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Envolvimento dos homens na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos

Envolvimento dos homens na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos. Vanessa Fonseca Promundo www.promundo.org.br.

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Envolvimento dos homens na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos

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  1. Envolvimento dos homens na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos Vanessa Fonseca Promundo www.promundo.org.br

  2. Direitos sexuais e reprodutivos inclui o direitos de viver a singularidade, livre de expectativas e normas rígidas que buscam padronizar (normalizar) pessoas em torno de uma identidade binária. • Neste sentido é que vamos pensar o envolvimento dos homens como algo que os envolve e os beneficia diretamente, além das mulheres.

  3. Gênero • Refere-se à construção social de sexo, ou seja, a palavra sexo designa apenas a caracterização anátomo-fisiológica das pessoas, enquanto gênero se refere à dimensão sócio-política da sexualidade humana. • Um conceito cultural vinculado à forma como a sociedade constrói as diferenças sexuais, formando sujeitos e atribuindo status diferente a machos e fêmeas • Nas relações sociais concretas o gênero traduz-se em relações de poder

  4. Gênero • É uma questão de poder • Não é algo que se tem ou não • É relação, é meio • Modo como ele se exerce: dominando ou garantindo a expressão livre • As relações de poder constituem os sujeitos sendo por eles constituídas • É uma questão de direitos • Compromisso ético com a garantia dos: • Direitos humanos (singularidade/universalidade), • Direitos sexuais (escolhas autônomas) • Direitos ao diferir (diferir/diferenças ) • Compromisso com acesse e equidade com capacidade de inclusão e qualidade/ competência e co-responsabilidade

  5. Há que se pensar o modo como o poder se exerce: dominando ou garantindo a expressão livre. • Como uma ação sobre ação torna-se uma relação de dominação, de sujeição, de submetimento, de transformação de um sujeito num objeto • A partir de um conjunto de regras, acordos, normas que governam as interações com o outro. Gênero cria normas e regras que regulam a relação com os outros. É, portanto relacional.

  6. Onde queremos chegar? • Igualdade>>>equidade: necessidades e diferenças assegurando direitos iguais – garantia de que todas as pessoas possam desenvolver suas potências e desejos a partir de suas expectativas, eticamente. • Portanto, necessidade de questionar papéis que buscam normatizar pessoas em torno de identidades binárias, que excluem o “diferente”, ou seja, outras possibilidades de se expressar e buscar prazer diferentes da norma.

  7. Em cena, os homens...“Guia” para o exercício da masculinidade • Quantidade x qualidade • Encarar a iniciação/atividade sexual como uma prova de competência, de virilidade e não como oportunidade de ter uma experiência de intimidade: sexo conquista para contar aos amigos • Vêem o sexo como oportunidade Iniciam a atividade sexual mais cedo do que as mulheres Não podem demonstrar dúvida sobre o sexo • Podem se valer de atitudes de coerção para obter relações sexuais

  8. Em cena, os homens...“Guia” para o exercício da masculinidade Participam de uma “cultura de superação do risco” • Uso de drogas e álcool como “facilitadores” do sexo • Delegam a responsabilidade da SSR para a mulher • Não tem o hábito de se cuidar, no que tange a SSR • Não incorporam o cuidado da própria saúde: “até onde o corpo agüenta” - buscam menos a serviços de saúde • Homens tem mais poder em suas relações sexuais e relações íntimas: dificuldade de negociação do preservativo

  9. Custos • Expressão das emoções, dúvidas • Eqüidade e intimidade x conquistas sexuais • Perda do envolvimento na paternidade • Dificulta negociação e diálogo entre parceiros • As necessidades de saúde de rapazes e meninas são interconectadas: mulheres menos poder para negociar sexo seguro e prazeroso

  10. Alguns dados • Violência contra a mulher: 25,6% dos homens no Rio relatam ter usado violência física contra suas parceiras, 40% foram testemunhas em suas casas(pesquisa: Promundo/Noos) • Paternidade: Em nível mundial os homens passam 1/3-1/4 do tempo que as mulheres em cuidar dos filhos • SSR: 74% do uso de métodos contraceptivos são usados por mulheres • Saúde materna: 600.000 mil mulheres no mundo todo morrem por causa de gravidez p/ano • A vida familiar: 20-50% das casas em areas de baixa renda na America Latina não contam com homens presentes

  11. O consenso global para incluir os homens em promover equidade de gênero ICPD – Cairo – 1994 Beijing Conferencia sobre a Mulher – 1995 Campanha Mundial AIDS e Homens – 2000-2001 OMS – Foco em saude do homem e homem adolescente – 2001-2006 Reunião de Especialistas – CSW/UN – 2003 – Engajando Homens e Meninos International Fatherhood Summit – 2003 Formação de uma rede global – MenEngage Campanha do Laço Branco em mais de 50 paises Simpósio Global Engajando Homens – Rio de Janeiro

  12. Os homens na época ICPD/Cairo: • Questões de poder identificadas • Homens como responsáveis pela equidade de gênero (ou irresponsáveis) • Diretivo: Os homens devem ..... • Foca em comportamentos e indivíduos/pouco em estrutura de gênero • Se os homens são parte do problema, devem fazer parte da solução • Reducionista: Mulheres=Vitimas de gênero X Homens=Autores do patriarcado • Afasta os próprios homens com um discurso de culpa • PROGRAMAS: Mais complexos mas ainda unidimensional

  13. Los hombres como aliados: promoção de saúde e de equidade de gênero • Nem todos os homens são iguais • A socialização pode ser questionada • Visão de déficit para potencial • Envolvimento dos homens como agentes de mudança

  14. Masculinidades • Experiência que se constrói durante a vida e é ao mesmo tempo subjetiva, social e histórica • Experiência que construímos através das relações com os outros e com o mundo que nos cerca • Pressupõe a diversidade e interage com raça, etnia, classe social, contexto cultural e econômico

  15. Etnia e desigualdades historicas

  16. Modelo Ecológico Desenvolvendo estratégias de advocacy para influenciar políticas e programas que contribuam para a equidade de gênero. Sistema desaúde Sociedade Comunidade Pares/ grupo Família Indivíduo • Envolvendo lideranças e mobilizando a comunidade em ações voltadas para mudanças positivas de gênero. • Treinando provedores para a compreensão da relação entre gênero e saúde reprodutiva e para oferecer serviços mais amigáveis aos homens • Mudando normas de grupo e promovendo o apoio de pares a atitudes positivas de gënero. • Criando um ambiente familiar que apoie mudanças positivas nas normas sociais de gênero. • Transformando crenças, atitudes e promovendo habilidades individuais

  17. Alguns Caminhos para transformar normas de gênero • Refletir sobre os custos da masculinidade hegemônica • De obstáculos a aliados • De “meio” para “fim” ou sujeitos de necessidades e direitos • Os homens não são iguais: Criar acesso a grupos de pares “alternativos” – modelos positivos: reconhecer vantagens do diálogo, da equidade • Campo de atuação: social, situacional e pessoal; • Os “grupos de homens”: discussão e reflexão • Programas que transformem normas de gênero

  18. Continuação: Elementos de abordagens transformativos de gênero • Inclusão explicita de discussões sobre masculinidades • Usar imagens e estratégias que são interessantes e atrativos para os homens • Fazer sempre em colaboração com mulheres e meninas • Criar ambientes passiveis de transformação e que acolham isto • Criar alianças intersetoriais – escola, sistema de saúde, esporte • Reconhecer as necessidades dos homens jovens – particularmente a questão de emprego e a busca de identidade

  19. Programa H

  20. Promovendo outras formas de ser homem: O Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra a mulher

  21. Programa H: Campanhas comunitarias para promover equidade de gênero com homens

  22. Homens Jovens e Serviços de Saúde

  23. Conclusões e questões: • Importância de perceber gênero a partir de uma perspectiva relacional, em que hierarquias precisam ser questionadas, bem como identidades rígidas: possibilitar singularidades, igualdade na diferença, tanto de homens, quanto de mulheres • Trabalhar com homens implica questionar essas hierarquias, possibilitar que desejos e potências sejam desenvolvidos – benefício tanto para homens, quanto para mulheres. • Homens também sujeitos de direitos: podem ter identidades/ normas rígidas questionadas para que possam também ter sua singularidade expressa – benefícios para ambos. • Cuidados: como definir direitos de um grupo dominante, sem vitimizar os homens?

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