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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Modernismo 1 a Geração. Prof. Natália. Modernismo 1ª Geração SAM. 13, 15 e 17 de Fevereiro. A boba , Anita Malfatti (Exposição em 1917).

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

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Presentation Transcript


  1. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Modernismo 1a Geração Prof. Natália

  2. Modernismo 1ª Geração SAM 13, 15 e 17deFevereiro

  3. A boba, Anita Malfatti (Exposição em 1917)

  4. Assim criticou Monteiro Lobato a exposição de Anita Malfatti, com o artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”: (...) quando as sensações do mundo externo transformaram-se em impressões cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá ‘sentir’ senão um gato, e é falsa a ‘interpretação que do bichano fizer um totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes”.

  5. Características • Versos livres e brancos; • incorporação da fala coloquial e até de manifestações linguísticas consideradas incultas; • ausência de pontuação, infringindo a gramática normativa; • simultaneidade de cenas, num procedimento semelhante ao da pintura cubista; • enumeração caótica de ideias, formando verdadeiras colagens.

  6. Volta às origens e valorização do índio verdadeiramente brasileiro; • Paródias - tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras; • A postura nacionalista apresenta-se em duas vertentes: - Nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade, identificado politicamente com as esquerdas. - Nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes de extrema direita.

  7. Movimentos modernistas MOVIMENTO PAU BRASIL(1924-30) - Valorização da cultura nacional; - Poesia primitivista crítica do passado histórico; - Aceitação dos contrastes brasileiros como formadores de nossa cultura. MOVIMENTO VERDE AMARELO OU ESCOLA DA ANTA (1926-1929) - Nacionalismo puro, primitivo, sem qualquer tipo de influência; - Movimento de reação contrária ao Pau Brasil.

  8. MOVIMENTO ANTROPOFÁGICO - Devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural; - Origem a partir de uma tela feita por Tarsila do Amaral, em janeiro de 1928, batizada de Abaporu (aba= homem e poru = que come).

  9. Principais articuladores • Na Literatura: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida e Sergio Millet, Monteiro Lobato. • Nas Artes:  Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery

  10. Os Sapos (Manuel Bandeira) Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinqüenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas:Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..." Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

  11. Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro. Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo". Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio...

  12. O cortejo (Mário de Andrade) Monotonias das minhas retinas...Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...Todos os sempres das minhas visões! "Bom giorno, caro."Horríveis as cidades!Vaidades e mais vaidades...Nada de asas! Nada de poesia! Nada de alegria!Oh! Os tumultuários das ausências!Paulicéia - a grande boca de mil dentes;e os jorros dentre a língua trissulcade pus e de mais pus de distinção...Giram homens fracos, baixos, magros...Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...Estes homens de São Paulo,Todos iguais e desiguais,Quando vivem dentro dos meus olhos tão ricos,Parecem-me uns macacos, uns macacos.

  13. Canto de regresso à pátria (Oswald de Andrade) Minha terra tem palmaresOnde gorjeia o marOs passarinhos daquiNão cantam como os de lá Minha terra tem mais rosasE quase que mais amoresMinha terra tem mais ouroMinha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosasEu quero tudo de láNão permita Deus que eu morraSem que volte para lá Não permita Deus que eu morraSem que volte pra São PauloSem que veja a Rua 15E o progresso de São Paulo.

  14. Amor Humor. (Oswald de Andrade)

  15. Namorados (Manuel Bandeira) O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: — Antônia, ainda não me acostumei com o seu [corpo, com a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. — Você não sabe quando a gente é criança e de [repente vê uma lagarta listrada? A moça se lembrava: — A gente fica olhando… A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: — Antônia, você parece uma lagarta listrada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: — Antônia, você é engraçada! Você parece louca

  16. Macunaíma (Mário de Andrade) O herói teve medo e desembestou numa chispada mãe parque a dentro. O cachorro correu atrás. Correram correram. Passaram lá rente à Ponta do Calabouço, tomaram rumo de Guajará Mirim e voltaram pra leste. Em Itamaracá Macunaíma passou um pouco folgado e teve tempo de comer uma dúzia de manga-jasmim que nasceu do corpo de dona Sancha, dizem. Rumaram prá sudoeste e nas alturas de Barbacena o fugitivo avistou uma vaca no alto duma ladeira calçada com pedras pontudas. Lembrou de tomar leite. Subiu esperto pela capistrana pra não cansar porém a vaca de raça Guzerá muito brava.Escondeu o leitinho pobre. Mas Macunaíma fez uma oração assim: Valei-me Nossa Senhora,Santo Antônio de Nazaré,A vaca mansa dá leite,A braba dá si quisé! A vaca achou graça, deu leite e o herói chispou pro sul. Atravessando o Paraná, já de volta dos pampas bem que ele queria trepar numa daquelas árvores porém os latidos estavam na cola dele e o herói isso vinha que vinha acochado pelo jaguará.

  17. O "adeus" de Teresa (Castro Alves)A vez primeira que eu fitei Teresa,Como as plantas que arrasta a correnteza,A valsa nos levou nos giros seusE amamos juntos E depois na sala"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a falaE ela, corando, murmurou-me: "adeus."Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .E da alcova saía um cavaleiroInda beijando uma mulher sem véusEra eu Era a pálida Teresa!"Adeus" lhe disse conservando-a presaE ela entre beijos murmurou-me: "adeus!" Passaram tempos sec'los de delírioPrazeres divinais gozos do Empíreo... Mas um dia volvi aos lares meus.Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "Ela, chorando mais que uma criança,Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"Quando voltei era o palácio em festa!E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestaPreenchiam de amor o azul dos céus.Entrei! Ela me olhou branca surpresa!Foi a última vez que eu vi Teresa!E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

  18. Teresa(Manuel Bandeira) A primeira vez que vi TeresaAchei que ela tinha pernas estúpidasAchei também que a cara parecia uma perna Quando vi Teresa de novoAchei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse) Da terceira vez não vi mais nadaOs céus se misturaram com a terraE o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

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