1 / 14

I Congresso Internacional de Estudos do Discurso

I Congresso Internacional de Estudos do Discurso A OPINIÃO NA REPRESENTAÇÃO DO PAPEL DA MULHER EM CRÔNICA DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA Siomara Ferrite Pereira Pacheco (FMU/SP ). Área: Análise Crítica do Discurso (vertente sociocognitiva).

stacey
Download Presentation

I Congresso Internacional de Estudos do Discurso

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. I Congresso Internacional de Estudos do Discurso A OPINIÃO NA REPRESENTAÇÃO DO PAPEL DA MULHER EM CRÔNICA DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA SiomaraFerrite Pereira Pacheco (FMU/SP)

  2. Área: Análise Crítica do Discurso (vertente sociocognitiva). • Tema: Arepresentação do papel da mulher na crônica de Chico Buarque, dos anos 1960 aos anos 1980 • Objetivos • Geral: contribuir com os estudos sobre o discurso e a representação social em textos da música popular brasileira, consideradas, neste trabalho, crônicas • Específico:examinar o contexto de linguagem do texto selecionado; verificar como a seleção lexical orienta a leitura, ativando modelos de representação dos papéis da mulher na sociedade.

  3. JUSTIFICATIVA Justifica-se a pesquisa na medida em que o texto em análise foi produzido na época em que o Brasil encontrava-se em regime de ditadura e, por isso, o locutor oculta-se por meio da linguagem, utilizando-se dos recursos linguísticos para expressar seu ponto de vista, o qual se opõe ao(s) marco(s) de cognição social(is).

  4. BASE TEÓRICA: • Análise Crítica do Discurso na interrelação das categorias Discurso, Cognição e Sociedade (v. Dijk, 1997) , além da noção de contextos de linguagem, da sociedade e das cognições – (v. Dijk, 2011 e 2012) • As noções de crônica, cultura e ideologia (Silveira,2000; 2009) • O conceito de gênero de Cháneton (2009)

  5. Discurso : práticas sociais . • Sociedade: conjunto de grupos sociais, os quais se constituem pela afinidade de objetivos, interesses e atitudes. • Cognição: conjunto de crenças, conhecimentos, atitudes, normas, valores, ideologias , ou seja, de modelos (mentais) tanto sociais quanto individuais.

  6. TEORIA DOS CONTEXTOS •   Van Dijk (2012) propõe uma teoria, considerando: • Contexto de linguagem que decorre do uso efetivo da variedade e variação da língua. • Contexto cognitivo: as formas de conhecimento que são ativadas no momento da interação – o que a pessoa faz como inferência e processa para Memória de Trabalho a informação. Pela relevância, ativa as inferências e constrói o contexto. • Contexto social = modelos sociais e individuais • Contexto discursivo: contexto global. (participantes, funções e ações)

  7. GÊNERO (SOCIAL) Segundo Cháneton, a hegemonia do gênero é ontologicamente sexuada e está submetida à força reguladora heterossexual dominante, que tem por base a oposição homem VS. mulher. E, no contexto capitalista da organização social, masculino vs. feminino equivale a “público/masculino/produtivo¨vs privado/feminino/reprodutivo” CULTURA E IDEOLOGIA De acordo com Silveira (2009), a cultura se define por um conjunto de conhecimentos que também são representações valorativas. Estas são transmitidas de pai para filho em sociedade e não objetivam discriminação. A ideologia, ao contrário, é composta de valores discriminatórios e imposta pelo Poder. Toda ideologia nasce da cultura.

  8. CRÔNICA As crônicas, textos narrativos do cotidiano, instaurados como textos do tipo opinativo, expressam em língua os valores culturais e ideológicos presentes na formação discursiva do locutor, guiando a orientação de leitura do leitor. São tanto do cotidiano quanto de notícia e situam-se no Folhetim. No Brasil, esse tipo de texto circula em jornais, por exemplo, que têm acesso a um público popular. Chico Buarque não tem acesso ao público popular, mas sua temática é o cotidiano dele.

  9. Segundo Silveira (1999), na crônica há sempre polaridade, e, nesse sentido, há unidades que se agrupam por axiomas enunciativos, sendo que num polo está situado um ponto-de-vista que caracteriza a identidade cultural de um grupo e no outro, o ponto-de-vista do cronista, que dialoga com as cognições sociais. Dessa forma, opinar implica construir uma circunstância para os conhecimentos sociais, ou seja, representações mentais contidas no marco de cognições sociais. Cada grupo representa os fatos do mundo a partir de um ponto de vista que é projetado para focalizar algo no mundo a partir de interesses, objetivos e propósitos.

  10. Valsinha Chico Buarque/Vinícius de Moraes - 1970 Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegarOlhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olharE não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falarE nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar

  11. E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousarCom seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava darE cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar

  12. E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertouE foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia maisQue o mundo compreendeuE o dia amanheceuEm paz

  13. Os resultados são parciais e estes indicam que as relevâncias no texto produzem estranhamentos que se resolvem na relação entre os contextos. Tais resultados indicam, ainda, que o contexto discursivo é orientado pelos outros contextos. . Conclui-se que o contexto de linguagem favorece a manifestação do ponto de vista do cronista, que avalia negativamente o que é considerado positivo pelo marco de cognição da sociedade machista – a condição de mulher submissa, restrita ao espaço privado do lar.

  14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CHÁNETON, July. Gênero, poder y discursos sociales. 1 ed. 1 reimpr.Buenos Aires-Argentina, 2009. SILVEIRA, Regina Célia Pagliuchi. “Marcos de Cognições Sociais e a Construção Opinativa: a crônica brasileira”. Ensino de Português para Estrangeiros-Ciclo de Palestras. Org. NurimarJudice. Niteroi/RJ Ed. da UFF, 2000. _________________________ “Um outro olhar para as narrativas de história: o suspense e o risível” IN CORRÊA, Lêda Pires; BEZERRA, Antônio Ponciano; CARDOSO, Denise Porto (orgs.). O texto em perspectiva. Aracaju-SE: Editora da Universidade Federal de Sergipe, 2009. Van Dijk, Teun. A. (1987).“El discurso y La reproduccion Del racismo”. Racismo y analise de los médios. Trad. Esp. Paidós. Barcerlona, 1997. Sociedady discurso: cómoinfluyenlos contextos sociales sobre el texto y laconversación. GedisaEditorial, 2011. ________________ Discurso e Contexto: uma abordagem sociocognitiva. São Paulo: Contexto, 2012.

More Related