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Explore the evolution of mental health care, its current challenges, and the importance of addressing autism support within the Brazilian public health system. Discuss the need for research, early intervention, and qualified care professionals.
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ATENÇÃO À PESSOA COM AUTISMO NO SUS Ana Ferraz Coordenação Nacional de Saúde Mental DAPES/SAS/MS Abril 2010
HISTÓRICO • A história recente do cuidado em saúde mental nas nações mais desenvolvidas economicamente pode ser descrita em três períodos históricos: • i) o nascimento do asilo • ii) o declínio do asilo • iii) o desenvolvimento do cuidado em saúde mental baseado na comunidade (Thornicroft, G.; Tansella, M. – 2010)
HISTÓRICO • As mudanças sociológicas, farmacológicas, administrativas e legais apontam a possibilidade da desinstitucionalização; • Desinstitucionalização: diminuição dos ambientes asilares tradicionais e a simultânea expansão dos serviços baseados na comunidade • Inglaterra, Itália, Espanha
NO BRASIL • Signatário da Declaração de Caracas (OMS/OPS) – 1990: compromisso de reestruturar a assistência psiquiátrica no país; • Lei Federal 10.216/2001: dispõe sobre os direitos das pessoas com transtornos mentais e sobre a mudança do modelo de atenção • Do cuidado centrado num único dispositivo (hospital psiquiátrico) para o cuidado nos diferentes dispositivos da rede aberta e comunitária.
SAÚDE MENTAL – DE ONDE SE PARTE? • Segundo OMS – saúde mental é algo mais do que a ausência de transtornos mentais. • O funcionamento mental tem um substrato fisiológico e está indissociavelmente ligado ao funcionamento físico e social e com os resultados da saúde. • Impactam na saúde mental dos indivíduos: a pobreza, sexo, idade, conflitos e desastres, doenças físicas graves, fatores familiares e ambientais.
SAÚDE MENTAL • Para além de categorias diagnósticas, a saúde mental se mostra como um fenômeno psicossocial e como tal deve ser cuidado. • Necessidades das pessoas com transtornos mentais: médicas, comunitárias, familiares, de reabilitação.
AUTISMO • Transtorno mental grave e, como tal, deve ser assumido pela rede de saúde mental; • A pessoa com autismo tem necessidades de todas as ordens: sociais, educacionais, de reabilitação, orgânicas... • Sobreposição com o campo da deficiência mental – questão histórica na luta pela garantia de direitos. • Cuidado assumido pelas associações de pais e familiares
A REDE DE SAÚDE MENTAL • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS I, II, III, infanto-juvenil); • Serviços de acolhimento à crise (em especial CAPS III e leitos psiquiátricos em HG) • Ações de saúde mental na Atenção Primária (busca ativa, detecção precoce, continuidade do cuidado) – importância dos NASFs • Centros de Convivência e Cultura • Projetos de Geração de Renda e Inserção pelo Trabalho
OS CAPS: DISPOSITIVOS ESTRATÉGICOS • Serviços abertos, de base territorial e inseridos na comunidade; • Presença de equipe interdisciplinar: médicos, psicólogos, assistentes sociais, TOs, enfermeiros e técnicos de enfermagem... • Acompanhamento medicamentoso, terapias individuais e em grupo, suporte à família, mediante a construção de um projeto terapêutico singular.
OS CAPS: DISPOSITIVOS ESTRATÉGICOS • Responsável pela articulação com os diferentes dispositivos presentes na comunidade (demais serviços de saúde, escolas, conselhos tutelares, igrejas, CRAS e CREAS, etc) • Extrapolação de ações clínicas strictu sensu (ações culturais, de lazer, de esportes...)
DESAFIOS NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL PÚBLICA • AUTISMO • A definição do fenômeno – necessidade da pesquisa • A dificuldade do diagnóstico (diagnóstico diferencial) e a necessidade da intervenção precoce; • As diversas formas de entender o fenômeno geram diferentes maneiras de cuidar e, muitas vezes, desassistência e segregação; • Despreparo dos profissionais de saúde para identificar e cuidar.
DESAFIOS NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL PÚBLICA • Necessidade de um trabalho conjunto entre os serviços de saúde mental e os serviços voltados para pessoas com deficiência intelectual – foco psicossocial e reabilitação funcional; • Expansão do número de CAPS; • Qualificação do cuidado – pesquisas e formação continuada para os profissionais de saúde (AB, ESF, CAPS, HG...)
DESAFIOS NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL PÚBLICA • Certamente a descrição da rede de saúde mental ainda não reflete a prescrição da política. • Financiamento • Convencimento de gestores e profissionais • Capacitação de gestores e profissionais • Incorporação cuidadosa de novos conhecimentos e tecnologias na pratica clinica dos serviços.
EXPLICITAR O DEBATE • A demanda existente para a implantação de serviços especializados para o atendimento a pessoas com autismo na rede do SUS; • Especialidade ou Especificidade? • A organização de serviços por diagnósticos e técnicas especializadas seria “mais cientifica”?
EXPLICITAR O DEBATE • Qual a forma mais ética e pragmática de obter e aplicar as evidencias empíricas, contemplando a lógica da saúde publica, bem como os princípios pactuados? • De que forma o saber cientifico pode colaborar para que as especificidades da pessoa com autismo possam ser compreendidas e atendidas? • Como não tornar as pessoas apenas objetos de diagnósticos e de técnicas cada vez mais especializadas?
Coordenação Nacional de Saúde Mental www.saude.gov.br saudemental@saude.gov.br ana.ferraz@saude.gov.br F: (61) 3315-2313/2684/3319