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Sistema Econômico Antigo: Civilizações hidráulicas e comerciais

Sistema Econômico Antigo: Civilizações hidráulicas e comerciais. História Econômica Relações Internacionais Professor Renato Carneiro. De nômade à sedentário. No decorrer do Período Neolítico (entre 7 e 3 mil a.C.): nova posição do homem em relação à natureza.

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Sistema Econômico Antigo: Civilizações hidráulicas e comerciais

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Presentation Transcript


  1. Sistema Econômico Antigo: Civilizações hidráulicas e comerciais História Econômica Relações Internacionais Professor Renato Carneiro

  2. De nômade à sedentário • No decorrer do Período Neolítico (entre 7 e 3 mil a.C.): nova posição do homem em relação à natureza. • De comportamento predatório (caça, pesca e coleta) e nômade, passou a produtor, interferindo na seleção natural de vegetais e animais que mais lhe convinham. • A atividade agrícola e pastoril permitiu a fixação, o trabalho coletivo e regular e o crescimento demográfico com conseqüente diferenciação do trabalho.

  3. De nômade à sedentário • A especialização do trabalho possibilitou o surgimento de novas técnicas e ferramentas, como cerâmica, tecelagem, instrumentos de pedra polida, que gerou progresso e um sistema de trocas, precursor da atividade comercial. (Se eu não tenho carne, mas faço um bom machado...)

  4. De nômade à sedentário • Liberação de braços das atividades voltadas à sobrevivência material das comunidades, aliada à progressiva diferenciação social do trabalho, levou à formação de diferentes ritmos de produção e acumulação de bens econômicos e isso acabou por produzir o conceito de propriedade e a diferenciação de diversos segmentos, de acordo com suas posses.

  5. De nômade à sedentário • Por fim, a difusão do conceito de propriedade levou à necessidade de demarcar os limites dos lotes, o tamanho de rebanhos e a mensuração da produção a ser estocada ou trocada. Para isso, inventaram-se códigos que se consolidaram na escrita. A partir daí é que se pode falar de história, ou seja, a partir dos registros dos acontecimentos dos grupos sociais. • O primeiro alfabeto que se conhece é do século XII a.C., pertencente aos fenícios, povo que pautou seu desenvolvimento no comércio. Ou aos mesopotâmicos, como os assírios, civilização considerada hidráulica.

  6. Civilizações Hidráulicas • Com o aparecimento da agricultura  fixação em locais adequados a seu desenvolvimento, ou seja, junto às margens dos rios. • Primeiras civilizações nasceram próximas aos rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia; ao Nilo, no Egito; ao Ganges e Indo, na Índia e ao Amarelo, na China.

  7. Civilizações Hidráulicas • No Oriente Médio, na região que englobava a Mesopotâmia e o Egito, também conhecida como Crescente Fértil, as cheias periódicas fertilizavam as terras adjacentes, permitindo colheitas abundantes, as quais não prescindiam de muito trabalho coletivo para a construção e manutenção de diques, barragens, canais e reservatórios. • Nestas áreas se formaram monarquias teocráticas.

  8. Mesopotâmia • Densamente povoada (atual Iraque). Urbanização crescente, desde finais de 4000 aC., em cidades-Estado. • Os maiores impérios da região foram: • Lagash (2500 a 2360); • Agade (2350 a 2230); • Assur (1800 a 1275); • Babilônia (1728 a 1680).

  9. Mesopotâmia • Características gerais: • Dualidade Palácio / Templo. • Dependiam de mão-de-obra abundante para sua produção. • Por viverem cercadas de populações hostis, necessitavam de exércitos bem preparados. • Dependiam de comércio externo par obtenção de matérias-primas como madeiras, pedras e metais. Geravam produção artesanal para que fossem trocadas por estas mercadorias.

  10. Mesopotâmia • Como era fundamental garantir a sobrevivência e o conforto de camadas urbanas (burocratas, militares, artesãos, comerciantes, sacerdotes), o sistema econômico baseou-se em períodos de trabalho compulsório e requisição de produção artesanal das aldeias e toda uma estrutura produtiva de estábulos, granjas, celeiros, oficinas e rebanhos mantidos pelo trabalho mais sob a forma compulsória do que escrava.

  11. Mesopotâmia • A escravidão tinha seus limites, além do alto custo de manutenção de um escravo. A escrava que procriava, com a morte de seu senhor, conseguia a liberdade para si e para sua prole. Além disso, a escravidão por dívidas era limitada a três anos. • Adotaram o uso de moedas desde o fim do 4º milênio aC., como medida comum de valor e instrumento de troca. Da cevada, passou a utilizar metais com ouro e prata.

  12. Mesopotâmia • O primeiro banco que se tem notícia surgiu por volta de 3400 aC., no Templo Vermelho de Uruk, emprestando o recurso que recebiam de donativos e oferendas a juros para agricultores e comerciantes. Por volta do ano 800 aC. praticavam, inclusive, transferências para outras praças. • Profundamente rurais, baseando-se na produção de cevada, trigo e centeio, tinha o artesanato como uma atividade complementar à economia agrícola. Faziam cerveja, vinho, cestas, móveis, esteiras e outros objetos de palha, óleo de sésamo, tecidos de lã e linho, além de laticínios.

  13. Mesopotâmia • Seu material de construção típico foi o tijolo de argila e palha picada, pois não possuíam madeiras, pedras, nem minérios. • Da África, traziam marfim e ouro; da Síria e Líbano, madeiras, mármores e basalto; da Ásia Menor (parte asiática da Turquia), prata, cobre e ferro. Da Pérsia e do Elam (oeste do Irã) cobre, estanho e lápis-lazuli; da Arábia e da Índia, ouro, pedras preciosas e marfim. • Internamente, seus bazares proviam os habitantes de alimentos, ferramentas e utensílios de uso cotidiano.

  14. Egito • Era a dádiva do Nilo, segundo Heródoto. Correndo por cerca de 1.200 km no platô desértico do norte da África e desaguando no Mediterrâneo, o Nilo torna agricultável uma faixa de cerca de 20 km de largura em seu curso, chegando a 150 km na região do delta, composta de canais e pântanos.

  15. Egito • Suas cheias anuais (de julho a novembro) fazem o rio transbordar, depositando húmus e transformando suas margens em oásis cercados por vastos desertos. • Por esta regularidade e constância, as cheias menos destruidoras do que as da Mesopotâmia, o que exigia menos atenção e mão-de-obra para construção de sistemas de irrigação artificial. Os desertos, por sua vez, protegiam a região de inimigos e possíveis invasores.

  16. Egito • O Egito também não era tão dependente do comércio exterior, já que dispunha de matérias-primas e isso não estimulou o artesanato, como na outra civilização hidráulica, nem a monetarização da economia. • O Egito não se originou de cidades-Estado que disputavam entre si, mas em um Estado unificado, desde 2850 aC., o que fez com que o sistema econômico desta civilização fosse centralizada na corte do faraó, rei-deus dos egípcios. • Precedendo a urbanização e a completa divisão de trabalho, este arranjo produtivo baseou-se no trabalho coletivo e ordenado, com pouco espaço para iniciativas individuais.

  17. Egito • Todo o esforço social foi orientado para manutenção do faraó, sua família, sacerdotes e funcionários administrativos. • Todas as terras pertenciam ao faraó e eram concedidas por ele a alguém durante sua vida. • Poucos eram os escravos, supérfluos num sistema tão bem organizado com camponeses livres que entregavam grandes parcelas de sua produção e trabalho ao Estado.

  18. Egito • Não existia propriedade privada e nem dos templos: apenas estes últimos administravam áreas, como um órgão estatal. • Não havia o dualismo palácio / templo, típico da Mesopotâmia. • Sua economia era, pois, altamente estatizada e de base agrária.

  19. Egito • Produziam trigo e cevada, frutas, verduras e legumes, linho e papiro. A exigüidade de terras férteis resultou em pequeno rebanho bovino, prevalecendo os animais de menor porte, como suínos, ovinos e caprinos, patos, gansos, pombos e codornas. • Seu artesanato era limitado a algumas cidades como Tebas, Mênfis e Tamis e totalmente destinado ao Estado, para decorar de palácios e templos ou ao consumo da família real.

  20. Egito • A economia egípcia foi não-monetarizada, baseando-se em trocas (escambo) e o Estado remunerava seus funcionários em espécie. • O comércio interno também não prosperou por não haver uma diversificação regional que o justificasse. • O comércio externo era reduzido, limitando-se a madeiras fenícias e mercadorias de luxo, como ébano, marfim e incenso da Somália e ouro, pedras preciosas e marfim da Núbia (Sudão).

  21. Civilizações Comerciais • Outras civilizações antigas, devido a condições geo-climáticas pouco adequadas à agricultura, foram obrigadas a se voltarem para o exterior. • Isso as forçou a uma urbanização precoce e uma economia artesanal das poucas matérias-primas que dispunham em abundância, voltada ao comércio de exportação. • Dois tipos principais, cujos modelos foram seguidos por outros povos da região mediterrânea: Creta e Fenícia.

  22. Creta • Localizada no Mediterrâneo Oriental, Creta era rica em madeira e cobre e possuía uma localização favorável em termos de correntes marítimas e ventos que a tornaram a primeira economia voltada à produção artesanal para exportação. • Desde o neolítico suplementava a alimentação de seu povo com pesca, dada a exigüidade de terras férteis para outras culturas, além de vinhas e oliveiras.

  23. Creta • A civilização minóica privilegiou o estabelecimento de comunidades urbanas próximas aos portos naturais. • Essas cidades habitadas por artesãos, ferreiros e carpinteiros passaram a produzir vinho e azeite, além de potes, jarros e ânforas para seu acondicionamento e exportação para outras ilhas do mar Egeu, para a Grécia continental, o Egito e outros portos da Ásia Menor.

  24. Creta • Sua história não é totalmente conhecida, pois seu alfabeto não foi plenamente decifrado, mas sabe-se que iniciaram seu desenvolvimento por volta de 1600 aC. e contava com várias cidades na costa leste. • Seu período áureo foi entre 1570 e 1425 aC., quando Cnossos predominou sobre as demais cidades, estabelecendo a hegemonia marítima na região, suprimindo a pirataria e eliminando a concorrência de outros mercados. • Em cerca de 1400 aC. foram invadidos pelos aqueus e destruídos.

  25. As Cidades Fenícias • No início do 3º milênio aC. populações semíticas ocuparam a costa do Líbano atual. Com poucas terras férteis, relevo acidentado e poucas chuvas esse povo ocupou áreas rapidamente urbanizadas e se dedicavam à pesca e à navegação. • Pelo relevo, as comunidades permaneceram isoladas em regiões de portos naturais, constituindo-se em cidades-Estado jamais unificadas.

  26. As Cidades Fenícias • Cultivando vinhas e oliveiras – pouco exigentes de solo e irrigação – desenvolveram uma ampla atividade artesanal voltada à exportação e à aquisição de alimentos não produzidos em suas terras. • Ugarit, Aradus, Trípoli, Biblos, Sidon e Tiro eram centros manufatureiros que se aproveitavam do desaparecimento da civilização minóica para dominar o comércio no Mediterrâneo.

  27. As Cidades Fenícias • Além de vinho e azeite, produziam objetos de cerâmica e metal, quase em série, e um corante muito desejado: a púrpura (um molusco, muréx). • Mais do que exportadores de seus produtos, no entanto, os fenícios tornaram-se intermediários, comercializando e transportando mercadorias de toda a região mediterrânea. • Para aumentar seus lucros, estabeleceram feitorias, que eram pontos de apoio ao seu comércio, que se espalharam por toda a costa do Mediterrâneo, chegando, inclusive à região que hoje é a Espanha e o Marrocos.

  28. As Cidades Fenícias • A feitoria de Cartago, na costa da atual Tunísia, fundada no século IX aC. tornou-se a maior potência da região até ser derrotada por Roma, no século III aC. • Apesar do intenso comércio, os fenícios só monetarizaram sua economia na segunda metade do século V aC.

  29. Conclusão • Todas estas civilizações, sejam hidráulicas ou comerciais, desenvolveram-se a contento, produzindo sociedades nas quais os governantes confundiam-se com as divindades, e que tenderam a permanecer inalteradas no tempo, mesmo depois de dominadas por outros povos estrangeiros. • Sob várias maneiras, organizaram suas economias para se perpetuarem no tempo, dominando vastas áreas geográficas, com diferentes formas de governo, religiões e culturas.

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