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TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. TRABALHO.

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TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

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Presentation Transcript


  1. TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

  2. TRABALHO

  3. O ser humano trabalha quando cria a vida ou melhora as condições de vida. O trabalho transforma a natureza para obter sustento e bem-estar, criando entre as pessoas as relações sociais que marcam o cotidiano. O trabalho também serve a estratificação social, sendo exaltado ou desprezado. Define-se TRABALHO como uma atividade em que o homem exerce e com sua inteligência transforma a natureza, ao mesmo tempo busca um meio de se sustentar através da atividades remuneradas. O trabalho pressupõe consciência de finalidade. O TRABALHO sempre está vinculado a uma ideologia, na qual aparecem um mundo, com doutrinas, normas, regras, e o trabalhador, o homem, não vive livre das ideologias. Em Esparta, que educava para a guerra, preocupada com bons soldados, os jovens eram submetidos a uma vida dura e disciplinada, cujo objetivo era servir ao Estado. Nas cidades-estado gregas e em Roma, o trabalho escravo era considerado natural e necessário, livrando os cidadãos de tarefas servis, para assim desfrutarem de si mesmos e contemplações do espírito. Na República do filósofo Platão, a divisão do trabalho era benéfica para a sociedade. Já para Aristóteles, ser cidadão exigia muito tempo dedicado as atividade intelectuais e políticas. Após a Idade Média, e com os avanços econômicos, científicos e culturais, especialmente nos tempos modernos, as concepções sobre o trabalho mudaram. No liberalismo econômico, Adam Smith além de criticar a intervenção do Estado no âmbito econômico também criticou os fisiocratas e afirmou que o trabalho era a real fonte de riqueza de um país.

  4. O TRABALHO HOJE - O esforço do ser humano para sobreviver. Trabalho é meio de sobrevivência. A atividade produtiva assalariada, definindo as pessoas como produtivas (assalariadas) ou improdutivas (crianças, idosos, doentes, aposentados, pensionistas, desempregados). As atividades ligadas aos serviços sociais de comércio, lazer, segurança, saúde, educação etc. A sociedade está assim dividida em classes. Os trabalhadores que recebem remuneração pela força de trabalho estão na base.

  5. OS SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS E O TRABALHO

  6. ÉMILE DURKHEIM • A preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização dele, desde que consiga integra-se a essa estrutura. • Para que haja ordem na sociedade é preciso existir certo tipo de solidariedade condizente com sua estrutura evolutiva. Os tipos citados por Durkheim se prendem a divisão social do trabalho. Quanto mais populosas, as sociedades são mais complexas, diversificadas e funcionalistas. A solidariedade mecânica se estabelece nas sociedades simples, pois a divisão social do trabalho ocorre por sexo ou idade (maior consciência coletiva). Já a solidariedade orgânica aparece em sociedades complexas, mais individualistas e marcadas pelo direito restitutivo (onde já ocorreu a divisão econômica / maior consciência individual). • MAX WEBER • Procura definir o espírito do Capitalismo. • Encontra uma estreita relação das implicações das orientações religiosas na conduta econômica dos homens (A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo). • O Calvinismo se apresenta como o maior contribuinte para esta ética protestante, influenciando decisivamente o moderno sistema econômico. • Nas convicções religiosas calvinistas havia a crença de que o êxito econômico era uma benção de Deus.

  7. KARL MARX • Antes de qualquer coisa, o homem precisa assegurar sua sobrevivência, alimentar-se e se vestir: “o modo de produção da vida material condiciona o processo, em geral, da vida social, política e espiritual”. • Ao buscar satisfazer suas necessidades,o homementra em contato com a natureza de forma dialética. Transformando a natureza a partir do trabalho, os indivíduos estabelecem relações produtivas que geram as relações sociais. • O trabalho possui duas dimensões claras: uma de produção e outra de socialização. • A existência da propriedade privada dos meios de produção gera a desigualdade social. A divisão social do trabalho é destruidora das relações entre os homens e promotora da alienação. • Nas sociedades capitalistas, há uma divisão conflituosa entre os proprietários dos meios de produção (capitalistas) e os expropriados (proletariado). • Explorado em suas relações produtivas, o proletário, produtor do excedente, vê o fruto da sua produção ser tomado pelo capitalista que lhe paga uma remuneração muito inferior ao valor do seu trabalho (mais-valia). • A alienação no processo produtivo favorece a exploração dos trabalhadores e a expropriação dos meios de produção por parte dos capitalistas.

  8. DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

  9. Pré-Capitalismo Período de emergência da economia mercantil, na qual o comércio e a produção artesanal começam a ganhar força. Nessa época, aproximadamente séculos XII a XV, não se generalizou o trabalho assalariado. Predominavam os trabalhadores independentes (artesãos), que vendiam o produto de seu trabalho, mas não sua força de trabalho. Os artesãos eram os donos de suas oficinas e ferramentas (meios de produção), assim como das matérias-primas. Trabalhadores sem meios de produção, obrigados a produzir mediante pagamento de salário (jornaleiros), só existiam em pequena escala nos centros mais desenvolvidos. Capitalismo Comercial Estende-se do século XVI ao XVIII. Apesar de predominar o produtor independente, expande-se o trabalho assalariado. A denominação comercial se relaciona ao fato de existir preponderância do capital mercantil sobre a produção. A maior parte do lucro concentrava-se na mão dos comerciantes, intermediários entre o produtor e o consumidor. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem a produzia. Por isso, o capital se acumulava na circulação, no comércio, não na produção. Essa fase – também denominada fase de acumulação originária ou primitiva de capital – permitiria mais tarde a Revolução Industrial.

  10. Capitalismo Financeiro (Fase Monopolista) 2ª Revolução Industrial • Final do século XIX; • Alemanha / EUA / Japão; • Monopólios: limitaram a livre concorrência e as pequenas e médias empresas; • Controle dos bancos e instituições financeiras (empréstimos e ações) sobre a indústria e o comércio; • Criação do mercado especulativo; • Formação de grandes empresas devido à concentração do capital; • Controle do mercado pelas grandes empresas. Capitalismo Industrial (Fase Liberal ou Concorrencial) 1ª Revolução Industrial • Segunda metade do Século XVIII; • Inglaterra / França /Bélgica / Holanda; • Livre concorrência entre as empresas e países; • Predomínio da indústria sobre o comércio e as finanças.

  11. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Revolução ou evolução? Conceito : Processo de transformação das manufaturas em maquinofaturas, iniciado na Inglaterra (século XVIII), consolidando o capitalismo e o poder da burguesia. Esse processo não aconteceu ao mesmo tempo ... e nem da mesma forma em todos os lugares. 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL • Inglaterra - século XVIII: pós-1750. • Carvão, Ferro, Máquina à Vapor. • Processo de substituição da produção artesanal e doméstica pela maquinofatura. • Afirmação e consolidação do capitalismo. 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL • Século XIX: pós-1850. • Expansão: Europa, EUA, Canadá, Japão. • Estreita relação entre ciência e técnica. • Aço, Eletricidade, Petróleo. • Novas formas de indústrias e empresas. • Taylorismo e Fordismo. • Capitalismo financeiro-monopolista. • Imperialismo ou Neocolonialismo (Ásia e África).

  12. Inovações nos transportes: trens elétricos, navios a óleo diesel e automóveis; • Aumento da necessidade de matérias primas (petróleo, borracha, alumínio...); • Surgimento de grandes complexos industriais e financeiros: Holding, Trust e Cartel; • Aumento do custo de máquinas e fábricas; • Exigência de maior organização técnica, laboratórios, serviços de venda, propaganda, transporte; • Grandes investimentos com estoques; • Grande concorrência exigia produção a baixo custo; • Concentração da produção nas mãos da alta burguesia; • Protecionismo alfandegário. • Fatores Importantes da 2ª Revolução Industrial • • Capitalismo Monopolista e Financeiro - apoio do • Estado: • - investimento em infra-estrutura e transportes; • - instalação de indústrias (associação entre Estado e • capital privado); • • Transformação na produção com as inovações técnicas: • conversão do ferro em aço; • • Novas fontes de energia: eletricidade e petróleo; • • Máquinas com maior potência energética; • • Aumento da produção; • • Inovações nas telecomunicações;

  13. HOLDING - Empresas financeiras que controlam complexos industriais a partir da posse de suas ações. TRUSTE - Empresas que absorvem seus concorrentes, controlando a produção, preços e dominando o mercado. CARTEL - Empresas de um mesmo ramo que se associam para evitar concorrência, dividindo os mercados.

  14. 3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL • Séc. XX: divergências quanto ao início; • Pós-Segunda Guerra Mundial; • Complexos industriais, multinacionais; • Indústrias químicas e eletrônicas; • Automação, informática, engenharia Genética; Mão-de-obra especializada; • Globalização; • Fusão de mega-empresas; • Blocos econômicos supranacionais.

  15. Contexto histórico pós 2ª Revolução Industrial 1. Crescimento acelerado e desordenado das Empresas: 1880-1890: produção em massa nos EUA, elevação do nº de assalariados, necessidade de redução do desperdício; 2. Necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações: o conceito de organização do trabalho se impõe, estabelecendo rotinas e procedimentos de produção; mecanismos de recrutamento e seleção de pessoas p/ o trabalho; métodos de formação, capacitação e treinamento p/ o trabalho; padrões de desempenho produtivo (sistemas de supervisão e controle).

  16. SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: TAYLORISMO, FORDISMO E TOYOTISMO

  17. Taylorismo Baseia-se nos seguintes princípios: • Mecanização da produção: repassa o saber do trabalhador para a máquina, sempre que possível; • O estudo dos tempos e movimentos: buscar a maneira certa de executar uma tarefa, com o menor gasto de tempo e energia possível; • Seleção e treinamento "científico": definir um perfil adequado à tarefa a ser executada, com apoio de profissionais das áreas de psicologia e serviço social; • Separação entre a concepção e a execução do trabalho: à gerência cabe o trabalho de "pensar", de decidir o processo de produção em operações limitadas, de tal forma que se limite ao trabalhador a execução daquilo que foi prescrito e determinado pela chefia; • Plano de incentivo salarial: incentivar monetariamente o trabalhador, pagando-o por peça produzida ou hora trabalhada

  18. Fordismo • Produção estandardizada (padronizada) na linha de montagem da indústria automobilística (produção em série). O tempo de produção passou a ser determinado pelo fluxo da linha de montagem, fixando o trabalhador ao seu posto e estabelecendo o conceito de “tempo imposto”; • O Fordismo não é uma ruptura com Taylor. Ele dá as bases técnicas e culturais para um novo impulso na "revolução" da produção, feita principalmente pela indústria automobilística; • Economia em grande escala e a padronização dos produtos (massificação da produção).

  19. Conseqüências do Modelo Fordista-Taylorista Econômicas: • a produção em massa exige consumo em massa; • Trabalhadores ganham mais. Políticas e sociais: • Diminuição do poder do trabalhador sobre o processo de trabalho; • Pacto social entre capital e trabalho; • Governos social-democratas na Europa (“Welfare State" = Estado do Bem-Estar Social): devido ao crescimento e força movimento operário, "guerra fria" e "ameaça do comunismo“; • Resultado do pacto: reconhecimento dos sindicatos pelos capitalistas; reconhecimento da legitimidade da ordem capitalista pelos trabalhadores; investimento do Estado em benefícios sociais (seguro-desemprego...).

  20. Crise do Fordismo A partir dos anos 70. Por que? • Inflação, gerada pela disputa distributiva; • Fim do padrão-ouro e da conversibilidade do dólar (1972 – presidente Nixon – EUA); • 1973 e 1979 : aumento do preço do petróleo; • 1979: elevação dos juros norte-americanos; • Reaparição, em 1974-75, da primeira crise "clássica" de superprodução e de superacumulação depois da Segunda Guerra Mundial; • A reconstituição das bases econômicas e sociais de um capital financeiro poderoso, que não tolerou a força dos sindicatos e os gastos sociais pelos diversos governos; • A chegada de governos conservadores ao poder em fins da década de 70: Reagan nos EUA, Margareth Thatcher na Inglaterra - implantação do neoliberalismo.

  21. Origem da reestruturação produtiva • A reestruturação produtiva veio com a chamada "Terceira Revolução Industrial“, que tem como paradigma o modelo Toyotista desenvolvido no Japão na empresa Toyota (1950 a 1970); • Afirma-se como oposição ao modelo de produção Fordista-Taylorista; • Começa a se desenvolver no Ocidente a partir da década de 70.

  22. Quatro fases que levaram ao advento do Toyotismo: • A introdução, na indústria automobilística japonesa, da experiência do ramo têxtil, dada especialmente pela necessidade de o trabalhador operar simultaneamente com várias máquinas; • A necessidade da empresa responder à crise financeira, aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores; • A importação das técnicas de gestão dos supermercados dos EUA, que deram origem ao kanban. Segundo os termos atribuídos a Toyoda, presidente fundador da toyota, "o ideal seria produzir somente o necessário e fazê-lo no melhor tempo", baseando-se no modelo dos supermercados, de reposição dos produtos somente depois da sua venda. Segundo Coriat, o método kanban já existia desde l962, de modo generalizado, nas partes essenciais da Toyota, embora o toyotismo, como modelo mais geral, tenha sua origem a partir do pós-guerra. • A expansão do método kanban para as empresas subcontratadas e fornecedoras.

  23. MODELO TOYOTISTA - CARACTERÍSTICAS • Origem: Japão (1950 a 1970); • Como foi criado? a) importação de técnicas de gestão dos supermercados dos EUA = kanban; b) introdução da experiência do ramo têxtil – trabalho com várias máquinas; • Características principais: a) produção conduzida pela demanda e pelo consumo: o consumo determina a produção; b) produção variada pronta para suprir o consumo; c) produção flexível: "polivalência" do trabalhador = trabalho com várias máquinas; d) trabalho em equipe: rompe-se com o trabalho parcelado do Fordismo; e) horizontalização: contra a verticalização fordista; f) intensificação do trabalho; g) flexibilização dos trabalhadores: horas extras, trabalho temporário e subcontratação.

  24. A QUESTÃO DO DESEMPREGO ESTRUTURAL Observa-se, no universo do mundo do trabalho no capitalismo contemporâneo, uma múltipla processualidade: de um lado verificou-se uma desproletarização do trabalho industrial fabril, nos países de capitalismo avançados com maior ou menor repercussão em áreas industrializadas do Terceiro Mundo. Em outras palavras, houve uma diminuição da classe operária industrial tradicional. Mas, paralelamente, efetivou-se uma expressiva expansão do trabalho assalariado, a partir da enorme ampliação do assalariamento no setor de serviços; verificou-se uma significativa heterogeneização do trabalho, expressa também através da crescente incorporação do contingente feminino no mundo operário; vivencia-se também uma subproletarização intensificada, presente na expansão do trabalho parcial, temporário, precário, subcontratado, "terceirizado", que marca a sociedade dual no capitalismo avançado, da qual os gastarbeiters na Alemanha e o lavoro nero na Itália são exemplos do enorme contingente de trabalho imigrante que se dirige para o chamado Primeiro Mundo, em busca do que ainda permanece do "Welfare State", invertendo o fluxo migratório de décadas anteriores, que era do centro para a periferia. "Adeus ao Trabalho? – Ricardo Antunes, Cortez Editora, 1995, pág. 41 a 44)

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