1 / 59

4ª Happy Hour

4ª Happy Hour. “É interessante comparar a multiplicidade dos instrumentos da linguagem e as maneiras como são usadas a multiplicidade de espécies de palavras e sentenças.” Wittgenstein – Tractatus Lógico-Philosophicus , 63.

jolie
Download Presentation

4ª Happy Hour

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. 4ª Happy Hour

  2. “É interessante comparar a multiplicidade dos instrumentos da linguagem e as maneiras como são usadas a multiplicidade de espécies de palavras e sentenças.”Wittgenstein – Tractatus Lógico-Philosophicus , 63.

  3. Grupo de Estudos em Sintaxe vinculado ao Programa de Pós Graduação da Faculdade de Letras/PUCRS

  4. Mestranda Taciana de Lazari Panzenhagen Orientadora Ana Maria Tramunt Ibaños

  5. A negação sentencial no Português brasileiro: Uma interface sintático-semântica

  6. A negação é um fenômeno que está presente em todas as línguas naturais.

  7. Ao considerar esse princípio, propomos um estudo sobre o processamento lógico-estrutural desse assunto, avaliando o comportamento sintático e a contraparte semântica de algumas estruturas com itens negativos no PB.

  8. Possibilidades de compreensão semântica do sentido negativo em diferentes formas de ocorrência e a contraparte sintática da negação

  9. Relações semântico/morfológicas da negação e a contraparte sintática

  10. A negação é compreendida toda vez que é possível estabelecer a “não-inclusão” de uma possibilidade:

  11. De acordo com Schaff (1968), pode-se pensar em “Semântica como um ramo ou subárea da linguística que trata da investigação de como as palavras criadas e dotadas de certa significação estendem essa significação ou a restringem, deslocam-na de um grupo de noções para outros, elevam seu valor ou degregam.” p. 10

  12. Conforme Ilari (2006), isso se dá por meio de diferentes formas marcadas, entre elas • prefixos (“não-“, “sem-“, “in-“); • “não” e outros advérbios que apresentam ideia de tempo (nunca, jamais); • indefinidos negativos (nenhum, nada, ninguém); • verbos auxiliares (“deixar de ...”); e • conjunções como “nem”.

  13. Então, no que respeita à compreensão semântica das palavras dotadas de valor negativo, observa-se que este valor negativo pode recair, por exemplo,

  14. em uma palavra (não-alinhados, indefensáveis), ou num verbo (Maria deixou de tomar o remédio); • sobre um quantificador (Nem todos os estudantes são bajuladores.), • e sobre um nexo expresso por certas conjunções (Eu não acelerei o carro porque tinha pressa (mas porque precisa fugir do assaltante)).

  15. Mecanismo de prefixação Processo que se estabelece a partir da formação de outra palavra semanticamente relacionada com a palavra-base

  16. Por exemplo,-InPrefixo de valoração negativa+Contestável =palavra-base + conceito (semântico-interpretativo) “ NÃO ACEITA A VALIDADE”

  17. Disso decorre o fato de que haveria uma dupla significação negativa, o prefixo in negando a própria negação da palavra-base,in (contestável)(idéia de negação) (algo que não aceita a validade)

  18. de onde se obtém a interpretação de queincontestável é igual a “não + não aceitar algo como válido”.

  19. Parece-nos óbvio que a compreensão de toda a extensão dessa sentença permeia as condições cognitivas de interpretação de nenhuma outra forma que não pelo valor negativo atribuído a essa afirmação.

  20. Se contextualizarmos esse item lexical numa dada sentença, como em“A atitude da aluna foi incontestável.”,

  21. VP V’ V AP foi incontestável

  22. Do ponto de vista da arquitetura sintática, esse fenômeno não pode ser capturado pela X-barra.

  23. Ou seja, a “negação da negação”, semanticamente interpretada a partir do item lexical formado pela prefixação junto à palavra-base, não pode ser capturada pela estrutura sintática.

  24. Vejamos, agora, um outro exemplo.Você deixou de fazer a matrícula hoje.

  25. VPV’ V PP deixou de fazer matrícula [..]

  26. A representação sintática, conforme o diagrama acima, configura-se pela inserção do item lexical “deixar” (que tem valor semântico negativo nesse contexto, o qual é transposto para toda a sentença) no VP, em posição nuclear do constituinte de uma sentença declarativo-afirmativa.

  27. No entanto, [...] deixar de fazer a matrícula equivale aVocê não realizou a matrícula.

  28. Sua representação sintática, aos moldes da TPP, preconiza a existência de uma categoria funcional denominada NegP.Em que

  29. Tal categoria é formada a partir de instruções contidas nos itens lexicais negativos que, quando apanhados do léxico, carregam o traço [neg].Assim, a sentença estruturada nos moldes da X-barra configura-se da seguinte forma:

  30. Derivação para SS • NegP é gerado dominando IP. • As propriedades de clítico de Não em negº determinam que o complexo [I+V] seja movido para Negº. • A presença de I em Negº acarreta a presença de Spec de IP acima de Spec de NegP, posição em que vai receber caso nominativo. • A interferência de Spec de negP entre I e o Spec de IP não bloqueia a atribuição de caso ao NP que preenche o Spec de IP.

  31. Considerações sobre a sentença: • É sentença bem formada, pois o movimento é legítimo (os núcleos transitam por posições nucleares). • Submete-se ao ECP – cada vestígio é apropriadamente regido pelo preenchimento do núcleo imediatamente superior, verificando-lhe a localidade necessária entre ele e seu antecedente. • O verbo é movido para I°, de que resulta o complexo [I+V], e este complexo sobe para Neg°.

  32. O caráter clítico de Não (complexo [não(+cl)+V]) • NegP é gerado acima de categorias flexionais. • O complexo verbal se move para a direita do clítico = clítico está acima de IP. • Move os verbos para que os afixos se amalgamem a ele. • Clítico negativo é fixo, precedendo, invariavelmente, o verbo, porque Não é núcleo funcional mais alto e deve estar refletido na SS - é o elemento à esquerda do complexo verbal. • Do ponto de vista fonológico, o não pré-verbal, adjacente ao verbo, não tem tonicidade independente, assim como ocorre com os outros clíticos. • A interação com clíticos pronominais permite reforçar a ideia de que ele é um clítico, pois o clítico pronominal pode subir agregando-se ao verbo superior do qual ele não representa papel temático, mas é impedido de fazê-lo se o não está presente.

  33. Manifestação não-capturável Manifestação capturável pela sintaxe Mapeamento das informações semânticas de valoração negativa

  34. Schaff (1967) aponta o que Quine considerou como as três principais esferas do interesse linguístico na questão da significação:

  35. Gramática o estudo das formas que tem significação; Lexicologiao estudo de expressões que têm significações semelhantes; Mudanças semânticaso estudo das mudanças nas significações e a regularidade nessas mudanças.

  36. Segundo Raposo (1992), para Chomsky a linguagem se configura como um sistema formal interpretado, no sentido da lógica, ou seja, as expressões são construídas por um sistema de regras exclusivamente formais e são posteriormente investidas de significação.

  37. Chomsky (1986) considera a estrutura da gramática gerativa como modular, cujos módulos são responsáveis por um conjunto de procedimentos que determinam a estrutura e o funcionamento das línguas humanas e interagem formando a rede de relações que deverá caracterizar a gramática de uma dada língua.

  38. Assim, os módulos da gramática são marcados por princípios gerais. Da interação dos princípios com os parâmetros, resultam julgamentos acerca das sentenças que pertencem ou não a uma determinada língua e a descrição estrutural que se associa a tais sentenças, com a finalidade de explicar, a partir da observação, como o processamento da linguagem ocorre.

  39. Assim, chegamos às seguintes distinções:

  40. Semântica que não pode ser captada na X-barra e que não é parte do sistema formal interpretável pela estrutura da gramática gerativa X a semântica considerada pela Sintaxe, conforme Raposo (1992):

  41. “Compete à forma lógica representar as propriedades semânticas que são determinadas na estrutura sintática das orações.

  42. Entre elas, encontram-se as relações de co-referência entre os argumentos, a relação sujeito-predicado e as funções “semânticas” temáticas dos argumentos da frase, como agente, paciente, causa.

  43. Essas propriedades, evidentemente, não esgotam o conhecimento do falante/ouvinte sobre o significado da linguagem e o seu uso adequado.

  44. Alguns aspectos deste sistema de conhecimentos não representados pela LF são, por exemplo, o significado das palavras no dicionário, a coesão discursiva e o uso adequado da língua em situações concretas.” (Raposo, 1992. p. 29.)

  45. A Hipótese LexicalistaDistinção entre morfologia derivacional e flexional A morfologia derivacional constrói palavras novas através da composição de uma forma base com um afixo (por exemplo, nacional [nação]) A morfologia flexional caracteriza a relação existente entre formas diferentes da mesma palavra, como, por exemplo, as formas diferentes de um dado verbo.

More Related