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Ética e estética da perversão Janine Chasseguet-Smirgel

Ética e estética da perversão Janine Chasseguet-Smirgel. Capítulo 9 - Reflexões sobre o Fetichismo e a perda da realidade na perversão.

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Ética e estética da perversão Janine Chasseguet-Smirgel

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  1. Ética e estética da perversãoJanine Chasseguet-Smirgel Capítulo 9 - Reflexões sobre o Fetichismo e a perda da realidade na perversão

  2. Finalidade do perverso = recusar poderes (genitais) do pai, operar uma transmutação (mágica) da realidade, por um mergulho na dimensão sádico-anal da indiferenciação. • Abraham apresenta uma constelação familiar própria para formar um perverso: A mãe desprezava o pai e praticava “um verdadeiro culto das excreções de seu menino. Eis com que manter ilusão da criança de que ela é um parceiro mais adequado para a mãe do que o pai e de que sua pré-genitalidade – idealizada pela mãe – é superior à genitalidade do pai.

  3. Fantasias de coito anal com sua mãe e, a partir da observação das relações sexuais de seus pais, com seu pai; • Fantasias são conscientes e a formação de símbolos está ausente– (Exemplo pg. 264); o superego não representa seu papel de barreira contra o incesto, como no caso do neurótico; • Neurose - A fantasia do pequeno Hans é resultado de uma atividade simbólica intensa, e o simbolizado para ele continua inconsciente.

  4. Freud, 1919 – o superego feminino é menos severo do que o do homem. As mulheres são mais frequentemente neuróticas que “perversas”, atribuindo este fato a um menor vigor libidinal (e não a um maior rigor do seu superego); • A regressão sádico-anal faz com que o objeto incestuoso seja, em primeiro lugar, reduzido aos objetos parciais. O ato incestuoso é desprovido de sentido e, em particular, a culpa que lhe é “normalmente” atribuída desaparece;

  5. Origem do Fetichismo (hipótese) • O traumatismo da “descoberta” da cena primitiva, após uma tentativa de elaboração, que faz supor a fantasia do coito anal com o pai, pode ter sido superado, ao preço de uma recusa maciça da realidade, da qual o sonho de criação anal do mundo é testemunha. Há uma recusa da dolorosa verdade sexual. Imagina uma solução que põe um fim a seu sentimento de abandono. Desta criação de uma nova realidade, em que o pai genital e seus atributos são desqualificados, ao mesmo tempo em que a dimensão genital da sexaulidade é recusada.

  6. Freud – o fetiche “poupa o fetichista de tornar-se homossexal”. • Krafft-Ebing – o fetichismo não preserva da homossexualidade, mas está frequentemente ligado a ela; • Glover – fetiches narcísicos; • Joyce McDougall e Béla Grunberg – concepções que ligam a criação do fetiche à recusa dos poderes do pênis genital do pai, pênis e pai cuja exclusão é significada e mantida pela própria presença do fetiche.

  7. Problemática fundamental do perverso: a manutenção da ilusão de que ele nada tem a invejar de seu pai, que não tem nenhuma necessidade de um pênis genital, que pode, portanto, escapar dos conflitos de introjeção dos atributos viris do pai e não se identificar com seu genitor; • Ele consegue evitar o édipo e a ameaça de castração: seu pai não é seu rival, ele não procura arrebatar-lhe seu objeto (a mãe) que ele já possui e que o entroniza como seu parceiro privilegiado;

  8. “ele procura fazer crer que o pênis anal, precursor do pênis genital, seja igual ou superior ao pênis paterno, cujas funções genitais e procriadoras são denegridas ou negadas”; • O fetiche representa o falo anal, enquanto ocupa o lugar do pênis genital e o exclui da cena sexual e da psique em geral;

  9. Philip Weissman – o fetichismo tem ocmo finalidade substituir a angústia de separação por um sentimento de completa união com a mãe, obtido através da introjeção do objeto bom (o seio bom). A finalidade derradeira do fetichista é sentir um estado de elação ligado a esta união como o objeto bom e não de se satisfazer genitalmente; A atividade fetichista tende a desfazer uma identificação com o seio mau, para estabelecer uma identificação com o seio bom; • O objeto fetichista não é apenas um objeto, mas uma identificação; • Ex: Caso do paciente de James Glover (pg. 273)

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