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REDAÇÃO [ASSEMBLEIA LEGISLATIVA] Fatores de textualidade

REDAÇÃO [ASSEMBLEIA LEGISLATIVA] Fatores de textualidade. PROF. VANILTON PEREIRA. ASPECTOS GERAIS Duração do Curso – 09 encontros. ASPECTOS GERAIS Objetivos

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REDAÇÃO [ASSEMBLEIA LEGISLATIVA] Fatores de textualidade

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Presentation Transcript


  1. REDAÇÃO [ASSEMBLEIA LEGISLATIVA] Fatores de textualidade PROF. VANILTON PEREIRA

  2. ASPECTOS GERAIS Duração do Curso – 09 encontros

  3. ASPECTOS GERAIS Objetivos Promover o desenvolvimento do pensamento lógico através de informações teóricas para aprimorar a elaboração de textos argumentativos. Desenvolver a competência linguística dos alunos, de modo a formar bons leitores e produtores de textos, considerando o gênero, o contexto e os objetivos de comunicação. Valer-se da prática da leitura e da escrita, norteadas por estratégias pertinentes, para evidenciar as técnicas que podem ser usadas no processo de produção textual.

  4. Competências Trabalhadas 1. Conteúdo (40 Pontos) a) perspectiva adotada no tratamento do tema; b) capacidade de análise e senso crítico em relação ao tema proposto; c) consistência dos argumentos, clareza e coerência no seu encadeamento; d) abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na prova.

  5. Competências Trabalhadas 2. Estrutura (30 Pontos) a) estrutura dissertativo-argumentativa; b) respeito ao gênero solicitado; c) progressão textual e encadeamento de ideias; d) articulação de frases e parágrafos (coesão textual); e) estratégias argumentativas.

  6. Competências Trabalhadas 3. Expressão (30 Pontos) a) desempenho linguístico de acordo com o nível de conhecimento exigido; b) adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso; c) domínio da norma culta formal, com atenção aos seguintes itens: estrutura sintática de orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação; etc.

  7. Competências Trabalhadas 4. Leitura Proficiente Confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas. 5. Intelecção de texto Tópico Frasal. 6. Interpretação de textos Compreensão de enunciados.

  8. Competências Trabalhadas 7. Fatores de textualidade: a) coerência e coesão – que se relacionam com o material conceitual e linguístico do texto; b) intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, intertextualidade e informatividade – que têm a ver com os fatores pragmáticos envolvidos no processo comunicativo.

  9. Competências Trabalhadas 7. Oficina de Produção Textual Comentários sobre os problemas detectados nas redações produzidas pelos alunos e dicas para a melhoria das futuras produções textuais. Escrita e reescrita de textos. (*)A ordem da ministração dos conteúdos poderá ser alterada em função das necessidade da turma e da metodologia aplicada pelo professor.

  10. IMPORTANTE Na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho na Prova Discursiva, poderão os candidatos valer-se das normas ortográficas em vigor antes ou depois da implementação do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Novo prazo para entrar em vigor: 2016 O período de transição para implementação das novas regras vai até 31 de dezembro de 2015.

  11. IMPORTANTE O candidato não habilitado na Prova Discursiva-Redação será excluído do Concurso.

  12. Iniciando Nossa Conversa • Ler e escrever são atividades que desempenhamos constantemente, nas diversas situações do cotidiano, como na leitura e na escrita de: E-mails, cardápios, listas de compras, placas, etc. • Por isso, a leitura e a escrita são práticas de linguagem em situações de uso.

  13. Além disso, ler e escrever são também ferramentas para: • comunicar e ampliar o conhecimento; • criar identidade, perfil pessoal e profissional; • defender uma ideia; • descrever uma cena; • contar uma história; etc. Aliás, teremos mais ou menos status na comunidade em que estamos inseridos, quanto melhor ou pior for o nosso desempenho na comunicação oral e escrita.

  14. Talvez por isso um dos objetivos principais do ensino de português seja desenvolver a competência comunicativa, notadamente nas Práticas de Leitura e Escrita. • E para se compreender o fenômeno da leitura e da produção de textos escritos, faz-se necessário entender previamente o que caracteriza o texto, de modo geral, já que o que as pessoas têm a dizer umas às outras não são palavras, nem frases isoladas, são textos.

  15. O que é um texto?

  16. O texto é uma unidade de linguagem em uso.

  17. Além disso, o texto: • materializa uma produção discursiva; • vincula-se a uma situação comunicativa; • possui uma intenção comunicativa; • compõe uma unidade de sentido coerentemente articulada.

  18. Assim, podemos compreender que o texto é um todo significativo produzido para fins comunicativos específicos (promovendo a interação entre sujeitos). O texto, desse modo, é um evento comunicativo em que convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas. Dimensões do texto Quais são os conhecimentos ativados na produção/recepção do texto? Que meios linguísticos são utilizados? Quais são os fatores da situação de comunicação?

  19. Texto e Linguagem • Para produzirmos um ou mais textos, precisamos da linguagem. • Pela linguagem, tornamo-nos capazes de interagir no mundo: dizer quem somos, o que pensamos, o que queremos. • Pela linguagem, damos forma as nossas experiências e significamos o que está a nossa volta.

  20. Tipos de Linguagem 1. Verbal: produzida por meio de palavras que integram a língua. 2. Não verbal: imagética, gestual, pictórica.

  21. Concluímos, até aqui, que os textos são unidades de sentido, constituídos não apenas pela linguagem verbal, mas também por imagens, gestos, sons ou por meio do diálogo entre o verbal e o não verbal. • Agora, se o texto é uma unidade de sentido e não um amontoado de frases, o que faz um texto ser um texto? É preciso observar alguns fatores de textualidade.

  22. Fatores de Textualidade • Chama-se textualidade ao conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases. • Segundo alguns linguistas, é necessário observar sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: a coerência e a coesão, que se relacionam com o material conceitual e linguístico do texto, e a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a intertextualidade e a informatividade, que têm a ver com os fatores pragmáticos envolvidos no processo sociocomunicativo.

  23. 1. Coesão Em geral, para que um texto faça sentido, é necessária a existência de palavras, expressões e demais componentes textuais que estabeleçam encadeamentos e vínculos entre si, viabilizando, desse modo, o reconhecimento de nexos semânticos (ou relações de sentido). A esses elementos damos o nome de recursos de coesão textual. A coesão, portanto,é a operação que envolve a ligação entre as partes do texto.

  24. Vejamos o trecho a seguir: “André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aqueleo faz.” O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele, o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time. Observe que os elementos coesivos “amarram” as informações expressas no texto, recuperando-as.

  25. 2. Coerência • A coerência é a continuidade de sentido no texto que se estabelece de maneira global, levando-se em conta um conjunto de fatores de ordem linguística e não linguística. • Em outras palavras, textos são coerentes para nós quando construímos sentidos a partir deles.

  26. 2. Coerência Vejamos o texto abaixo: Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina onde ficava, um motorista que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.

  27. A pérolas do ENEM são exemplos clássicos de textos que apresentam problemas de coerência: 1. “Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor”. 2. “O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água”. 3. “Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam”. 4. “Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos”.

  28. Coerência Subi a porta e fechei a escada. Tirei minhas orações e recitei meus sapatos. Desliguei a cama e deitei-me na luz Tudo porque Ele me deu um beijo de boa noite... (Autor anônimo)

  29. Existe texto sem coerência? João vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são caríssimos. Também os mísseis são caríssimos. Os mísseis são lançados no espaço. Segundo a Teoria da Relatividade, o espaço é curvo. A geometria rimaniana dá conta desse fenômeno. • A sequência de enunciados tem um efeito comunicativo? • Evidencia uma coesão relativamente forte no encadeamento das frases? • As relações de sentido progrideme se unificam? • O conjunto textual forma uma unidade significativa?

  30. Existe texto sem coesão? Circuito Fechado Ricardo Ramos Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, [...]

  31. O texto de Ricardo Ramos, superficialmente visto, apresenta retomadas explícitas entre a sequências das sentenças. • É correto afirmar que esse texto apenas reúne fatos isolados e não forma uma sequência contínua? • O texto analisado apresenta um todo significativo e, em face disso, funciona como um texto perfeitamente inteligível?

  32. 3. Intencionalidade O critério da intencionalidade, centrado basicamente no produtor do texto, considera a intenção do autor como fator relevante para a textualização. Diz respeito a questão “O que o autor pretende?” Intencionalidade Foco nas pretensões do autor do texto.

  33. 4. Aceitabilidade A aceitabilidade diz respeito a atitude do receptor do texto, que o recebe como uma configuração aceitável, tendo-o como coerente e coeso, ou seja, interpretável e significativo. Aceitabilidade Foco na atitude do receptor do texto.

  34. Aceitabilidade Intencionalidade Diz respeito ao que os produtores do texto pretendiam ou queriam que eu fizesse. Diz respeito a como eu reajo e como eu aceito, considero ou me engajo nas intenções pretendidas.

  35. 5. Situacionalidade O critério da situacionalidade refere-se ao fato de relacionarmos o evento textual à situação (social, cultural, ambiente, etc.) em que ele ocorre. A situacionalidade não só serve para interpretar e relacionar o texto ao seu contexto interpretativo, mas também para orientar a própria produção. Tomemos o caso de alguém que quer falar ao telefone: essa situação exigirá uma série de ações mais ou menos consolidadas e que vão constituir o gênero telefonema. Haverá uma chamada, as identificações e os cumprimentos mútuos, a abordagem de um tema, ou de vários, e as despedidas.

  36. 6. Intertextualidade É a relação que se estabelece entre textos, que fazem parte ou não do repertório de leituras do leitor. Há hoje um consenso quanto ao fato de que não existem textos que não mantenham algum aspecto intertextual, pois nenhum texto se acha isolado. A intertextualidade, mais do que um critério de textualidade, é também um princípio constitutivo que trata o texto como uma comunhão de discursos e não como algo isolado.

  37. Exemplos de Intertextualidade

  38. Exemplos de Intertextualidade

  39. Exemplos de Intertextualidade As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental.

  40. Exemplos de Intertextualidade Sei que, às vezes, usoPalavras repetidas,Mas quais são as palavrasQue nunca são ditas?

  41. 7. Informatividade Refere-se a distribuição da informação no texto e ao grau de previsibilidade com que ela é veiculada. Um texto será menos informativo quanto mais informação previsível ou redundante apresentar.

  42. Revisando Além disso, vimos também que os fatores de textualidade são: • Coerência • Coesão • Intencionalidade • Aceitabilidade • Situacionalidade • Intertextualidade • Informatividade • Dentre os quais, a coerência é o mais importante.

  43. Referências AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Redigida de Acordo com a Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São Paulo: Publifolha, 2009. BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008. CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1999. FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Oficina de textos. Petrópolis RJ: Vozes, 2003. FIGUEIREDO, L. C. A redação pelo parágrafo. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1999. HORCADES, Carlos M. A evolução da escrita: história ilustrada. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2004. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008. ______. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. MACHADO, Anna Rachel (Org.). Planejar gêneros acadêmicos. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. MACHADO, Anna Rachel (Org.). Planejar gêneros acadêmicos. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. MOTTA-ROTH, Desiree. Redação acadêmica: princípios básicos. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Imprensa Universitária, 2006. PERROTA, Claudia. Um texto para chamar de seu: preliminares sobre a produção do texto acadêmico. São Paulo: Martins Fontes, 2004. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre. Art.Med, 1998.

  44. PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL Você é a favor da realização da Copa do Mundo no Brasil?

  45. Será atribuída nota ZERO à Redação que: • fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto; • apresentar textos sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local apropriado; • for assinada fora do local apropriado; • apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato; • for escrita a lápis, em parte ou em sua totalidade; • estiver em branco; • apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.

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