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Etapas do método científico. 1 – Visão geral da ciência e do método científico. Etapas do método científico. Operações mentais: Dedução/indução Análise/síntese. problema. Campos de actuação: Hipótese Experiência Lei Concretização (conhecimento adquirido). intuição.
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Etapas do método científico 1 – Visão geral da ciência e do método científico
Etapas do método científico • Operações mentais: • Dedução/indução • Análise/síntese problema • Campos de actuação: • Hipótese • Experiência • Lei • Concretização (conhecimento adquirido) intuição (Adaptado de Mesquita Filho, 1984)
Observação e experimentação Etapas do método científico Conhecimento pré-existente (teoria) Problema Hipótese Método hipotético-dedutivo (adaptado de Soares, 2003) Se a hipótese não for confirmada pela experimentação, a mesma será refutada, e exigirá a reformulação do problema e da hipótese
Conhecimento prévio ( referencia teórica) + Imaginação criativa observação (percepção significativa) factos, fenómenos,… Contexto de descoberta Etapas do método científico Novo problema Método hipotético-dedutivo Problema ou dúvida Hipóteses Observação descritiva ou experimental Contexto de justificação Análise e Interpretação Rejeição da hipótese Corroboração da hipótese (adaptado de Köche, 2003) NOVA TEORIA
Etapas do método científico 1 – Problema: não pode existir investigação sem a formulação de um problema. O problema deve ser concebido como uma questão proposta para ser discutida e resolvida. A ciência não é a mera observação de fenómenos (…). Um facto em si não tem relevância alguma, não diz nada. Ele passa a ter relevância quando relacionado com um problema (…). Apenas isso justifica uma investigação (Popper, 1978) Só quem conhece é capaz de propor problemas. (…)… A percepção de problemas está directamente relacionada com o uso de teorias. Sem teorias, o homem torna-se cego e incapaz de perceber as dificuldades que estão no seu caminho (Köche, 2003)
Etapas do método científico 2 – Hipótese: tentativas de soluções para posterior aceitação ou rejeição. Trata-se de uma afirmação que, em determinada situação, um fenómeno encontra-se presente ou ausente, que existe ou não relação específica com outro fenómeno ou que determinado fenómeno possui determinada característica. Não existe um único caminho para a formulação de hipóteses (…). O domínio do conhecimento teórico disponível é fundamental e habilita melhor o investigador (…). A imaginação e a criatividade exercem um papel fundamental no processo de elaboração das hipóteses… (Köche, 2003) A experimentação ocorre, inicialmente, no cérebro do investigador (Koyré, 1982)
Etapas do método científico 3- Experimentação: verificar a hipótese formulada confrontando-a com informações obtidas na realidade empírica (dados bibliográficos, técnicas, instrumentos…) As hipóteses devem ser submetidas a condições de falseamento através do método crítico… (…) A hipótese não será rejeitada se aguentar os testes de rejeição e permanecerá provisoriamente como corroborada. Se no confronto com a base empírica não aguentar a contra-evidência, será rejeitada (Popper, 1975) Segundo Popper (1975) é o critério de falseamento que deve distinguir a ciência da não-ciência. Para ser científica uma hipótese tem que explicitar quais os possíveis resultados que podem ser incompatíveis com a mesma.
Etapas do método científico 4 – Recolha, análise e interpretação dos dados: o investigador regista determinadas informações, organiza-as, examina-as e avalia-as com o auxílio de técnicas estatísticas. A interpretação faz-se confrontando os resultados com a bibliografia disponível sobre o assunto, retirando-se posteriormente as conclusões. Não é suficiente (…) submeter uma hipótese a testes isolados (…). Há a necessidade, ainda, de confrontá-la também com outras hipóteses concorrentes, comparando o seu desempenho com o de outras hipóteses e teorias (Köche, 2003) A avaliação dá-se a um nível pragmático que compara resultados de desempenho do confronto de diferentes hipóteses com os factos, interpretadas por diferentes investigadores e à luz da inter-subjectividade. Para isso é necessário domínio teóricos e atitude crítica constante (Köche, 2003)
Etapas do método científico 5 – Conclusão: Depois de testada e analisada a hipótese deverá ser rejeitada, e deverá iniciar-se todo o processo novamente; ou então a hipótese não será rejeitada e será temporariamente aceite como válida dando eventualmente origem a uma nova teoria. Uma vez testada e avaliada a hipótese, não é conveniente afirmar “a hipótese foi aceite”. Deve dizer-se que “a hipótese não foi rejeitada”, a partir das provas depois de submetidas ao teste de falseamento. O valor de uma teoria está na sua corroboração, isto é no facto de não ter sido ainda rejeitada, após ter passado por severas provas. (Popper, 1975)
O progresso e devir da ciência O progresso da ciência aos olhos da ciência contemporânea Não é a ciência o produto dum processo meramente técnico, mas um produto do espírito humano (Bachelard, 1968) A ciência não progride pela acumulação de verdades sobrepostas mas por revoluções constantes. A ciência progride pela permanente correcção dos seus erros e pela audácia dos seus investigadores na formulação de novas hipóteses (Popper, 1975) O surgimento de novas teorias surgiria apenas em períodos extraordinários, quando as teorias antigas não conseguem responder aos problemas vigentes (Kunh, 1978) As revoluções científicas não são mudanças repentinas e irracionais de pontos de vista (…). A refutação de uma teoria só acontece quando há outra melhor para a substituir (Lakatos, 1983)
O progresso e devir da ciência O progresso e devir da ciência Ciência vs não-ciência aos olhos da ciência contemporânea Não é a posse irrefutável, que faz o homem de ciência - o que o faz é a arrojada procura crítica da verdade (Popper, 1975) O resultado do confronto empírico com o teórico poderá dizer se há ou não um novo conhecimento, que terá uma aceitação provisória (Köche, 2003) Actualmente a ciência define-se como um processo de investigação, consciente das suas limitações e do esforço crítico de submeter à renovação constante os seus métodos e as suas teorias. A atitude científica actual é a atitude crítica (Köche, 2003)
O progresso e devir da ciência O progresso e devir da ciência O progresso da ciência segundo Kuhn
Revoluções científicas A teoria da gravitação de Newton baseava-se num modelo simples, em que os corpos se atraíam uns aos outros com uma força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles. Esta teoria prediz os movimentos do Sol, da Lua e dos planetas com elevado grau de precisão. Paradigma dominante
Revoluções científicas Observações muito precisas do planeta Mercúrio revelaram uma pequena discrepância entre o movimento observado e o movimento previsto pela teoria da gravitação de Newton. Anomalia
Revoluções científicas Einstein apresentou a sugestão revolucionária de que a gravidade não é uma força idêntica às outras, mas sim uma consequência do facto de o espaço não ser plano, como se pensara: é curvo ou «deformado» pela distribuição de massa e de energia. Paradigma inédito - dominante No caso de Mercúrio, que, sendo o planeta mais próximo do Sol, sofre efeitos gravitacionais mais fortes e tem uma órbita bastante mais alongada. A própria luz, ao passar perto do Sol é ligeiramente encurvada para o interior devido à massa deste. Por exemplo, a luz de uma estrela distante que passou perto do Sol deverá ser deflectida de um pequeno ângulo
Revoluções científicas A teoria da relatividade representa um momento de revolução científica e constitui-se como um novo paradigma. Paradigma dominante Raios de luz arqueados pela intensa gravidade existente junto a um buraco negro resolvem um paradoxo na teoria da relatividade de Einstein.