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Camile Baccin 2º ano

Camile Baccin 2º ano. Como os tempos verbais são usados para indicar sentidos em geral atribuídos a outras formas de ação. Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

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Camile Baccin 2º ano

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Presentation Transcript


  1. Camile Baccin 2º ano

  2. Como os tempos verbais são usados para indicar sentidos em geral atribuídos a outras formas de ação.

  3. Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. • Essa passagem bíblica, do Livro de Eclesiastes (3:1-8), é talvez a mais exata epígrafe para as várias possibilidades do uso semântico dos tempos verbais e os seus propósitos explícitos e implícitos.

  4. Tomemos outra passagem bíblica: a de mandamentos como "Não cobiçarás a mulher do próximo". • O futuro do presente do indicativo normalmente é usado para indicar uma enunciação ou ação posterior ao momento da fala. • Nos mandamentos foi usado com valor de imperativo em um tempo não específico - ou seja, a ordem serve para todo o sempre. • Esse emprego sugere uma enunciação mais enfática e decisiva do que a sugerida no imperativo "Não cobices a mulher do próximo". O tom ameaçador e categórico da ordem se perde com o uso do imperativo, e a mensagem não é passada em toda sua essência ou intenção.

  5. Quando o enunciador deseja expressar polidez ou casualidade num pedido ou mesmo numa ordem, não raro abre mão do imperativo, substituindo-o pelo presente do indicativo ou então pelo futuro do pretérito: • Com o pretérito imperfeito do indicativo, há a possibilidade de produzir o mesmo efeito e acentuar a informalidade:"Você podia trazer um cafezinho para mim, por favor". "Você traz um cafezinho pra mim, por favor." ou"Você poderia trazer um cafezinho pra mim, por favor". Esses usos semânticos tornam mais exato o efeito expressivo da mensagem e, principalmente, a intenção do falante

  6. Há usos de tempos verbais reveladores mais de intenções do falante do que da definição de tempo. • Ao escolher o presente do indicativo para indicar um fato futuro, tempo presente associado a certas expressões ou outros tempos verbais, o falante pode denotar o desejo real de concretizar a ação em um prazo curto e certo: • "À tarde eu lhe envio a correspondência“ • Pode, ainda, denotar uma intenção escamoteada de que o fato possa não ocorrer: • "Assim que eu puder, eu lhe envio a correspondência".

  7. O presidente da CBF admite que Ronaldo volta para a seleção" ou • "O presidente da CBF admite que Ronaldo volte para a seleção". • A mera troca do modo verbal provoca leituras distintas do enunciado e, sobretudo, da acepção da formal verbal "admite". • Na primeira construção, ela pode ser substituída sem dano ao sentido por "confirma"; já na segunda, pode ser trocada por "sugere". • Mais do que o uso dos modos e dos tempos, as escolhas definem uma compreensão das entrelinhas e da ironia embutidas em tais enunciados.

  8. A imprensa usa o presente do indicativo para indicar um evento no passado. Faz isso para aproximar o leitor do fato: • "Time vence com facilidade e encosta no líder". • O recurso, conhecido como presente histórico ou narrativo, é também comum em livros didáticos: "Em 1822, o Brasil proclama sua independência".

  9. Certos tempos verbais deslocados de seu sentido cronológico habitual são utilizados para expressar ironia explícita ou implícita. Uma marchinha carnavalesca, por exemplo, usa desse expediente com graça e preconceito: • "Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é?". • O futuro do presente do indicativo do verbo "ser", nesse contexto, sugere uma ação hipotética ou eventual, porém esconde a afirmação implícita sobre a orientação sexual do personagem da famosa canção. • O enunciador não o afirma de forma escancarada, mas busca cumplicidade para que a resposta à pergunta se efetive.

  10. Provérbios, axiomas e frases de efeito normalmente não apresentam um tempo específico, pois a enunciação traz noção atemporal, para além do momento da fala, e se estende a um tempo não marcado. • São mensagens que passam ideia absoluta e indiscutível: • "Quem com ferro fere com ferro será ferido". • O falante, no fundo, não pretende prever o futuro. • Sua intenção é proferir sentença categórica. O presente e o futuro usados no provérbio são atemporais, não apresentam as suas conotações usuais.

  11. O sambista Cartola compôs O Mundo é um Moinho com esse recurso: • "Preste atenção, querida / embora eu saiba que estás resolvida / em cada esquina cai um pouco a tua vida / e em pouco tempo não serás mais o que és".

  12. A sentença categórica mostra ao interlocutor os perigos da atitude tomada e suas consequências. O pretérito perfeito também pode apresentar essa noção de atemporalidade: • "O homem do deserto aprendeu a viver em situações de extrema dificuldade". • A intenção da frase não é tratar de fato ocorrido no passado, mas mostrar uma verdade atemporal: a certeza de que o homem do deserto é capaz.

  13. Uma famosa propaganda trazia como slogan uma correlação verbal comum na linguagem oral ou coloquial:"Se eu fosse você, só usava Valisère". Essa estrutura é típica na expressão informal e estabelece relação entre pretéritos. Certos gramáticos admitiriam só a versão "Se eu fosse você, só usaria Valisière".

  14. No cotidiano usamos a estrutura informal quando desejamos acentuar a noção de suposição: • "Se ele tivesse me avisado, eu pedia silêncio."O pretérito mais-que-perfeito também pode ser usado em situações hipotéticas, principalmente em frases optativas: • "Quem dera ele voltasse."

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