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O medo de decepcionar

O medo de decepcionar. By Lia Luft. O receio de decepcionar as outras pessoas pode tornar-se um empecilho em nossa vida. Este medo faz com que cobremos de nós mesmos uma perfeição impossível de ser alcançada.

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O medo de decepcionar

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Presentation Transcript


  1. O medo de decepcionar By Lia Luft

  2. O receio de decepcionar as outras pessoas pode tornar-se um empecilho em nossa vida. Este medo faz com que cobremos de nós mesmos uma perfeição impossível de ser alcançada.

  3. Porém, o que geralmente não pensamos é que, nossa primeira preocupação deveria ser  em não decepcionar a nós mesmos.

  4. Quantas vezes acabamos não cumprindo os objetivos que nos havíamos imposto Nesse caso, passamos por cima de nossos próprios sentimentos e deixamos de lado nossos sonhos, como se eles não tivessem importância.

  5. Abrir mão de si e daquilo que deseja em função do marido, dos filhos, do namorado é uma postura bastante comum para muitas pessoas.

  6. Ao fazerem isso, desvalorizam-se e agem como se os sonhos e objetivos que cultivam valessem menos ou pudessem esperar para um dia, quem sabe, serem concretizados.

  7. Visto que o futuro é apenas uma hipótese e que somente o momento presente existe, devemos refletir seriamente sobre o hábito de protelar a conquista de nossos anseios mais profundos. Muitas vezes a vida poderá não nos dar uma segunda chance.

  8. Essa não é, em absoluto, uma postura egoísta ou individualista diante da vida. Trata-se isso sim, de não nos anularmos em função seja de quem for, para que um dia não cobremos dos demais a não realização de nossos sonhos e nossa conseqüente frustração.

  9. Manter sempre presente em nossa mente quais as metas que desejamos alcançar ou o que necessitamos para sermos felizes, é uma forma eficaz de não abdicarmos de nossa vida para satisfação dos demais.

  10. É importante encontrar o ponto de equilíbrio entre nossas necessidades e as daqueles com os quais convivemos, sem termos que sempre abrir mão ou fazer concessões quanto a nossas próprias escolhas.

  11. Não me lembro em que momento, percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos – para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

  12. ...Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

  13. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência, isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano.

  14. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: “Parar para pensar, nem pensar”!

  15. ...Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. ...Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

  16. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.

  17. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.

  18. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história.  O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

  19. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente re-programada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

  20. ...Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas, mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

  21. Sonhar, porque se desistimos disso, apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. 

  22. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

  23. CRÉDITOS Formatação: Prado Slides E-mail: jpamador@terra.com.br Autora do texto: Lia Luft (Extraído do livro “Pensar é transgredir”) Imagens: Net Música: Elvis Presley And I Love You So

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