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RECOLHER FONTES COM RIGOR RECOLHER INFORMAÇÃO TRATAR A INFORMAÇÃO GUARDAR A INFORMAÇÃO

RECOLHER FONTES COM RIGOR RECOLHER INFORMAÇÃO TRATAR A INFORMAÇÃO GUARDAR A INFORMAÇÃO. NORMALIZAÇÃO REGRAS INTERNACIONAIS * ELABORADAS PELA ISO (International Standardization Organization) * PERMITEM UMA LINGUAGEM COMUM

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Presentation Transcript


  1. RECOLHER FONTES COM RIGOR • RECOLHER INFORMAÇÃO • TRATAR A INFORMAÇÃO • GUARDAR A INFORMAÇÃO

  2. NORMALIZAÇÃO REGRAS INTERNACIONAIS * ELABORADAS PELA ISO (International Standardization Organization) * PERMITEM UMA LINGUAGEM COMUM * SÃO SEGUIDAS PELA MAIORIA DOS PAÍSES MEMBROS DA ORGANIZAÇÃO REGRAS NACIONAIS (Portugal) * NP 405 – 1 – Informação e Documentação: Referências bibliográficas: documentos impressos; * NP 405 – 2 – Relativa a documentos que não são livros * NP 405 – 3 - Relativa a documentos não publicados NORMASAPA * Regras seguidas nas revistas científicas editadas pela American Psychological Association

  3. CLARIFICAÇÃO DOS CONCEITOS FUNDAMENTAIS • REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA – Conjunto de elementos que identificam uma publicação • BIBLIOGRAFIA – Lista de referências bibliográficas, que normalmente deve ser ordenada alfabeticamente, a não ser que se justifique a utilização de outro critério, o qual deve ser obrigatoriamente fundamentado • CITAÇÃO - transcrição de um trecho de um autor. Toda a citação obriga a uma referência que se introduz no interior do texto, (neste caso deve ficar entre parênteses), ou que fica anexa como nota de rodapé ou, ainda, como nota final. Enquanto nota de rodapé ou final deve ser sempre numerada. Deve permitir a identificação clara da publicação donde foi retirada. • citação literal ; formal (ou transcrição)– no caso de se reproduzir textualmente a fonte • citação conceptual – quando se reproduz fielmente as ideias veiculadas na fonte mas não se transcreve os termos exactos (paráfrase)

  4. Regras convencionadas: • Emprega-se aspas duplas (« ») para abrir e fechar a citação; • Emprega-se aspas simples (“ “) para distinguir uma citação em citação; • Para citações curtas integra-se no corpo do texto • Para citações longas destaca-se, em parágrafo próprio, em itálico e com margens menores e espaçamento simples • Se houver necessidade de cortar o texto usa-se (…) • Se houver necessidade de acrescentar um conector usa-se [….] • É indispensável referir as fontes nos trabalhos de investigação: • Em pé de página como nota de rodapé; • No final do capítulo ou no final do trabalho • No próprio trabalho

  5. Normas para as referências bibliográfica das citações: 1 - Nas referências de rodapé ou no final do texto, o nome do autor não é invertido 2 - Nas referências no texto (autor - data) deveremos considerar as seguintes situações: • (Roldão, 2003) – Quando referimos apenas uma obra de um autor • (Roldão, 2003, 2004) – Quando referimos um autor e várias obras do mesmo autor • (Roldão, 2003; Sanches, 2001) – Quando referimos vários autores e várias obra • (Morgado e Pacheco, 2002) Quando referimos dois autores e uma mesma obra. Pode-se usar, ainda, o & (Morgado & Pacheco, 2002) • (Cortesão [et al], 2002) – Quando referimos três ou mais autores de uma mesma obra • (Roldão, 2003a, 2003b) – Quando nos referimos a obras diferentes mas com autoria e data de publicação iguais

  6. Normas para as referências bibliográfica das citações: • (Cortesão, 2002: 53) – Quando citamos uma só obra de um autor e queremos referir também a página • (Cortesão, 2002:53-56); (Cortesão, 2002: 68 ss) – Quando queremos referir páginas da mesma obra) • Quando citamos indirectamente devemos referir em nota de rodapé colocando ap ou apud (citado por) Ex: «o homem é o fim para que todo o saber tende» (1) Delfim Santos, Filosofia e Ciência, p.140, apud Paszkiewicz, A Filosofia Pedagógica de Delfim Santos, Lisboa, INCM, 2000, p.87 • Quando a citação contém um erro, transcrevemos e usamos [sic] • Quando citamos uma tradução podemos referir as duas edições na lista final de referências e mencionar as duas datas na citação dentro do texto Ex: As categorias propostas por Bloom e Masia (1964/1976) …

  7. NP 405 • Autor, Título da Obra, Local de Publicação: Editor(a), Data da Publicação, Número de páginas • Ex: ALVES, Rubem, Filosofia da Ciência, Porto: Asa, 2004, 224p. • ou • ALVES, Rubem (2004). Filosofia da Ciência, Porto: Asa • NORMAS APA (Alves, 2004) • Ex: Alves, R., (2004). Filosofia da Ciência, Porto: Asa • No caso de se tratar de uma cidade menos conhecida acrescentar o país (Carvalho, 1996) Ex: Carvalho, J.M. (1996). A Idéia de Filosofia em Delfim Santos (2ªed.). Londrina, Brasil: UEL • No caso de tradução (Bloom et al., 1964/1976) Ex: Bloom, B.S., Krathwohl, D.R., Masia, B.B. (1976).Taxinomia de objectivos educacionais:Vol.2.Domínio afectivo. Porto Alegre, Brasil: Globo. (Trabalho original em inglês publicado em 1964)

  8. No caso de livro colectivo (Souza, 2006) Ex: Souza, H.P. (Ed.) (2006). Tópicos de Linguagem. Barbacena, Brasil:UNICAP. • No caso de um capítulo em livro colectivo (Braga, 2006) Ex: Braga, P. C. (2006) O Ensino da Literatura na Era dos extremos. Em H.P. Souza Tópicos de Linguagem. Barbacena, Brasil:UNICAP. • No caso de Relatórios (Cortesão et al., 1982) Ex: Cortesão,L. [et al], (1982). Projecto de Formação de Formadores. Relatório preparado para o CICFF. Porto: CICFF-GEP. • No caso de Teses (Véspúcia, 1986) Ex: Véspúcia, J. (1986). A Avaliação Sistémica e o Processo Ético- Émico da Instrução em Matemática. Tese de mestrado inédita. Lisboa: Universidade de Lisboa, Departamento de Educação da Faculdade de Ciências. • No caso de artigo de revista científica (Cabrita, 2001) Ex: Cabrita, M.J. (2001). Em Busca de uma Teoria da Justiça. Cultura – Revista de História e Teoria das Ideias, Vol. XIII – 2ª série, 113-125.

  9. No caso de artigo de jornal (Soares, 1990) Ex: Soares, M.N. (1990, Dezembro 23). Comunicado aos eleitores. O Público,pp.1-3,7,32. • No caso de obra da autoria de uma Instituição (IPP,2004) Ex: Instituto Politécnico do Porto (2004). Como organizar: currículos, projectos, teses, trabalhos, relatórios, bibliografias. Porto: Autor • No caso de artigo e Revista Electrónica (Niaz & Rodriguez, 2001) Ex: Niaz, M., Rodriguez, M. A. (2001). Do we have to introduce history and philosophy of science or is it already «inside» chemistry? Chemistry Education, 2, 159-164. Recuperado em 2003, Janeiro 17, de http://www.uoi.gr/conf_sem/cerapie/2001_May/10.html • No caso de livro publicado na Internet (Comissão Europeia, 2001) Ex: Comissão Europeia (2001). Green Paper. Recuperado em 2003, Março 15, de http://europa.eu.int/comm/employment_social/soc-dial/social/ green_en.htm

  10. RECOLHER A INFORMAÇÃO • TRATAR A INFORMAÇÃO

  11. PROCURA DE UM OBJECTO DE INVESTIGAÇÃO TEMA GERAL ASSUNTO ASSUNTO ASSUNTO ASSUNTO REFLEXÃO RAZÕES DA MINHA ESCOLHA ? EXPERIÊNCIAS CONHECIMENTO CONDIÇÕES ETC. PESSOAIS RELEVÂNCIA TEMA: PROBLEMA A TRATAR PERGUNTA DE PARTIDA FINALIDADES OBJECTIVOS PROCURA DA RESPOSTA

  12. AS ETAPAS DO PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO Etapa 1 – A pergunta de partida Etapa 2 – A exploração RUPTURA As entrevistas exploratórias As Leituras Etapa 3 – A problemática CONSTRUÇÃO Etapa 4 – A construção do modelo de análise Etapa 5 – A observação VERIFICAÇÃO Etapa 6 – A análise das informações Etapa 7 – As conclusões

  13. RUPTURA - Quebra de preconceitos e falsas evidências Etapa 1 – A pergunta de partida Etapa 2 – A exploração As entrevistas exploratórias As Leituras Etapa 3 – A problemática Etapa 1 A pergunta de partida – consiste em procurar enunciar o projecto de investigação na forma de uma pergunta. Uma investigação é, por definição, algo que se procura. É o primeiro «fio condutor» QUALIDADES EXIGÍVEIS: • CLAREZA • EXEQUIBILIDADE • PERTINÊNCIA

  14. Analisem estas perguntas de partida: 1. Qual é o impacto das mudanças na organização do espaço urbano sobre a vida dos habitantes? • Pergunta demasiado vaga; • Conceitos pouco claros: (o que se entende por «vida dos habitantes» ? Facilidade de deslocação? Disposições psicológicas?; afectividade do grupo social?; recurso a bens de consumo?.... • Imprecisa; • Forte possibilidade de falta de convergência na interpretação da pergunta; • Não deixa clara a intenção do investigador.

  15. 2. Em que medida o aumento das perdas de empregos no sector da construção explica a manutenção de grandes projectos de trabalhos públicos, destinados não só a manter este sector, mas também a diminuir os riscos de conflitos sociais inerentes a esta situação ? • É uma pergunta demasiado longa e desorganizada • Contém muitas suposições e desdobra-se • É difícil perceber-se bem o que se procura compreender • Não é unívoca • Não é concisa

  16. 3. Os dirigentes empresariais dos diferentes países da Comunidade Europeia têm uma preocupação idêntica da concorrência económica dos Estados Unidos e do Japão ? • É muito ambiciosa; • Exige um elevado orçamento; • Exige um staff muito competente e poliglota; • Exige do investigador um domínio muito amplo de conhecimentos; • Exige muitos recursos e meios logísticos; • Não é realista

  17. 4. A forma como o fisco está organizado no nosso país é socialmente justa? • O seu registo é do domínio da Ética – implica um juízo de valor; • A pergunta é moralizadora daí que a resposta só tenha sentido em relação ao sistema de valores expresso; • Ultrapassa o plano da análise objectiva (as respostas são muito subjectivas); • Exige uma fundamentação prévia e uma teorização justificativa da opção valorativa do investigador; • As conclusões estão subordinadas à tese teórica defendida; • Sai do domínio das Ciências Sociais e da Psicologia e entra no domínio da Filosofia

  18. 6. Que mudanças afectarão a organização do ensino nos próximos vinte anos? • Implica uma dimensão prospectiva do real; • Foge aos dados de uma observação objectiva; • Não está no domínio das Ciências Sociais e da Psicologia; • Implica uma análise teórica das teorias da evolução social, uma opção teórica e a defesa de uma tese filosófica ( filosofema); • Está no domínio da Filosofia da História ou da Filosofia Social; • Obriga a um quadro conceptual exigente; • Obriga a uma fundamentação filosófica.

  19. 7. O jovens são mais afectados pelo desemprego do que os adultos? • Pergunta pobre; • Resposta puramente descritiva que procura apenas exibir dados; • Não apresenta níveis de compreensão do fenómeno; • Intenção pouco relevante de agrupamento não crítico de dados; • A intenção de ultrapassar este estádio deve transparecer na pergunta de partida; • Pouca pertinência.

  20. A PERGUNTA DE PARTIDA DEVE TER: 1. As qualidades de clareza: * ser precisa * ser concisa * ser unívoca 2. As qualidades de exequibilidade: * ser realista 3. As qualidades de pertinência * ser uma verdadeira pergunta * abordar o estudo do que existe * ter uma intenção de compreensão do fenómeno * ser útil à comunidade científica

  21. RUPTURA - Quebra de preconceitos e falsas evidências Etapa 1 – A pergunta de partida Etapa 2 – A exploração As entrevistas exploratórias As Leituras Etapa 3 – A problemática Etapa 2 A Exploração - Comporta as operações de leitura, as entrevistas exploratórias e alguns métodos de exploração complementares. As operações de leitura visam essencialmente assegurar a qualidade da problematização, ao passo que as entrevistas e os métodos complementares ajudam especialmente o investigador a ter um contacto com a realidade vivida. Como proceder para conseguir uma certa qualidade de informação? Como explorar o terreno para conceber uma problemática de investigação?

  22. A LEITURA Porquê toda a investigação exige uma revisão bibliográfica profunda? • A investigação procura ultrapassar as interpretações estabelecidas a fim de fazer aparecer novas significações dos fenómenos estudados, mais esclarecedoras e mais perspicazes do que as precedentes. • Esta capacidade depende da formação teórica do investigador, sua cultura intelectual. • Um longo convívio com o pensamento (passado e presente) contribui para alargar o campo das ideias e ultrapassar as interpretações já gastas. • Um caminhar sobre reflexões de outros investigadores predispõe a colocar boas questões, a adivinhar o que não é evidente e a produzir ideias.

  23. Muitos bons pensadores são investigadores medíocres, mas não existe um único investigador que não seja também um pensador • Não basta fazer investigação contentando-se com o estudo das técnicas de investigação, ainda que seja com as mais sofisticadas • Não há investigação sem exploração de teorias • Não há investigador que não tenha adquirido o hábito de reflectir VALIDADE EXTERNA DA INVESTIGAÇÃO • Todo o trabalho de investigação se inscreve num continuum e deve ser situado dentro de, ou em relação a, correntes de pensamento que o precedem e influenciam. • É importante situar claramente o trabalho em relação a quadros conceptuais reconhecidos Como proceder para uma boa revisão bibliográfica? • Seleccionar um bom, mas pequeno número de leituras • Organizar bem os conteúdos delas retirados

  24. ESCOLHA E ORGANIZAÇÃO DAS LEITURAS • OBJECTIVO – Fazer o ponto da situação acerca dos conhecimentos que interessam para a pergunta de partida. • OS CITÉRIOS DE ESCOLHA: • 1º - Começar pela pergunta de partida que é o «fio condutor» até nova ordem. • 2º - Escolher obras que apresentem uma reflexão de síntese. • 3º - Procurar autores que não se limitem a apresentar dados, mas incluam também elementos de análise e de interpretação. Textos que levem a reflectir e que não se limitem a insípidas descrições pretensamente objectivas do fenómeno estudado. A análise dá sentido à investigação e permite ao leitor apreciar melhor o seu significado. Obras que permitam «ler» inteligentemente os dados e estimulem a reflexão crítica e a imaginação do investigador.

  25. 4º - Recolher textos que apresentem abordagens diversificadas do fenómeno estudado. Abordar o objecto de estudo de um ponto de vista esclarecedor implica que possam confrontar-se perspectivas diferentes. • 5ª - Reservar, com intervalos regulares, períodos de tempo dedicados à reflexão pessoal e às trocas de pontos de vista com outros investigadores. A leitura deve ser entrecortada de períodos de reflexão e, se possível, de debate e discussão. Só após esta pausa se decide o que se vai ler de seguida. Decidir de uma só vez o conteúdo preciso de um programa de leitura é geralmente um erro.

  26. ONDE ENCONTRAR OS TEXTOS: • Peça conselhos ao seu orientador e a especialistas. Apresente-lhes a sua pergunta de partida • Consulte as revistas especializadas e procure ler o abstrat e as palavras-chave. • Confronte as referências bibliográficas de vários autores e destaque as obras citadas pela maioria. Use obras muito recentes para esse levantamento. • Consulte repertórios especializados organizados segundo um índice temático. Ex: Bibliographie internacionale des sciences sociales (Londres); Bulletin signalétique do Centro de Documentação do CNRS (Paris) etc. • Procure on-line bibliografias especializadas. Tenha o cuidado de verificar a credibilidade da fonte (Institutos de investigação credíveis) • Depois do 1º levantamento bibliográfico discuta-o com o orientador.

  27. COMO LER • Ler um texto é uma coisa, compreendê-lo e reter o essencial é outra. Saber encurtar um texto não é um dom do céu, mas uma competência que só se adquire com o exercício. Ler de qualquer maneira é ler com prejuízo. • É necessário um método de leitura o qual se compõe por duas etapas indissociáveis: * O emprego de uma grelha de leitura * A elaboração de fichas de leitura

  28. GRELHA DE LEITURA • Divida uma folha de papel em duas colunas: dois terços à esquerda, um terço à direita. Intitule a coluna da esquerda «Ideias-conteúdo» e a da direita «Tòpicos para a estrutura do texto» • Leia o texto secção por secção. Uma secção é um parágrafo ou um conjunto de frases que constituem um todo coerente. • Após a leitura de cada secção, escreva na coluna da esquerda da sua folha de papel a ideia principal do texto original. Dê-lhe o nº de ordem da secção lida. Continue assim, de secção em secção, sem se preocupar com a coluna da direita. • Compare o seu trabalho com a grelha de leitura que se segue.

  29. 1. GRELHA DE LEITURA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Tópicos para a estrutura do texto IDEIAS - CONTEÚDOS 1. O suicídio está pouco desenvolvido nos países católicos e atinge o seu máximo nos países protestantes. 2. No entanto, o contexto sócio-económico destes países é diferente; para evitar qualquer erro e especificar o melhor possível a influência destas religiões é preciso compará-las no seio de uma mesma sociedade. 3. Quer se comparem entre si os diferentes estados de um mesmo país (Alemanha), quer as diferentes províncias de um mesmo estado (Baviera), observa-se que os suicídios estão na razão directa do número de protestantes e na razão inversa do número dos católicos. 4. A Noruega e a Suécia parecem ser excepções. Mas existem demasiadas diferenças entre estes países escandinavos e os países da Europa central para que o protestantismo aí produza os mesmos efeitos. Se compararmos estes dois países com os que têm o mesmo nível de civilização, a Itália, por exemplo, observamos que nos primeiros as pessoas se matam duas vezes mais. Estas duas «excepções» tendem, assim, a confirmar a regra. 5. Entre os judeus os suicídios situam-se ao mesmo nível que os católicos, por vezes abaixo. Os judeus são minoritários. Nos países protestantes, os católicos também o são. O facto de ser minoritário tem, portanto, alguma influência. 6. O facto de ser minoritário apenas explica uma parte da diferença de influência das religiões sobre o suicídio. Com efeito, quando os protestantes são minoritários, suicidam-se mais do que os católicos maioritários.

  30. 2. GRELHA DE LEITURA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Tópicos para a estrutura do texto IDEIAS - CONTEÚDOS 7. É na natureza dos sistemas religiosos que devemos procurar a explicação, e não nos princípios respeitantes ao suicídio, dado que são idênticos. 8. A única diferença é o livre exame. Enquanto o catolicismo dita o a e exige um dogma e exige uma fé cega, o protestantismo admite que o indivíduo elabore a sua crença. Isto favorece o individualismo religioso e a multiplicação das seitas 9. Além de resultar do enfraquecimento das antigas crenças e de dar mais importância ao pensamento individual, o protestantismo conta com menos crenças e práticas comuns para unir os seus membros. É esta falta de integração que faz a diferença e explica o nível mais elevado dos suicídios nos protestantes.

  31. GRELHA DE LEITURA • Divida uma folha de papel em duas colunas: dois terços à esquerda, um terço à direita. Intitule a coluna da esquerda «Ideias-conteúdo» e a da direita «Tòpicos para a estrutura do texto» • Leia o texto secção por secção. Uma secção é um parágrafo ou um conjunto de frases que constituem um todo coerente. • Após a leitura de cada secção, escreva na coluna da esquerda da sua folha de papel a ideia principal do texto original. Dê-lhe o nº de ordem da secção lida. Continue assim, de secção em secção, sem se preocupar com a coluna da direita. • Releia toda a coluna da esquerda de forma a apreender as suas articulações e a discernir a estrutura global do pensamento do autor: as suas ideias mestras, as etapas do raciocínio e a complementaridade entre as partes • Na coluna da direita, em frente das ideias reunidas na coluna da esquerda, refira essas articulações, que exprimem o «fio condutor» do texto. • Compare o seu trabalho com a grelha de leitura que se segue

  32. 1. GRELHA DE LEITURA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Tópicos para a estrutura do texto IDEIAS - CONTEÚDOS Projecto: precisar a influência das religiões sobre o suicídio Estabelecimento dos factos com a ajuda de dados estatísticos: o protestantismo é a religião cujos crentes mais se suicidam Falsa excepção que confirma a regra Primeira explicação possível: o carácter minoritário da religião Explicação insuficiente 1. O suicídio está pouco desenvolvido nos países católicos e atinge o seu máximo nos países protestantes. 2. No entanto, o contexto sócio-económico destes países é diferente; para evitar qualquer erro e especificar o melhor possível a influência destas religiões é preciso compará-las no seio de uma mesma sociedade. 3. Quer se comparem entre si os diferentes estados de um mesmo país (Alemanha), quer as diferentes províncias de um mesmo estado (Baviera), observa-se que os suicídios estão na razão directa do número de protestantes e na razão inversa do número dos católicos. 4. A Noruega e a Suécia parecem ser excepções. Mas existem demasiadas diferenças entre estes países escandinavos e os países da Europa central para que o protestantismo aí produza os mesmos efeitos. Se compararmos estes dois países com os que têm o mesmo nível de civilização, a Itália, por exemplo, observamos que nos primeiros as pessoas se matam duas vezes mais. Estas duas «excepções» tendem, assim, a confirmar a regra. 5. Entre os judeus os suicídios situam-se ao mesmo nível que os católicos, por vezes abaixo. Os judeus são minoritários. Nos países protestantes, os católicos também o são. O facto de ser minoritário tem, portanto, alguma influência. 6. O facto de ser minoritário apenas explica uma parte da diferença de influência das religiões sobre o suicídio. Com efeito, quando os protestantes são minoritários, suicidam-se mais do que os católicos maioritários.

  33. 2. GRELHA DE LEITURA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Tópicos para a estrutura do texto IDEIAS - CONTEÚDOS 7. É na natureza dos sistemas religiosos que devemos procurar a explicação, e não nos princípios respeitantes ao suicídio, dado que são idênticos. Segunda explicação: a natureza dos sistemas religiosos. Diferença importante: o individualismo religioso Integração mais fraca favorece o suicídio 8. A única diferença é o livre exame. Enquanto o catolicismo dita o a e exige um dogma e exige uma fé cega, o protestantismo admite que o indivíduo elabore a sua crença. Isto favorece o individualismo religioso e a multiplicação das seitas 9. Além de resultar do enfraquecimento das antigas crenças e de dar mais importância ao pensamento individual, o protestantismo conta com menos crenças e práticas comuns para unir os seus membros. É esta falta de integração que faz a diferença e explica o nível mais elevado dos suicídios nos protestantes.

  34. FICHAS DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA • Estas fichas, como o nome sugere, servem apenas para nos indicar os dados essenciais de uma obra. Por isso devem registar os dados essências de referência (autor, Ano, Título da obra, Local: Editora, n.º de páginas) • Nestas fichas faz-se uma pequena sínteseda obra, colocando os principais assuntos tratados e/ou o nome dos capítulos. • Destaca-se a palavra(s) – chave • Refere-se a localização física da obra (no caso de consulta em biblioteca colocar a cota) • Podem organizar-se por autor ou assunto e devem dispor-se em ordem alfabética. • Se possível, ajustar estas fichas a uma base de dados pessoal • A utilidade destas fichas é a de organizar os assuntos de um levantamento bibliográfico para a realização de um trabalho de investigação.

  35. Exemplo de Ficha Bibliográfica • LANZ, R. (2003), A Pedagogia Waldorf: caminho para uma ensino mais humano, S. Paulo: Antroposófica, 247p. • Localização: B. M. P. cota L / 109-R Consulta em: Abril/2005 • Síntese da Obra • Na primeira parte, intitulada A imagem do homem à luz da Antroposofia, o autor procura dar ao leitor as linhas gerais da filosofia antroposófica de Rudolf Steiner, principalmente da sua Antropologia filosófica, que entende o homem na sua tripla dimensão (física, emocional e espiritual). A segunda parte é dedicada ao desenvolvimento da criança, na perspectiva steineriana, que decorre em ciclos, aproximadamente de 7 anos, aos quais Steiner chama de setênios ( a infância; a juventude; a adolescência). Na terceira parte o autor apresenta-nos os fundamentos e princípios gerais da Pedagogia Waldorf, para numa quarta parte nos fornecer dados para a aplicação concreta desses princípios pedagógicos, referindo-se de forma particular ao jardim de infância e ensino fundamental (ensino básico). Aqui tece algumas considerações sobre o currículo Waldorf. Ainda nesta parte, refere-se a alguns problemas da actualidade e sua relação com a pedagogia Waldorf (o brincar, a televisão, os áudio-visuais; a alfabetização na fase pré-escolar; o ensino programado; a relação criança- religião e a educação sexual na escola. Finalmente numa quinta parte o autor apresenta-nos o modelo educativo desenvolvido nas escolas Waldorf: como surgiram, o papel do professor waldorf, o papel dos alunos e dos pais, e o modelo de formação preconizado. Em apêndice, que surgiu a partir da 6ª edição Lanz apresenta-nos a sua visão pessoal quanto à utilização de computadores na educação (por quê?, quando? Como?) e alerta-nos para os riscos dos jogos electrónicos na fase infantil. • PALAVRAS – CHAVE • Pedagogia Waldorf • Rudolf Steiner • Filosofia Antroposófica • Modelos Educativos • Notas: • . Existe um filme

  36. O QUE DIFERE UMA SÍNTESE DE UM RESUNO ? • Destaca as ideias principais do autor (coluna da esquerda da grelha de leitura) • Estrutura-as com as articulações do autor (coluna da direita da grelha de leitura) • Faz surgir a unidade de pensamento do autor SERÁ IMPORTANTE MANTER NA SÍNTESE A SEQUÊNCIA LÓGICA DA LEITURA ? A coluna da esquerda contém as ideias centrais do texto, mas não as hierarquiza. A sua transcrição corresponderia a um resumo. As articulações do autor não aparecem claramente. Falta uma estruturação das ideias, imprescindível para reconstituir a unidade de pensamento do autor, acentuando as ideias mais importantes e mostrando as principais ligações que o autor estabelece entre elas. O verdadeiro trabalho de síntese consiste em restituir esta unidade, acentuando as ideias mais importantes e mostrando as principais ligações que o autor estabelece entre elas. Para isso, será indispensável que a síntese considere as duas colunas da grelha de leitura (esquerda e direita). Esta articulação dará ao resumo a dignidade de síntese literária.

  37. FICHA DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Localização: trecho em fotocópia (Quivy,1998:65) consulta: aula Faça uma síntese do texto que trabalhou PALAVRAS – CHAVE Nota: Exercício de aplicação adaptado (Quivy,1998:65)

  38. FICHA DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA OBRA: Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Localização: trecho em fotocópia (Quivy,1998:65) consulta: aula Neste texto, Durkheim analisa a influência das religiões sobre o suicídio. Graças ao exame de dados estatísticos que se referem principalmente à taxa de suicídio de diferentes populações europeias de religião protestante ou católica, chega à conclusão de que, quanto mais fraca é a coesão religiosa, mais forte é a tendência para o suicídio. De facto, uma religião fortemente integrada, como o catolicismo, cujos fiéis partilham numerosas práticas e crenças comuns, protege-os mais do suicídio do que uma religião fracamente integrada, como o protestantismo, que dá grande importância ao livre exame e ao individualismo religioso. • PALAVRAS – CHAVE • SUICÍDIO INDIVIDUALISMO RELIGIOSO • COESÃO RELIGIOSA Nota: Exercício de aplicação adaptado (Quivy,1998:65)

  39. FICHA ESQUEMÁTICA • Um esquema é um simples enunciado das palavras-chave de um texto procurando representá-lo de forma gráfica e sintética. • Significa sempre economia de palavras e tem a grande vantagem de dar apenas o que é essencial, tornando mais visual e atractiva a informação. • Um bom esquema permite, com uma simples olhadela, ficar com uma ideia clara sobre o conteúdo de um texto. • Pode ser reformulado constantemente. • São muito úteis para qualquer forma de comunicação (aulas; comunicações; etc.) • São ainda muito úteis como trabalho prévio para o desenvolvimento de uma investigação • Esquematizar bem um texto é a prova que se compreendeu bem o texto em análise.

  40. Exemplo de Ficha Esquemática Ficha Esquemática OBRA: Boff, L. (2001) Ética Planetária desde El Gran Sur, Madrid:Trota, pp.13-15 Crise social Crise do sistema de trabalho Crise ecológica ÉTICA MUNDIAL Tomar decisões Salvaguardar a criação Manter as condições Respeitar a evolução

  41. Trabalho de aplicação Ficha Esquemática Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) Faça uma ficha esquemática usando as palavras-chave do texto que leu Compare-a com o exemplo

  42. Trabalho de aplicação Ficha Esquemática Durkheim, E.(1992) O Suicídio, Lisboa: Presença, pp.135 - 144 (trabalho original em francês publicado em 1897) ENFRAQUECIMENTO DAS CRENÇAS TRADICIONAIS ENFRAQUECIMENTO DA COESÃO DA RELIGIÃO INDIVIDUALISMO RELIGIOSO AUMENTO DA TENDÊNCIA PARA O SUICÍDIO

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