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Hello! Prof. Dr. Hugo Rafael hugo.silva@upe.br Profa. Dra. Dione Maciel dione.maciel@upe.br
O ponto de partida O que é isto, ciência?
É a aquisição sistemática do conhecimento sobre a natureza • Utiliza métodos objetivos e confiáveis de se chegar à “verdade” • A “verdade” em ciência nunca é absoluta ou final, pode sempre ser modificada ou substituída • Descreve a natureza através de “modelos”, que podem ser quantitativos ou qualitativos .
Ciência: níveis de conhecimento • Não é possível fazer trabalho científico sem conhecer os seguintes instrumentos: • Atividades cognoscitivas (como saber) • Termos e conceitos (fundamentos) • Processos metodológicos (como fazer)
Ciência: níveis de conhecimento • Espécies de considerações sobre a mesma realidade (níveis de conhecimento) • Conhecimento empírico • Conhecimento científico • Conhecimento filosófico • Conhecimento teológico
Ciência: níveis de conhecimento Conhecimento científico • Procura conhecer, além do fenômeno, suas causas e leis • Concepção atual • Ciência não é algo pronto nem definitivo • Não é posse de verdades imutáveis • É um processo em construção/dinâmico
Ciência: o espiríto científico Processo de busca de soluções sérias com métodos adequados de problema proposto previamente Precisa de mente crítica, objetiva e racional
Conceito de Pesquisa • Procedimento racional e sistemático para proporcionar respostas a problemas propostos • Feita quando falta informação para responder a um problema ou quando a informação está desordenada de forma que não esteja relacionada adequadamente com o problema
Motivações para se fazer PESQUISA • Razões de ordem intelectual (pesquisa pura), que é o conhecer pelo conhecer • Razões de ordem prática (pesquisa aplicada), que é o conhecer para tornar algo mais eficiente • Estas razões não são mutuamente exclusivas (problemas práticos podem implicar descobertas de princípios científicos e vice-versa) .
Requerimentos para boa pesquisa: qualidades mínimas do pesquisador • Conhecimento do assunto a ser pesquisado • Curiosidade • Criatividade • Integridade intelectual (imparcialidade) • Atitude auto-corretiva (senso crítico) • Sensibilidade social • Imaginação disciplinada • Perseverança e paciência • Confiança na experiência
Capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, automaticamente, suas próprias opiniões (afirmações sem certeza) ou as das outros Caracteriza-se pelo pensar, pelo espírito indagador e pela autonomia (combate ao dogmatismo e à manipulação intelectual) Envolve também a recusa em aceitar nossas próprias opiniões de forma automática
A vantagem do exercício sistemático da dúvida • Encarar os problemas de vários ângulos (amadurecimento de trabalho intelectual e descoberta de múltiplas perspectivas) • Gera o pensar de ordem superior para: • Julgar os diferentes aspectos do problema; • Julgar o problema em termos de maior ou menor generalidade; • Julgar os critérios que usamos para fazer os julgamentos anteriores
Mapa da Ciência Total 68/100
Mapa da Ciência A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou, no dia 17, relatório produzido pela empresa estadunidense ClarivateAnalytics – ligada à multinacional Thomson Reuters - sobre a pesquisa científica no Brasil entre 2011 e 2016. Destacam-se no relatório três conclusões: praticamente só há produção de pesquisa científica em universidades públicas, há pouco impacto internacional na produção científica brasileira e apenas Petrobras e indústrias farmacêuticas realizam investimento relevante nessa área no país.
250,000 Brasil produziu nesse período (2011-2016) cerca de 250 mil papers que foram enviados à base de dados internacional Web of Science, números próximos à Holanda (242 mil), mas muito inferiores a países como EUA (2,5 milhões), China (1,4 milhão) e Reino Unido (740 mil).
O que é mesmo um problema? Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema, ou indagação. O que é um problema? • Questão matemática proposta para que se lhe dê a solução; • Questão não solvida e que é objeto de discussão, de qualquer domínio de conhecimento; • Proposta duvidosa que pode ter numerosas soluções; • Qualquer questão que dá margem à hesitação ou perplexidade, por ser difícil de explicar ou resolver; • Conflito afetivo que impede ou afeta o equilíbrio psicológico do indivíduo. NEM TODO PROBLEMA É POSSÍVEL DE TRATAMENTO CIENTÍFICO. PARA REALIZAR UMA PESQUISA É NECESSÁRIO VERIFICAR SE O PROBLEMA COGITADO SE ENQUADRA NA CATEGORIA CIENTÍFICO
COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA? • Perguntas assim: • - Como fazer para melhorar os transportes urbanos? • - O que pode ser feito para melhorar a distribuição de renda? • - Como aumentar a produtividade no trabalho? • - Qual a melhor técnica psicoterápica? • - É bom adotar jogos de simulações como técnicas didáticas? • Os pais devem ou não dar palmadas nos filhos? • Tais questões relacionam-se à eficiência do trabalho e a valores, que não se constituem efetivamente em problema científico para pesquisa.
Alguns conceitos • Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis. Exemplos: “Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?” “A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?” • Estes são problemas que envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação. Neste caso, é perfeitamente possível verificar a preferência político-partidiária de determinado grupo, bem como seu nível de escolaridade, para depois determinar em medida essas variáveis estão relacionadas entre si
Por que formular um problema de pesquisa? . Formula-se um problema cuja resposta seja importante para: • Subsidiar uma ação; • Avaliar certas ações; • Observar as consequências de várias alternativas possíveis; • Planejar uma ação (prevenção); • Subsídio à elaboração de pesquisa; • Explorar um objeto pouco conhecido; • Determinar com maior especificidade as condições em que certos fenômenos ocorrem ou como podem ser influenciados por outros; • Testar uma teoria científica; • Descrever determinado fenômeno.
Como formular um problema: Algumas regras práticas para formulação de problemas científicos . 1-Ser formulado como pergunta; 2-Ser claro e preciso; 3-Ser empírico; 4-Suscetível de solução; e 5-Delimitado a uma dimensão viável
O problema deve ser feito como pergunta É a maneira mais fácil e direta de formular um problema. Facilita sua identificação por parte de quem consulta o projeto ou o relatório da pesquisa. Ex: tema divórcio. Pesquisar o divórcio é muito complexo, mas se propuser: ‘que fatores provocam o divórcio’ ou quais as características da pessoa que se divorcia’, estará efetivamente propondo problemas de pesquisa.
O problema deve ser claro e preciso Um problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa. Deve se formular um problema de forma a ser respondível. Muitos problemas não são solucionáveis porque são apresentados numa terminologia retirada da linguagem cotidiana. É necessário definir operacionalmente o conceito. A definição operacional é aquela que indica como o fenômeno é medido.
O problema deve ser empirico Trata-se de transforar as noções iniciais em outras mais úteis que se refiram diretamente a fatos empíricos e não a percepções pessoais
O problema deve ser suscetível de solução Para formular adequadamente um problema, é preciso ter o domínio da tecnologia adequada de solução. Caso contrário, o melhor será proceder a uma investigação acerca das técnicas de pesquisa necessárias.
O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação
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