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MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO

MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO. Prof. Pasquetti UnB Planaltina LEDOC. O que é o Modo de Produção Asiático.

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MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO

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  1. MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO Prof. Pasquetti UnB Planaltina LEDOC

  2. O que é o Modo de Produção Asiático • Este modo de produção, o modo de produção asiático, começou a ser estudado apenas ao fim da primeira metade do Século XX, quando entre 1939 e 1941 o Instituto Marx-Lênin de Moscou trouxe à luz manuscritos inéditos de Karl Marx. • Engels, em sua clássica obra, analisando os diversos níveis de desenvolvimento das civilizações humanas, havia situado os Inca no estágio médio da barbárie: "os índios dos chamados pueblos do Novo México, os centro-americanos e os peruanos da época da Conquista se encontravam no estado médio da barbárie; viviam em casas de adobe e pedra em forma de fortaleza; cultivavam o milho e outras plantas alimentícias, variáveis segundo a orientação e o clima, em locais com irrigação artificial que lhes forneciam sua principal fonte de alimentação; até haviam domesticado alguns animais: os mexicanos, o pavão e outras aves; os peruanos, as llamas. Além disto, sabiam trabalhar metais, exceto o ferro: por isto, continuavam na impossibilidade de prescindir de suas armas e instrumentos de pedra. A conquista espanhola cortou drasticamente todo desenvolvimento autônomo posterior”.

  3. O que é o Modo de Produção Asiático • O modo de produção asiático é uma formação social específica e bem diferenciada do comunismo primitivo, da escravidão e do feudalismo, Características Básicas: • Combinação da atividade produtiva agrícola e artesanal de bens de consumo das comunidades aldeãs • Intervenção econômica de uma autoridade estatal que as explora e dirige ao mesmo tempo. • A produção não está orientada para um mercado, • O uso da moeda é limitado • A economia continua sendo, portanto, 'natural'. • A unidade destas comunidades pode estar representada por uma assembléia de chefes de família ou por um chefe supremo • A autoridade social toma formas mais ou menos democráticas ou despóticas. • A existência de um excedente torna possível uma diferenciação social mais avançada e o aparecimento de uma minoria de indivíduos que se apropria de uma parte deste excedente e explora, assim, os outros membros da comunidade.

  4. Outros Traços Característicos: • A organização da sociedade em comunidades aldeãs que conservam através dos tempos uma grande coesão; • Predomínio da propriedade coletiva do solo; • União íntima entre agricultura e o artesanato; • Produção quase exclusiva de valores de uso, tornando desnecessária a existência de moeda (ou valor de troca); • Poder central despótico que retém o excedente da produção social em seu próprio benefício (elite dirigente), redistribuindo parte deste excedente através de suas práticas de mando e poder; • Regulamentação, pelo poder central despótico, das grandes obras agrícolas, principalmente as de irrigação nas zonas áridas.

  5. Exemplos de POVOS que podem ser analisados como tendo desenvolvido o MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO INCAS, MAIAS, ASTECAS, ÍNDIOS BRASILEIROS

  6. Maias, Incas e Astecas • Antes da conquista européia, a América conheceu o desenvolvimento de importantes civilizações, que formaram-se ao longo de milhares de anos e que possuíam complexa organização social, econômica e política, que realizaram grandes obras públicas: sistema de irrigação, assim como palácios e templos, tanto na mesoamérica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Império Inca. • Essas três civilizações tinham como base as características gerais do Modo de Produção Asiático, possuindo portanto semelhanças com civilizações mais antigas do Oriente Próximo, mas também diferenças significativas entre si. • A economia era essencialmente agrária, sendo a terra considerada como propriedade do Estado e trabalhada pelas comunidades camponesas, existindo atividades complementares como a criação de animais, o comércio e a mineração, esta última especialmente entre ao Astecas no México e os Incas no Altiplano Andino.

  7. OS INCAS - RESUMO da História Inca 20.000 - 100 a .C Há cerca de 20.000 anos atrás, tribos de caçadores que tinham atravessado o estreito de Bering dirigiam-se para o sul e acabaram por atingir a terra que nós atualmente chamamos de América do Sul. Por volta do ano 5.000 a.C., habitantes das regiões montanhosas começaram a cultivar alimentos e começaram a viver em povoados permanentes. Cerca do ano 2.000 a.C., os pescadores que habitavam a costa começaram igualmente a construir habitações permanentes. Mais ou menos no ano 1.200 a.C., os habitantes da zona costeira já cultivavam o milho, teciam roupas de boa qualidade e faziam cerâmica. Ao mesmo tempo surgiu na zona montanhosa a primeira civilização importante denominada Chavin. Por volta do ano 100 a.C., a costa nordeste era um reino cuja a capital era Moche, e no Sul existia outro reino com capital em Nazca. 100 a.C. - 1.100 d.C. A primeira civilização que floreceu na região montanhosa tinha sua capital em Tiahuanaku . Cerca de 800 d.C. os habitantes de tiahuanaku já tinham conquistado a costa meridional. No ano 1000 d.C., o Peru era um conjunto de tribos guerreiras sem chefes poderosos. Foi a época do império dos Chimus.

  8. OS INCAS - RESUMO da História Inca 1100 - 1430 d.C. O Inca Manco Capac tinha se estabelecido em Cuzco. Construíram grandes cidades, segundo um plano retangular, dotadas de grandes muros de pedra. Em Cuzco, os Incas tornaram-se mais poderosos. O filho de Manco, Sinchi Roca, tal como seu pai, governava metade de Cuzco. Encorajou a extração de minerais e a tecelagem e foi um grande patrono da agricultura. Mas seu filho CapacYuapanki: expandiu o território Inca a Cuzco inteira. O Inca Roca foi o primeiro a ser denominado Sapa Inca (o Inca Supremo). Grande parte do seu reinado passou-se em disputas constantes com as tribos Chancas. O Inca Roca sucedeu YahuarHuacac que foi ameaçado por uma aliança das tribos montanhosas. Seu filho, Wiracocha, também sofreu ataques, mas conseguiu repelir os invasores. No entanto acabou por fugir de Cuzco quando as tribos Chancas puseram em perigo seu reino.

  9. OS INCAS - RESUMO da História Inca • 1438 - 1493 d.C. O filho de Wiracocha, Inca Yuapanki, sucedeu-lhe no trono. Venceu as tribos Chancas, matou seu rei, e para fortalecer sua posição na zona montanhosa, propôs paz às outras tribos e ofereceu mulheres incas aos seus lideres. Reconstruiu Cuzco, tornando-a capital, e organizou um sistema governativo com funcionários incas, que chefiavam cada tribo como um grupo de cidadãos equiparados dentro do império. Quando seu filho, Topa Inca Yuapanki, atingiu os 15 anos o enviou para o território do norte para aumentar suas terras. A seguir anexou seu império ao Chimuapós algumas batalhas psicológicas, e o tornou mas uma parte do Império Inca. Quando Inca Yuapanki se retirou, seu herdeiro ocupou o trono. Topa Inca conquistou as tribos que habitavam as florestas amazônicas, venceu tribos rebeldes em Torno do Lago Titicaca e levou seu império para o Sul até o Chile. 1493 - 1572 d.C. HuaynaCapac subiu ao trono ainda muito jovem. Não havia problema quanto ao seu sucessor. Casara-se com uma princesa de Quito e ela lhe dera um filho, Atahuallpa. Mas os se tornar Sapa Inca casou-se com sua irmã e tiveram um filho, Huáscar. Ao sul , uma tribo invasora atacou a fronteira do Peru com o Chile. Entre eles encontravam-se alguns espanhóis, que espalharam uma epidemia de varíola. A epidemia devastou aquela região acabando por matar HuaynaCapac, em 1525. O Inca Huáscar subiu ao trono, mas HuaynaCapac declarou que quito deveria ser herdada por Atahuallpa. Em 1532, iniciou-se uma guerra civil entre os dois meio-irmãos. Atahuallpa acabou por aprisionar o pais inteiro e aprisionou Huáscar. No mesmo ano Francisco Pizarro atingiu o peru com seu pequeno exército espanhol. Durante os primeiros meses foram gradualmente conquistando a zona litorânea, acabando por se defrontar com todo o exército Inca e, por meio de uma armadilha, conseguiram capturar Atahuallpa. Dois anos depois os espanhóis haviam conquistado todo o tawantsuyo.

  10. Os INCAS • Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. • Os incas eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu Picchu é o exemplo mais espetacular dessa arte. • Machu- Picchu foi descoberta em 1911, no topo de uma montanha de 2.400 m de altura, numa região inacessível da cordilheira dos Andes. • Outras construções incas importantes ficam em Cuzco e Pisac. Cuzco, a capital do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada. Formas de vida • A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol), que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes, burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes militares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses e escravos. • Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. • A família patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridade máxima. • O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.

  11. Os INCAS: O trabalho agrícola • A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus súditos. • As terras reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam também terras suficientes para subsistir. • A agricultura era a base da economia inca; a ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. • Baseava-se no cultivo de um cereal, o milho, e um tubérculo, a batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já que desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. • Os campos eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos. • Utilizava-se como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. • Possuíam rebanhos imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.

  12. Os INCAS: Cultura e Religião Cultura e religião • O idioma quéchua serviu. de instrumento unificador do império inca • Como não tinham escrita, a cultura era transmitida oralmente. • Com um conjunto de nós e barbantes coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de contabilidade. • Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal. • Os artesãos eram peritos no trabalho com o ouro. • Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um bom domínio da cerâmica. • Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de animais, ou uma combinação de ambas. • A religião inca era uma mistura de culto à natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. • Os maiores templos eram dedicados ao Sol (Inti). • Realizavam sacrifícios tanto de animais como de humanos.

  13. OS ASTECAS - (1325 – 1521) • Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. • Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.  A sociedade: • Era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. • A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. • Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Estavam na camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

  14. OS ASTECAS (1325 – 1521) • Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. • O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. • Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. • Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.  • Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. • As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

  15. OS ASTECAS (1325 – 1521) • O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. • A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. • A escrita era representada por desenhos e símbolos. • O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. • Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia. • Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.  

  16. OS ASTECAS (1325 – 1521) • Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado nos "jardins flutuantes", em região pantanosa que passou então a produzir. • As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de terra para uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia à sacerdotes e elites locais (líderes dos clãs) no caso de Maias a Astecas. OBS: Comparação entre INCAS, ASTECAS e MAIAS: • No caso dos Incas a terra era divida em: Terra do Estado, Terra dos sacerdotes e Terra comunitária, onde cada família possuía um lote para cultivo próprio, onde produziria após trabalhar as terras do imperador e dos sacerdotes. • A exploração do trabalho dos camponeses pelo Estado ainda era realizada através da mita , ou seja, toda comunidade estava obrigada a fornecer homens para as obras públicas ou para o trabalho nas minas. • Apenas os Incas desenvolveram de fato um Império centralizado e teocrático, onde o Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus, descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do exército, suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (clã). • Na Península do Iucatã, os Maias desenvolveram um tipo de organização, onde cada centro urbano possuía autonomia e comandava as comunidades camponesas ao seu redor. ( caso da GRÉCIA Cidades Estado).

  17. OS ASTECAS (1325 – 1521) • Construíram uma grande cidade, capital do Império – TENOCHTITLAN (Cidade do MÉXICO) - onde havia palácios, templos, mercados e canais de irrigação, demonstrando grande desenvolvimento. • Apesar de considerado um Império, em parte por suas conquistas e o domínio sobre vários povos, o imperador possuía representação religiosa e militar,mas não necessariamente política, na medida em que havia anteriormente um grupo de uma camada de militares e sacerdotes originários dos líderes das aldeias • Na medida em que líderes locais e sacerdotes se fortaleceram, essas sociedades viram a formação de classes sociais, rigidamente estratificada, consideradas portanto como estamental. • Entre esses três povos havia uma elite de sacerdotes, militares e artífices do Estado e uma grande massa de camponeses responsável pela produção de excedentes, que concentravam-se nas mãos da elite.

  18. OS ASTECAS (1325 – 1521) • Os povos da Mesoamérica realizaram obras arquitetônicas colossais, representadas por templos e palácios em terraços com forma piramidal, assim como produziram objetos com caráter decorativo, obras de ourivesaria de prata, ouro e pedras preciosas dos astecas, utilizadas para decorar palácios e templos. • No Altiplano Andino, os testemunhos mais importantes dessa cultura encontram-se na arquitetura monolítica e despojada de ornamentos, na qual demonstraram tanto uma técnica impecável quanto uma grande frieza expressiva. • Atribuíram também grande importância à indústria metalúrgica, principalmente na fabricação de armas, ao artesanato têxtil e à cerâmica. • Nessa última, dedicaram-se às peças pequenas e às estatuetas antropomórficas. (Antropomorfismo é a forma de pensamento que atribui características e/ou aspectos humanos a Deus, deuses, elementos da natureza )

  19. Os MAIAS (1.000 a.C. a 317 d.C.)

  20. Os MAIS (1.000 a.C. a 317 d.C.) • Indígenas da América Central que habitam o México, a Guatemala, Honduras e São Salvador. • Foram uma das civilizações mais cultas de toda a História, com grande destaque para a Arquitetura, Escultura, Cerâmica e Astronomia. • Povo de origem incerta, os maias, vindos talvez do norte estabeleceram-se no sul do México por volta do ano 1.000 a.C. • A história dos maias compreende três períodos: • Pré-clássico (1.000 a.C. a 317 d.C.) -neste período já existia uma estrutura religiosa e social e conhecimentos de matemática e astronomia, sendo que talvez tenha sido nessa época, a criação do calendário maia: • Antigo Império (até 889 d.C.) - esse período marca o início da idade clássica; • Novo Império (até 1697) - período também conhecido por "re­nascimento maia", assinalando o término da última resistência organizada contra os espanhóis.

  21. Os MAIS (1.000 a.C. a 317 d.C.) • Os maias se dedicavam à agricultura cultivando feijão, milho, algodão, cacau, pimenta, mamão e abacate. • Criavam abelhas para extrair mel e cera • Criavam os cães e pássaros dentre os animais domésticos. • Atualmente existem tribos de língua maia com cerca de 2 milhões de indivíduos estabelecidos na Guatemala, em Honduras e em alguns Estados do México Meridional. • Conservam sua língua e costumes, além das características físicas, sendo pessoas de baixa estatura, braços compridos, mãos e pés pequenos e cabelos negros e lisos.

  22. Os MAIS (1.000 a.C. a 317 d.C.) • A organização social dos maias ainda é, em grande parte, desconhecida. • Entretanto, através do estudo da Arte maia, sobretudo de sua Pintura, pode-se caracterizar essa civilização como uma sociedade de classes. • Uma elite (militares e sacerdotes) constituía a classe dominante, de caráter hereditário, que habitam as numerosas centros cerimoniais, circundados pelas aldeias onde vivia a numerosa mão-de-obra composta por camponeses submetidos ao regime da servidão coletiva.

  23. Os MAIS (1.000 a.C. a 317 d.C.) • Os centros maias não eram apenas o lugar da administração e do culto, mas também exerciam funções comercias: trocas de produtos cultivados e de artigos do artesanato, objetos de ouro e cobre, tecidos de algodão, cerâmica), sendo muito importante o ofício de mercador. • Havia ainda os escravos, cujas figuras apareciam em numerosos monumentos do Antigo Império Maia. • "Estas figuras de cativos certamente são uma representação dos prisioneiros de guerra reduzidos á escravidão, ainda que possam representar também as pessoas de todo um povoado ou aldeia, coletivamente, melhor do que a um indivíduo em especial, as vezes, os rostos dos prisioneiros são diferentes dos das principais figuras, diferença que possivelmente indica que os senhores pertenciam a uma classe hereditária especial."

  24. OS MAIAS • Politicamente, acredita-se que o governo maia fosse uma teocracia, de caráter hereditário, incumbido da política interna e externa,e do recolhimento do imposto coletivo das aldeias. • Uma espécie de Conselho assessorava esse governante. • As chefias das aldeias eram exercidas pelos Batab, com jurisdição local e submetido ao supremo governante, como, aliás, todos os habitantes das aldeias e os funcionários reais. • Estas chefias locais poderiam ser constituídas pelas antigas aristocracias tribais, cooptadas pelo Estado para melhor afirmar sua autoridade sobre as aldeias. • Havia ainda os Nacom, chefes militares eleitos por um período de três anos, que intervinham nos assuntos da guerra, organizando o exército; • e funcionários menos categorizados, os Tupiles, que zelavam pela ordem pública.

  25. OS MAIAS • A preocupação religiosa também estava presente nas realizações das maias no campo do registro do tempo. • Uma das grandes realizações devidas aos sacerdotes foi o calendário da América Central. • Todas as religiões se interessam pela determinação do tempo. • Elas ligam o ciclo vital da indivíduo aos atos rituais que revivem periodicamente na sociedade e sincronizam este tempo social com a marcha do tempo. • O calendário cíclico, que abrangia um período de 52 anos, era um sistema complexo de contagem do tempo, agrupando três ciclos, com número diferente de dias e com múltiplas combinações. • Esse calendário orientava as atividades humanas e pressagiavam as vontades dos deuses. • Os maias fizeram notáveis progressos na Astronomia. (eclipses solares, movimento dos planetas).

  26. OS MAIAS • Também adquiriram, avançadas noções de Matemática como um símbolo para o zero e o principio do valor relativo. • Embora não esteja ainda de todo decifrada, já se sabe que a escrita maia, considerada sagrada, não se baseava em um alfabeto: havia sinais pictográficos e símbolos apresentando sílabas, ou combinações de sons. • No que restou da produção literária, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado dos maias, que contém numerosas lendas e é considerado um dos mais valiosos exemplos de Literatura indígena. • Por volta do ano 900, o Antigo Império Maia sofreu um declínio de população, e teria iniciado um processo erroneamente confundido com decadência. • Alguns estudiosos atribuem o abandono dos centros maias à guerra, insurreição, revolta social, invasões bárbaras etc. • De fato, os grandes centros foram abandonados, porém não de súbito. • As hipóteses mais prováveis apontam para uma exploração intensiva de meios de subsistência inadequados, provocando a exaustão do solo e a deficiência alimentar. • A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos Toltecas, prolongou-se no Novo Império Maia até a conquista definitiva pelos espanhóis.

  27. OS MAIAS • Os maias na verdade, nunca chegaram a constituir um Império: cada cidade com suas respectivas aldeias, formava um Estado independente: Palenque, Copán, Tical e outras. • Do ponto de vista religioso, os maias acreditavam que o destino do homem era controlado pelos deuses, e, assim, toda sua produção cultural foi nitidamente influenciada pela religião. • A arquitetura era sobretudo religiosa. Utilizando principalmente pedra e terra como materiais, e trabalho forçado da numerosa mão-de-obra camponesa, construíram-se templos, de forma retangular, sobre pirâmides truncadas, com escadarias, e estendendo-se ao redor de praças.

  28. OS MAIAS • Também se edificaram palácios, provavelmente para residência dos sacerdotes, em que os interiores , geralmente longos e estreitos, eram cobertos por uma falsa abóbada, característica desse tipo de edificação. • Todas as dependências revestiam-se de elaborada decoração - esculturas, pinturas murais, geralmente representando cenas guerreiras ou cerimoniais (altos dignitários sendo homenageados ou servidos por súditos). • A escultura em terracota foi outro exemplo notável da Arte maia, enquanto a Pintura, utilizando cores vivas e intensas, atingiu alto grau de perfeição. • (A terracota é um material constituído por argila cozida no forno, sem ser vidrada, e é utilizada em cerâmica e construção)

  29. ÍNDIOS do BRASIL

  30. ÍNDIOS do BRASIL • Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. • Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. • Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: • Tupi-guaranis (região do litoral), • Macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), • Aruaques (Amazônia) • e Caraíbas (Amazônia ).

  31. ÍNDIOS do BRASIL • Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. • São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. • O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

  32. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses.  • O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. • As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos pouco sobre os índios que viviam naquela época, a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral ) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas são fontes usadas. • Viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. • A agricultura era praticada de forma bem rudimentar, utilizavam a técnica da coivara, queimada do solo. • Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. • As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. • O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.

  33. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses • Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. • Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. • Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). • A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. • A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. • Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. • O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.

  34. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses A organização social dos índios • Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. • A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. • Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. • O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. • As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. • Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

  35. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses • Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. • O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. • Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. • Realiza o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. • O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios. 

  36. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses A educação indígena: • Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. • Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. • Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. • Portanto a educação indígena ocorre pela prática e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. • Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

  37. Os contatos entre indígenas e portugueses • Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. • Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho. • Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. • Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. • Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequenos número de índios que temos hoje. • A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. • Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. • A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. • Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. • Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.

  38. Canibalismo • Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil. • A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. • Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. • A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos.

  39. Religião Indígena • Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. • Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. • Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. • O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. • Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. • Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

  40. Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada  Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700). Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).

  41. Características da alimentação indígena • Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. • Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotóxicos ou de outros produtos químicos. • A alimentação indígena é saudável e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes.  • Somada a uma intensa atividade física, a alimentação indígena proporciona aos integrantes da tribo uma vida saudável. • Logo, podemos observar nas aldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivíduos fortes, saudáveis. • Numa aldeia indígena, o preparo dos alimentos é de responsabilidade das mulheres. • Aos homens, cabe a função de caçar e pescar. 

  42. Principais alimentos consumidos pelos índios brasileiros • : • - Frutas- Verduras- Legumes- Raízes- Carne de animais caçados na floresta (capivara, porco-do-mato, macaco, etc).- Peixes- Cereais- Castanhas • Pratos típicos da culinária indígena: • - Tapioca (espécie de pão fino feito com fécula de mandioca)- Pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe).- Pipoca- Beiju (espécie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina)

  43. Funções e divisão do trabalho entre os índios brasileiros: • - Homem adulto: são responsáveis pela caça de animais selvagens. Devem garantir a proteção da aldeia e, se necessário, atuarem nas guerras. São os homens que também devem fabricar as ferramentas, instrumentos de caça e pesca e a casa (oca).- Mulheres adultas: cabe às mulheres cuidarem dos filhos, fornecendo-lhes alimentação e os cuidados necessários. As mulheres também atuam na agricultura da aldeia, plantando e colhendo (mandioca, milho, feijão, arroz, etc). As mulheres também devem fabricar objetos de cerâmica (vasos, potes, pratos) e preparar os alimentos para o consumo. Devem ainda coletar os frutos, fabricar a farinha e tecer redes (artesanato).- Crianças: os curumins da aldeia (meninos e meninas) também possuem determinadas funções. Suas brincadeiras são destinadas ao aprendizado prático das tarefas que deverão assumir quando adultos. Um menino, por exemplo, brinca de fabricar arco e flecha e caçar pequenos animais. Já as meninas brincam de fazer comida e cuidar de crianças, usando bonecas.- Cacique: é o chefe político e administrativo da aldeia. Experiente, ele deve manter o bom funcionamento e a estrutura da aldeia.- Pajé: possui grande conhecimento sobre a cultura e religião da tribo. Conhece muito bem o poder das ervas medicinas e atua como uma espécie de “médico” e “curandeiro” da aldeia. Mantém as tradições e repassa aos mais novos através da oralidade. Os rituais religiosos também são organizados pelo pajé

  44. Tribos DefiniçãoTribo indígena é uma forma de organização social e cultural. Os índios brasileiros se organizam em tribos, sendo que cada índio possui uma função dentro desta organização. • Homens são responsáveis pela caça e guerra, • Mulheres pela comida e agricultura e • As crianças brincam e aprendem.  • Cada tribo possui um • cacique (espécie de chefe) • e um pajé (espécie de sacerdote conhecedor de ervas, rituais e aspectos culturais da tribo). 

  45. Vida Cotidiana: A OCA • Oca é uma habitação típica dos povos indígenas. • A palavra tem sua origem na família linguística tupi-guarani. • As ocas são construídas coletivamente, ou seja, com a participação de vários integrantes da tribo. • São grandes, podendo chegar até 40 metros de comprimento. • Seu tamanho é justificado, pois várias famílias de índios habitam uma mesma oca. • Internamente este tipo de habitação não possui divisões. • São instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os índios usam para dormir. • A estrutura das ocas são bastante resistente, pois elas são construídas com a utilização de taquaras e troncos de árvores. • A cobertura é feita de folhas de palmeiras ou palha. • Uma oca pode durar mais de 20 anos. • As ocas não possuem janelas, porém, a ventilação ocorre através portas e dos frizos entre as taquaras da parede. • Costumam apresentar de uma a três portas apenas. • Uma oca de tamanho grande pode levar de 10 a 15 dias para ser construída, com o trabalho de 20 a 30 índios.

  46. VIDEOS Povos Indígenas Hispano-Americanos • http://www.youtube.com/watch?v=NJuzRbKSImk&feature=related OS ASTECAS http://www.youtube.com/watch?v=mbsk3uBQrO0 OS MAIAS http://www.youtube.com/watch?v=Hzv4c17j2ag OS INCAS http://www.youtube.com/watch?v=Albw5IEU8AQ&feature=related ---------------------------------- INDIOS DO BRASIL http://www.youtube.com/watch?v=w_Kd1tUeL9g&feature=related Indios Brasileiros http://www.youtube.com/watch?v=FSjGAH4akDA

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