1 / 21

RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS 1908-2008 Parte II

RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS 1908-2008 Parte II. Continuação das Partes I e II: 1908-2008 Continuação do trabalho do ano passado: 1907-2007. Textos em itálico: Ferreira da Rosa , 1928 (mantida a ortografia original).

bernad
Download Presentation

RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS 1908-2008 Parte II

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. RIO DE JANEIRO – HÁ 100 ANOS 1908-2008 Parte II Continuação das Partes I e II: 1908-2008 Continuação do trabalho do ano passado: 1907-2007 Textos em itálico: Ferreira da Rosa, 1928 (mantida a ortografia original) Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata) – 08.12.2008

  2. BANDEIRA DO DISTRITO FEDERAL 1896 BANDEIRA DO DISTRITO FEDERAL Pelo Decreto n.º 1.190, de 8 de Junho de 1908, foi criada a bandeira do Distrito Federal. Finalmente.., quais as Armas de 1896, adotadas na Bandeira de 1908? Dispõe o Art. 1.º que sobre o campo da bandeira ficam as armas municipais, adotadas desde 1896. Que armas são essas ? Decreto legislativo n. 312 de 1 de Agosto de 1896. “O Prefeito do Districto Federal Faço saber que o Conselho Municipal decretou e eu sanciono a seguinte resolução: Art. 1.º Fica adoptada para todo o Districto Federal uma bandeira com as seguintes características: - duas fachas azuesem sentido diagonal, sobre campo branco, tendo as armas municipaes, adoptadas pelo Decreto n. 312, de 1 de agôsto de 1896, em cor encarnada. Art. 2.º A bandeira acima referida, symbolo do Districto Federal, servirá para representá-lo onde se fizer mister. Art. 3.º Revogam-se as disposições em contrário. Distrito Federal, 8 de Junho de 1908, 20.º da República. – F. M. de Souza Aguiar.” “Art. 4.º As armas municipais constam do antigo emblema, esphera e settas, accrescentadas do barrete phygio, repousando sobre uma vela de navio, cuja prôa formará a base do emblema. Dos lados da quilha haverá dous golphinhos, circundando o emblema, dous ramos de louro, e circundando-o, a corôa symbolica de cidade marítima.” A coroa mural é indicativa da cidade; a esfera armilar da nacionalidade brasileira; as setas representam S. Sebastião; o barrete frígio indica que a forma do governo é a republicana; o barco, com a vela enfunada, faz lembrar a fundação da igreja da Candelária, conforme a pintura de Zeferino da Costa; os dois golfinhos representam a Baía de Guanabara, onde os botos eram frequentes. Saindo do barco, à direita de quem olha, há um ramo de louro e, à esquerda, um de carvalho, que representa a força, e o louro a paz. Cabe lembrar que, passados 100 anos, a bandeira já foi alterada. Armas do Rio de Janeiro de 1858 a 1889. Não foi esta. Armas do Rio de Janeiro de 1889 a 1893. Não foi esta. Armas do Rio de Janeiro de 1893 a 1896. Não foi esta. Armas do Rio de Janeiro de 1826 a 1858. Não foi esta.

  3. MONUMENTO AO ALMIRANTE BARROSO “A 11 de junho de 1908, foi colocada a primeira pedra do monumento ao almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas, na Avenida Beira Mar, onde termina o Russel e começa o Flamengo.” Os seus restos mortais foram trazidos para o Rio de Janeiro, em 1908, em uma urna e foram depositados na Igreja da Cruz dos Militares. A 11.06.1909, foram transportados para a base do monumento ainda em construção, somente inaugurado a 19.11.1909. “Continha os seguintes dizeres: - “No dia 11 de junho de 1908, sendo presidente da República o Sr. Dr. Afonso Augusto Moreira Pena e ministro da Marinha o Exmo. Sr. Almirante Alexandrino de Alencar, foi lançada esta pedra sobre a qual será erigido, por ordem do exmo. Sr. Augusto Tavares de Lira, ministro da Justiça e Negócios Interiores, de acordo com o Decreto n.º 1.697, de 10 de Junho de 1907, o monumento ao almirante Barroso e aos heróis da batalha naval do Riachuelo.” Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas, nascido a 29.09.1804, em Lisboa, e falecido a 08.08.1882, em Montevidéu - Uruguai. Comandante da Armada Brasileira, por ocasião da vitória da Batalha do Riachuelo, na Guerra da Tríplice Aliança. Agraciado, com o título de barão do Amazonas, em 1866. “Sobre uma coluna de granito, alta de 8 metros, está de pé o Almirante, na atitude em que a História o surpreendeu sobre o passadiço da Amazonas. No pedestal, estão figurados atributos de marinha; e, em medalhões do mesmo bronze, as efígies de comandados seus, valentes defensores do pendão auri-verde na mesma jornada belicosa. A obra de arte é do escultor Corrêa Lima.” Chegada dos despojos do almirante Barroso ao monumento, que se construía na Praia do Flamengo. Estão em torno do féretro o general Rodrigues Sales, almirantes Júlio de Noronha e Alexandrino de Alencar. 11.06.1909 – Restos mortais do almirante Barroso, sainda da Igreja da Cruz dos Militares. O féretro é carregado pelos almirantes Bueno Brandão e Carlos de Noronha. No primeiro plano, à esquerda, está o Ministro da Marinha; à esquerda do féretro, atrás, o almirante Pereira Guimarães. Na escada, à direita, o almirante Proença. As duas figuras aladas, colocadas sobre proas em bronze, representam a Pátria e a Vitória.

  4. - Voltando no Tempo - CORRIDAS DE TOUROS O Decreto n. 1.173, de 12 de maio de 1908, proíbe a concessão de licença para o divertimento denominado “Corridas de Touros”. - Voltando no Tempo - O Jornal O EXPRESSO - Lisboa, nº 63 - Domingo, de 29.03.1896, noticia: “Annuncia-se para domingo de Paschoa a inauguração da época. Pelos pormenores que temos, a nova empreza esforça-se para apresentar uma corrida, que satisfaça os mais exigentes aficionados. (...) São cavalleiros os applaudidos Alfredo Tinoco e José Bento, que fazem as suas despedidas, pois partem brevemente para o Rio de Janeiro onde lhes offerecem um magnífico contracto.” “Teve sucesso a tourada. Fundou-se um clube tauromáquico. E, para oferecer recinto digno dos freqüentadores cada vez mais numerosos, construiu-se bela “praça”, nas Laranjeiras. Os bons touros, porém, escassearam: Caríssima a importação dêsses animais de raça; e o clima quebrantava-os. O divertimento foi perdendo “aficcionados”; os toureiros desistiram; o redondel desmanchou-se. A cidade não deu pela falta.” ** Laranjeiras em 1901 ** “A época tauromáquica de 1901, no redondel das Laranjeiras, trouxe ao Rio de Janeiro alguns artistas de merecimento, entre eles o cavalleiro Adelino Raposo, os bandarilheiros José dos Santos, Calabaça e Rafael Peixinho e o ribatejano Torga, um valente que fez algumas pegas soberbas. Mas o grande “elou”da temporada foi a alternativa de Evaristo Raposo, sobrinho de Adelino, um rapaz que promete maravilhas se não se deixar deslumbrar pelos aplausos do público.” “Vieram dois guapos cavaleiros, e adestrados bandarilheiros, e “homens de forcado” e, mesmo touros, de Portugal. Armou-se aqui um redondel, na rua São Cristóvão. Grandes reclamos. Vistosa apresentação: Agrada a quem conhece tauromaquia, e impressiona quem observa pela primeira vez. As “cortezias”: Formatura de todo o pessoal; vestes garridas; cavaleiros – casacas de sêda, chapéu tricórneo – saudando o público, em volteios elegantes de corcéis adestrados, são gracioso prelúdio do excitante espetáculo” Ocorre que, um ano antes – 1895 –, começaram as Corridas de Touros no Rio de Janeiro. ** Notícias de 1896 ** “Reune esse estreiante todas as qualidades de um bom cavalleiro tauromáquico: excelente mão de rédea, joelhos nervosos, elegância natural, sangue frio e um golpe de vista rápido. É pois natural que progrida dando-nos ainda um artista completo. Eis o que todos esperam e sinceramente lhe desejam.” “Aparece aqui um divertimento novo – Tourada. É passatempo muito espanhol, bastante português, um pouco do Sul da França e do Norte da Itália: Admira-se a astúcia e a destreza do homem, furtando-se às investidas cegas do cornúpeto. A lide, sempre arriscada, aviva a assistência, acelera entusiasmos.” Rua Ipiranga, no bairro das Laranjeiras, em 1905. Ao fundo, a arena que se montava para apresentação das touradas. Outra rara imagem, de 1901, por ocasião da tourada das Laranjeiras: o bandarilheiro Rafael Peixinho. Ao lado, uma rara imagem do cavaleiro Adelino Raposo, datada de 1901, quando atuava na arena do bairro das Laranjeiras.(Acervo Cau Barata) Momento dramático nas Laranjeiras... O público, de pé, boquiaberto. Os bandarilheiros e ajudantes correm em direção ao animal que, de cabeça baixa, enfurecidamente, arrasta um dos toureiros, que agoniza no embate dos cornos taurinos. Laranjeiras, Rio de Janeiro – 1901: Adelino Raposo, Evaristo Raposo, Rafael Peixinho, José dos Santos, Calabaça e outros, apresentando-se ao público das Laranjeiras. José Bento de Araújo

  5. CORRIDAS DE TOUROS Voltamos a 1908 - o fim das touradas. O Decreto n. 1.173, de 12 de maio de 1908, proíbe a concessão de licença para o divertimento denominado “Corridas de Touros”. O Prefeito do Distrito Federal, Francisco M. de Souza Aguiar, decretou e sancionou a resolução de que, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, não mais serão concedidas licenças para o divertimento denominado Corridas de Touros. A proibição só começaria a vigorar a partir de 1.º de janeiro de 1909.

  6. MONUMENTO A D. JOÃO VI Jardim Botânico A 13 de junho de 1908, por ocasião dos festejos do centenário da vinda da Família Real (1808-1908), foi inaugurado o monumento a D. João VI, no Jardim Botânico, com a presença do Presidente Afonso Pena. O bronze, sobre pedestal de granito, obra de Rodolfo Bernadelli, foi localizado em frente á Palma Mater, plantada pelo então Príncipe Regente D. João, criador do Jardim Botânico. No ato de inauguração, falou o cientista João Barbosa Rodrigues - diretor do Jardim Botânico.

  7. Em 30 de agosto de 1908, a Paróquia de Nossa Senhora de Copacabana e Santa Rosa de Lima foi criada pelo Cardeal D. Joaquim Arcoverde e solenemente instalada em 8 de setembro de 1908. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA E SANTA ROSA DE LIMA A população da Paróquia de Copacabana, naquele ano de 1908, era de 20.000 pessoas. Pertencia-lhe o Leme, Arpoador e Ipanema. Foi seu primeiro vigário Monsenhor Joaquim Soares de Oliveira Alvim, natural de Minas Gerais, que reconstruiu a igreja do Senhor do Bonfim, sede da Paróquia, dando-lhe o aspecto que vemos nas fotos, terminando as obras em abril de 1918. Os 7 prédios juntos à igreja Matriz, números 36/52, da rua Hilário de Gouvêa, são propriedades da Casa do Pobre de N. S. de Copacabana, fundada em 8 de setembro de 1932. A Casa do Pobre surgiu da idéia nascida da “campanha em favor dos pobres”, preconizada pelo Papa Pio XI e lançada em todas as paróquias, por ordem do Cardeal D. Sebastião Leme. “Santa Rosa de Lima, Padroeira oficial da América Latina e das Filipinas, faleceu em Lima, Peru, em 1617. Recebeu graças místicas extraordinárias. Foi perseguida pelo demônio mas, em contrapartida, tinha freqüentes conversações com Nossa Senhora e com seu Anjo da Guarda. Pertenceu à  Ordem Terceira de São Domingos e faleceu aos 31 anos de idade.” (Dados da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro) A Matriz ficou instalada na igreja do Senhor do Bonfim, até que fosse erguida a Matriz definitiva sob a invocação de N. S. de Copacabana, o que não aconteceu. A Capela do Senhor do Bonfim foi edificada por provisão de 06.10.1897 e inaugurada por despacho de 01.03.1906 e provisão de 05.09.1908. A Paróquia nela se instalou três dias depois.

  8. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA E SANTA ROSA DE LIMA A Igreja e o correr de casas da Casa do Pobre. Eram três casas de um só pavimento e quatro de dois pavimentos, ocupando um terreno de 60 metros de frente por 46 de fundos, ou seja: uma área de 2.760 metros quadrados. Nelas funcionavam: a Creche Santa Terezinha, a seção maternal “Clarice Schiller”, a escola primária “Santa Rosa de Lima”, o ambulatório “São Vicente de Paula”, o gabinete dentário, a farmácia, o laboratório de análises clínicas, o dispensário do ”Pão de Santo Antonio” etc. Capela da Casa do Pobre. Ambulatório de Higiêne Pré-Natal Gabinete Dentário - Casa do Pobre - Enfermaria da Casa do Pobre. Refeitório da Casa do Pobre. Creche da Casa do Pobre.

  9. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA E SANTA ROSA DE LIMA Limites da Paróquia de Nossa Senhora de Copacabana e Santa Rosa de Lima quando da sua criação por decreto de 30.08.1908. “Partindo do oceano, do ponto mais próximo ao alto da montanha entre a Praia Vermelha e a praça da Vigia no Leme, a linha divisória sobe em reta a esse alto, e, seguindo o dorso da montanha, sempre pelo divisor das águas, passa pelos altos dos morros da Babilônia, S. João, Saudade e Cabritos; e, contiuando pela ponta do Pires (curva do Calombo), que mais se avança sobre a lagoa Rodrigo de Freitas, desce a lagoa e a corta em direção à praia do Pinto (próxima ao Jardim de Alah), ao ponto fronteiro à rua Irineu Silva (deixou de existir na altura da rua Afrânio de Mello Franco). Abrangendo toda esta rua, desce até à beira-mar e prossegue até a praia do Arpoador; e, voltando pelo mar, continua até o ponto de partida, nas montanhas do Leme.” (limites demarcados, em azul, na planta que segue)

  10. PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE COPACABANA E SANTA ROSA DE LIMA

  11. IGREJA DO EXTERNATO SANTO ANTÔNIO MARIA ZACARIA Foi inaugurada, por provisão de 18 de dezembro de 1908, na rua Senador Vergueiro n. 107, a Igreja do então Externato Santo Antônio Maria Zacharia, trasladada posteriormnente para a rua do Catete. Pertence à Ordem dos Padres Barnabitas. O Colégio funciona, desde 1911, no atual endereço - rua do Catete n.º 113.

  12. Capela do Colégio IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DO COLÉGIO REGINA COELI No dia 1º de novembro, Madre Cabrini foi com Madre Rosário Marchesi ao Hotel Moreau e ficaram felizes por ter a senhora Moreau baixado o preço para 120,00 contos - quantia que conseguira emprestado. A Igreja do Sagrado Coração de Jesus, do Colégio Regina Coeli, situado em uma pitoresca colina do vale da Tijuca, à rua Conde de Bonfim n.º 1305, teve provisão em 10.12.1908. É uma instituição das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, “Filhas de Santa Francisca Xavier Cabrini”. “Madre Francisca Xavier Cabrini foi ao Hotel Moreau, subiu de bondinho, admirou o plano inclinado e achou muito interessante o mecanismo do bondinho. Satisfeita a sua curiosidade agradeceu o senhor e se despediu. Porém o mecânico insistiu para que ela falasse com a Dona Anaria Moreau. A senhora Moreau não se fez esperar e quando soube do motivo da visita, acrescentou: "Mas por que não compra a minha casa?" Depois de perceber a vastidão e a beleza do lugar, Madre Cabrini regateou o preço com a senhora Moreau, que tinha ficado viúva com um único filho e tinha pressa de voltar para a França.” “Madre Cabrini havia fundado, no dia 6 de março de 1908, no Flamengo, um colégio dedicado a Nossa Senhora Aparecida a pedido do Cardeal Arcoverde. Porém, como grassava no Centro do Rio de Janeiro a epidemia da varíola, ela percorreu o Rio de Janeiro de Norte a Sul procurando um lugar saudável para proteger alunas e irmãs. Encontrou uma casa bem espaçosa que servia para este fim. Estava na encosta de uma montanha, porém tinha um problema, era de difícil acesso. Madre Cabrini foi aconselhada a vir até o Hotel Moreau, um hotel francês que ficava na Tijuca, para conhecer o plano inclinado que transportava os turistas.” O Colégio em 1949. (Acervo particular) Biblioteca do Colégio Lago do Colégio “No dia 25 de novembro de 1908, foi assinada a escritura da compra do hotel que seria o futuro "REGINA COELI". A primeira missa foi no dia 3 de dezembro no grande salão da antiga sala de jantar do hotel, a segunda foi no dia de Natal, e no dia 6 de fevereiro de 1909 deu-se o início das aulas.” (Texto do site oficial do Colégio: http://www.reginacoelirj.com.br) Santa Francisca Xavier Cabrini, nascida a 15.07.1850, em Sant'Angelo Lodigiano – Itália -, falecida de malária, a 22.12.1917, no Hospital Columbus de Chicago. Seus restos se encontram enterrados, na Escola Madre Cabrini, em Manhattan - Nova Iorque. Foi beatificada, em 13.11.1938, e canonizada, em 07.07.1946 pelo papa Pio XII. No alto da colina, no centro de larga praça, precedendo a entrada do estabelecimento, ergue-se o monumento, em bronze, da Fundadora. Entrada principal do Colégio Rampa do Colégio Imagem do bondinho “moderno”, que leva ao Colégio Regina Coeli. Outra raríssima ilustração, datada de 1894, do bonde do Hotel Moreau (tram-car). Lateral do Colégio Teve início em 1908, quando a fundadora, Madre Francisca Xavier Cabrini, visitou o Rio de Janeiro e resolveu estabelecer uma casa de sua Congregação. Uma rara fotografia, de 1894, do Hotel Moreau, na Tijuca. Em 1898, era proprietário, ou gerente, E. Barandier. FONTE: As imagens da Capela, do Bondinho (moderno), da entrada principal, da rampa, da lateral, da biblioteca, do lago e do pátio pertencem ao acervo do Colégio.

  13. HOTEL MOREAU IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DO COLÉGIO REGINA COELI Alexis Jean Moreau também era proprietário do Restaurant Français, que em 1870 funcionava no sobrado da rua do Ouvidor n.º 130. No ano seguinte – 1871 –, casou no Rio de Janeiro (Candelária), com Maria Spina, que aparece como Anaria, na página do Colégio Regina Coeli. Em 1882, já havia aberto uma sucursal do Hotel Fréres Provençaux no Andaraí Pequeno (Tijuca) – Ville Moreau. Nessa ocasião, seus estabelecimentos já eram recomendados como de primeira ordem. Nota histórico-genealógica: O Hotel Moreau, adquirido pela Madre Francisca Xavier Cabrini, era propriedade de Alexis Jean Moreau, que chegou ao Rio de Janeiro antes de 1870. Nesse ano, ele já trabalha no ramo como proprietário do Hotel des Frères Provençaux, que funcionava na rua Gonçalves Dias, n.º 79, esquina com a rua do Ouvidor, onde tinha a entrada de número 126B. Aprontava, também, almoços e jantares para fora, com pratos variados por preços convidativos.

  14. HOTEL MOREAU IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DO COLÉGIO REGINA COELI Finalmente, no ano de 1885, o famoso Hotel Villa Moreau, na rua Conde de Bonfim, número 123, aparece com sua primeira grande propaganda. Falava-se português, espanhol, francês, inglês e alemão. Atendia pelo telefone 2018. Quartos mobiliados com gosto. Banhos e natação. Duchas. Parque. Bilhar. Jogos. Cozinha francesa. Um bonde saía do Largo de São Francisco. Moreau desfez-se do Hoteldes Frères Provençaux para a sociedade entre Francisco Jorganes e Manoel Dias Perez.

  15. MACHADO DE ASSIS Faleceu, a 29 de Setembro de 1908, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no Cemitério de São João Batista. 1872 1873 1879 1880 1890 1901c 1879 1903c 1906c 1908c 1864 1872 1873 1880 1904c 1908c 1890 1872 1903c 1904c 1906c 1908c 1864 1901c 1864 1873 1880 1890 1901c 1903c 1904c 1906c 1879 Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21.06.1839, filho legítimo de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis, moradores no morro do Livramento. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 29.09.1908, às 3h 20min., em sua casa, à Rua Cosme Velho, 18, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista. É o fundador e primeiro ocupante da Cadeira n.º 23 da Academia Brasileira de Letras. Em 1855, publicou seu primeiro poema: Ela. Em 1859, estréia como crítico teatral na revista O Espelho. Em 1860, é convidado para redator do Diário do Rio de Janeiro. Em 1863, publica o Teatro de Machado de Assis. Em 1881, publica, em volume, Memórias Póstumas de Brás Cubas. Em 1891, publica. em volume, Quincas Borba. Em 1899, publica Dom Casmurro. Em 1904, publica Esaú e Jacob. Em 1906, publica Relíquias de Casa Velha. Em 1908, publica o Memorial de Aires. Eça em que foi colocado o corpo de Machado de Assis na Secretaria da Academia Brasileira de Letras.

  16. MACHADO DE ASSIS Faleceu, a 29 de Setembro de 1908, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no Cemitério de São João Batista. Máscara Mortuária Caixão que encerra o corpo de Machado de Assis, ao sair da Academia Brasileira de Letras, carregado pelos Srs.: Marcha do cortejo fúnebre do Centro ao Cemitério de São João Batista - bairro de Botafogo Ruy Barbosa e Coelho Neto. Olavo Bilac e Euclides da Cunha. Graça Aranha e Raimundo Correia. Rodrigo Octávio e Afonso Celso.

  17. MACHADO DE ASSIS Faleceu a 29 de Setembro de 1908, no Rio de Janeiro – sepultado no no Cemitério de São João Batista. Genealogia Machadiana Bisavós paternos maternos Benedita Maria da Piedade Rosa João Pedro Machado Sebastião Arruda Cordeiro (*cerca 1764 - +?, Escrava) (*cerca 1768 - +?, Escrava) (*cerca 1773 - +?) (*18.11.1743, Ponta Delgada-) casado com casado com Benedita Maria, filha natural, desobrigada na freguesia de Santa Rita, escrava que foi de D. Maria Teresa dos Santos, casada com Manuel Pinto da Cunha e Sousa, senhores do Morro do Livramento Rosa, preta, sangue africano, escrava do Padre José Pereira dos Santos. Francisca Rosa Maria da Estrela Avós paternos maternos Francisco José de Assis (pai) Inácia Maria Rosa Estevão José Machado Ana Rosa Cordeiro (*cerca 1781 - +?, Pardo forro) (*cerca 1784 - +?, forra) (*16.03.1790, Vila do Porto) (*cerca 1794, Ptª Delgada) Casados a 04.08.1805, no Rio, RJ Casados a 09.06.1809 Pais Francisco José de Assis Maria Leopoldina Machado da Câmara (*11.10.1806, Rio, RJ - +?, sangue africano) (*07.03.1812, Açores - +18.01.1849, Rio, RJ) Joaquim Maria Machado de Assis (*21.06.1839, Rio, RJ - +29.09.1908, Rio, RJ)

  18. JORNAL DO COMMÉRCIO 1.º de outubro de 1908 Antigo edifício do “Jornal do Commércio” à rua do Ouvidor. Pleito de saudade à velha casa. “O que tu foste, idéa e symbolo, não deixarás jamais de o ser, a par da nacionalidade, logo após a qual nasceste, ainda a tempo de o ajudar a formar... Mas daquilo que simplesmente representam os teus velhos muros e o teu velho tecto, que vae ser amanhã, quando te abandonarmos? Que vai ser de ti? Dar-te hão simplesmente uma apparencia nova, remoçando-te, aformoseando-te, velha casa, para que dignamente agasalhes a indústria, o commércio, a instituição ou o pensamento que te vier pedir asylo? Derrubar-te hão para, no lugar que occupaste, erguer outra casa e começar outro empreendimento? De qualquer modo, que importa?..” Pleito de saudade à velha casa. “Já nos não pertence, nem nós te pertencemos; nós vamos para nova casa e tu ahi ficas, à espera de novos moradores; mas, velha amiga, velha mãe, por mais que te pareça que nos perdes, somos nós, somos nós que te perdermos! Nós de ti nada levamos, nem a menor parcella de tua glória imperecível, nem coisa alguma que nos reproduza uma feição, um traço da tua adorada physionomia; deixamos-te, porém, quanto em ti era nosso ou por ti própria nos fóra dado, tudo o que dentro de ti fizemos ou nos inspiraste; e parte da nossa vida, parte da nossa alma; e todo o amor, reconhecido e captivo, dos nossos corações. Velha casa, velha mãe, adeus!” Discurso de João Luso, lido na ceia de despedida que se realizou na sala da redação da velha casa a 30.09.1908. Antigo edifício do “Jornal do Commércio” à rua do Ouvidor.

  19. JORNAL DO COMMERCIO 1.º de outubro de 1908 Sobre o edifício, escreveu o próprio construtor Jannuzzi: “Sinto dizer que muitos homens de valor, que, aliás, conheciam homens e coisas, não compartilhavam do enthusiasmo do Sr. Guinle, pela Avenida, e entre elles – parece impossível ! – o meu saudoso e querido amigo Dr. José Carlos Rodrigues, que, convidado pelo Dr. Frontin a comprar um terreno para edificar o palácio do Jornal do Commércio se negou a fazê-lo.” “Resolveu comprar, ao lado do terreno, um prédio de cinco pavimentos, que estava em acabamento, por quinhentos contos de réis! Antes tarde do que nunca, mas, a teimosia do meu amigo, lhe custou caro porque nenhum proprietário da Avenida comprou o terreno por preço mais alto do que o Jornal do Commércio, o que lhe ficou por cerca de mil contos. Coube-me a felicidade de ser o seu constructor e posso garantir que poucas construcções apresentam a solidez deste edifício.” “Dizia que o Jornal do Commércio tinha tradições e que não devia sair da rua do Ouvidor, onde estava installado. No entanto, as construcções na Avenida principiaram a multiplicar-se, e o meu saudoso amigo Dr. Rodrigues convenceu-se de que devia comprar um terreno na grande artéria central. Havia tão somente uma pequena área disponível no canto da rua do Ouvidor, que não bastava para edificar a sede do Jornal do Commércio.” Edifício para onde, em 1908, transferiu-se da velha sede tradicional, da rua do Ouvidor, o Jornal do Comércio. Projeto da fachada do arquiteto francês Auguste Huguier. A construção foi confiada a afamada firma Antonio Jannuzzi, Irmão & C., que organizou e modificou o projeto. Ocupava área de 1.494,67m2. Avenida Central (hoje av. Rio Branco) Em 1º de outubro de 1908 – dia seguinte ao discurso de João Luso -, foi inaugurada a nova sede do Jornal do Commércio, na esquina da Avenida Central (hoje Av. Rio Branco) com a rua do Ouvidor. Fotografia de Augusto Malta durante o serviço noturno dos linotipistas. Havia trinta e dois linotipos “Mergenthaler”, sendo quatro do mais recente modelo, e uma fundidora. Fotografia de Augusto Malta durante a feitura gráfica do jornal. A imagem mostra um aspecto da seção de estereotipia no momento em que a prensa dupla faz o trabalho da matriz das páginas em papel. Dr. José Carlos Rodrigues Responsável pela transferência da sede do Jornal do Brasil para a Av. Central.

  20. ARTHUR AZEVEDO (Arthur Nabantino Gonçalves de Azevedo) Faleceu, a 22 de Outubro de 1908, no Rio de Janeiro. ** Cenas do funeral ** “Eu suppunha, não sei como, que Matacavallos (hoje rua do Riachuelo) fosse uma localidade distante da Côrte, como, por exemplo, Vassouras ou Valença. Na platéa estava um guarda-livros, novo na terra, chegado recentemente do Rio de Janeiro, que se riu a bandeiras despregadas quando o actor exclamou, com uma mala em cada mão: - Venho de Matacavallos! Só em 1873, chegando a esta capital, verifiquei o meu erro e comprehendi a hilaridade do guarda-livros. Em 1870 – tinha eu então quinze annos – escrevi o Amor por Annexins. Foi o meu primeiro trabalho exhibido em theatro público, e até hoje é o que tem sido mais vezes ouvido, pois conta centenas de representações Aluizio Azevedo Arhur Azevedo Eulália Amália Pinto de Magalhães (Azevedo), ladeada por seus dois filhos: Aluísio Azevedo (esquerda) e Arthur Azevedo (direita). ** As Minhas Primeiras Peças ** Depoimento do próprio Arthur Azevedo. “Apenas me lembro de dous versos, - sim, que a tragédia era em verso, como toda a tragédia que se respeita. Mucio Scevola introduzia-se furtivamente no palácio de Porsenna, para matá-lo; mas por um terrível engano, em vez de apunhalar o rei, apunhalava o secretário do rei. Acudia então um amigo e confidente de Mucio, e exclamava: Que fizeste, temerário? Tu mataste o secretário! Eis tudo quanto resta da minha tragédia!” “Meu irmão Aluizio Azevedo, o nosso illustre romancista, desempenhou o papel de Maria, que se apaixonava por Fernando o enjeitado, desgostando assim o sr. Duarte, seu marido. O sr. Duarte era eu. Pelo mesmo tempo escrevi outra comédia, que foi tambem representada no Thetro Normal: Indústria e Celibato. Como se vê, a minha especialidade eram os títulos infelizes. A acção passava-se nesta cidade do Rio de Janeiro, que eu não conhecia ainda. Um dos personagens, logo depois das primeiras scenas, entrava fatigadíssimo de uma longa jornada em caminho de ferro: vinha... de Matacavallos!” “Entretanto, Mucio Scevola não foi a minha primeira peça. Um anno antes (não riam!) tinha eu já escripto um drama em um prólogo e 5 actos, que também se perdeu. Ainda tenho de memória o argumento. A peça foi representada com extraordinário successo num salão que havia no fundo do quintal da nossa casa, um precursor do Eden-Lavradio, que meu pae reservára exclusivamente para as nossas travessuras – minhas, dos meus ermãos e de alguns amiguinhos da vizinhança.” “Ahi foi representada uma comédia minha, intitulada o Fantasma na aldeia, plagio escandaloso do Fantasma branco, de Macedo, mas reduzido a um acto. Em 1869 alguns moços, empregados, como eu, no commercio, construiram no largo do Carmo (hoje praça João Lisboa – São Luis, MA), por baixo do Gabinete Portuguez de Leitura, um theatrinho a que deram o pomposo titulo de Theatro Normal. Ahi fiz representar, e representei eu proprio, um melodrama cujo manuscripto ainda possúo. Intitulava-se Fernando, o enjeitado, e era extrahido de uma novella de Lopes de Mendonça.” “Desde criança manifestei certa vocação para o theatro, e, si não foram meus paes, teria com certeza abraçado a arte dramática. Aos oito anos, organizava espectáculos de sucia com os meninos da minha edade ou uma comédia para ler. Da bibliotheca de meu pae, que possuía bons livros, preferia as peças de theatro, e, como havia muitas em francez, aprendi com facilidade a traduzir esse idioma, para poder lê-las.” “Prendem-se a esse turbulento salão (digo salão para conservar o nome que lhe dávamos) as mais felizes recordações da minha infância. Mais tarde construiu-se um theatrinho nas lojas de um sobrado da rua Sancto-Antonio, a dous passos da casa onde, alguns annos depois, o desembargador Pontes Visgueiro assassinava a pobre Maria da Conceição. Naquelle sobrado residia o Manuel do Bico, assim chamado por ter tido negócio n´uma casa, cuja esquina formava um ângulo agudo. A família d´esse honrado negociante gostava muito de theatrinhos particulares.” “Foi justamente na Selecta Franceza que encontrei o assumpto da minha primeira peça – uma tragédia, a única que perpetrei. O episódio do Mucio Scevola, queimando a mão em presença de Porsenna, me impressionou tanto, que resolvi transportá-lo para o palco. Imaginem o que sairia da penna de um fedelho de dez annos! Infelizmente, perdeu-se o manuscripto, que daria motivo a boas gargalhadas.” Contista, cronista e autor teatral. Nascido, em São Luís, MA, a 07.07.1855, e falecido, no Rio de Janeiro, RJ, a 22.10.1908. tanto no Brasil como em Portugal, devido, não ao mérito da obra, mas ao facto de ter apenas dous personagens. Ahi têm a história das primeiras peças de um comediógrapho sem theatro, sem artistas, sem público, sem estímulo de espécie alguma, e que chegou, infelizmente, aos 46 annos sem realizar o seu sonho de litteratura e de arte.” Faleceu aos 53 anos.

  21. FIM DA TERCEIRA PARTE 1908-2008 Feliz Ano Novo!.. Pesquisa, formatação e texto: Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata) 08.12.2008 – 18.12.2008

More Related