1 / 39

Acidente ofídico e lesão renal.

Acidente ofídico e lesão renal. Antonio Tiago M. Pinheiro – I 2 UFC. Aspectos epidemiológicos. Acidente ofídico.

freya-hale
Download Presentation

Acidente ofídico e lesão renal.

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Acidente ofídico e lesão renal. Antonio Tiago M. Pinheiro – I 2 UFC

  2. Aspectos epidemiológicos Acidente ofídico ACIDENTES OFÍDICOS in Guia de Vigilância Epidemiológica Caderno 14 MINISTÉRIO DA SAÚDE – BRASIL 2009 disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_aap.pdf

  3. ACIDENTES OFÍDICOS in Guia de Vigilância Epidemiológica Caderno 14 MINISTÉRIO DA SAÚDE – BRASIL 2009 disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_aap.pdf

  4. Cobras peçonhentas • Serpentes peçonhentas apresentam fosseta loreal, órgão termorregulador localizado entre o olho e a narina. • incluem os gêneros: • Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca); • Crotalus (cascavel); • Lachesis (surucucu, pico-de-jaca) • como exceção de serpente peçonhenta, o gênero Micrurus (coral verdadeira) não possui fosseta loreal

  5. Jararaca (Bothrops jararaca) • ação proteolítica, • ação coagulante • ação hemorrágica

  6. Cascavel (Crotalusdurissus) • ação neurotóxica • ação coagulante • ação miotóxica

  7. Surucucu (Lachesissp.) • ação proteolítica, • ação coagulante • ação hemorrágica

  8. Primeiros socorros • O que fazer? • A - Torniquetes • B - Levar a serpente morta ao local de atendimento • C - Manter o membro afetado acima do nível do coração • D - Cortar o local da picada para forçar a saída do veneno • E - Chupar o local da picada • F – Ingerir álcool • How to Prevent or Respond to a Snake Bit – CDC 2005

  9. Primeiros socorros • ▲ Eleve o local afetado▲ Levar a vítima imediatamente ao    serviço de saúde mais próximo Hidrate a vítima com goles de água Não corte ou fure o local da picada • ▲ Não faça torniquete http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_animais_peconhentos.php

  10. Manejo Clínico • Identificação 46% do total de acidentes ofídicos com os que procuram a Unidade de Emergência são causados por Cobras Não Venenosas AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  11. Manifestações clínicas AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  12. Classificação de gravidade

  13. Manejo Clínico - Abordagem inicial • Limpar área suspeita com água e sabão, lesões cutâneas? • Puncionar veia periférica - nunca utilizando o membro afetado: • colher sangue para determinação de: creatinina, sódio, potássio, CK-MB e hemograma completo, TAP, TTPA, quantificação do fibrinogênio; • Iniciar 500 ml de soro glicofisiológico 5% ou soro fisiológico (se pcte diabético), 45 gt/min • Urina – anotar características e o volume. Colher aproximadamente 10 ml para exame de rotina AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  14. Manejo Clínico – Abordagem inicial • Pré-medicação: simultaneamente à hidratação, iniciar esquema de proteção contra possíveis reações de hipersensibilidade ao SAV • bloqueadores dos receptores H1 e H2 da histamina • corticoisteróides AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  15. Manejo Clínico Rotina de aplicação de soro antiveneno na U.E. HCFMRP-USP 15 min antes do SAV, administrar I.V. • Antagonistas dos receptores H1 da histamina • Maleato de dextroclorfeniramina: 0,08 mg/kg na criança e 5mg no adulto, ou • Prometazina: 0,5 mg/kg na criança e 25 mg no adulto • Antagonistas dos receptores H2 da histamina • Cimetidina: 10 mg/kg na criança e 300 mg no adulto ou • Ranitidina: 2mg/kg na criança e 100 mg no adulto • Hidrocortisona: 10mg/kg na criança e 500mg noadulto AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  16. Princípios da aplicação do Soro anti-Veneno (SAV) • Especificidade • presteza (rapidez) na administração; • dose suficiente, calculada pela sua capacidade neutralizadora em mg; • Soro antibotrópico (SAB): 1 ml neutraliza 5,0 mg de veneno das “jararacas” • Soro anticrotálico (SAC):1 ml neutraliza 1,5 mg de veneno das “cascavéis” • Soro antielapídico (SAE): 1 ml neutraliza 1,5mg de veneno de “corais” • dosagem única • doses iguais para adultos e crianças. AZEVEDO-MARQUES MM; CUPO P & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, abr./dez. 2003

  17. ACIDENTES OFÍDICOS in Guia de Vigilância Epidemiológica Caderno 14 MINISTÉRIO DA SAÚDE – BRASIL disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual_aap.pdf

  18. Profilaxia do ofidismo • No campo, usar sempre botas de borracha (evitam mais de 70% dos acidentes); • Jamais introduzir a mão em buracos no solo ou em ocos de árvores • Evitar  transitar no final da tarde ou à noite em margens de rios e lagos, pois a "malha-de-sapo" frequenta esses locais à procura de uma espécie de rato semi-aquático; • Evitar acúmulo de lixo ou materiais de construção (tábuas, telhas, tijolos) próximos às habitações rurais (tais madeiras podem constituir abrigos para serpentes); • Manter limpo o terreno em volta das habitações rurais, procurando criar galinhas e outras aves domésticas nas proximidades (esses animais afugentam as cobras).

  19. Caso clínico • Paciente L.A.C. 50 anos, masculino, procedente de Quixadá, agricultor. • QP: Picada de cobra + diminuição da urina • HDA: Paciente previamente hígido sofreu picada de cobra ‘jararaca’ há 8 dias (07/06/11) em MSD, e apresentou vômitos e falta de ar, com piora em 24h com hiporexia, sonolência, náuseas, alterações na coloração urinária (vermelho) • evoluindo após 24h com anúria (09/06/11) dor e edema em mmii e piora clínica. Refere anúria do dia 09/06/11 até 16/06/11, quando relata urina de pequena quantidade. • 12/06/11 Cr: 2,33 e Ur 211,5

  20. Caso Clínico • Paciente c/ HAS há 4 anos, etilista (destilados 0,5 a 1L/dia), ex-tabagista. Refere outros acidentes ofídicos sem repercussão clínica. Faz uso de captopril 25mg 8/8h • Ao exame: EGReg, consciente, orientado, algo sonolento, hipocorado +/4+, hidratado, cooperativo. Peso 73,3kg (+10kg que o normal ‘sic’) • AP: MVU s/ RA • AC: RCR 2T BNF S/Sopros. PA 130x90 FC 84 • ABD inocente • Extr: edema mmii +2/4+ até joelhos cacifo +, ppp, s/ cianose.

  21. Comprometimento renal no acidente ofídico • Insuficiência renal aguda. • Causas • Nefrotoxicidade • CIVD • Hemólise • Rabdomiólise (mais comum em acidente crotálico) • Necrose Tubular Aguda.

  22. DEFINIÇÃO • Insuf. Renal Aguda (IRA): • Tradicionalmentedefinidacomoumaquedaabruptana TFG e aumentosérico das escóriasnitrogenadas, com perdanaregulação do volume extracelular e dos eletrólitos. • Como mensurar? • 2001 - RIFLE • 2007: Acute Kidney Injury Network (AKIN) • RIFLE modificadoparaincluirΔSCr de o.3 mg/dL do basal em 48h, baseado no risco de 80% de mortalidade - Chertow, JASN 2005)

  23. RIFLE • 2001 : Acute Dialysis Quality Initiative (ADQI) • Risk: ⇑ 1.5x Cr, ⇓ 25% TFG diurese<0.5 ml/kg/h x 6h • Injury: ⇑ 2x Cr, ⇓ 50% TFG diurese<0.5 ml/kg/h x 12h • Failure: ⇑ 3x Cr, ⇓ 75% TFG, diurese<0.3/kg/h x 24h • Tambémanuria x 12 hr • Loss: Perdacompleta (incluindonecessidade de diálise) por > 4 semanas • End-stage: Perdacompleta (incluindonecessidade de diálise) > 3 meses

  24. Revisão

  25. Revisão • Eventos que ocorrem nos Néfrons para a formação da urina • Filtração Glomerular • Reabsorção • Secreção

  26. Reabsorção no TCP • É responsável por reabsorver 65% do • fluido tubular • Esse percentual se mantém constante por causa do Balanço Glomérulo-Tubular • O Na+ é o principal eletrólito reabsorvido • O Na+ determina a reabsorção da maioria das outras substâncias do lúmen tubular

  27. Lesão Renal Aguda • PRÉ-RENAL: 40-80% • Hipovolemia/Sequestrovolêmico • Volume de ejeçãodiminuido • Hipotensão • Resultado: hipoperfusãoglomerular

  28. Lesão Renal Aguda (AKI) • RENAL/INTRINSECA: 10-30% • Necrose Tubular: • Isquemia • Toxinas • Pigmentos • Glomerulonefrites • Interstitial: • Inflamação • Vascular : • Pequenosvasos • Grandesvasos Choque; Sepse/SIRS/PO Medicamentos/Rabdomiólise/ Envenenamento

  29. NTA - fisiopatologia NEFROTOXINAS

  30. NTA - histopatológico

  31. EAS

  32. Lesão Renal Aguda -Diagnóstico • Anamnese – Evento agudo; oligúria; azotemia • Exame físico • Exames laboratoriais

  33. AKI: Diagnóstico laboratorialPré-renal x Intrinseca • EAS sedimentos, cilindros • Resposta a teste de volume com retornodacreatinina basal em 24-72 h indica pre-renal • Na+ urinário: FENa FENa (%) = UNa x SCr x 100 SNa x UCr • FENa < 1%: Prerenal • FENa 1-2%: Misto • FENa > 2%: NTA

  34. AKI: Necrose Tubular Aguda • Não-oligurica vs. Oligurica • Prognósticopior se oligúria • Insultoisquêmico : medulamaissusceptível a hipóxia, depleçãocelular de ATP, lesãooxidativa • AKI/ARF fase de NTA: 7-21 diasemmédia • Fase de recuperação da NTA: Fase diurética • DébitoUrinário (>3-4 L) • HipoK, HipoMg, HipoPO4 • Associado a altaFENa

  35. Condutas • Tratamento específico: NÃO EXISTE • Objetivo: Manter pcte EUVOLÊMICO Restrição hidro-salina; Diálise • Tto de suporte • Correção de distúrbios hidroeletrolíticos. • Não fazer dopamina em baixas doses • taquicardia, arritmogenese • Furosemida? • 2 ‘benefícios’: “poupa” energia e “lava” o TCD • Não altera sobrevida e tempo de recuperação renal

  36. INDICAÇÕES PARA TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL • Consensos • Hipervolemiarefratária • Acidosemetabólicasevera; pH emqueda 7.1-7.2 • Hipercalemia> 6.5 ouaumentorefratáriodocumentado • Manifestaçõesurêmicasmaiores i.e. pericardite, neuropatiaprogressiva, convulsão. • Disfunçãoplaquetária, diátesehemorrágica • Droga/toxinadialisável

  37. Obrigado

More Related