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A Gestão do Regime Terapêutico por Pessoas com Doença Mental, na Perspetiva do Cuidador Principal RODRIGUES, Mª do Céu, Enfermeira Especialista Saúde Mental e Psiquiatria, Hospital do Espírito Santo E.P.E.- Évora;
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A Gestão do Regime Terapêutico por Pessoas com Doença Mental, na Perspetiva do Cuidador Principal RODRIGUES, Mª do Céu, Enfermeira Especialista Saúde Mental e Psiquiatria, Hospital do Espírito Santo E.P.E.- Évora; MARQUES, Mª de Fátima, Professora Adjunta, Universidade de Évora, Escola Superior de Enfermagem de Sº João de Deus. • Da análise dos dados, o denominador comum é a incapacidade dos familiares doentes para gerirem o seu regime terapêutico no domicílio, referindo eles como principal factor não existir perceção e aceitação da verdade de terem uma perturbação psiquiátrica. • Conhecimento dos Cuidadores sobre os Dados Clínicos dos Familiares • Perspetiva em relação à perceção da doença: • 5 cuidadores afirmam que os seus familiares não reconhecem que têmuma doença mental. • 4 utentes não reconhecem os sintomas da doença. • Perante o surgir dos sintomas, apenas dois doentes pedem ajuda à família. • 1º Recurso terapêutico na crise para 6 cuidadores: medicação, médico, serviço de urgência. • Só 2 cuidadores dizem ter recebido orientação dos técnicos de saúde sob a forma de agir na crise. • Perspetiva em relação à gestão do regime terapêutico: • 3 doentes ingerem medicação sem supervisão. • 5 doentes têm conhecimento de efeitos secundários dos medicamentos. • Perante os mesmos, 3 deles recorrem ao médico assistente. • Nenhum doente segue na íntegra as orientações dos técnicos de saúde ( os cuidadores dão maior ênfase à medicação e consultas médicas). • São os cuidadores que assumem de forma mais ou menos ativa, essa função. Ao tentar fazê-lo, alguns sentem maior dificuldade devido à falta de conhecimentos em relação à problemática de saúde do seu familiar. • ESTRATÉGIAS A IMPLEMENTAR • Intervenções direcionadas aos cuidadores com os objetivos de : • Melhorar os conhecimentos e compreensão da doença; • Explicar o regime terapêutico proposto ao familiar; • Orientar e capacitar para a utilização dos recursos disponíveis em situação de crise. • Intervenções direccionadas aos doentes com os objectivos de : • Melhorar os conhecimentos e compreensão da doença; • Promover a adesão ao regime terapêutico; • Orientar e capacitar para a utilização dos recursos disponíveis. INTRODUÇÃO Este trabalho resulta de um diagnóstico de situação, realizado na Unidade de Internamento de Psiquiatria do HES, E.P.E., Évora. A pertinência da gestão do regime terapêutico, assenta no facto de que se a pessoa tiver capacidade, ferramentas e autonomia para a fazer, estará a ser promovida a adesão terapêutica. Optámos por conhecer a perspetiva dos cuidadores principais, uma vez que os doentes apresentam frequentemente falta de crítica e não-aceitação da sua doença mental e o diagnóstico de situação decorreu num período de crise que levou ao internamento. OBJETIVOS -Conhecer a perspetiva do cuidador principal, relativamente à forma como o seu familiar com doença mental faz a gestão do regime terapêutico no domicílio; -Contribuir para a definição de estratégias direcionadas aos utentes e cuidadores principais, para a melhoria da Gestão do Regime Terapêutico. METODOLOGIA Definimos critérios de pertença para os cuidadores e para os utentes; -serem cuidadores principais de um utente com doença mental; -os cuidadores aceitarem participar voluntariamente no trabalho; -utentes com um ou mais internamentos anteriores em Unidade de Psiquiatria; - Utentes com regime terapêutico instituído no domicílio. O recrutamento dos cuidadores principais foi feito pessoalmente, na Unidade de Internamento do DPSM do HESE E.P.E. onde o familiar estava internado, ou por contacto telefónico. A recolha da informação foi feita através de entrevista estruturada aos cuidadores principais, com recurso à gravação áudio, tendo em conta os procedimentos éticos. Foram realizadas sete entrevistas, tendo-se posteriormente procedido à análise de conteúdo. RESULTADOS Foram entrevistados sete cuidadores, seis mulheres e um homem, com idades que variavam entre os 28 e os 77 anos de idade. Relativamente aos doentes, 4 eram do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com uma média de idades de 57 anos.