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Drogas de Abuso: classificação

Drogas de Abuso: classificação. Baseado no Curso de Prevenção ao uso indevido de Drogas – SENAD Por: Profa . Dra. Cristiane Lopes . FacSau – Metodista DCF – Fisiologia - FCMSCSP. O que é droga?.

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Drogas de Abuso: classificação

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Presentation Transcript


  1. Drogas de Abuso: classificação Baseado no Curso de Prevenção ao uso indevido de Drogas – SENAD Por: Profa. Dra. Cristiane Lopes. FacSau – Metodista DCF – Fisiologia - FCMSCSP

  2. O que é droga? • Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.

  3. Droga • Farmacologia – qualquer substância que provoque efeito no organismo. • Droga de abuso – ex. álcool, maconha, benzodiazepínicos; • Drogas ilícitas – uso não permitido por lei – ex. cocaína, anfetamina; • Substâncias psicoativas – promovem efeitos sobre a consciência, sensorial, comportamento etc.

  4. Por que as pessoas usam drogas de abuso? • Amigos • Festas • Tristeza • Alegria • Ansiedade • Insegurança • Insônia • Abstinência • Sintomas desagradáveis • Fissura • Dor • Auto-medicação

  5. Uso, abuso e dependência química • Problema social e de saúde pública • Violência • Tráfico de drogas • Transtornos psiquiátricos e físicos (United Nations Office for Drugsand Crimes – UNODC, 2010)

  6. Política sobre drogas segurança justiça saúde desenvolvimento (UNODC, 2010)

  7. Usuários e dependentes de substâncias ilícitas • 155 a 250 milhões de pessoas (3,5 a 5,7% da população mundial entre 15 e 64 anos) usaram substâncias ilícitas ao menos uma vez em 2008; • 1º lugar - maconha (129 a 190 milhões de pessoas); • 2º lugar - substâncias relacionadas à anfetamina; • 3º lugar – cocaína • 4º lugar - opióides.

  8. Cocaína • A maior demanda por tratamento de saúde para dependência nas Américas é por cocaína (UNODC, 2010).

  9. Critérios para dependência de substâncias – F1x.2x – DSM-IV Padrão de consumo da substância que gere problemas clínicos significativos, expressos por 3 ou mais itens abaixo, nos últimos 12 meses: • Tolerância; • Abstinência; • A substância é consumida com frequência em quantidades maiores ou durante um período maior do que o que se pretendia; • Existe um desejo persistente ou esforços frustrados de controlar ou interromper o consumo da substância;

  10. Critérios para dependência de substâncias – F1x.2x – DSM-IV • Gasta-se muito tempo em atividades relacionadas à obtenção da substância, no consumo da substância ou em recuperar os efeitos da substância. • Diminuição de importantes atividades sociais, de trabalho ou recreativas devido ao uso da substância; • Continuar consumindo a substância a pesar de saber dos problemas psicológicos ou físicos recidivantes ou persistentes, que pareçam causados ou exacerbados pelo consumo da substância.

  11. Via da recompensa

  12. Via da recompensa Azul – dopamina Verde – glutamato Laranja – GABA Branco- ainda não conhecido

  13. Vias Dopaminérgicas no SNC

  14. Lista de substâncias encontradas na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) • álcool; • opióides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas); • canabinóides (maconha); • sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos); • cocaína; • outros estimulantes (como anfetaminas e substâncias relacionadas à cafeína); • alucinógenos; • tabaco; • solventes voláteis.

  15. Classificação das drogas de abuso 1. drogas DEPRESSORAS da atividade mental; 2. drogas ESTIMULANTES da atividade mental; 3. drogas PERTURBADORAS da atividade mental.

  16. Classificação das drogas de abuso – drogas depressoras da atividade mental Como consequência dessa ação, há uma tendência de ocorrer uma diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade, e é comum um efeito euforizante inicial e, posteriormente, um aumento da sonolência

  17. Drogas depressoras da atividade mental - álcool

  18. Drogas depressoras da atividade mental •Barbitúricos (ex. fenobarbital, tiopental) Pertencem ao grupo de substâncias sintetizadas artificialmente desde o começo do século XX, que possuem diversas propriedades em comum com o álcool e com outros tranquilizantes. O sono produzido por essas drogas, assim como aquele provocado por todas as drogas indutoras de sono, é muito diferente do sono “natural” (fisiológico). Em geral, os barbitúricos são utilizados na prática clínica para indução anestésica (tiopental) e como anticonvulsivantes (fenobarbital).

  19. Drogas depressoras da atividade mental Benzodiazepínicos (BZD) Esse grupo de substâncias começou a ser usado na Medicina durante os anos 60. Atuam potencializando as ações do GABA (ácido gama-amino-butírico), o principal neurotransmissor inibitório do SNC. Essas drogas dificultam, ainda, os processos de aprendizagem e memória, e alteram, também, funções motoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis e outras que exijam reflexos rápidos. • Exemplos de benzodiazepínicos: diazepam, lorazepam, bromazepam, midazolam, flunitrazepam, clonazepam, lexotan.

  20. Drogas depressoras da atividade mental Opióides • Grupo que inclui drogas “naturais”, derivadas da papoula do oriente (Papaversomniferum), sintéticas e semissintéticas, obtidas a partir de modificações químicas em substâncias naturais. As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína e a codeína, além de diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório, como a metadonae meperidina. Quando em uso clínico, os medicamentos à base de opióides são receitados para controlar a tosse, a diarréia e como analgésicos potentes.

  21. Drogas depressoras da atividade mental Solventes ou inalantes • Solventes podem tanto ser inalados involuntariamente por trabalhadores quanto ser utilizados como drogas de abuso, por exemplo, a cola de sapateiro. • Outros exemplos são: o tolueno, o xilol, o n-hexano, o acetato de etila, o tricloroetileno, além dos já citados éter e clorofórmio, cuja mistura é chamada, frequentemente, de “lança-perfume”, “cheirinho” ou “loló”.

  22. Drogas depressoras da atividade mental Solventes ou Inalantes

  23. Classificação das drogas de abuso – drogas estimulantes da atividade mental São incluídas nesse grupo as drogas capazes de aumentar a atividade de determinados sistemas neuronais, o que traz como consequências um estado de alerta exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos.

  24. Drogas estimulantes da atividade mental Anfetaminas • São substâncias sintéticas, ou seja, produzidas em laboratório. Existem várias substâncias sintéticas que pertencem ao grupo das anfetaminas. • São exemplos de drogas “anfetamínicas”: o fenproporex, o metilfenidato, o manzidol, a metanfetamina e a dietilpropiona. • Seu mecanismo de ação é aumentar a liberação e prolongar o tempo de atuação de neurotransmissores utilizados pelo cérebro, a dopamina e a noradrenalina. • Entre outros usos clínicos dessa substância, destaca-se a utilização como moderadores do apetite (remédios para regime de emagrecimento).

  25. Drogas estimulantes da atividade mental Os efeitos do uso de anfetaminas são: • diminuição do sono e do apetite; • sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando realiza esforços excessivos, o que pode ser prejudicial; • rapidez na fala; • dilatação da pupila; • taquicardia; • elevação da pressão arterial.

  26. Cocaína • Alcalóide psicoestimulante extraído da folha de coca (Erythroxylum coca); • Alta capacidade de provocar abuso e dependência.

  27. Histórico da cocaína • 2000 anos antes do descobrimento de nosso continente, em tribos peruanas - A folha mascada libera baixas doses de cocaína, substância ativa da planta, que promove todos os seus efeitos. • Esta forma de uso se manteve até a civilização Inca, mesmo quando da chegada dos espanhóis (≈ 600 anos), que verificaram suas propriedades de estímulo na exploração do ouro da Terra Nova. Contudo a tentativa de transporte da planta para a Europa, naquela época, destruía a substância ativa contida nas folhas, perdendo todos os seus efeitos estimulantes. Na metade do século passado foi conseguida a extração da substância pura, a cocaína, em forma de pó.

  28. Histórico da cocaína • No final do século XIX ocorreu a primeira epidemia de cocaína na Europa, pelo consumo de cocaína na forma de pó, que produzia efeitos mais euforizantes que mascar a folha de coca. • Em 1914 cocaína foi proibida na Europa e nas Américas devido aos seus efeitos devastadores. A cocaína ficou quase sem consumo até os anos 70.

  29. Histórico da cocaína • Entre os anos 70 e 90 ocorreu o pico de consumo de cocaína. O Brasil passou a ser parte da rota internacional de tráfico. • O crack surgiu nos anos 80, a partir de mistura entre cocaína, água e bicarbonato aquecido. Mas em meados dos anos 90 começou a ser consumido de forma significativa – via inalatória, efeitos mais rápidos.

  30. Histórico da cocaína • Méla ou Merla – produto produzido de restos das primeiras etapas do processamento da folha de coca para obtenção de cocaína. Tem consistência pastosa e cor amarelada a marrom; Tem pouca quantidade de cocaína; • Oxi – mistura da base de cocaína com combustíveis (querosene, gasolina, água de bateria, diesel) com cal ou KMnO4. Potência 5 vezes maior que crack. Primeira apreensão em SP jan 2011.

  31. Crack • Pasta de cocaína com bicarbonato e impurezas; • Faz estalidos quando queimado – daí seu nome derivado do inglês: to crack; • Fumaça chega ao SNC em 10 s e efeito dura entre 3 a 10 min; • Potência 5 a 10 vezes maior que cocaína cheirada;

  32. Crack • Efeitos mais euforizantes que cocaína e consequente depressão – levando ao ciclo de uso; • Substituiu forma iv da cocaína – não precisa de seringa, basta um cachimbo; • Mais barata que pó de cocaína.

  33. Produção do crack Imagem cedida por U.S. Drug Enforcement AdministrationPasso 1 (esquerda): o pó é dissolvido em água quentePasso 2 (direita): é adicionado bicarbonato de sódio à mistura Imagem cedida por U.S. Drug Enforcement AdministrationPasso 3 (esquerda): a solução é fervida para separar a parte sólidaPasso 4 (direita): resfriamento da mistura separada Imagem cedida por U.S. Drug Enforcement AdministrationCrack (no filtro à direita) Imagem cedida por U.S. Drug Enforcement AdministrationPasso 5: filtragem da mistura fria para isolar os sólidos

  34. Via de administração do crack

  35. Mecanismo de ação da cocaína no SNC

  36. Mecanismo de ação da cocaína no SNC

  37. Drogas estimulantes da atividade mental Efeitos do uso da cocaína: • sensação intensa de euforia e poder; • estado de excitação; • hiperatividade; • insônia; • falta de apetite; • perda da sensação de cansaço.

  38. Consequências do uso do crack • Alto risco de doenças cardiovasculares – infarto e AVCs • Sintomas depressivos • Tendências suicidas • Esquizofrenia • Violência • Cognição (processamento auditivo) AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA E IMPULSIVIDADE DE USUÁRIOS DE DROGAS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRADO À SAÚDE MENTAL Luciana Lopes Silva Costa(1); Ana Luiza Gomes Pinto Navas(2); Christian Cesar Cândido Oliveira(3); Lilian Ribeiro Caldas Ratto(4); Kamila Helena Prior de Carvalho(5); Helio Rodrigues da Silva(6) Cristiane Lopes(7); Carla Andréa Tieppo(8) Aceito para publicação na Revista CEFAC

  39. Classificação das drogas de abuso – drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos • Classificam-se diversas substâncias cujo efeito principal é provocar alterações no funcionamento cerebral, que resultam em vários fenômenos psíquicos anormais, entre os quais destacamos os delírios e as alucinações.

  40. Alucinação e Delírio • Alucinação - percepção sem objeto, ou seja, a pessoa vê, ouve ou sente algo que realmente não existe. • Delírio - falso juízo da realidade, ou seja, o indivíduo passa a atribuir significados anormais aos eventos que ocorrem à sua volta. Há uma realidade, um fator qualquer, mas a pessoa delirante não é capaz de fazer avaliações corretas a seu respeito.

  41. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Maconha É o nome dado no Brasil à Cannabis sativa. Suas folhas e inflorescências secas podem ser fumadas ou ingeridas. Há também o haxixe, pasta semi-sólida obtida por meio de grande pressão nas inflorescências, preparação com maiores concentrações de THC (tetrahidrocanabinol), uma das diversas substâncias produzidas pela planta, principal responsável pelos seus efeitos psíquicos.

  42. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Maconha Efeitos psíquicos agudos: • Sensação de bem-estar, acompanhada de calma e relaxamento, menos fadiga e hilaridade; • angústia, atordoamento, ansiedade e medo de perder o autocontrole, com tremores e sudorese. • perturbação na capacidade de calcular o tempo e o espaço, além de um prejuízo da memória e da atenção. • Com doses maiores: perturbações mais evidentes do psiquismo, com predominância de delírios e alucinações.

  43. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Maconha Efeitos psíquicos crônicos: • O uso continuado interfere na capacidade de aprendizado e memorização. • Pode induzir um estado de diminuição da motivação, que pode chegar à síndrome amotivacional, ou seja, a pessoa não sente vontade de fazer mais nada, tudo parece ficar sem graça, perder a importância.

  44. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Maconha Efeitos físicos agudos: • Hiperemiaconjuntival (os olhos ficam avermelhados); • diminuição da produção da saliva (sensação de secura na boca); • taquicardia com a frequênciade 140 batimentos por minuto ou mais. Efeitos físicos crônicos: • Problemas respiratórios, uma vez que a fumaça produzida pela maconha é muito irritante, além de conter alto teor de alcatrão e nele existir uma substância chamada benzopireno, um conhecido agente cancerígeno. • diminuição de 50% a 60% na produção de testosterona dos homens, podendo haver infertilidade.

  45. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Dietilamidado Ácido Lisérgico (LSD) • Substância alucinógena sintetizada artificialmente e uma das mais potentes com ação psicotrópica que se conhece. • As doses de 20 a 50 milionésimos de grama produzem efeitos com duração de 4 a 12 horas.

  46. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Efeitos do uso de LSD: • distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados); • fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor); • perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros assemelham-se a quilômetros); • alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações agradáveis, mas também podem deixar o usuário extremamente amedrontado; • estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico, e são relatados como boas ou más “viagens”).

  47. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD)

  48. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD) Outros efeitos tóxicos • sensações de ansiedade muito intensa, depressão e até quadros psicóticos por longos períodos após o consumo do LSD; • flashback, quando - após semanas ou meses depois de uma experiência com LSD, o indivíduo volta a apresentar, repentinamente, todos os efeitos psíquicos da experiência anterior, sem ter voltado a consumir a droga novamente, com consequênciasimprevisíveis, uma vez que tais efeitos não estavam sendo procurados ou esperados e podem surgir em ocasiões bastante impróprias.

  49. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Ecstasy (3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA) É uma substância alucinógena que guarda relação química com as anfetaminas e apresenta, também, propriedades estimulantes. Seu uso é frequentementeassociado a certos grupos, como os jovens frequentadores de danceterias ou boates. Morte por hipertermia maligna.

  50. Drogas perturbadoras da atividade mental - alucinógenos Anticolinérgicos • São substâncias provenientes de plantas ou sintetizadas em laboratório que têm a capacidade de bloquear as ações da acetilcolina, um neurotransmissor encontrado no SNC e no Sistema Nervoso Periférico (SNP). • Produzem efeitos sobre o psiquismo (alucinações e delírios) quando utilizadas em doses relativamente altas e também provocam alterações de funcionamento em diversos sistemas biológicos, portanto, são drogas pouco específicas.

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