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A primeira articulação da linguagem

A primeira articulação da linguagem. LINGUÍSTICA ESTRUTURAL Prof.ª Gláucia Lobo. A dupla articulação da linguagem. Há duas partes integrantes da língua; 1ª articulação: responsável pela significação da língua – morfemas;

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A primeira articulação da linguagem

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Presentation Transcript


  1. A primeira articulação da linguagem LINGUÍSTICA ESTRUTURAL Prof.ª Gláucia Lobo

  2. A dupla articulação da linguagem • Há duas partes integrantes da língua; • 1ª articulação: responsável pela significação da língua – morfemas; • 2ª articulação: responsável pela distinção dos elementos da língua – fonemas; • Exemplo: LATA

  3. Morfologia • É uma ciência; • Objeto de estudo: morfemas; • Morfema: unidade mínima significativa da língua; é transcrito entre chaves; • Ex.: CAMINHAVA – {CAMINH-} + {-A-} + {-VA} – radical + VT + DMT

  4. Tipos básicos de morfemas • Lexemas ou morfemas lexicais: significação lexical, vocabulário, dicionário; • Gramemas ou morfemas gramaticais: significação gramatical, gramática da língua; • Ambos são morfemas e possuem significado, porém com referências distintas; • TUTORA – TUTOR (lexema) + A (gramema)

  5. Tipos básicos de morfemas • Lexemas: membros de uma lista aberta (“caetanear”, gírias como “da hora”, “massa”); • NeologismoBeijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavrasQue traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.Intransitivo:Teadoro, Teodora. • (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970)

  6. Tipos básicos de morfemas • Gramemas: membros de uma lista fechada; • Verbos “cobrar” e “teadorar”: COBR+A+R e TEADOR+A+R; • Gênero masculino/feminino: GAROT+O e GAROT+A; MAESTR+O e MAESTR+INA; • Não há como inventar novos gramemas verbais e/ou nominais.

  7. Correspondência gramatical • Lexemas:radicais; • Elementos irredutíveis e comuns às palavras de uma mesma “família” de vocábulos; • Ex.: fruta, fruteira, frutífera, frutificar, fruticultura, etc. – radical {frut-}.

  8. Correspondência gramatical • Gramemas: • Afixos; • Desinências nominais e verbais; • Vogais temáticas nominais e verbais; • Vogais e consoantes de ligação*.

  9. Afixos • São anexados ao radical para mudar-lhe o sentido (fazer/desfazer) ou acrescentar-lhe uma idéia secundária (livro/livraria); • Contribuem também para mudança da classe gramatical (leal/lealdade); • Há dois tipos de afixos: • Prefixos: desleal, infeliz, repor, inquieto; • Sufixos: crueldade, novinho, ferozmente, armamento.

  10. Desinências • São os morfemas terminais das palavras variáveis; • Indicam as flexões de gênero e número, e de modo-tempo e número-pessoa; • Colocam a palavra na frase; relação com concordância e obrigatoriedade.

  11. Desinências Nominais • Desinências de gênero: geralmente {-o} para masculino e {-a} para feminino; • Desinências de número: geralmente {-s} para o plural e nenhuma desinência específica para o singular.

  12. Desinências verbais • Há dois tipos: • Modo-temporais: “andava” (pretérito imperfeito do indicativo); • Número-pessoais: “andávamos” (primeira pessoa do plural).

  13. Vogais temáticas • Acréscimo ao radical – base à qual são anexadas as desinências; • Posição: final ou entre o radical e a desinência; • Função: marcar classes de nomes e verbos.

  14. Vogais temáticas nominais • Em português são: {-a}, {-e}, {-o}; • Não são {-a} e {-o} de gênero; • São usadas em palavras que não têm feminino e masculino; • Livro (não há “livra”); carta (não há “carto”); leite (não há “leita”); • Observação: os nomes terminados em vogal tônica não apresentam vogal temática (café, sofá) e algumas aparecem só no plural (mar/mares).

  15. Vogais temáticas verbais • São três: • {-a-} – primeira conjugação • {-e-} – segunda conjugação • {-i-} – terceira conjugação • Infinitivo; antecedem o {-r} desinencial: • am-a-r, vend-e-r, part-i-r; • Num verbo conjugado: “andava”.

  16. Vogais e consoantes de ligação • Normalmente ocorrem entre o radical e o sufixo; • Vogais de ligação: {-i-} e {-o-} (dignidade, gasômetro); • Consoantes de ligação: as mais recorrentes são {-z-} e {-l-} (cafezal, chaleira).

  17. Alguns exemplos • Infiel (prefixo); • Gestora (desinência nominal de gênero); • Pais (desinência nominal de número); • Acreditávamos (DMT); • Renovamos (DNP); • Peixe (VTN); • Mexer (VTV); • Gasômetro (VL); • Manguezal (CL).

  18. Divisão de morfemas • DESLEALDADE: {DES-} + {-LEAL-} + {-DADE-} • BEIJÁVAMOS: {BEIJ-} + {Á-} + {-VA-} + {-MOS} • CHICOTADA: {CHICOT-} + {-ADA} • PAULADA: {PAU-} + {-L-} + {-ADA}

  19. Divisão de morfemas • ROUPA: {ROUP-} + {-A} • CIPÓ: {CIPÓ} • GALOS: {GAL-} + {-O-} + {-S} • NASCIMENTO: {NASC-} + {-I-} + {-MENTO} • INEXPLICÁVEL: {IN-} + {-EXPLIC-} + {ÁVEL}

  20. Exercício: separe os morfemas das palavras abaixo: • GAVETA: { } + { } • GARFADA: { } + { } • CHEGAMOS: { } + { } + { } • MAGREZA: { } + { } • BULES: { } + { } + { } • INACEITÁVEL: { } + { } + { }

  21. Exercício: observe os morfemas das palavras abaixo e classifique-os gramaticalmente: • MAGRA: {MAGR-} + {-A} • PANO: {PAN-} + {-O} • REMAVAM: {REM-} + {-A-} + {-VA-} + {-M} • BAMBUZAL: {BAMBU-} + {-Z-} + {-AL} • BELEZA: {BEL-} + {-EZA}

  22. Classificação dos morfemas – gramática • Lexemas: radicais – AMOROSO; • Gramemas: • Afixos (prefixos/sufixos) – DESAMOR/ AMOROSO; • Desinências nominais (gênero/número) – AMOROSO/AMOROSOS e verbais (DMT/DNP) – AMAVA/AMAVAM; • Vogais temáticas nominais (a, e, o – CANETA, PEIXE, GARFO) e verbais (a, e, i – AMAR, LER, CAIR); • Vogais e consoantes de ligação – DIGNIDADE/CAFEZAL.

  23. Síntese da aula • Primeira articulação da linguagem; • Morfologia; • Tipos básicos de morfemas; • Correspondência gramatical; • Divisão de morfemas.

  24. Busque Amor novas artes, novo engenho(Luís Vaz de Camões) • Busque Amor novas artes, novo engenhoPera matar-me, e novas esquivanças,Que não pode tirar-me as esperanças,Que mal me tirará o que eu não tenho.Olhai de que esperanças me mantenho!Vede que perigosas seguranças!Que não temo contrastes nem mudanças,Andando em bravo mar, perdido o lenho.Mas, enquanto não pode haver desgostoOnde esperança falta, lá me escondeAmor um mal, que mata e não se vê,Que dias há que na alma me tem postoUm não sei quê, que nasce não sei onde,Vem não sei como e dói não sei porquê.

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