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FUNDAMENTOS DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA:

FUNDAMENTOS DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA: . Concepções de linguagem, variedades dialetais e implicações pedagógicas. Concepções de linguagem.

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FUNDAMENTOS DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA:

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  1. FUNDAMENTOS DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA: Concepções de linguagem, variedades dialetais e implicações pedagógicas

  2. Concepções de linguagem “ O ensino do sistema da escrita, bem como o ensino de língua está relacionado aos modos como o homem compreende a si mesmo, a linguagem, o universo em que se situa, e disso decorrem as diferentes concepções de linguagem, de língua, de ensino e de alfabetização que foram produzidos ao longo da história.” (Currículo Básico - AMOP, 2007, p. 140).

  3. Três concepções exerceram e ainda exercem influência no ensino: 1ª - LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO DO PENSAMENTO – Compreende a linguagem como dom individual, que aprendia por maturação, e que se expressava pelos “insights” por “saltos”. A linguagem, então, é produzida no interior da mente dos indivíduos racionais.

  4. A língua então era pautada na gramática normativa ou prescritiva, ausentando-se de atividades de leitura e de produção de textos socialmente significativos. Era o ensino da gramática pela gramática. Na alfabetização, como exemplo: Caminho Suave. (C.B – AMOP . P. 141).

  5. 2ª - LINGUAGEM ENTENDIDA COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO A língua é vista como um “código (conjunto de signos que se combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptor uma certa mensagem”(Geraldi (1985, p.43). Esse código é estruturado por critérios fonéticos, morfológicos e sintáticos. O falante, ao se apropriar desse código, estava apto para transmitir a mensagem a outrem. A linguagem centrava-se no locutor.

  6. Surge então os estudos de Piaget (meados do século XX) relativos à apropriação da escrita pela criança. Emilia Ferreiro e Ana Teberosky discutem práticas pedagógicas, nas quais o educador não ensina, nem transmite idéias ou conhecimentos, mas facilita encontros e descobertas, dando maior valor à originalidade do que ao conteúdo. A linguagem permanece como objeto de estudo por ela própria desvinculada do seu contexto de produção.

  7. A prática pedagógica - pelo viés construtivista – apresentava pouca preocupação com o desenvolvimento da criança como ser social. Propõe-se trabalhar com textos dos alunos, com ênfase no sistema gráfico, em detrimento do sentido.

  8. Na prática pedagógica... isso se materializa com descrição gramatical de fragmentos textuais (quase sempre escritos) exercícios de treinamentos com atividades de múltipla escolha , completar lacunas. Na alfabetização, partiam de unidade maiores (historietas, frases, palavras, para unidades menores da escrita (famílias silábicas e letras). Método Erasmo Piloto.

  9. 3ª LINGUAGEM COMO INTERAÇÃO Os homens interagem socialmentemediados pela linguagem, ou seja ele organiza suas relações sócio-discursivas. (C.B. – AMOP, 2007, p.143). Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.

  10. A partir desse caráter social da linguagem, Bakhtin (...) formula os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de Língua. (C. B. de Língua Portuguesa – SEED, p. 12)

  11. A língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação. Ela mesma, a língua, constitui-se sobretudo pelo uso e pelos sujeitos que interagem. Essa concepção diverge das abordagens de cunho formalista-estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua.

  12. Implicações pedagógicas Isso significa compreender as concepções delinguagem que assumem a língua como interação, como discurso. Também implica conhecer o sistema de escrita para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem.

  13. Dentro das condições de produção, é preciso considerar o contexto imediato da enunciação, além do contexto mais amplo, histórico-social, ideológico. Assim, é na realização do discurso que se evidenciam as contradições decorrentes das lutas de classe, as quais regulam o que pode e deve ser dito ou compreendido, e o modo pelo qual se diz ou se compreende.

  14. Esse é um pressuposto básico da concepção sócio-interacionista de linguagem, fundamentada no materialismo histórico cultural. (CB – AMOP, p. 144).

  15. O trabalho com a Língua, e nela, a alfabetização, toma o caminho da LINGUAGEM delineada por Baktin (1982, p.106) para o qual o “sentido da palavra é totalmente determinado por seu contexto e (...) há tantas significações possíveis quanto contextos possíveis”.

  16. Ao alfabetizar é necessário incorporar a noção de letramento, onde ler e escrever é adquirir uma forma de pensamento, um processo de produção do saber, um meio de interação social com o mundo. • Ao ensino da Língua Portuguesa implica pensar na realidade da linguagem como algo que permeia todo o nosso cotidiano, articulando nossas relações com o mundo e com o outro, e com os modos como entendemos e produzimos esses relação. (C. B. – AMOP, 2007, p.144)

  17. Variedades Dialetais As variedades dialetais serão trabalhadas no interior da escola – de seu currículo – subordinada à concepção de linguagem que a Proposta Pedagógica adotará, que concepção de homem, sociedade aquela comunidade tem. No entanto, ao partir de uma concepção de linguagem como interação, em que os homens interagem socialmente mediados pela linguagem, nos permitem compreender as diferenças dialetais que compõem o universo lingüístico e os processos de interação humana.

  18. No entanto, ao partir de uma concepção de linguagem como interação, em que os homens interagem socialmente mediados pela linguagem, nos permitem compreender as diferenças dialetais que compõem o universo lingüístico e os processos de interação humana.

  19. Assim, as variedades lingüísticas são o próprio espelho da diversidade humana, o reflexo da heterogeneidade de experiências de grupos sociais, não cabendo, portanto, nesta linha de raciocínio, fazer uso de conceitos do tipo certo e errado.

  20. Nesse sentido, três pontos devem ficar marcados nessa discussão: • 1º) a cada variedade lingüística corresponde uma gramática; • 2º) todas as gramáticas da língua são igualmente corretas do ponto de vista lingüístico; • 3º) todo o falante de língua materna constrói uma gramática na sua cabeça e para dominar a linguagem oral ou escrita, não precisa necessariamente estudar a gramática normativa.

  21. Implicações pedagógicas • Pensarmos em estratégias adequadas para tentar resolver esse impasse exige de nós clareza em alguns pontos: as variedades lingüísticas revelam a história, as práticas culturais,as experiências de grupos sociais e não a incapacidade de se falar corretamente;o fato de se dominar as formas da língua padrão não significa, necessariamente, possuir uma boa expressão oral.

  22. Aceitar a variação lingüística requer o respeito aos dialetos, compreendendo-os como legítimos modos de manifestação do homem. A escola deve pensar em ações que favoreçam a interação verbal, com o acesso às diferentes formas de linguagem presentes nos variados gêneros, possibilitando ao aluno produzir, a partir do contato, idéias cada vez mais elaboradas.

  23. Referências: • ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS DO OESTE DO PARANÁ - AMOP – Curriculo Básico para a Escola Pública Municipal: Educação Infantil e Fundamental – anos iniciais. Cascavel: Assoeste, 2007. • CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ(VERSÃO ELETRÔNICA) CURITIBA Currículo Básico do Estado do Paraná. • Barreto, E. S. Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. São Paulo:Autores Associados/Fundação Carlos Chagas, 1988. • GIMENO, José S. Compreender e transformar o ensino.4.ed. Porto Alegre: Porto Alegre: Artes Médicas,1998. • GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história .6 ed. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003. • LOPES, Eliane M.T.; FARIA FILHO, Luciano M. de; VEIGA, Cynthia G. (orgs).500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2000. • SANTOS, Lucíola Lícinio de C. P. Políticas públicas para o ensino básico nos anos 90: os Parâmetros Curriculares Nacionais e Sistema nacional de Avaliação. (SAEB).Educação & Sociedade.Campinas, Sp,v.23,nº 80,set.2002. • ZOTTI, Solange. Sociedade, educação e currículo no Brasil: dos jesuítas aos de 1980. • Campinas,Sp: Autores Associados; Brasília, DF: Plano,2004.

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