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AS VIAGENS DE PAUL GAUGUIN – E as reminiscências pinceladas

AS VIAGENS DE PAUL GAUGUIN – E as reminiscências pinceladas. Apresentação mostrando o paralelo entre as viagens feitas por Gauguin e suas representações pictóricas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Programa de Pós Graduação em Geografia

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AS VIAGENS DE PAUL GAUGUIN – E as reminiscências pinceladas

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  1. AS VIAGENS DE PAUL GAUGUIN – E as reminiscências pinceladas Apresentação mostrando o paralelo entre as viagens feitas por Gauguin e suas representações pictóricas.

  2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Programa de Pós Graduação em Geografia Disciplina: CULTURA PERCEPÇÃO E REPRESENTAÇÃO: DIFERENTES IMAGENS E LINGUAGENS ProfaDra. SaleteKozel Teixeira Alunos: ARLINDO COSTA OTO ROBERTO BORMANN CURITIBA-PR - 2010

  3. Gauguin nasce • Eugène Henri Paul Gauguin nasceu em Paris no dia 7 de Junho de 1848, filho de Clovis Gaughin, um jornalista contrário ao bonapartismo, e de Aline Maria, uma francesa com ascendência peruana (a avó materna de Gauguin era uma ativista socialista, e seu avô materno tinha parentesco com o vice-rei em Lima). • Devido ao contexto político, Clovis Gaughin levou a família ao Peru. Paul tinha então 3 anos, e durante a viagem, Clovis morreu, deixando Aline e seus filhos sozinhos. Todos foram, então, morar na casa de um tio de Paul, em Lima.

  4. Lima Lima, pode-se dizer, apresentou uma estranheza ao pequeno Paul, e ali, ele teve contatos com os índios andinos que chegava à cidade. A capital peruana foi a primeira cidade a apresentar-se ao futuro pintor como se fosse ela própria uma de suas várias musas. Na capital peruana o pequeno Paul manteve contato não apenas com a sociedade limenha, mas também com os habitantes indígenas. Da experiência na capital peruana, ele levou consigo um exotismo que só se ganha em viagens, de lugares distantes ou não. Concretamente falando, em Lima, Paul teve acesso a artefatos pré-colombianos (mochica e chimú), o que influiria anos mais tarde em suas obras esculturais, como a famosa Oviri.

  5. Lima • Pode-se dizer que Paul Gauguin retratou Lima através de sua mãe, como vê-se no quadro abaixo A Mãe do Artista, pintado 13 anos antes de sua morte(La Mère de l’Artiste, 1890, Museu Staatsgalerie de Stuttgart, Alemanha):

  6. Copenhague • A família de Paul Gauguin deixou o Peru quando ele tinha 7 anos. Voltaram a Paris, e depois mudaram-se a Orléans. Ele logo aprendeu francês, e aos 17 anos firmou-se como assistente de timoneiro na marinha mercante – o que foi necessário para completar seu serviço militar. • Em 1871, novamente em Paris, trabalho como comerciante. Dois anos depois casou-se com a dinamarquesa Mette-SophieGad. Pelos próximos 10 anos tiveram cinco filhos. • Em 1884 Gauguin mudou-se com sua família para Copenhague, onde trabalhou também como comerciante. Após 1 ano, deixou-os na capital dinamarquesa e voltou a Paris. Mette, sem ajuda alguma de Paul, foi morar com sua família. Gauguin sobreviveu a dois filhos.

  7. Copenhague • Antes de chegar a Copenhague, Gauguin já havia decidido dedicar-se inteiramente à pintura. A capital da Dinamarca serviu de estopim para o rompimento dele com sua esposa, e o abandono dos filhos. Entre seus quadros retratando Copenhague, o Paisagem de Inverno em Copenhague (1885) talvez seja um dos mais polissêmicos, pois representava o rompimento de todo o ideal pequeno-burguês que se espera de um pai de família. O seu estilo florescia, mas vê-se que há uma (auto)-ironia na representação de Copenhague vista ao fundo, com uma árvore solitária em primeiro-plano.

  8. Martinica • Em 1887, após visitar o Panamá, ele passou vários meses em Saint Pierre, no departamento ultramarino francês da Martinica, em companhia de seu amigo Charles Laval. • Gauguin desfrutou do lugar ao observar seus habitantes vivendo sua rotina, e ele como espectador. Mas prevaleceu seu entusiasmo pela natureza da ilha, sua vegetação tropical, a beleza das praias. Homenageou a ilha com uma dúzia de pinturas.

  9. Martinica • O exotismo acabara, e doente com disenteria e malária, e sem recursos para viver, Gauguin deixa a Martinica e volta à França em novembro de 1887. • Um dos quadros mais famosos de Gauguin na ilha é o Vegetação Tropical, de 1887:

  10. Bretanha • De volta a Paris, Gauguin parte a Pont-Aven, na Bretanha, noroeste francês. Ali, fica hospedado na pensão Le Gloanec. • Em Pont-Aven, Gauguin abandona o impressionismo para desenvolver, influenciado pelo pintor Émile Bernard e o simbolismo, uma nova estética pictórica: o sintetismo. • Anos mais tarde, Gauguin diria: “Eu amo a Bretanha, encontrei o selvagem, o primitivo!”

  11. Bretanha • Os bretões, sempre vistos como uns franceses à parte, eram temas recorrentes nos quadros de Gauguin, e ele deliciou-se ao encontrar em sua pátria selvagens, com um exotismo familiar, falando um idioma com raízes celtas. • O quadro O Guardador de Porcos, de 1888, serve de exemplo a essa experiência de Gauguin na Bretanha. Não há apenas as paisagens, mas também o primitivo e selvagem familiar homem bretão:

  12. Bretanha

  13. Bretanha • O quadro Visão Depois do Sermão, de 1888, pintado em Pont-Avens, é a primeira tentativa de Gauguin de introduzir em sua pintura uma temática de fantasia, contrária ao princípio da realidade estrita:

  14. Arles, Provença • Gauguin chegou a Arles em outubro de 1888, aguardado com fervor por Vincent Van Gogh. • Essa primeira visita melhora a saúde do neerlandês Van Gogh, antes dos dois pintores divergirem em suas formas de pintar e suas ideias. Acontece em Arles o que Van Gogh chamaria de “A Catástrofe”, quando ao seguir Gauguin à noite por Arles, surpreende o francês com uma navalha, que assustado, resolve pernoitar em uma pensão. Nessa noirte Van Gogh mutila sua orelha direita, e Gauguin abandona Arles.

  15. Arles, Provença • Van Gogh foi mais prolífico em Arles do que Gauguin, e foi extremamente irônico ao representar as suas diferenças de estilo e pessoal com os quadros A Cadeira de Van Goghe A Cadeira de Gauguin. • Dessa pequena fase em Arles, é possível perceber não apenas uma intensidade psíquica e espiritual em seus quadros, mas uma certa influência de Van Gogh sobre Gauguin.

  16. Arles, Provença • O quadro mais famoso feito por Gauguin em Arles é La Belle Angèle, de 1889:

  17. Polinésia • Durante um jantar oferecido por Mallarmé em honra de Gauguin, o pintor pensa em repetir a experiência de lugares exóticos. A ideia recai sobre o Taiti, na Polinésia Francesa. • O Taiti fora descrito por Pierre Loti em sua biografia O Casamento de Loti, como um arquétipo do Éden primitivo. • Gauguin queria um lugar assim, onde pudesse cultivar sua arte e o seu “eu selvagem”, que encontrava ecos em suas raízes no Peru.

  18. Polinésia • A venda de suas obras permite que Gauguin vá ao Taiti em 1891 tentar uma nova experiência, fugindo da França ‘civilizada à morte’. • Uma permissão oficial do governo francês é obtida por Gauguin para estudar os costumes e a paisagem da remota ilha. • As Mulheres do Taiti,, 1891

  19. Polinésia • Gauguin é relacionado por grande parte do público com o Taiti, e não é à toa, pois nunca o pintor seria tão prolífico quanto nessa ilha polinésia. • Seus trabalhos nesse período carregam um simbolismo quase-religioso e uma percepção exótica dos habitantes polinésios. • O famoso La Orana Maria (Ave Maria)

  20. Polinésia • Nesse ‘outro lugar’ Gauguin trabalha primeiramente como etnólogo, mostrando grande curiosidade pela cultura e religião dos Maori, que foram usados como temas em seus quadros. • Ele fica fascinado pelo charme das beldades locais, e pinta um paraíso (embora os ocidentais estivessem chegando e destruindo tudo o que tocassem).

  21. Polinésia • Em junho de 1893 parte para a França, onde chegaria em agosto. • Palavras do Diabo, 1892

  22. Polinésia • Rua no Taiti: • O Filho de Deus Nascido: • (note a influência ocidental no modo de vida dos taitianos)

  23. 1894, Última visita a Pont-Aven • Em setembro de 1893 Gauguin começa a escrever NoaNoa, para entender melhor suas pinturas taitianas. • Os críticos parisienses, nesse mesmo ano, não recebem as pinturas de Gauguin da Oceania com a aclamação que ele esperava. • Retorna, então, pela última vez à bretã Pont-Aven, de abril a novembro de 1894, que tornara-se uma colônia de férias para uma centena de pintores europeus.

  24. 1894, Última visita a Pont-Aven • Dessa estada em Pont-Aven, uma das pinturas mais famosas é Moinho em Pont-Aven, de 1894:

  25. Ilhas Marquesas • Em julho de 1895, Gauguin parte de Marselha em direção a Papeete, no Taiti. • Ele resolve, então, partir às Ilhas Marquesas, também na Polinésia Francesa. • Nas Ilhas Marquesas, a solidão e o sofrimento físico não impediram-no de alcançar alguns de seus melhores trabalhos.

  26. Ilhas Marquesas • Entre os anos 1897-8 Gauguin pintou uma de suas obras-primas, De Onde Somos? O Que Somos? Aonde Vamos?:

  27. Ilhas Marquesas • No ano de 1897 faz um de seus melhores quadros, Vairumati:

  28. Ilhas Marquesas • Em 1896 casa-se com uma wahine chamada Pahura; 3 anos depois nasce seu filho Émile. • Em maio de 1903, aos 54 anos, morre Paul Gauguin. Algumas fontes afiram que o pintor morreu decorrente de sua vida desregrada e sífilis, outros que ele morreu de um ataque cardíaco em decorrência a uma dose de morfina. • Está enterrado no cemitério católico de Atuona.

  29. Estilo • O estilo de Gauguin acompanhou-o em suas viagens, e assim como o pintor, sofreu várias modificações. A olho nu percebe-se um grande derramamento de cores muito vivas sobre a tela, e muitos dizem que as famosas gravuras japonesas (Ukiyo-e). • Sua pintura é caracterizada pela presença onipresente da natureza, seja ela decorativa, alegórica, sugestiva. • Uma forte religiosidade acompanhou-o durante sua vida como pintor, e é uma presença decorrente em seu trabalho.

  30. Auto-retratos • Gaughin auto-retratou-se algumas vezes, como no quadro abaixo de 1897:

  31. Grês • Grês é um material feito a partir de argila de grão fino, e que suporta altas temperaturas. • Entre 1894-5 Gauguin esculpiu sua obra em grês mais famosa: Oviri:

  32. Sede de Viver (Lust for Life, 1956) • Em 1956 o cineasta Vincente Minnelli lançou o filme Sede de Viver, baseado no romance homônimo de Irving Stone, que conta os dias passados por Van Gogh e Gauguin em Arles. Com Kirk Douglas e Anthony Quinn:

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