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Gestão Estratégica do Absenteísmo

Gestão Estratégica do Absenteísmo. Luiz Fernando Hormain Unimed Litoral Sul (RS) www.saudenaempresa.med.br fhormain@mikrus.com.br (53) 9975-1160. Absenteísmo.

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Gestão Estratégica do Absenteísmo

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Presentation Transcript


  1. Gestão Estratégica do Absenteísmo Luiz Fernando Hormain Unimed Litoral Sul (RS) www.saudenaempresa.med.br fhormain@mikrus.com.br (53) 9975-1160

  2. Absenteísmo Termo usado para designar as ausências dos trabalhadores ao processo de trabalho, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente.

  3. AbsenteísmoCausa de preocupação • Trabalhadores • Empresários • Lideranças sindicais • Governos • Profissionais de Saúde e Segurança • Profissionais de Recursos Humanos • Sociedade

  4. AbsenteísmoImpacto econômico • O absenteísmo exige o re-dimensionamento de quadros de pessoal. • Amplia custos de produção e/ou de prestação de serviços • Aumenta custo final do produto/serviço • Absenteísmo é um fator inflacionário

  5. AbsenteísmoImpacto Social • Favorece a deterioração das relações de trabalho. • Agrava as relações sindicais • As próprias formas de punição pecuniária contra o trabalhador faltante são agravantes destas relações. • Prejuízos morais advindos da banalização da instituição “atestado médico de incapacidade”. • Acelera processos de substituição do trabalho humano pela máquina. • Impacto inflacionário.

  6. AbsenteísmoCausas • O Absenteísmo é hoje considerado a forma mais manifesta e mais frequente de inadaptação do trabalho. • De fato, parece evidente que não existe forma mais explícita de inadaptação ao trabalho do que a ele não comparecer. • As diferentes causas de inadaptação estão geralmente “maquiadas” sob a forma de absenteísmo-doença, buscando atribuir a falta a causas ligadas à Saúde.

  7. AbsenteísmoCausas • As próprias formas de punição pecuniária contra o trabalhador faltante (desconto do repouso remunerado, perda de gratificações/sacolas econômicas, etc) são formas de estímulo à busca indiscriminada da justificativa das faltas por intermédio de atestados médicos de incapacidade, especialmente num país como o Brasil, cujo padrão salarial não permite qualquer perda.

  8. AbsenteísmoCausas • Uma coletânea de mais de 50 (cinquenta) trabalhos científicos realizados por renomadas Instituições de Saúde Ocupacional em todo o mundo, identificaram o absenteísmo-doença como a 8a causa de absenteísmo.

  9. AbsenteísmoCausas mais frequentes • Insatisfação no trabalho • Falta de comprometimento com resultados • Falta de identificação com a tarefa • Ausência de supervisão eficiente/tratamento injusto • Falta de motivação para o trabalho • Ausência de feed-back • Más relações inter-pessoais e inter-setoriais

  10. Motivação • Componente do comportamento humano que faz uma pessoa perseguir determinado objetivo, durante um certo tempo (que pode ser curto, longo ou muito longo), e que não pode ser explicado somente pelos seus conhecimentos, experiências e habilidades (pre-requisitos).

  11. MotivaçãoFormas de Medição • Pode ser medida indiretamente, por exemplo, pelas quantidades de peças adicionais produzidas por um trabalhador motivado. • Trabalho = habilidade + motivação • Habilidade = capacitação ou condições prévias • Motivação = decisão de realizar esse trabalho

  12. MotivaçãoThe Gallup Organization • Engajados: • Psicologicamente comprometidos com a empresa • Inovadores, eficientes e não ficam ociosos • Esclarecidos com relação às funções que exercem • Trabalham com paixão e energia • São leais à empresa e aos colegas • Recebem e fazem críticas positivas e construtivas

  13. MotivaçãoThe Gallup Organization • Desengajados: • Fazem apenas o básico • Confusos ou com falta de habilidade para agir com confiança • Oferecem respostas de baixo risco e comprometimento com a tarefa que irão desenvolver • Não possuem senso de realização e de objetivo atingido • São menos comprometidos com a organização e com os grupos de trabalho • Reagem de forma negativa, mas não de maneira explosiva e intensa.

  14. MotivaçãoThe Gallup Organization • Ativamente desengajados: • Presentes fisicamente mas ausentes psicologicamente. • Pensam nos ganhos próprios em vez do coletivo • Dividem a infelicidade no trabalho com os colegas • Não são produtivos, mas sempre tem desculpas para o baixo rendimento. • Se focam no problema e não tem habilidade para encontrar soluções. • Ficam isolados e são pouco confiantes.

  15. MotivaçãoThe Gallup Organization • Entre os profissionais do setor privado 23% engajados 17% ativamente desengajados • Entre os profissionais do setor público 18% engajados 20% ativamente desengajados

  16. MotivaçãoThe Gallup Organization • Profissionais de 18-29 anos: 17% engajados • Profissionais de 30-49 anos: 21% engajados • Profissionais de 50 anos ou +: 28% engajados Quanto mais jovem o profissional, tanto menor é o seu comprometimento?

  17. MotivaçãoThe Gallup Organization • “Os baixos índices de engajamento custam mais às empresas em vendas, lucros perdidos e em menor satisfação dos clientes”. Gustavo Oliveira Country Manager da The Gallup Organization no Brasil

  18. MotivaçãoExemplos positivos e negativos Microsoft: • Foco na produtividade • Atendimento aos interesses comuns • Flexibilização em todos os sentidos • Respeito mútuo

  19. Absenteísmo • Indicador fiel do nível de satisfação com o trabalho. • Portanto, também é um indicador fiel do risco doença/acidente do trabalho. • Coletânea de mais de 50 trabalhos científicos sobre o tema, demonstrou que o absenteísmo-doença ocupa o oitavo lugar entre as causas mais frequentes de absenteísmo.

  20. Fontes de insatisfação dos trabalhadores • 1. Ambiente físico • 2. Ambiente psicossocial • 3. Remuneração pelo trabalho • 4. Jornada de trabalho • 5. Organização

  21. Fontes de insatisfação dos trabalhadoresAmbiente físico • Posto de trabalho • Condições físicas: ruído, iluminação, vibrações

  22. Fontes de insatisfação dos trabalhadoresAmbiente psicossocial • Sentimentos de segurança e estima no trabalho • Oportunidades de progressão funcional • Percepção da imagem da empresa • Aspectos intrínsecos do trabalho • Relacionamento social com os colegas de trabalho • Benefícios que a empresa concede

  23. Fontes de insatisfação dos trabalhadoresRemuneração pelo trabalho • Importante, mas não a única motivação • Outras compensações como segurança e realização profissional • Diferenças culturais e educacionais na valorização da remuneração

  24. Fontes de insatisfação dos trabalhadoresJornada de trabalho • Tendência histórica de redução • Horas-extras: jornadas superiores a 8-9 horas diárias de trabalho são improdutivas. • Há correlação direta do volume de horas-extras com problemas de doença e absenteísmo.

  25. Fontes de insatisfação dos trabalhadoresOrganização • Novas formas de organização do trabalho • Sem controles rígidos sobre cada atividade • Margem para cada um exercitar suas habilidades • Sentimentos de auto-realização • Respeito mútuo • Inexistência de qualquer forma de preconceito • Relacionamento amigável com colegas e superiores • Supervisão dos próprios trabalhadores

  26. Formas de detecção dos casos de insatisfação dos trabalhadores • Pesquisa de Clima Organizacional > identifica focos de insatisfação > submete os trabalhadores a questionário > tabula resultados > propõe estratégias de correção de rumos

  27. Nível de satisfação com o trabalhoHackman e Oldham (USA) • Autoridade no trabalho • Criatividade no trabalho • Feed-back quanto ao trabalho • Remuneração digna • Identidade com a tarefa • Ciclos completos • Stress

  28. Alargamento e enriquecimento do trabalho • Surgiram como propostas para reduzir as inconveniências dos trabalhos de elevada repetitividade, aumentando, tanto o ciclo de trabalho, como as responsabilidades dos trabalhadores. • 1. Alargamento: no sentido horizontal • 2. Enriquecimento: sentido vertical

  29. AbsenteísmoCasos específicos • O trabalho feminino • O trabalho do idoso • O trabalho do jovem • O trabalho noturno/turnos alternantes

  30. AbsenteísmoO trabalho feminino • Capacidade musculo-tendinosa 30% menor • Áreas da sensibilidade aumentadas no mapeamento • 85% do cuidado com filhos menores cabem às mulheres, mesmo nos casos de dissolução das sociedades conjugais. • 93% do cuidado com familiares idosos (sequelados de AVC, Alzheimer, demência senil aterosclerótica, etc) cabem às mulheres. (fonte: IBGE)

  31. AbsenteísmoO trabalho do idoso • Aumento da expectativa de vida humana • Alteração da legislação previdenciária (idade mínima para aposentadoria). • Aumento da permanência do trabalhador idoso no mercado de trabalho.

  32. AbsenteísmoO trabalho do idoso • Redução da força muscular: 95% (40 anos), 80% (50 anos) e 50% (60 anos). • Perda auditiva: 5% (40 anos), 10% (60 anos), 17% (70 anos) e 35% (80 anos). • Psicomotricidade: movimentos mais lentos e redução dos alcances (tempo de reação 20% maior aos 60) • Memória: redução da memória recente, redução da capacidade de retenção de informações >>> dificuldades no aprendizado de novas tecnologias.

  33. AbsenteísmoO trabalho do idoso • As dificuldades biológicas geram um conflito íntimo no trabalhador idoso entre as dificuldades de adaptação e a necessidade de se manter no mercado de trabalho. • Esse conflito é causa de absenteísmo do trabalhador idoso.

  34. AbsenteísmoO trabalho do jovem • Até quando se estende o período da adolescência? • Dificuldades para o estudo. • Dificuldades para conviver com seu grupo etário. • Dificuldades sociais • Dificuldades para adaptação a normas rígidas de trabalho.

  35. AbsenteísmoO trabalho noturno/turnos • A dificuldade de adaptação às alterações do relógio biológico. • A menor condição reparadora (física e psíquica) do sono diurno quando comparado com o sono noturno. • O aumento da inadaptação com a sucessão de noites de vigília. • O maior índice de adoecimento/acidente do trabalhador noturno/turnos.

  36. AbsenteísmoMultiplicidade de fatores de inadaptação • Trabalhadora em turnos que tem dificuldades de convívio familiar devido as seus horários de trabalho. • Trabalhador jovem que tem dificuldades para estudo e convivência com seu grupo etário devido ao trabalho noturno/turnos. • Trabalhador idoso noturno/turnos que tem dificuldades para conciliar o sono durante o dia.

  37. Absenteísmo-doençaProblemas gerados pela legislação conflitante • Segundo o CFM, todo o médico legalmente habilitado pode emitir atestados médicos de incapacidade ao trabalho. • Portaria 39 de 05/09/1974 do MPAS permite às empresas que tiverem serviços médicos próprios e/ou credenciados, não aceitarem atestados médicos emitidos por outros serviços de saúde.

  38. Absenteísmo-doençaConflitos gerados pelo “Atestado médico” • O médico não deve assumir uma postura “policialesca” diante do absenteísmo-doença, investigando possíveis transgressões que levem a “flagrar” uma possível simulação do trabalhador no sentido de obter um atestado médico indevido. • Por que? O diagnóstico médico está amparado em três grandes bases: 1. Anamnese ou história clínica: 60% do diagnóstico 2. Exame Clínico: representa 30% do diagnóstico 3. Exames Complementares: 10% do diagnóstico

  39. Absenteísmo-doençaConflitos gerados pelo “Atestado médico” • O médico da empresa deve registrar os atestados emitidos por profissionais da rede pública ou privada no prontuário ocupacional do trabalhador? • Evidentemente que sim, não para controlar ou cercear o trabalhador, mas sim para incluí-lo em Programas específicos de Prevenção e Promoção da Saúde e compatibilizar eventuais restrições pós-afastamento às exposições ocupacionais.

  40. Absenteísmo-doençaConflitos gerados pelo “Atestado médico” - Exemplo • A infecção por rotavírus produz diarréia muito frequente, com ou sem vômitos, que causa grande debilidade física (pela depleção hidro-eletrolítica) e invariavelmente produz incapacidade laboral. • Frequentemente estes quadros não apresentam qualquer sinal físico ao exame, especialmente no trabalhador jovem e bem hidratado. • Como justificar essa ausência ao trabalho se o médico desconfiar dos fatos narrados na história? • Como estabelecer o diagnóstico se não forem valorizadas as informações colhidas na história?

  41. Absenteísmo-doençaConflitos gerados pelo “Atestado médico”- Exemplo • Um trabalhador consulta um clínico da rede pública que diagnostica pneumonia pneumocóccica, prescreve um tratamento com penicilina e concede um atestado médico de 07 (sete) dias. Após o término do período de afastamento, já curado da infecção pneumônica, porém debilitado por v[arios dias de hipertermia, imobilidade e sub-alimentação, o trabalhador se apresenta à empresa, onde labora num píer atracadouro, exposto às intempéries. Caberá, então, ao médico da empresa definir qual o período no qual esse trabalhador deverá ser remanejado de função e de local de trabalho, para que não fique exposto às intercorrências infecciosas secundárias à sua queda imunológica.

  42. Absenteísmo-doençaA necessidade do registro • Importância de registrar as causas de absenteísmo, desde que os dados obtidos sejam utilizados exclusivamente para objetivos epidemiológicos. Isto quer dizer que não cabe ao médico do trabalho justificar ou abonar a falta, tarefa esta de cunho gerencial que cabe ao chefe ou líder do trabalhador. (Recomendação 112 – 171 e Convenção 161- OIT)

  43. Absenteísmo-doençaÍndices de Absenteísmo por doença - ICOH • Índice de Frequência: Número de início de licenças por ano/população sob risco • Índice de Duração: Número de dias de ausência por ano/população sob risco • Índice de Prevalência momentânea: Número de trabalhadores ausentes em determinado dia dividido pela população trabalhadora referente ao mesmo dia.

  44. Absenteísmo-doençaÍndices de Absenteísmo por doença - ICOH • Índice de Frequência (trabalhadores): Número de trabalhadores com uma ou mais licenças por ano dividido pela população sob risco. • Proporção de tempo perdido: Número de dias de trabalho perdidos em determinado período de tempo dividido pelo número de dias de trabalho programados no mesmo período, multiplicado por 100.

  45. Absenteísmo-doençaOutros índices de absenteísmo • Média de dias perdidos por trabalhador: Número total de dias perdidos no período dividido pelo número de pessoas tendo uma ou mais licenças no mesmo período. • Duração média da licença: Número de dias perdidos no período dividido pelo número total de licenças no mesmo período. • Média de licença por trabalhador: Número total de licenças no período dividido pelo número de pessoas tendo uma ou mais licenças no mesmo período.

  46. Custo do Absenteísmo • O Cálculo do Custo do Absenteísmo constitui-se em excelente indicador de apoio à decisão gerencial de investimentos destinados a programas preventivos.

  47. Custo do AbsenteísmoIndicador Custo médio trabalhador • A maioria das empresas já possui calculado o seu custo-médio-trabalhador: valor total da folha (+ encargos) dividido pelo número de trabalhadores = custo médio mês do trabalhador. dividido por 30 dias = custo médio dia do trabalhador Custo médio dia do trabalhador multiplicado pelo número de ausências por determinada doença = Custo dia de cada doença para uma determinada empresa.

  48. Absenteísmo-doença X morbidadeNíveis do Espectro de Resposta Biológica • Nível 1: estilo de vida, condições e processos de trabalho, riscos ocupacionais. • Nível 2: alterações de exames laboratoriais e provas funcionais • Nível 3: morbidade sem absenteísmo • Nível 4: morbidade causadora de absenteísmo de curto prazo • Nível 5: morbidade causadora de absenteísmo de longo prazo • Nível 6: morbidade causadora de incapacidade total permanente – aposentadoria por invalidez. • Nível 7: morte

  49. Níveis do Espectro de Resposta BiológicaNível 1 • Estilo de vida: sedentarismo, falta de lazer, cuidados preventivos, tabagismo, stress, hereditariedade, obesidade, hábitos alimentares inadequados, etc. • Segurança e higiene ocupacional: qualidade dos ambientes de trabalho (riscos físicos, químicos e biológicos), condições e processos de trabalho inadequados (riscos ergonômicos).

  50. Níveis do Espectro de Resposta BiológicaNível 2 • Alteração de exames laboratoriais e provas funcionais: alterações do hemograma, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia, provas de função hepática, dosagem do chumbo sanguíneo, exame comum de urina, exame parasitológico de fezes, entre outros, e de provas funcionais, como teste ergométrico, audiometria, espirometria, entre outras.

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