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Uma proposta metodológica para a análise de infográficos

Uma proposta metodológica para a análise de infográficos. Carolina Calomeno. Introdução. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Pesquisa apresentada ao 4ª Congresso Internacional de Pesquisa em Design, realizado de 11 à 13 de Outubro de 2007, no Rio de Janeiro. Introdução. Apresentação da autora

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Uma proposta metodológica para a análise de infográficos

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Presentation Transcript


  1. Uma proposta metodológica para a análise de infográficos Carolina Calomeno

  2. Introdução • APRESENTAÇÃO DO TRABALHO • Pesquisa apresentada ao 4ª Congresso Internacional de Pesquisa em Design, realizado de 11 à 13 de Outubro de 2007, no Rio de Janeiro.

  3. Introdução • Apresentação da autora • Doutoranda em Comunicação pela Unisinos, possui mestrado em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná (2005), especialização em Marketing pela UniFAE Centro Universitário (2001) e graduação em Design pela UFPR (1992). Atua como discente na Universidade Positivo, no Curso de Design - Projeto Visual e no Curso de Tecnologia em Game Design. Tem experiência na área de design visual, comunicação, direção de arte e ilustração.

  4. Introdução • Objetivo do trabalho • Tem como finalidade apontar uma proposta metodológica para análise de infográficos a partir dos infográficos produzidos no período da Guerra do Iraque (2003).

  5. INFOGRAFIA • Origem • O termo infografia é um neologismo adotado entre os anos 70 e 80 para denominar um antigo gênero gráfico informativo, caracterizado pela mescla de mensagens verbais e visuais. • A infografia viabiliza a exposição de conteúdos complexos por meio de elementos visuais, textuais, fotográficos e cromáticos, representando assim o que se pode chamar de uma linguagem sincrética (GREIMAS E COURTÈS, 1991 p.228)

  6. INFOGRAFIA • Definições • As terminologias e classificações desse gênero gráfico informativo são relativamente recentes e apresentam noções bem distintas. Embora a infografia não tenha nascido da informática, é fato que o surgimento das novas tecnologias alavancou a infografia. • A infografia facilita a informação. Se assemelha a uma reportagem no rigor da apuração. Tem título, tem argumento e responde às perguntas clássicas do jornalismo. Tem fonte e crédito do autor.

  7. INFOGRAFIA • Características • Primar pelas informações jornalísticas em detrimento da imagem • Rigor na apuração • Veracidade dos fatos • Checagem dos acontecimentos • No impresso, a infografia deve ter significado total e independente

  8. INFOGRAFIA • Infografia na era digital • Informativa • Narrativa • Interativa • Simulatória • Exploratória • Multimidialidade • Atualização contínua

  9. GUERRA NO IRAQUE • Em 2003, na Guerra do Iraque, houve um crescimento significativo de infográficos publicados nos jornais, em revistas, na TV e na Internet. Como foi uma guerra “anunciada” pelos meios de comunicação todos os preparativos puderam ser articulados com antecedência, inclusive a cobertura jornalística visual.

  10. GUERRA NO IRAQUE • Projetos gráficos de cadernos especiais sobre a guerra, iconografias geográficas e representativas dos temas relacionados ao conflito, ao Iraque, infográficos foram estruturados perviamente para estarem prontos para o início dos combates.

  11. GUERRA NO IRAQUE • Foi uma cobertura jornalística onerosa suportada apenas pelas grandes corporações de comunicação que dispunham de tais recursos. Apenas dois repórteres brasileiros da Folha de S. Paulo (o jornalista Sérgio D’Ávila e o repórter fotográfico Juca Varella) cobriram o conflito direto de Bagdá. Sendo assim, muitas das matérias que foram veiculadas nos jornais brasileiros tiveram como fonte as grandes organizações de comunicação americanas e britânicas.

  12. COLUNA NO SITE DA FOLHA

  13. COLUNA NO SITE DA FOLHA VIROU O LIVRO

  14. Fundamentação teórica “Sendo um infográfico um representante da linguagem sincrética, para analisá-lo, bem como seus elementos componentes, é necessário estudar seu modo de produção de sentido, interpretações, as dimensões semi-simbólicas” Greimas e Coutèrs, 1991

  15. Conceito • Semiótica plástica: expressão empregada pela primeira vez por Jean-Marie Floch em Petites Mythologies de l’aeil et de l’esprit: Pour une sémiotique plastique (1985). • Estudos iniciais de Louis Hjemslev sobre o sistema semi-semiótico, desenvolvidas posteriormente pelo Círculo Pariense de Semiótica de 1967.

  16. Sistemas simbólicos: cada elemento da expressão corresponde a um e somente um dos elementos do conteúdo, não se podendo fazer distinção entre os dois. • Sistemas semi-simbólicos: os elementos mantém relação diferenciada com o conteúdo, tornando possível a análise em separado.

  17. Proposta de análise • A análise da produção de sentido acontece das estruturas profundas para as estruturas mais superficiais. • São três os níveis: nível das estruturas fundamentais; nível das estruturas narrativas; e nível das estruturas discursivas. • A proposta metodológica se propõe a analisar o texto infográfico a partir da estruturas narrativas internas e imanentes do texto, dentro de seus limites espaciais.

  18. Categorias de análise • Topológica: diz respeito à distribuição espacial da infografia – Leitura não-linear • Eidética: diz respeito ao enquadramento que se faz do conteúdo - Recorte • Cromática: diz respeito ao uso da cor – Composição de mundo • Textural: diz respeito ao suporte empregado – Tipo de impresso e tido de papel

  19. ANÁLISE dos veículos • Revista VEJA (26/03/2003) nº 12, p. 52. • A primeira edição da revista após o início dos conflitos. • Edição diferenciada– meios de comunicação anteciparam seu design de editorial e de informação para a representação visual do acontecimento. • INFOGRÁFICO-ATAQUE AO IRAQUE • Apresenta as estratégias do ataque da Coalizão no período de uma semana. • Utiliza o recurso de um mapa político e de relevo da região, representado com desenhos e cores.

  20. ATAQUE AO IRAQUEVEJA 26/03/2009

  21. EFEITOS DE SENTIDORepresentação de um plano superior, distante, aéreo, conferido pela textura de grão grosso e grão fino da representação do relevo (montanhas e planície) da região- semelhante as fotografias retiradas em grandes altitudes; Destaque no país alvo através do degradê do laranja para o amarelo-ouro, cores mais quentes do que os seus vizinhos que tem os tons bege e ocre. Esses tons podem colaborar no efeito de sentido da aridez do deserto (tons de areia) e de água. Identificação do local do acontecimento, os países vizinhos e os mares (destacados pelas cores branca e azul clara).

  22. EFEITOS DE SENTIDOO vermelho, culturalmente associado ao perigo e materialmente associação ao sangue, o azul, associado à tranquilidade e o preto, associado à morte, aqui, desempenham a função de cores contrastantes, para que as informações possam ser lidas; A indicativa, de cor saturada, tem o seu início preciso no território do Kwait. Depois divide-se em duas, por meio de curvas, para direção distintas. A indicativa azul da direita alcança as proximidades de Bagdá, fragmentada em pequenos traços, representando o trajeto a ser percorrido por terra. O movimento de fora para dentro se estabelece com as indicativas vermelhas e azuis com a extremidade da ponta próxima a Bagdá. As indicativas vermelhas têm o seu início em degradê, pouco saturado em relação ao fundo, logo se tornando cor saturada, por representarem os ataques aereos sem um ponto definido de partida ou então fora do ângulo de visão do enunciatário.

  23. ANÁLISE dos veículos

  24. ANÁLISE dos veículos • Jornal O Globo 21/03/2003 p.8-9 • Segunda edição após o conflito • INFOGRÁFICO OS SONS DO ATAQUE • Página dupla • Assim como o da revista Veja, tem enquadramento militar comparando o poder armamentício dos norte-americanos e iraquianos. • Além disso, mostra a estratégia norte-americana para tomar Bagdá.

  25. OS SONS DO ATAQUEJORNAL O GLOBO 21/03/2003 À sua direita da página do jornal, contém uma coluna de informações referentes às forças iraquianas atuantes no conflito. A nacionalidade está indicada por meio de um elemento circular no qual se inscreve a bandeira do Iraque cabeceando a coluna. O texto “Iraque” sana um possível não reconhecimento do símbolo nacional iraquiano.

  26. Do lado esquerdo da página do jornal encontram-se as informações referentes às forças de coalizão atuantes no conflito. Da mesma forma se dá o reconhecimento da nacionalidade dos EUA e Grã-Bretanha.

  27. Estabelece então uma relação comparativa entra as duas colunas e os dados distinguem o poderio bélico das duas nações.

  28. A figura humana e muitos equipamentos estão representados formalmente com o mínimo de informações visuais, em silhueta, em alto contraste, com a cor preta e fundo branco. Esses ícones apresentam uma idealização de soldado, de tanque, de porta-aviões, de navios, de bombas, etc, por isso servem para representar tanto um grupo como o outro; contudo a sua incidência é acompanhada pelos correspondentes volumes númericos de cada um dos lados do conflito.

  29. A cor azul representa as áreas de mar e entra em contras com o laranja claro e o ocre (área do Iraque. Azul e ocre cumprem a função de sentido de água e deserto por associação material e distinguem-se ao olhar do leitor. Os limites territoriais do Iraque estão representadas com linhas retilíneas reduzindo ao mínimo os detalhes geográficos das fronteiras. No mapa, o Iraque distingue-se dos seus vizinhos por uma espessa linha que confere uma elevação simbólica com o efeito de singularizar o país dos demais.

  30. As ofensivas aéreas aparecem com as indicativas vermelhas e extremidades pontiagudas próximas a Bagdá, estabelecendo o movimento da margem para o centro, ou seja a representação do ataque da coalizão à capital iraquiana. Essas indicativas têm seu início em degradê pouco saturado, possivelmente, por representarem os ataques aéreos sem um ponto definido de partida ou, então, fora do ângulo de visão do enunciatário.

  31. A forma estrelada representa as explosões da noite de bombardeio. Possui um volume formal central maior e as extremidades menores, pontiagudas, produzindo um efeito de sentido de movimento centrífugo, similar aos deslocamentos provocados por uma explosão.

  32. O olhar do leitor é atraído pela representação do caça F-117A de cor cinza escuro, com forma pontiaguda, posicionando de forma a indicar o “alvo”, a capital iraquiana.

  33. Típologia sem serifa, negrito, condensada, inserida em dois retângulos : um vermelho e o outro preto. Uma grande capitular “A”, na sequencia chama a atenção do leitor do texto. Permite possibilidade de o leitor optar em seguir o mapa, que apresenta visualmente os acontecimentos da noite anterior. As colunas de informações complementares dos aparatos bélicos dos grupos envolvidos no conflito margeiam e emolduram o mapa. Três dos maiores elementos gráficos dessas colunas direcionam-se da margem para o centro, reforçando o percurso de leitura e o objeto principal desse complexo infográfico de duas páginas.

  34. Permite possibilidade de o leitor optar em seguir o mapa, que apresenta visualmente os acontecimentos da noite anterior. As colunas de informações complementares dos aparatos bélicos dos grupos envolvidos no conflito margeiam e emolduram o mapa. Três dos maiores elementos gráficos dessas colunas direcionam-se da margem para o centro, reforçando o percurso de leitura e o objeto principal desse complexo infográfico de duas páginas.

  35. Considerações finais • O trabalho traz grandes contribuições para a infografia: • A introdução de uma metodologia de análise. • A apresentação de definições para o neologismo infografia. • A associação da infografia com a semiótica para se perceber quais as interpretações que se pode obter de cada infográfico. • A partir desta proposta metodológica será possível analisar outros tipos de infográficos como os digitais e eletrônicos.

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