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Editorial

Editorial. 9º Ano Profª. Cláudia Alencar. Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade.

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Presentation Transcript


  1. Editorial 9º Ano Profª. Cláudia Alencar

  2. Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade. • O editorial está normalmente em Jornais, revistas e artigos de internet.

  3. Mínimo esforçoEDITORIALFolha de S. Paulo24/4/2007 Reforma do ensino básico exige renúncia a soluções fáceis, da crença no poder da tecnologia à ideia de educação só como prazer A DISCUSSÃO sobre a falência do ensino básico, no Brasil, resvala com facilidade para as falsas questões. Soluções dispendiosas, como o uso de computadores na sala de aula, ganham ares de panaceias definitivas -até serem fulminadas pelo teste implacável da empiria, como mostrou estudo do economista Naércio Menezes Filho noticiado nesta Folha. Professor da USP e do Ibmec-SP (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), Menezes Filho investigou as variáveis que mais explicam o bom desempenho escolar. Tomou por base os testes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) com alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3º ano do ensino médio. Verificou que a informática na escola não melhora nem piora os resultados de seus alunos no Saeb.

  4. Escolaridade, salário e idade dos professores tampouco exercem peso significativo, segundo o estudo -uma conclusão destinada a gerar controvérsia, decerto. Maior influência apresentam a idade de entrada no sistema educacional e a quantidade de horas-aula. Alunos que passaram por creches e pré-escola e ficam mais tempo na escola, a cada dia, apresentam desempenho significativamente superior. Por isso a Folha incluiu os dois quesitos no conjunto de metas nacionais, até o ano 2022, aqui elencadas no editorial "O básico em educação" (22/4): 80% das crianças de 0 a 3 anos com acesso a creches (hoje são 13%) e 90% dos alunos com aulas por 6 horas diárias (1,2%, atualmente). Não se conferiu prioridade a computadores nas escolas, mesmo sendo objetivo desejável. Prioridades são prioridades, afinal. Uma das mais prementes, contudo, se mostra refratária à expressão na forma de uma meta quantificável: pôr fim à lei do mínimo esforço, à crença de que a educação possa ter sucesso sem empenho e disciplina.

  5. No gabinete dos tecnocratas, bastaria recorrer a fórmulas mirabolantes. Na sala de aula, à criatividade lúdica, ao espírito crítico e ao universo cotidiano do aluno. O restante viria como que por gravidade, cada estudante percorrendo à própria revelia as etapas necessárias do desenvolvimento cognitivo descritas nalgum esquema abstrato. O fracasso está aí, à vista de todos, para provar que não pode funcionar um ensino em que professores são reduzidos a meros facilitadores, ainda por cima mal pagos e sobrecarregados com jornadas extensas. Perderam a condição de autoridade encarregada de exigir dedicação nas tarefas e civilidade no trato com os colegas, responsabilidade encarada por muitos como ônus a evitar (dificuldade partilhada com vários pais, de resto).

  6. Pode-se discutir indefinidamente se é ou não o caso de retroceder à obrigação de decorar todos os afluentes do Amazonas. Para pôr termo ao descalabro do ensino básico, entretanto, é preciso retomar princípios básicos da educação, a começar pelo combate à noção vigente de que se possam realizar conquistas sem esforço proporcional.

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