética da cordialidade “A cordialidade, pois, é a tentativa de reconstrução fora do ambiente familiar, no plano societário, do mesmo tipo de sociabilidade dependente de laços comunitários. Seriam exemplos disso algumas formas de linguagem, de expressão religiosa e até horror às hierarquias e a busca de intimidade no tratamento dispensado às autoridades” (Braulio Salum Jr., interpretando Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  27. Ética o Estado, Pólis (Creonte) X Ética da Família e da tradição (Antígona) Interpretações do Brasil

  28. Estado e Família: lógicas opostas e conflitantes “O estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo (...) A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, recrutável e responsável ante as leis da cidade ” (SBH, Raízes do Brasil) Interpretações do Brasil

  29. Os dilemas do Brasil “No Brasil, onde imperou, desde os tempos remotos, o tipo primitivo da família patriarcal, o desenvolvimento da urbanização – que não resulta unicamente do crescimento das cidades, mas também do crescimento dos meios de comunicação, atraindo vastas áreas para a esfera da influência das cidades- ia acarretar um desequilíbrio social, cujos efeitos permanecem vivos até hoje” “Não era fácil os detentores das posições públicas de responsabilidade , formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre o domínio público e o privado” (SBH, Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  30. Os dilemas do Brasil: Gestão do Estado Patrimonial ( funcionários agem conforme seu interesse particular, “ as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos”) X Burocrata (Ação conforme interesses objetivos. No “Estado burocrático [se prevalecem] a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias políticas aos cidadãos” ) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  31. O estado patrimonialista Weber • É uma estrutura de autoridade caracterizada • pela indistinção entre as esferas pública e • privada, caracterizando-se pela ocorrência • sistemática de formas de apropriação • particular da máquina estatal. • “forma específica de dominação política tradicional, em que a administração pública é exercida como patrimônio privado do chefe político. (...) No seu uso mais recente,o termo “patrimonialismo” costuma vir associado a outros como “clientelismo” e “populismo”, por oposição ao que seriam formas mais modernas, democráticas e racionais da gestão pública, também analizada por Weber em termos do que ele • denominou de “dominação racional-legal”, típica das democracias ocidentais”Simon Schwartzman (12/10/2006) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  32. Os dilemas do Brasil “No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal. Dentro desses círculos, foi sem dúvida o da família aquele que se exprimiu com mais força e desenvoltura na sociedade” (SBH, Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  33. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Que exemplos de práticas patrimonialistas temos na contemporaneidade? Interpretações do Brasil

  34. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Qual seria a “nossa revolução”? Interpretações do Brasil

  35. Raízes do Brasil (1936) • Para SBH, o Brasil estava vivendo • uma lenta revolução, que consistia na • transição de uma sociedade rural, de • mentalidade familiar para uma • sociedade urbana, abstrata , normatizada • e racional. • “Estamos vivendo assim entre dois mundos, um definitivamente morto e outro que luta por vir à luz” • Para haver revolução social efetiva no Brasil enquanto não se eliminassem os fundamentos personalistas e aristocráticos, ibéricos e rurais. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  36. Raízes do Brasil (1936) • Mas essa Revolução também • não será efetiva se forem adotadas • soluções superficiais e enganadoras : • Modelos inadequados ao nosso • temperamento como as fórmulas da Rev. Francesa ou da Rep. estadounidense ajustados à nossa mentalidade patriarcal e personalista. • - Governos autoritários (“caudilhismo” das sociedades iberos-americanas) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  37. Raízes do Brasil (1936) • Pois nem o liberalismo, nem o • Caudilhismo são capazes de romper • com as bases do poder oligárquico de • mando e promover a democracia • Para que essa revolução seja efetiva e democrática • É preciso substituir a “revolução horizontal” por uma “revolução vertical”, trazendo os elementos populares para a “esfera pública” 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

  38. Perguntas de um Operário Letrado (Bertold Bretch)Quem construiu Tebas, a das sete portas?Nos livros vem o nome dos reis,Mas foram os reis que transportaram as pedras?Babilônia, tantas vezes destruída,Quem outras tantas a reconstruiu? (...) A grande Roma está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os Césares? (...)O jovem Alexandre conquistou as Índias sozinho?César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha Chorou. E ninguém mais?(...)Em cada página uma vitòria.Quem cozinhava os festins?Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?Tantas históriasQuantas perguntas

  39. Expressão surge na América Latina para • designar líderes que assumiam o poder • através de golpes de estado, implantando • ditaduras personalistas. • Caudilhos são são lideranças políticas carismáticas associadas a setores tradicionais (como militares e oligarquia rural), cujo poder afirma-se por práticas populistas e autocráticas. • No Brasil, Getúlio Vargas ( 1930-1945 e 1951- “o pai dos pobres”) é associado ao caudilhismo e ao populismo Caudilhismo Interpretações do Brasil

  40. Populismo • Forma de exercício no poder que combina autoritarismo e dominação carismática. Sua característica básica é o contato direto entre as massas urbanas e o líder carismático. A legitimação no poder se dá a partir de uma ligação emocional com a população, especialmente os menos favorecidos economicamente Cartões postais exaltando as realizações do governo Vargas, editado pelo DIP, 1937/1945. (CPDOC/ GV) Interpretações do Brasil

  41. Era Vargas 1º gov. – 1930/1945 (Estado Novo -1937-1945) 2º gov. (eleito por voto) - 1951-1954 (até suicídio) • Produção industrial ultrapassa a agrícola, • tornando-se a atividade econômica mais importante • Implementação da indústria de base (máquinas • pesadas, siderurgia, metalurgia e indústria química). • Urbanização intensa. • Legislação social (1930-45), introduzida de cima • para baixo, sem participação popular • Implantação do sindicalismo corporativo • (sindicatos patronais e de operários subordinados ao • Ministério do Trabalho) • Período conturbado com relação aos avanços constitucionais e políticos • Derrota de todos os projetos políticos alternativos (comunismo, tenentismo, integralismo e liberalismo) Interpretações do Brasil

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