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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. 5ª AULA Custos de Controle Ambiental na Geração de Energia. Profª Drª Maria de Fátima Ribeiro Raia - 2012. A existência de soluções técnicas para os problemas da degradação ambiental não significa que elas serão realmente adotadas:
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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 5ª AULA Custos de Controle Ambiental na Geração de Energia ProfªDrª Maria de Fátima Ribeiro Raia - 2012
A existência de soluções técnicas para os problemas da degradação ambiental não significa que elas serão realmente adotadas: • existem muitos obstáculos para as mudanças: • o custo é o principal obstáculo na: • instalação de filtros nas chaminés das usinas termelétricas; • instalação de catalizadores nos escapamentos de automóveis; • remoção e recuperação de lixos e resíduos materiais. muitas vezes é preciso a intervenção governamental para que estes obstáculos sejam superados
os controles da poluição tem tido seus efeitos mais pronunciados nas termelétricas à carvão do que nas à gás; nas indústrias de produtos químicos; na mineração do carvão; nos veículos motorizados; no processamento primário, tais como do refino do petróleo, dos metais e do preparo do papel. • nas indústrias automobilísticas, as emissões foram reduzidas em 15%, ou mais, em função dos controles de emissão dos veículos motorizados.
com relação à geração de energia elétrica: • estudos analisam a geração de energia elétrica dentro da ótica convencional, sem incluir os custos ambientais; • o que faz com que formas de geração mais limpas, como, eólica, solar, cogeração a partir de biomassa (bagaço de cana, resíduos de madeira, produtos agrícolas, etc.) se tornem menos competitivas com relação à outras formas de geração mais convencionais, como a hidrelétrica, termelétrica à gás natural ou à carvão; • a não consideração destes custos, equivale a considerá-los como sendo nulos, o que é falso e leva ao uso predatório do meio ambiente..
a identificação dos custos ambientais, ainda, é uma tarefa difícil, já que não se tem como mensurar muitos de seus componentes, tido até hoje como intangíveis; o que acontece na realidade é mais uma identificação e mensuração dos custos referentes às externalidades, ocasionadas pelos impactos decorrentes da má utilização do meio ambiente, ou a apuração dos custos envolvidos na preservação do meio ambiente; são considerados os custos ambientes sob os aspectos do bem comum, julgando-se o meio ambiente sem proprietário e o uso dos seus recursos naturais no processo de produção de energia não é adicionado ao seu custo total, o custo ambiental gerado.
exemplo: • uma construtora de uma hidrelétrica que usa a água armazenada em uma represa, oriunda de um rio e não agrega ao custo final da obra essa água utilizada, por considerá-la um bem público. • Sob o aspecto do custo social: • trata-se dos custos decorrentes das externalidades que não são levadas em conta; • é a sociedade quem paga pelo custo monetário em si: • é prejudicada em decorrência da má qualidade da água do processo produtivo de energia (causando doenças), • devendo arcar, também, com este custo. • custo este que não será incorporado por quem o produziu.
Esses custos poderão ser incorporados ao custo total, à medida que vão ocorrendo, para as empresas que realmente adotam uma gestão ambiental eficiente. • Classificação dos Custos Ambientais: • Custos de Prevenção • destinados à redução da quantidade de poluentes expelidos no • processo produtivo. • Exemplo: investimentos em tecnologias limpas. • Custos de Controle • destinam-se a manter as agressões ambientais dentro dos • limites estabelecidos anteriormente. • Exemplo: verificação periódica dos níveis de poluição.
Custos de Correção • destinam-se às recuperações decorrentes dos danos causados • ao meio ambiente. • Exemplo: reflorestamento de áreas devastadas. • Custos de Falhas • referem-se aos custos de falhas ocorridas no processo de • redução, controle e correção da agressão ao meio ambiente. • Exemplo: multas, sanções. • Custos das Externalidades • decorrem dos impactos gerados pelas empresas, que poderão no • futuro, vir a se tornar importantes. • Exemplo: danos causados à saúde pela poluição atmosférica.
Incorporação dos Custos Ambientais Os custos ambientais, podem ser incorporados por meio dos seguintes mecanismos econômicos: • Mecanismos de Taxação • atende ao princípio poluidor / pagador, aquele que polui, • ressarce a sociedade o prejuízo causado. • Mecanismos de Crédito • o governo fixa a emissão de créditos, e as empresas que menos • poluírem ganharão créditos, que poderão ser vendidos para as • empresas mais poluidoras.
Mecanismos de Benefícios • criam-se benefícios para as empresas que mais investirem no controle • ambiental. a não incorporação dos custos ambientais ao custo da energia, poderá ocasionar ao meio ambiente sérias consequências, já que as empresas geradoras continuarão sua trajetória, não levando em conta a utilização dos bens públicos no futuro, quando passar a existir um controle mais rígido, ela se deparará com custos, ainda, desconsiderados em seu produto (energia), podendo vir a torná-lo pouco competitivo em relação a outros tipos de energias menos impactantes
11 Fonte: Busato, Janete M., Florianópolis 1996
TAREFA - O que são custos ocultos na geração de energia?