1 / 50

Desidratação Hidratação venosa Distúrbio hidroeletrolítico Distúrbio ácido-básico

Desidratação Hidratação venosa Distúrbio hidroeletrolítico Distúrbio ácido-básico. Carina Lassance de Albuquerque Interna- ESCS Coordenação: Elisa de Carvalho. Caso clínico. EMM, 3 anos, sexo feminino, branca, natural de Brasília, procedente de S. Sebastião-DF.

thom
Download Presentation

Desidratação Hidratação venosa Distúrbio hidroeletrolítico Distúrbio ácido-básico

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. DesidrataçãoHidratação venosaDistúrbio hidroeletrolíticoDistúrbio ácido-básico Carina Lassance de Albuquerque Interna- ESCS Coordenação: Elisa de Carvalho

  2. Caso clínico • EMM, 3 anos, sexo feminino, branca, natural de Brasília, procedente de S. Sebastião-DF. • História de febre (38°) há um dia associada a 20 episódios de diarréia aquosa com muco e sangue, além de 17 episódios de vômitos, inicialmente alimentares, evoluindo para líquido de aspecto claro.

  3. Caso clínico • Mãe refere oligúria, anorexia e prostração. Procurou serviço de saúde, onde foi feita hidratação venosa e encaminhamento para HRAS para conclusão do tratamento. Relata, ainda, 2 episódios de convulsão hipertônica em membros, durante pico febril, de resolução espontânea .

  4. Caso clínico • Ao exame • Criança com saliva espessa, contactuante, olhos empaçados. • AR: MV fisiologico,sem RA, taquipneica • AC: BNF 2T, taquicárdica • Abdome: RHA aumentados, sem VCM

  5. Caso clínico • HD: GECA + desidratação grave + distúrbio hidreletrolítico. • Conduta: soro fisiológico 500ml-correr em 1h EV (11 Kg). Colher exames após fase rápida.

  6. Caso clínico • Reavaliação: - Não apresentou diurese - Ectoscopia: REG, prostrada, olhos fundos, mucosas secas, sem lágrimas, saliva escassa, apática. • AR: MV +,sem RA, taquipnéia (FR: 44 irpm) • AC: BNF 2T, s/ sopros • Abdome: flácido, globoso, RHA+, sem VCM. • Membros: bem perfundidos, sem edemas

  7. Caso clínico • Conduta: 1.Nova expansão com soro ao meio SG5% + SF0,9% a 30ml/Kg em meia hora. 2. Reavaliar após o término.

  8. Caso clínico • Admissão (40 min apos a reavaliação): • REG, mucosas úmidas,saliva fluida, olhos com lágrimas. • AR: MV fisiológico,eupneica • Demais sistemas:sem alterações • Conduta: • 1.HV de manutenção (Holliday + 20%) com reposição de Na 3% e K 2% • 2. Resgatar exames e avaliar necessidade de reposição de eletrólitos.

  9. Caso clínico • Reavaliação vespertina(3 horas após a internação): • Não apresentou novos episódios de vômito, evacuou 1X fezes líquidas, esverdeadas, sem muco, pus ou sangue. • Apresentou 2 picos febris. • Diurese clara e abundante.

  10. Caso clínico • Exames solicitados no dia da internação: - Leu 8900 ( 29,8,58,2,1) - Hg: 10,8 g/dl (11,5 a13,5) - Ca: 7,4 mmol/l (8,3 a 10) - Ht: 33,9 % (34 a 40) - Mg: 1,6 mEq/l - VHS: 20 (4 a 7) - Fosf: 6,2 mg/dl (2,5 a 5) • Na: 125 mEq/l (130 a 150) - Uréia: 46 • K: 4,5 mEq/l - Creat: 0,9 • Cl 102 mEq/l

  11. Caso clínico • Conduta: 1.HV ( Holl + 20%) 3 etapas - SG 5% 420 ml (peso:11 →1000 ml + 50 ml = 1050 + 20% =1260 : 3 = 420 ml) • 4% NaCl 20% ( 420 x 4% = 16,8 : 3,4 = 5 ml) • 2% KCl 10% (420 x 2% = 8,4 : 1,34 = 6,26 ml) • Gluc Ca 10% --------- 7 ml • Gotejamento : 438,2 : 8 = 55 mcgts/ min

  12. Caso clínico • 2 dias após a admissão: • Leu 11 200 (61/2/34/2/1) • Hg: 9,6 - Uréia : 17 • Ht : 30,5 - Creat : 0,8 • Na : 135 - Ca : ? • K : 4,6 • Cl : 107

  13. Caso clínico • 4 dias após a internação, recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas (hidratada e com valores de eletrólitos normais).

  14. Tipos de desidratação • Hipernatrêmica • Isonatrêmica • Hiponatrêmica

  15. Desidratação hipernatrêmica • Concentração de Na> 150mEq/l • Causas: reposição com solução hipertônicas, diabetes insípido, diuréticos osmóticos, sudorese • Perda de água intracelular: febre alta, sede intensa, irritabilidade, meningismo, convulsões e coma

  16. Desidratação hipernatrêmica • Tratamento : - Corrigir com SG 5% ou 2,5% em 4 horas • Cálculo de déficit de água livre: • SG 4ml/kg para 1mEq de sódio que se queira reduzir; • Vol SG = peso x 0,6 x (Na encontrado – 170) 170

  17. Desidratação isonatrêmica • Na entre 130 e 150 mEq/l • Principais causas: vômitos e diarréia • Redução do volume extracelular e menutenção do intracelular. • Tratamento : reposição hídrica

  18. Desidratação hiponatrêmica • Na < 130mEq/l • Perda renal de Na, perdas GI, doenças com edema. • Edema SNC – agitação, convulsões e coma • Tratamento: se hipovolemia, hidratar. • Cálculo da quantidade em mEq : [(130- Na atual) x peso x 0,6]

  19. Hipocalemia • K< 3,5 mEq/l • Causas: vômitos com alcalose, uso crônico de furosemida, doenças renais crônicas. • Quadro clínico: fraqueza, arritmias, parada respiratória. • Tratamento: 4 mEq/100ml/h. Checar após 4 h.

  20. Hipercalemia • K> 5 mEq/l • Causas: IRA, acidose metabólica, drogas (espironolactona,...) • Quadro clinico : fraqueza muscular, parada respiratória, arritmias • Tratamento: 1.Restringir/suspender K e corrigir causas 2.Antagonizar os efeitos neuromusculares com Gluc de Ca 3. Aumentar a excreção de K com diuréticos de alça

  21. Hipercalcemia • Ca > 10 mg/dl • Causas: hipertireoidismo, tiazídicos, acidose metabólica • Quadro clínico : hipotonia, letargia, constipação, dor abdominal • Tratamento: tratar causa básica, hidratar p/ excretar Ca, hemodiálise em casos graves.

  22. Hipocalcemia • Ca < 8,3 mg/dl • Causas: hipovitaminose D, uso crônico de furosemida. • Quadro clínico: tremores, convulsões, taquicardia e hipotensão. • Tratamento: gluconato de Ca a 10% 2 ml/Kg/dose

  23. Indicações para hidratação venosa • Desidratação grave, • Distúrbio HE intenso, • Vômitos incoercíveis ou perdas continuadas intensas (> 100 ml/Kg/dia). • Não aceitação do soro.

  24. Hidratação venosa • Fase rápida : corrigir déficit hidroeletrolítico SG5% + SF 0,9% (1 : 1) 50ml/Kg/h • Reavaliar a cada hora • Repetir/ reduzir para 25ml/Kg/h

  25. Quando parar ? • Sinais de desidratação desaparecerem • 2 micções claras e abundantes.

  26. Fase rápida • Ex. 1: 8Kg, com sinais de desidratação moderada sem aceitação de TRO. Cálculo: Volume = 50ml/Kg/h x 8Kg Volume = 400ml em 1h Prescrição 1) FASE RÁPIDA SF 0,9%, 200ml, EV SG 5%, 200ml, EV Correr em 1 h 2)Reavaliar após 1h. Composição da volume: SG 5% + SF 0,9% (1:1) (200ml + 200ml)

  27. Fase rápida • Ex. 2: 14 Kg, em desidratação grave. Prescrição 1) Fase rápida (2 etapas) SF 0,9%, 175ml, EV SG 5%, 175ml, EV Correr em 30 min. 2) Reavaliar após 1h. Cálculo do volume: Volume = 50ml/Kg/h x 14Kg Volume = 700ml em 1h Volume = Duas etapas de 350ml em 30 min cada Composição do volume: SF 0,9% + SG 5% (1:1) (175ml + 175ml)

  28. Fase de manutenção • Corresponde às necessidades hídricas e eletrolíticas normais. • Até 10 Kg ---------------100 ml por Kg/dia • Até20Kg---------------1000 ml + 50 ml por Kg/dia • >20 Kg--------------1500 ml + 20 ml por Kg/dia • Composição do vol: SF 0,9% + SG5% 1:4

  29. Fase de manutenção • Ex. 1: Criança de 4Kg Volume = 4Kg x 100ml/Kg/dia = 400ml/dia • Ex. 2: Criança de 14Kg Volume = 10Kg x 100ml/kg/dia =1000ml/dia 4Kg x 50ml/Kg/dia = 200ml/dia Total 1200ml/dia 3 Etapas: 8/8hs 400ml SF 0,9% + SG 5% (1:4) (80ml + 320ml)

  30. Fase de manutenção • Ex. 3: Criança de 24Kg Volume = 10Kg x 100ml/Kg/dia = 1000ml/dia 10Kg x 50ml/Kg/dia = 500ml/dia 4 Kg x 20ml/Kg/dia = 80ml/dia 1580ml/dia 4 etapas:6/6hs 395ml SF 0,9% + SG 5% (1:4) (79ml + 316ml)

  31. Fase de reposição • Correção de perdas anormais continuadas de água e eletrólitos • Fase de Reposição • Desidratação isotônica • SG5% + SF0,9% (3:1 ou 4:1) • 3 – 4mEq de Na em 100ml • Desidratação hipotônica • SG5% + SF 0,9% (2:1) • 5mEq de Na em 100ml

  32. Fase de reposição • Fase de Reposição • Desidratação Hipertônica • Se Na > 200 ou insuficiência renal: diálise • Se Na > 180 e hipernatremia hiperaguda (<12 horas) • Corrigir com SG 5% ou 2,5% em 4 horas • Cálculo de déficit de água livre: • SG 4ml/kg para 1mEq de sódio que se queira reduzir; • Vol SG = peso x 0,6 x (Na encontrado – 170) 170

  33. Distúrbios do equilíbrio ácido-básico • Equilíbrio entre ácidos e bases depende de : - ação de tampões - regulação respiratória - regulação renal

  34. Distúrbios do equilíbrio ácido-básico • Sistemas-tampão: • Ácido carbônico-bicarbonato (45%) • Fosfato (hemácias, células tubulares renais) • Proteínas • Hemoglobina

  35. Equação de HASSELBALCH • pH = pK + log[HCO3] comp. metabólico paCO2X0,03 comp. respiratório • pK = 6,1 • pH = 6,1 + log 20 = 6,1 + 1,3= 7,4 • Se ↑HCO3¯ ou ↓paCO2 →↑pH : ALCALOSE • Se ↓HCO3 ¯ ou ↑paCO2 →↓pH : ACIDOSE

  36. Linhas de defesa • 1ª linha : sistemas-tampão químicos (imediato) • 2ª linha : pulmões (50%) -10 a 30 min • 3ª linha : sistema renal – 24 a 72 horas

  37. Valores normais • pH = 7,35 a 7,45 • paCO2 = 35 a 45 mmHg (média de 40mmHg) • BE = - 2,5 a +2,5 • paO2 = 50 a 70 mmHg

  38. Distúrbio do equilíbrio ácido-básico Distúrbio metabólicos: Ganho ou perda de ácidos ou bases Distúrbios respiratórios: Redução ou aumento da ventilação pulmonar

  39. Correlação entre K+ e equilíbrio ácido-básico • Acidose e K+: • ↓ de 0,1 unidade no pH → ↑ de 0,6 mEq/l na calemia, e vice-versa. • Ex: pH 7,1 K+ 6,0 mEq/l • K+ real: 7,4 – 7,1 = 0,3 ( 0,1 X 3) • K+ sérico aumentou 3 X 0,6 = 1,8 • Portanto, K+ real = 6,0 – 1,8 = 4,2 ( normal).

  40. Correlação entre Ca++ e equilíbrio ácido-básico • ↑ pH de 0,1→ ↓ de 0,46 mg% na calcemia e vice-versa. • Acidose→ hipercalcemia • Alcalose→ hipocalcemia

  41. Casos clínicos • Criança com diarréia e desidratação do II grau • pH = 7,20 • pCO2 = 25,0 • HCO3 = 9,0 • BE = - 17,0 Acidose metabólica parcialmente compensada: (o pH não está nomal)

  42. Casos clínicos • Criança com diarréia e desidratação do II grau • pH = 7, 35 • pCO2 = 25,0 • HCO3 = 14,0 • BE = - 11 Acidose metabólica compensada:

  43. Casos clínicos • RN em um respirador • pH = 7, 52 • pCO2 = 28 • HCO3 = 22,0 • BE = +1 Alcalose respiratória decompensada

  44. Casos clínicos • Criança em uso de respirador • pH = 7, 44 • pCO2 = 24 • HCO3 = 16 • BE = - 6 Alcalose Respiratória Compensada

  45. Casos clínicos • Paciente em uso de furosemida K+ = 2,0 • pH = 7,56 • pCO2 = 40,0 • HCO3 - = 34 • BE = + 11 Alcalose metabólica descompensada • pH : 7,44 • pCO2 : 65,0 • HCO3 - : 34 • BE : + 11, 0 Alcalose metabólica compensada

  46. Casos clínicos • Paciente que ingeriu uma superdosagem de opiáceos • pH = 7, 11 • pO2 =30 • pCO2 = 85 • HCO3 = 24 • BE = - 3 Acidose respiratória descompensada com hipoxemia severa não corrigida

  47. Casos clínicos • Criança com fibrose pulmonar • pH = 7, 36 • pCO2 = 85 • HCO3 = 47 • BE = + 15 Acidose respiratória compensada

  48. Casos clínicos • Criança com diarréia • pH = 7, 1 Peso : 6 Kg/ • pCO2 = 15,1 K+ : 6,0 mEq/l • pO2=105 • HCO3 - = 5,0 • BE = - 22,5 • K+ real : 7,4 – 7,1= 0,3 →0,3:0,1=3→3 X 0,6=1,8 • K+ real = 6 – 1,8 = 4,8 (normal) Acidose metabólica parcialmente compensada

  49. Bibliografia • Oliveira, R.G. Black Book : Manual de referências de pediatria, medicamentos e rotinas médicas. 2a. Ed. Belo Horizonte, 2002. • Margotto, P.R. Assistência ao Recém-Nascido de Risco. 2a.ed. Brasília, 2006. • Guyton,A.C. Tratado de Fisiologia Médica.10a.ed.Rio de Janeiro, RJ,2002. • Benseñor,I.M.Semiologia Clínica,1a.ed.São Paulo

More Related