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As Religiões e a Violência. Que relação?. Ana Isabel Marques. Teses possíveis. As religiões não geram necessariamente conflito e violência, não existe obrigatoriamente uma relação entre as duas realidades.
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As Religiões e a Violência Que relação? Ana Isabel Marques
Teses possíveis • As religiões não geram necessariamente conflito e violência, não existe obrigatoriamente uma relação entre as duas realidades. • As religiões provocam inevitavelmente conflito e violência, existe uma relação de causa-efeito entre as duas realidades.
Tese: violência e Religião são independentes • Ao longo do tempo, a aceitação de uma figura superior (Deus ou deuses) e o sentido de submissão a essa figura de autoridade tem ajudado a controlar a acção dos líderes dos grupos humanos, contribuindo para a diminuição da violência recíproca, uma herança evolutiva bem documentada. Assim, a existência de religiões traz benefícios: estas podem servir interesses humanos, promovendo a convivência pacífica, respeitadora e tolerante. Então, a violência existe independentemente da religião, e esta pode mesmo ajudar a combatê-la. Logo, as religiões não geram necessariamente violência e não existe obrigatoriamente uma relação entre as religiões e a violência.
Tese rejeitada: religião causa violência • Se cada religião afirma a sua verdade como a única possível, então baseia-se na intolerância, que por vezes se traduz em fundamentalismos e fanatismos religiosos que influenciam as decisões políticas, e na exclusão de outras religiões, o que leva ao desconhecimento que, por sua vez, pode gerar a suspeita, a rejeição e a consequente perseguição violenta. Logo, as religiões provocam conflito e violência.
Avaliação do argumento • O argumento é válido, pois verifica as três regras gerais de validade • O argumento é sólido: as premissas e a conclusão são verdadeiras • Contudo, o argumento é fraco: tem uma premissa tanto ou mais discutível que a conclusão. Logo, não é forçoso aceitar a tese defendida.
Avaliação do argumento (2) • O facto de as religiões afirmarem a sua verdade como a única possível não as faz, necessariamente, intolerantes e excludentes, o que tira força à expressão “Se p, então q e r”, pois mesmo que p seja verdadeira, nem sempre se verifica a implicação de q e r. • A maioria das religiões defende valores de paz e respeito, e os crentes, agindo coerentemente com este facto, devem respeitar a existência de outras religiões, ainda que não acreditem na sua veracidade. • Assim, as religiões não provocam necessariamente a exclusão e a perseguição violentas de outras religiões, sendo possível a convivência pacífica.
Conclusão • As religiões não são necessariamente intolerantes e excludentes • Coexistência pacífica de diferentes religiões • As religiões não geram por si só conflito ou violência