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Discover the complexities of simulating the Internet, its ever-changing dimensions, heterogeneity, and dynamic nature. Explore requirements, abstraction, emulation, topology generation, and traffic models for accurate evaluation. Learn how network dynamics can impact performance testing and the importance of visualization in understanding simulated scenarios.
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Avaliação de Desempenho Simulando a Internet Carlos Alberto Kamienski (cak@ufabc.edu.br) UFABC
Simular a Internet: dificuldades • Simular a Internet representa um desafio • Devido às suas características únicas é difícil obter uma caracterização precisa • Internet global: pública + privada • Algumas conclusões obtidas há alguns anos não são mais válidas • Mudanças nos perfis dos usuários • Novos protocolos e aplicações • A Internet é um grande alvo móvel
Dimensões da Internet • A Internet é muito grande (qualquer aspecto) • Métricas para o tamanho da Internet: • Número de usuários, redes, computadores, interconexões, tráfego, acessos a sites, mensagens de correio eletrônico, etc. • Problemas: • Pouco representa muito • Escalabilidade
Dimensões da Internet http://www.netsizer.com
Heterogeneidade • Sucesso da Internet: protocolo IP • Aceita praticamente qualquer rede subjacente • Utilização de muitas tecnologias diferentes • Ethernet, WLAN (Wi-Fi), WiMax • Linha discada, ADSL, RDSI, Modem a cabo • Modem celular, Blue Tooth, GPRS, 3G, 3.5G, 3.75G, 4G • ATM, Frame Relay, SDH, WDM • Dificuldade em compreender o funcionamento • Não existe uma topologia “típica” da Internet • Diversidade de enlaces: alguns Kbps até 10 Gbps (e além) • Protocolos e padrões de tráfego
Mudanças drásticas • Mudanças ocorrem de maneira rápida e imprevisível • Exemplo: • Crescimento súbito do tráfego de alguma aplicação • Depois de algum tempo, volta aos padrões antigos • Exemplos: compartilhamento P2P: filmes, músicas, programas • Possíveis fontes de mudanças imprevisíveis: • Estruturas de tarifação • Tecnologias de redes sem fio e dispositivos móveis • Cache de Web
Requisitos para pesquisa • Requisitos que pesquisadores necessitam nos simuladores da Internet • Abstração • Emulação • Geração de cenários • Visualização • Possibilidade de expansão • Disponibilidade de protocolos e mecanismos
Abstração • Abstração: nível de detalhamento do modelo • Simulações de alto nível • Simulações detalhadas • Vários níveis abstração (ou granularidade) em um mesmo simulador são úteis • Dúvida: nível de representação de componentes • Abstrair ou não abstrair: • Precisão nos resultados • Tempo de desenvolvimento do simulador e de simulação • Exemplos • Redes locais, protocolos de aplicação, roteamento dinâmico
Emulação • Interação de elementos da rede real com um ambiente de simulação • Utilização em experimentação e simulação • Tipos: • Aplicação no simulador “conversa” com aplicação real • Simulador utilizado como uma “nuvem de rede”, uma WAN • Vários roteadores e enlaces com características distintas • Pode introduzir atrasos, descartes, congestionamentos, etc. • Mecanismos de escalonamento e encaminhamento • Pode ser usado para simular uma WAN em um testbed • Emuladores: Nist Net, ns
Geração de cenários • É difícil obter cenários representativos da Internet através de configuração manual • Geração automática de: • Topologias • Padrões de tráfego • Eventos dinâmicos (falhas em enlaces) • Avaliação de robustez de protocolos é mais confiável com geração automática • Por outro lado, cenários simples possibilitam entender melhor o comportamento da rede
Topologias • Topologias de redes locais não representam a Internet • Topologias típicas: • Provedores não revelam topologia • Interconexão de provedores é inferida a partir de tabelas BGP
Topologias - geradores • Geradores ad-hoc: • GT-ITM e Tiers • Topologias em três níveis • Geradores baseados em medições • BRITE e Inet • Crescimento incremental e número de interconexões
Modelos de tráfego • Geração de tráfego sintético (modelos) • Simular corretamente o tráfego real • Características dos pacotes gerados: • Tamanho, periodicidade, rajadas, etc. • Tráfego de dados: protocolo TCP • HTTP, FTP, SMTP, TELNET, POP, IMAP • 90% do tráfego da Internet • Tráfego multimídia: UDP • Voz: CBR, On-Off • Vídeo: CBR e VBR (MPEG 1-2-4, H.261, H263) • Tráfego agregado • Auto-similar
Dinâmica da rede • Dinâmica da rede significa que os nós podem ficar fora do ar e retornar • Isso é muito comum na Internet, gerando instabilidades de roteamento • Utilização: • Simulações com topologias complexas • Protocolos de roteamento • Testes de robustez à falha de enlaces
Visualização • Importante para compreender o cenário simulado • Inclui visualização da topologia e animação do tráfego de pacotes, inclusive descartes • Recurso muito útil no ensino de redes de computadores • Em pesquisa, geralmente somente os resultados interessam • Simulador ns: possui animador nam
Expansão e recursos • Possibilidade de expansão • O simulador deve permitir expansão com grande flexibilidade • Essencial para pesquisa • Disponibilidade de protocolos e mecanismos • Nem sempre o melhor simulador é o mais adequado para todos os casos • Exemplo: • O ns-2 não possui todas as funcionalidades necessárias
Configurações para a Internet • Topologias • Iniciar com topologias simples para obter melhor compreensão (embora não representativas) • Rede com gargalo: topologia em halteres • Topologias complexas: usar gerador • Aplicações e protocolos • TCP: 90% do tráfego (da Internet) • HTTP: 65% do tráfego • FTP: mais fácil de controlar em simulações • UDP: simular aplicações multimídia • Voz, vídeo, RealPlayer, jogos
Configurações para a Internet • Modelos de tráfego • Simuladores geralmente implementam modelos para FTP, HTTP e TELNET • Número de chegadas de chamadas de voz • Poisson, com intervalo entre chegadas Exponencial • Duração das chamadas de voz: • Exponencial com média de 2 (ou 3) minutos • Tráfego de voz: • CBR: Taxa de acordo com o codificador (ex.: 80 Kbps para PCM, incluindo os cabeçalhos IP/UDP/RTP) • On-Off: distribuição Exponencial ou Pareto dos períodos On (1,004 s) e Off (1,587 s) • Tráfego de vídeo: modelos (complexos) para VBR
Fluxos e agregações • Quantidades de fontes e destinos de dados • Fluxos individuais ou agregações • Quantidade de sistemas finais • Um para cada fonte • Várias fontes em um sistema final ou roteador • Depende da abstração utilizada • Ponto de origem ou destino • Rede local ou linha discada • Nem sempre precisam ser representados • Agregações: • Não são fontes individuais com taxas muito grandes • Têm modelagem diferente: Auto-similar
Tamanho de pacotes • Compromisso: • Pacote maior: eficiência • Pacote menor: interatividade • Pacote IPv4: máximo de 64 KB • Pacotes jumbo: até 8 KB • Tamanho máximo real: 1500 bytes • FTP, HTTP e SMTP (1000 ou 1500 bytes) • Pacotes de voz: 200 bytes ou menos • Vídeo sob demanda: pacotes maiores • Tamanho comuns: 536, 576, 40, 44, 1500
Tempo de simulação • Regra empírica: • Iniciar com pouco tempo e ir dobrando até que não haja alteração significativa nos resultados • Segurança: intervalo de confiança • Simulações típicas são executadas por alguns minutos (60 a 3600 segundos) • Tempo de relógio é menor em simulações simples e maior para complexas • Segundos, minutos, horas, dias • Depende da topologia, quantidade de fontes, tempo de simulação e quantidade de replicações
Simuladores para a Internet • OPNET • Simulador comercial completo e caro $$$$$$$$$$$$$$$$$$$ • Network Simulator (ns) • Usado no meio acadêmico • É de graça • OMNeT++ • Arcabouço para construir simuladores de rede • OverSim: simulador P2P baseado no OMNet++
Simulação – QoS na Internet • Exemplo de pesquisa sobre a Internet através de simulação com o ns • Objetivo: • Comparar o desempenho de aplicações multimídia na Internet usando o serviço de melhor esforço e as tecnologias IntServ e DiffServ • Contexto • Qualidade de Serviço (QoS) na Internet • Problema • A Internet não oferece garantias de QoS
Definições para QoS em Redes • O desempenho de uma rede relativo às necessidades das aplicações • O conjunto de tecnologias que possibilita à rede oferecer garantias de desempenho • Requisitos de QoS • São as exigências mínimas de uma aplicação sobre métricas da rede • Vazão > 128kbps • Atraso < 150ms • Variação do atraso < 20ms
Serviço de melhor esforço • Todos os usuários e aplicações recebem o mesmo tratamento nos roteadores • Congestionamento: fila FIFO • Capacidade esgotada: descarte • Vantagens: • Simplicidade, robustez, escalabilidade • Uns dos motivos do sucesso da Internet • Problema: • Não permite aplicações que precisam de garantias
Métricas de QoS • Atraso • Tempo do pacote “dentro da rede” • Entre transmissor e receptor (fim a fim) • Variação do atraso (jitter) • Medido entre pacotes consecutivos • Vazão (largura de banda ) • Taxa de transmissão de dados (Mbps) • Confiabilidade • Perda de pacotes
Propostas para QoS na Internet • IETF (Internet Engineering Task Force) • Responsável por padrões na Internet • IntServ (serviços integrados) • Reservas de recursos para cada fluxo • Procolo RSVP (Resource Reservation Protocol) • Problema: falta de escalabilidade • DiffServ (serviços diferenciados) • Baseado em Classes de Serviços • Agregação de fluxos • Provisionamento para cada classe (PHB)
Plano de simulação • Simplificação da RNP2, incluindo os PoPs: • PE, SC, RJ, SP, MG e DF • Avaliar tráfego entre Recife e Florianópolis • Métricas: vazão e atraso • Roteadores • Cada PoP representado por um roteador • PE ligado somente a RJ e SC ligado somente a SP • Enlaces • Situação da RNP2 em abril de 2002 • Atraso: de acordo com distâncias físicas
Plano de simulação • Modelo de tráfego • Voz: principal • CBR a 64 Kbps e pacotes de 100 bytes • Motivo: facilidade de acompanhar a vazão • 20 fontes entre SC-PE • 10 fontes entre: SC-DF, SC-MG, DF-PE, MG-PE, RJ-SP • Dados: retaguarda • FTP com pacotes de 1500 bytes • Quantidade de fontes foi variada (fator) • Técnicas de QoS • Melhor esforço (BE) • IntServ (serviço de carga controlada) • DiffServ (PHB EF)
Plano de simulação • Tempo de simulação • Experimentos com duração de 10 segundos • Tempos maiores não mostraram diferenças significativas • Período generoso para observas as métricas de interesse • Fontes CBR e FTP iniciam entre 0 e 1 segundo de simulação • Escolha aleatória com distribuição uniforme • Replicações • 100 replicações para cada experimento • Fatores e níveis • Carga da rede: número de fontes FTP 0, 5 e 50 • Tecnologias de QoS: BE, IS e DS
Execução e coleta de resultados • Simulador ns, versão 2.1b8a • Funcionalidades da distribuição padrão • DiffServ: PHB EF com WRR do módulo CBQ • Troca do gerador de números aleatórios • Park-Miller: período de 231 – 2 • Marsenne-Twister: período de 219937 – 1 • Coleta de resultados • Vazão: componente LossMonitor • Amostras a cada 0,5 segundos e média do experimento • Atraso: componente PktStats • Atraso para cada pacote e média do experimento
Execução e coleta de resultados • Plataforma de simulação • CPU AMD Athlon de 1.3 GHz e 512 MB • Sistema operacional Linux • 9 conjuntos de de 100 replicações de 10 segundos • Tempo de relógio: alguns minutos
Apresentação e análise • Resultados de 1 fonte CBR entre SC e PE • Motivo: representatividade e baixa complexidade • Estudo mais detalhado pode medir todas as fontes CBR e extrair estatísticas • Resultados se referem à média das médias de cada uma das 100 replicações • Intervalo de confiança ao nível de 99,9%
Avaliação de Desempenho Simulando a Internet Carlos Alberto Kamienski (cak@ufabc.edu.br) UFABC