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SARTRE, Jean Paul. O Imagin rio. S o Paulo: tica, 1996.

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SARTRE, Jean Paul. O Imagin rio. S o Paulo: tica, 1996.

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    1. SARTRE, Jean Paul. O Imaginário. São Paulo: Ática, 1996. Foto Cartier BressonFoto Cartier Bresson

    2. Jean-Paul Sartre (Filósofo e escritor francês) 21-6-1905, Paris / 15-4-1980, Paris Expoente máximo do existencialismo francês. Na obra O Ser e o Nada (1943), formulou seus pressupostos filosóficos: "O ser humano foi lançado para a vida e, diante dela, obrigado a adotar uma posição sensata; condenado à liberdade, só pode encontrar o verdadeiro sentido de sua existência por intermédio da responsabilidade". Vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à psicanálise. Em 1956 abandonou o Partido Comunista francês, ao qual pertencia desde 1952, em protesto pela intervenção soviética na Hungria. Defendeu o movimento de libertação da Argélia durante a guerra colonial, apoiou a rebelião estudantil de 1968. Em 1964 renunciou ao Prêmio Nobel de Literatura. Compartilhou sua vida com a escritora Simone de Beauvoir. Escreveu numerosos romances de sucesso, como A Náusea (1938) e O Muro (1939), dramas como As Moscas (1949), ensaios sobre arte e política, como Situações, além de peças como Entre Quatro Paredes (1944) e O Diabo e o Bom Deus (1951).

    3. 1. O método ... quando eu produzo em mim a imagem de Pierre, é Pierre que é o objeto de minha consciência atual. Enquanto essa consciência permanecer inalterada, eu poderei muito bem dar uma descrição do objeto tal qual ele aparece como imagem para mim, mas não da imagem enquanto tal. Pg. 15

    4. Imagem: ato de segundo grau Para determinar os traços próprios da imagem enquanto imagem, é preciso recorrer a um novo ato de consciência; é preciso refletir. Assim, a imagem enquanto imagem só e descritível por um ato de segundo grau, com o que o olhar se desvia do objeto para dirigir-se sobre a maneira como este objeto é dado. É o ato reflexivo que permite o julgamento “eu tenho uma imagem” Pg. 15

    5. O método propriamente Produzir em nós imagens, refletir sobre essas imagens, descrevê-las, isto é, tentar determinar e classificar seus traços distintivos.

    6. 2. A primeira característica da imagem Uma crítica aos psicólogos, filósofos e ao senso comum: Quando eu digo que “tenho uma imagem” de Pierre, eles pensam que eu tenho no momento presente um certo retrato de Pierre na consciência. O objeto de minha consciência atual seria precisamente esse retrato, e Pierre, o homem de carne e osso, só seria atingido muito indiretamente, de uma maneira “extrínseca”, pelo simples fato de que é ele que esse retrato representa. / As imagens seriam idéias fracas em relação a Pierre, de acordo com Hume. / Quando pensamos em Pierre, o que se apresenta é um retrato de Pierre, o próprio Pierre ou a consciência de Pierre?

    7. A cadeira Uma imagem da cadeira não é, não pode ser, uma cadeira. Há uma cadeira com a qual minha consciência se relaciona de dois modos diferentes. Nos dois casos, visa a individualidade concreta, em sua corporeidade. (a cadeira de palha). A relação via percepção: a cadeira é reencontrada pela consciência, como objeto cadeira. Relação via imagem: a cadeira não é reencontrada pela consciência. A cadeira não está jamais na consciência. Nem mesmo como imagem. Pg. 18 e 19

    8. A imagem da cadeira É um certo tipo de consciência, isto é, de uma organização sintética que se relaciona diretamente com a cadeira existente e cuja essência íntima é precisamente relacionar-se de tal e tal maneira à cadeira existente. pg. 19

    9. Imagem É a relação da consciência ao objeto; é um certo modo que o objeto tem de aparecer à consciência ou, se preferirmos, um certo modo que a consciência tem de se dar um objeto. Imagem não é mais do que uma relação pg. 19

    10. 3. Segunda característica da imagem: o fenômeno da quase observação Três tipos de consciência pelos quais um mesmo objeto pode nos ser dado Perceber, Conceber, e Imaginar. pg. 20

    11. Percepção Na percepção eu observo os objetos. O cubo Eu não posso saber que é um cubo enquanto não tiver apreendido suas seis faces: posso , no máximo, ver três faces ao mesmo tempo, não mais. É preciso que eu aprenda sucessivamente, que eu dê a volta em torno do cubo. pg. 20

    12. Pensamento Penso num cubo como um conceito concreto Penso nos seis lados e nos oitos ângulos ao mesmo tempo; penso que seus ângulos são retos e seus lados, quadrados. Estou no centro de minha idéia, eu a possuo inteira de uma só vez. Pg. 21

    13. Diferença entre Pensamento e Percepção Pensamento: saber consciente de si mesmo, que se coloca de uma vez no centro do objeto Percepção: unidade sintética de uma multiplicação de aparências, que faz lembrar seu aprendizado. pg. 21

    14. Imagem é aprendizagem (percepção) ou saber (pensamento)? Na aprendizagem como na imagem o objeto se dá em perfis, em projeções. Só que não necessitamos dar a volta: o cubo na imagem se dá imediatamente pelo que ele é. Na percepção, um saber se forma lentamente Na imagem, o saber é imediato pg. 21

    15. Imagem é um ato sintético que une a elementos mais precisamente representativos um saber concreto, não imaginado. Uma imagem não se aprende; é exatamente organizada como os objetos que se aprendem, mas na realidade, a imagem se dá inteira como aquilo que ela é, desde seu aparecimento. Pg. 21 e 22

    16. No mundo da percepção, nenhuma “coisa” pode aparecer sem que mantenha com outras coisas uma infinidade de relações. Pg. 22

    17. O excessivo nas/das coisas É essa infinidade de relações que constitui a própria essência de uma coisa; Daí algo de excessivo no mundo das coisas. Há cada instante, há sempre infinitamente mais do que o que podemos ver; para esgotar a riqueza da percepção atual, seria necessário um tempo infinito. Essa maneira de “exceder” é constitutiva da própria natureza dos objetos. Um objeto não poderia existir sem uma individualidade definida. pg. 22

    18. A pobreza da imagem Na imagem há uma espécie de pobreza essencial, ao contrário do que ocorre com o objeto. Os diferentes elementos de uma imagem não mantêm nenhuma relação com o resto do mundo e só mantém entre si duas ou três relações, aquelas que eu posso constatar, por exemplo, ou então aquelas que é importante reter no momento. pg. 22

    19. Os objetos do mundo das imagens não poderiam de forma alguma existir no mundo da percepção; não preenchem as condições necessárias. O objeto da percepção excede constantemente a consciência; o objeto da imagem é apenas a consciência que se tem dele. pg. 23

    20. A grama Se eu percebesse este ou aquele pedaço de grama, teria que estudar para saber de onde veio. A imagem da grama já me diz imediatamente que de onde ela. A imagem dá em um só bloco o que ela possui. pg.23

    21. O objeto, na imagem, apresenta-se como devendo ser apreendido numa multiplicidade de atos sintéticos. Nossa atitude em relação ao objeto da imagem poderia se chamar uma quase-observação. Estamos colocados numa atitude de observação, mas é uma observação que não ensina nada. pg. 23

    22. 4. Terceira característica: a consciência imaginante põe seu objeto como um nada Toda consciência é consciência de alguma coisa. A consciência irrefletida (não-tética) visa objetos heterogêneos à consciência: por exemplo, a consciência imaginante da árvore visa uma árvore, isto é, um corpo que por natureza é exterior à consciência; ela sai de si mesma, ela se transcende. Pg. 25

    23. Consciência não-tética Se conto os cigarros dessa cigarreira, sinto a revelação de uma propriedade objetiva do grupo de cigarros: são doze. Esta propriedade aparece à minha consciência como propriedade existente no mundo. Posso perfeitamente não ter qualquer consciência posicional de contar os cigarros. [...] E, todavia, no momento em que estes cigarros revelam-se à mim como sendo doze, tenho consciência não-tética de minha atividade aditiva. [...] Ao mesmo tempo, a consciência não-tética de contar é condição mesma de minha atividade aditiva. O Ser e o Nada, p. 24. Consciência não-tética= consc. irrefletida

    24. A imagem contém um ato de crença ou um ato posicional As 4 formas desse ato de crença 1) colocar o objeto como inexistente “em carne e osso” (negação) 2) colocar o objeto como ausente “em carne e osso” (negação) 3) colocar o objeto como existente em outra parte (positivo) 4) pode neutralizar-se, isto é, não colocar seu objeto como existente; colocar como nada. pg. 26

    25. Posição de ausência ou de inexistência Só pode ser encontrada no plano da quase observação. De uma parte, a percepção coloca a existência de seu objeto, de outra parte, os conceitos, o saber colocam a existência de naturezas constituídas por relações e são indiferentes à existência “em carne e osso” dos objetos. Pg.26

    26. Posição como existente em outra parte Pensar Pierre por meio de um conceito concreto é pensar ainda num conjunto de relações. Entre essas relações, podem ser encontradas determinações de lugar. (Pierre está viajando, está em Berlin, é advogado em Rabat, etc.). Essas determinações acrescentam um elemento positivo à natureza concreta “Pierre”. Não tem o caráter privativo, negativo dos atos posicionais da imagem. pg. 27

    27. Ato posicional neutralizado “Eu tenho uma imagem de Pierre” equivale a dizer “Eu não vejo Pierre”, mas ainda “Eu não vejo nada”. O objeto intencional da consciência imaginante tem isto de particular: que ele não está aí e é posto como tal, ou que ele não existe e que é colocado como inexistente, ou, ainda, que não é colocado de modo algum. pg. 27

    28. Minha imagem de Pierre é uma certa maneira de não tocá-lo, de não vê-lo, uma maneira que ele tem de não estar a uma tal distância, em tal posição. Seu objeto não é um simples retrato, ele se afirma: mas ao se afirmar, se destrói. Por mais viva, tocante, forte que uma imagem seja, ela dá seu objeto como não sendo. pg.28

    29. 5. Quarta característica: a espontaneidade Uma consciência imaginante se dá a si mesma como consciência imaginante, isto é, como uma espontaneidade que produz e conserva o objeto como imagem. É uma espécie de contrapartida indefinível do fato de que o objeto se dá como um nada. A consciência aparece para si mesma como criadora, mas sem colocar como objeto esse caráter criador. pg. 28

    30. Bibliografia SARTRE, Jean Paul. O Imaginário. São Paulo, Ática, 1996.

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