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HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA: UM PONTO DE VISTA TÉCNICO E CIENTÍFICO

HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA: UM PONTO DE VISTA TÉCNICO E CIENTÍFICO. Objectivos do trabalho. Estudar a cartografia portuguesa existente até ao século XVII; Apresentar os métodos e as técnicas da sua construção; Mostrar a evolução das técnicas de construção das cartas. Resumo.

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HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA: UM PONTO DE VISTA TÉCNICO E CIENTÍFICO

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  1. HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA: UM PONTO DE VISTA TÉCNICO E CIENTÍFICO

  2. Objectivos do trabalho • Estudar a cartografia portuguesa existente até ao século XVII; • Apresentar os métodos e as técnicas da sua construção; • Mostrar a evolução das técnicas de construção das cartas.

  3. Resumo • Carta náutica; • Cartas-portulano; • Carta plana quadrada/carta plana rectangular; • Planisfério de Cantino; • Novo método para a construção de cartas; • Proposta de Pedro Nunes para remediar os defeitos das cartas planas quadradas.

  4. Introdução • Em Portugal, a cooperação entre geógrafos e cartógrafos, militares e civis, pode dizer-se que se desenvolveu a partir do século XV. • Muitos mapas portugueses antigos foram-se perdendo nos tempos. Muitos dos que chegaram até aos nossos dias estão fora do Pais. • Exemplos de algumas cartas portuguesas: • Planisfério de Cantino (1502) – uma das mais antigas cartas portuguesas, não se encontra datada nem assinada; • Carta de Pedro Reinel (1502) – uma das mais antigas cartas portuguesas que se encontra assinada; • Carta de Pêro Fernandes (1528) – uma das mais antigas cartas portuguesas que se encontra assinada e datada.

  5. Carta náutica • Carta destinada especificamente a apoiar a navegação marítima. Nestas cartas podemos encontrar representadas: • As linhas de costa e profundidades; • Os perigos para a navegação: baixos, obstáculos, correntes, etc; • As ajudas à navegação: todos os objectos ou sistemas que possam apoiar a condução da navegação; • A actualização deste tipo de carta era contínua.

  6. Carta náutica • As primeiras cartas náuticas são as cartas-portulano, que apareceram a representar o Mediterrâneo, no século XIII.

  7. Cartas-portulano • Não dispõem de um sistema de coordenadas geográficas, mas sim de rectas direcionais (linhas de rumo) a partir de uma rosa-dos-ventos principal, que se entrecruzavam com outras linhas que partiam de rosas acessórias, dispostas ao redor da primeira. São mapas manuscritos em pergaminho; • Nestes mapas, é costume que o norte esteja figurado do lado direito e o oeste na parte superior.

  8. Cartas-portulano • O contorno da costa era desenhado a partir de pontos, cada um deles definido por uma distância estimada a um determinado rumo. • Rumos da agulha de marear, portanto magnéticos. • As cartas náuticas portuguesas começaram por ser cartas-portulano, mas no início do século XV, o contorno das terras passou a ser obtido por: - derrotas: cada um dos tipos de trajecto que os navios podem percorrer no mar; - alturas: determinação da latitude pelo Sol.

  9. Carta plana quadrada/Carta plana rectangular • Carta plana quadrada: é caracterizada por ter os graus de longitude sempre iguais aos de latitude, enquanto na esfera diminuem proporcionalmente à sua aproximação do pólo. • Carta plana rectangular: é caracterizada por ter os graus de longitude mais pequenos que os de latitude. • Todas as cartas planas quadradas são planas rectangulares, mas nem todas as cartas planas rectangulares são planas quadradas(Cortesão,1935).

  10. Vantagens da carta plana quadrada em relação à carta náutica • Nas cartas planas quadradas o contorno das terras passou a ser obtido por derrotas e alturas. Foi um avanço considerável, pois conseguiu-se um certo rigor quanto à latitude, já que a longitude continuou a ser estimada, o que naturalmente originava erros por vezes importantes.

  11. Planisfério de Cantino • É uma carta plana quadrada com centro de construção no meio do continente africano, marcado por uma grande rosa dos ventos, de 23 cm. de diâmetro, com cinco círculos concêntricos; além desta, há mais 20 rosas dos ventos ornamentadas, de 45 mm., e dez simples. Mede 2,18 x 1,02 metros; • É a primeira carta que representa o planisfério duma maneira mais completa: desde a Europa, América do Norte, Central e Sul, toda a África, a Ásia até ao Oriente.

  12. Planisfério de Cantino http://www.ub.es/hvirt/dossier/mapas/cant1502.htm (18/11/2007)

  13. Planisfério de Cantino • Os continentes e as grandes ilhas são representados a verde ao passo que as pequenas ilhas o são a vermelho ou azul; • O Equador está representado por uma espessa linha dourada e a linha do tratado de Tordesilhas por uma espessa linha azul. Os trópicos e o Círculo Polar Ártico estão assinalados por finas linhas a vermelho; • Bandeiras assinalam a soberania dos territórios, observando-se ainda uma bandeira espanhola na vizinhança de Maracaíbo.

  14. Planisfério de Cantino • Vêem-se ainda seis troncos de léguas (um tronco de légua correspondia ao número de léguas por grau, medido no meridiano ou no equador. Os troncos de léguas aparecem graduados em 16 2/3 léguas, mas, especialmente em 17 ½, léguas por grau), escudos, padrões, castelos, árvores e montes, completando a iluminatura do Planisfério. • O astrolábio, a bússola, um compasso, um globo terrestre e uma ampulheta foram os instrumentos utilizados para a construção deste mapa.

  15. Pormenor do Planisfério de Cantino http://www.dightonrock.com/amaiormentiradomapacantino.htm (18/11/2007)

  16. Planisfério de Cantino • Manuel Luciano da Silva, médico, descobriu um erro no Planisfério de Cantino. Descobriu que as ilhas, designadas de Antilhas, estavam incorrectamente marcadas na carta. As verdadeiras Antilhas, segundo o médico, estão desenhadas na carta náutica de 1424.

  17. Pormenor da Carta Náutica de 1424 Aqui está uma secção da Carta Náutica de 1424 mostrando as quatro ilhas: duas a azul e duas a vermelho. Os seus nomes são: Saya (2), Satanazes (3), Antilha (4), Ymana (5) http://www.dightonrock.com/amaiormentiradomapacantino.htm (18/11/2007)

  18. Desvantagens: Considerava os graus de longitude iguais quando estes são na realidade desiguais - tanto menores quanto maior for a longitude - dando origem a um desequilíbrio entre a esfera e a carta. Os graus de longitude são sempre iguais aos de latitude, enquanto na esfera diminuem proporcionalmente à sua aproximação do pólo. Vantagens: Eram praticas e relativamente correctas para a navegação na zona tropical (até às latitudes de 18ºN e S) Vantagens/Desvantagens das cartas quadradas planas

  19. Novo método para a construção de cartas • Projecção cilíndrica isogónica ou de Mercator: conservando sempre o mesmo comprimento do grau sobre todos os paralelos, a única maneira de manter a proporção correspondente à realidade é aumentar em determinada medida o tamanho de cada grau de latitude sobre o meridiano.

  20. Proposta de Pedro Nunes para remediar os defeitos das cartas planas quadradas • Construir uma carta em quarteirões de grande escala; • Desenhar os quarteirões do equador até 18º, N e S, em projecção quadrada; • Nos quarteirões, a partir dos 18º de latitude, empregar a projecção rectangular de Marino de Tiro, na proporção do grau do meridiano respectivo para o grau do paralelo médio.

  21. Calendário • Estudar a cartografia do século XVI e os respectivos métodos  até 29 de Fevereiro de 2008 • Estudar a cartografia do século XVII e os respectivos métodos  até 31 de Maio de 2008 • Tese  até 30 de Junho de 2008

  22. Bibliografia • Cortesão (Armando) – Cartografia e cartógrafos portugueses dos séculos XV e XVI; • Gaspar (Joaquim Alves) - Cartas e projecções cartográficas, 2000; • Morais e Sousa – A Sciência Náutica dos Pilotos Portugueses nos Séculos XV e XVI, 1924; • Albuquerque (Luís de) – Considerações sobre a carta portulano, 1984; • Albuquerque (Luís de) – O tratado de Tordesilhas e as dificuldades técnicas da sua aplicação rigorosa, 1973; • Cortesão (Armando) – A mais antiga carta corográfica de que há conhecimento, 1965; • Monteiro (Joaquim Rebelo Vaz) – Estudo cartográfico de uma viagem à Índia no século XVI, 1970; • Comissão Nacional de Geografia – Quatro Séculos de Imagens da Cartografia Portuguesa, 1998; • http://www.ub.es/hvirt/dossier/mapas/cant1502.htm (18/11/2007); • http://www.instituto-camoes.pt/cvc/navegaport (2/11/2007); • http://pt.wikipedia.org/wiki (7/11/2007); • http://www.cienciaviva.pt/equinocio (18/11/2007); • http://www.dightonrock.com (18/11/2007).

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