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Aula 2. Teoria Clássica do Comércio Internacional Vantagens Absolutas e Vantagens Comparativas Carvalho e Silvia – Economia Internacional - Capítulo 1. MERCANTILISMO e Comércio.

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  1. Aula 2 Teoria Clássica do Comércio Internacional Vantagens Absolutas e Vantagens Comparativas Carvalho e Silvia – Economia Internacional - Capítulo 1

  2. MERCANTILISMO e Comércio • Doutrina mercantilista vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, como resultado da expansão do comércio iniciada no final da Idade Média, atingindo o apogeu após o descobrimento da América e do caminho marítimo para as Índias. • Considerava-se o comércio como um jogo de soma zero – se um país está ganhando com o comércio significa que outro está perdendo. • Para ganhar com o comércio, um país precisa exportar mais do que importa. • X > M = balanço de comércio positivo (superávit). • M > X = balanço de comércio negativo (déficit). • Essa linguagem ainda sobrevive nos dias atuais!

  3. Desafios para o Mercantilismo • No início do século 18 começa a reação na forma de oposição ao Mercantilismo • A oposição surge de acidentes históricos e novas filosofias: • A conquista de um novo mundo resulta em uma abundância de ouro. • David Hume, Adam Smith e David Ricardo – todos apresentaram forte argumento contra velhas atitudes.

  4. Adam Smith (1776) Teoria das Vantagens AbsolutasComércio como uma soma positiva • Primeiro trabalho a tratar do comércio entre os países segundo uma visão sistemática. • O alvo era claro: atacar os preceitos mercantilistas. • Defende que todos os países envolvidos podem ganhar simultaneamente através do comércio – “jogo de soma positiva”, ao invés de “jogo de soma zero”..

  5. Adam Smith (1776) Teoria das Vantagens AbsolutasComércio como uma soma positiva • Exemplo: a situação econômica de um país é melhor quando este se encontra produzindo um determinado bem e um segundo bem é produzido de maneira mais eficiente em um segundo país. • Se cada país se especializa na produção de um dado bem (que produz de forma relativamente mais eficiente) e obtém um segundo bem através do comércio, a produção e o consumo total (mundial) podem aumentar relativamente à situação em que cada pais produz apenas para o seu próprio consumo.

  6. Modelo das Vantagens Absolutas Considerando a representação de funções de produção para dois bens - M e X: M = f(L)X = g(L) • A produção do bem M é uma função (f) do insumo trabalho (L), empregado por unidade de tempo; o mesmo se aplica ao bem X, considerando uma função (g) do trabalho. • Pode-se definir um coeficiente técnico de produção (ou coeficiente de insumo/produto) como uma relação que indica unidades de trabalho necessárias para a obtenção de uma unidade de produto: IM = L/M IX = L/X

  7. Vantagem absoluta: Exemplo Desagregando um pouco mais – Considerar dois países (W e B) que produzem os dois bens (M e X), segundo os coeficientes técnicos de produção (unidades de trabalho por unidade de produto obtido): País M X W IWM = 2 IWX = 3 B IBM = 3 IBX = 2 Significado: No país W são necessárias duas unidades de trabalho para produzir uma unidade do bem M e 3 unidades de L para produzir 1 X. No país B são necessárias 3 unidades de trabalho para produzir uma unidade do bem M e 2 unidades de L para produzir 1 X. Portanto, o país W é relativamente mais produtivo em M e o país B é relativamente mais produtivo em X.

  8. Cálculo das unidades de bens produzidos no país W e B – sob autarquia ou na ausência de comércio Supondo que cada país tem 1.200 unidades de trabalho e que na ausência de comércio (ou sob autarquia), cada país aloca metade de suas unidades de trabalho (1/2)LW = (600) na produção de cada um dos bens, tem-se que o número de bens produzidos é obtido dividindo-se a quantidade de trabalho empregado pelo coeficiente técnico de produção: MW = (1/2)LW / IWM = 600/2 = 300 XW = (1/2)LW / IWX = 600/3 = 200 :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: MB = (1/2)LB / IBM = 600/3 = 200 XB = (1/2)LB / IBX = 600/2 = 300

  9. Exemplo – vantagens absolutas sob autarquia • resultado em termos de produção, em unidades de bens M e X é o seguinte:

  10. Exemplo Supondo ainda que, sob autarquia, o consumo interno em cada país é igual à produção própria.

  11. Vantagem absoluta: Exemplo (cont.) Supor, a seguir, que os países decidem estabelecer comércio, realizando trocas. Para obter algum tipo de vantagem no comércio, cada nação deve concentrar esforços na produção do bem que consegue produzir de forma mais eficiente – no caso, que requer um menor número de horas para obter uma unidade do bem. País W: tem vantagem absoluta em M; País B: tem vantagem absoluta em X. No caso de Especialização Completa: A produção e consumo aumenta para ambos os países quando abrem ao comércio e exploram as respectivas vantagens absolutas.

  12. Das Vantagens Absolutas de Smith às Vantagens Comparativas de Ricardo

  13. Motivação • Como explicar, com base nas deduções das vantagens absolutas, a existência de comércio entre países pobres, sem tecnologia e sem recursos para produzir mercadorias a custos (relativamente) reduzidos em relação às grandes potências? • 1817: David Ricardo publicou seus Princípios de Economia Política e Tributação, onde apresentou a teoria das vantagens comparativas, que explicava o comércio mesmo entre nações sem vantagem absoluta na produção de qualquer bem. • Para ilustrar a idéia introduzida, volta-se ao exemplo, supondo que os coeficientes técnicos de produção do país B na produção de X e M não sejam mais 2 e 3, e sim 4 e 5. =>

  14. Ainda a Vantagem Absoluta... • Desagregando um pouco mais – considerando novamente dois países (W e B) que produzem os dois bens (M e X), segundo os coeficientes técnicos de produção (unidades de trabalho por unidade de produto obtido), determinados como: • País M X • W IWM = 2 IWX = 3 • B IBM = 5 IBX = 4 • Segundo Smith, nessa situação, o país W tem vantagem absoluta na produção de ambos os bens. Portanto, segundo a teoria introduzida, este país: • Não teria interesse em se especializar na produção de nenhum dos bens e tampouco comercializar com o país B, segundo as vantagens absolutas. • Isso pode ser concluído observando-se os coeficientes técnicos dos países: • IWX < IBX IWM < IBM

  15. Vantagens Comparativas de Ricardo Além de vantagem absoluta em ambos os bens, pode-se observar que o país W tem vantagem comparativa na produção de M: • O custo de produção de M (em termos de trabalho) no país W é equivalente a 40% do custo desse mesmo bem no país B; • O custo de produção de X no país W é 75% daquele apresentado no país B: IWM / IBM = 2/5 = 0,40 IWX / IBX = 3/4 = 0,75 Portanto, a relação: (IWM / IBM ) < ( IWX < IBX ) Indica que o país W tem vantagem comparativa em M.

  16. Vantagens Comparativas de Ricardo Ricardo argumenta, por sua vez, que embora o país B não tenha vantagem absoluta em qualquer um dos bens, pode-se identificar que tem vantagem comparativa na produção de X: • O custo de produção de X (em termos de trabalho) no país B é equivalente a (1/40% = 250%) do custo desse mesmo bem no país W; • O custo de produção de X no país B é 133.33% daquele apresentado no país W: IBM / IWM = 5/2 = 250% IBX / IWX = 4/3 = 133,33% (IBX / IWX ) < (IBM / IWM ) Portanto, o país B tem vantagem comparativa em X.

  17. Outra forma de expressar: utilizando o conceito do “custo de oportunidade" No país W: (IM / IX) = 2/4 = 0,50 => significa que para produzir uma unidade adicional de M, é necessário abrir mão de 0,5 unidades de X. No país B: (IM / IX) = 5/4 = 1,25=> significa que para produzir uma unidade adicional de M, é necessário abrir mão de 1,25 unidades de X. Portanto, o custo de oportunidade de M em termos de X no país W é maior que no país B. Isso leva a concluir que o país W tem vantagem comparativa na produção de M. Permite também concluir que o país B tem VC na produção de X.

  18. Vantagens comparativas de Ricardo Interpretando IWM / IBM < IWX / IBX • Significa que o custo para o país W (relativamente ao país B) produzir M é menor que seu custo relativo para produzir X. • De forma simétrica, o país B detém vantagem comparativa na produção de X porque: IBX / IWX = 4/3= 1,33 < IBM / IWM = 5/2= 2,50

  19. Vantagens comparativas de Ricardo • Portanto, o que leva o país B a se especializar na produção de X e o país W a alocar todo seu trabalho na produção de M? • Pode-se dizer que deve-se ao fato de que as relações de trocas mostram-se mais favoráveis que os preços relativos domésticos.

  20. Vantagens comparativas de Ricardo Neste contexto, o que leva o país B a se especializar na produção de X e o país W a alocar todo seu trabalho na produção de M? • De acordo com Ricardo, é porque as relações de trocas mostram-se mais favoráveis que os preços relativos domésticos. • Os termos de troca ainda não foram determinados na análise, mas já se pode identificar os preços relativos nos dois países ... Por exemplo: No país W, o preço relativo do bem M em termos de X, é a quantidade de X que deve deixar de ser produzida para obter uma unidade adicional de M.

  21. Vantagem Comparativa Supondo novamente que cada país tem 1.200 unidades de trabalho e sob autarquia, cada país aloca metade de suas horas de trabalho (600) na produção de cada um dos bens. O resultado em termos de produção e consumo é o seguinte:

  22. Preços Relativos • Considerando os preços relativos de X para M no país W: ( PWX / PWM ) = (Iwx / IwM ) • O preço relativo de produzir mais 100 unidades de X ou o preço relativo de 100 unidades de X é de 150 unidades de M. • De modo geral, pode-se dizer que o preço relativo de X é igual a 1,5 unidade de M, resultado que pode ser obtido dividindo-se o coeficiente técnico de produção de X pelo coeficiente técnico de produção de M. • O preço relativo de M em termos de X no país W, por sua vez, pode ser calculado como: ( PWM / PWX ) = (IwM / IwX ) no país X

  23. Vantagem Comparativa Considerando que cada país se especializa na produção do bem para o qual tem vantagem comparativa, que haja uma relação de troca arbitrária, por ex, uma unidade de X para 1,15 unidade de M e que B troque 200 unidades de X por 230 (200x1,15) unidades de M. O resultado desse processo é:

  24. Fronteira de Possibilidade de Produção País M X W IWM = 2 IWX = 3 B IBM = 3 IBX = 2 1200 horas totais; LM = LX = 600, tanto em W como em B. Significado: No país W são necessárias duas horas de trabalho para produzir uma unidade do bem M e 3 horas para produzir 1 X. No país B são necessárias 3 horas de trabalho para produzir uma unidade do bem M e 2 horas para produzir 1 X. Portanto, W é relativamente mais produtivo em M e B é relativamente mais produtivo em X.

  25. Introduzindo Fronteira de Possibilidade de Produção - FPP País B M País W M incl:3/2 incl:2/3 600 400 300 200 X X 200 400 600 300

  26. Verificar com Fronteira de Possibilidade de Produção - FPP País B M País W M 600 300 200 X X 200 600 300

  27. Verificar com Fronteira de Possibilidade de Produção - FPP País B M País W M Prod: 600 EXP CONS CONS C = 300 IMP = C=300M X X Prod: 600 X C=300X C = IMP = 300 IMP EXP

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