1 / 69

Professor Edley

Professor Edley. www.professoredley.com.br. Redemocratização. A Volta dos Civis ao Poder O processo de redemocratização do Brasil , após o Regime Militar , ocorreu lenta e gradualmente , como pretendiam os líderes moderados das Forças Armadas .

kezia
Download Presentation

Professor Edley

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Professor Edley www.professoredley.com.br

  2. Redemocratização • A Volta dos Civis ao Poder • O processo de redemocratização do Brasil, após o Regime Militar, ocorreu lenta e gradualmente, como pretendiam os líderes moderados das Forças Armadas. • Ainda durante o Regime Militar – e de forma paulatina – suprimiu-se a Legislação mais autoritária e permitiu-se o retorno à vida pluripartidária, bem como Eleições Livres para as Três Instâncias Administrativas – Municipal, Estadual e Federal. • Em 1982, ocorreu a Primeira Eleição, desde 1964, para o cargo de Governador de Estado. • Assim, aos poucos os Civis voltaram ao Poder, o mandato de 6 anos de Figueiredo terminaria em 1985, e a ansiedade de boa parte da população por mudanças democráticas era grande. • Além da questão política, havia também o fator econômico. O fracasso do modelo político-econômico adotado pelo Regime Militar ficou evidente durante o Governo de Figueiredo. • A economia brasileira mergulhou numa de suas mais graves crises da sua história: Inflação elevada, Dívida Externa assombrosa e dívidas públicas internas maiores do que a arrecadação do governo – Déficit Público.

  3. Redemocratização • Campanha Diretas Já! • Diversos setores da sociedade como partidos políticos, Igrejas, entidades científicas, estudantes, imprensa, sindicatos de trabalhadores, universidades, associações de empresários, etc. reivindicavam o fim da Ditadura Militar e a Democratização do País. • A crescente onda de insatisfação social foi canalizada, pelas lideranças políticas de oposição, para uma campanha em favor das Eleições Diretas para Presidente da República. • O objetivo era fazer com que o Congresso Nacional – ocupado por muitos parlamentares ligados ao Governo Militar – aprovasse a Emenda Constitucional, proposta peloDeputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), em Março de 1983. • Esta emenda restabelecia as Eleições Diretas para Presidente da Repúblicae acabava com o Colégio Eleitoral, criado pelo Governo Militar.

  4. Fim do Regime Militar • A campanha elas Diretas reuniu milhões de pessoas em manifestações populares que figuram entre as maiores da História do Brasil. • Nas ruas e praças, multidões reunidas em grande comícios exigiam DIRETAS JÁ!!! • Frustração Popular • O Presidente Figueiredo mostrava-se vacilante sobre a sucessão presidencial, ora dizendo que não tinha apego pelo poder, ora dando sinais de querer permanecer. • Uma coisa era certa: ele pretendia que a próxima Eleição Presidencial fosse pela Via Indireta. • Na véspera da votação da Emenda Dante de Oliveira, marcada para 25 de Abril de 1984, Decretou Estado de Emergência em Brasília, e Forças Policiais Militares cercaram o Congresso. • A explicação dada foi a necessidade de proteger os parlamentares da “coação popular”.

  5. Fim do Regime Militar • No dia da votação, apesar de uma ampla mobilização da sociedade civil, a Emenda não alcançou número suficiente de votos na Câmara para entrar em vigor. • Uma série de manobras de políticos ligados ao Regime Militar impediu que se obtivesse os números de votos necessários. • O principal grupo que derrotou essa Emenda foi liderado pelo Deputado Federal Paulista Paulo Maluf, que pretendia eleger-se à Presidência da República por meio do Colégio Eleitoral.

  6. Fim do Regime Militar • Eleição de Tancredo Neves • Assim, contrariada a vontade da maioria dos cidadãos brasileiros, teve prosseguimento o processo de Eleições Indiretas. • No Colégio Eleitoral, concorreram à Presidência dois candidatos: Paulo Maluf e Tancredo Neves. • – Paulo Maluf • Deputado e Candidato oficial do PDS, o partido representante do governo, entretanto, não contava com o apoio efetivo de todas as forças tradicionais que estavam no poder. Seu Vice era o Deputado Flávio Marcílio. • – Tancredo Neves • Governador de Minas Gerais, era candidato de uma união política heterogênea – A Aliança Democrática – composta de ex-integrantes do PDS – na chamada Frente Liberal – e membros do PMDB. Seu Vice era o Senador José Sarney, ex-PDS.

  7. Paulo Salim Maluf

  8. Tancredo de Almeida Neves

  9. Fim do Regime Militar • Em 15 de novembro de 1985, o Colégio Eleitoral deu maioria de votos à chapa da Aliança Democrática, elegendo Tancredo Neves como sucessor de Figueiredo. • Morte de Tancredo Neves • Apesar da Eleição Indireta, a escolha de Tancredo Neves foi bem acolhida pela população, despertando em grande parte das pessoas um sentimento de esperança de transformações democráticas. • Tancredo era conhecido como grande conciliador. • Na qualidade de Presidente Eleito, visitou governantes de diversos países no mês seguinte e, quando voltou, negociou e anunciou seu Ministério. • No entanto, atingido por grave enfermidade, Tancredo Neves foi internado na véspera de sua posse (14 de Março) e não pôde assumir a Presidência. • Submetido várias a cirurgias e faleceu em 21 de abril de 1985, deixando a sociedade de luto. • Por força de uma Lei de 21 de Abril de 1986, Tancredo Neves é considerado Ex-Presidenteda República, embora não tenha sido Empossado. • Assim, o Vice-Presidente, em exercício, José Sarney, assumiu a Presidência da República.

  10. Governo José Sarney (1985-1990)

  11. Governo José Sarney (1985-1990) • A Reconstrução das Instituições Democráticas • Devido à doença de Tancredo, e na qualidade de Vice-Presidente Eleito, José Sarney assumiu a Presidência da República interinamente em 15 de Março de 1985. • No dia 21 de Abril de 1985, com a morte de Tancredo, Sarney tornou-se Presidente por sucessão automática. • Medidas Redemocratizantes • Após tantas lutas no processo de transição do Regime Militar para o Governo Civil, ter José Sarney como Presidente foi uma decepção para a grande parte das oposições políticas. • Alegava-se que, em sua carreira, José Sarney oferecera apoio – direto ou indireto – à Ditadura Militar. • Havia sido Presidente Nacional da ARENA e do PDS – Partido Governista – e, na liderança desse partido, ajudou a derrubar a Emenda ConstitucionalDantes de Oliveira que restabeleceria as Eleições Diretas para Presidente.

  12. Governo José Sarney (1985-1990) • Alegava-se também que, ligado ao grupo da Frente Liberal, filiou-se ao PMDB para viabilizar sua candidatura como Vice-Presidente na chapa de Tancredo Neves. • Tentando superar essa imagem negativa, Sarney logo no início do seu governo, garantiu honrar os compromissos políticos assumidos por Tancredo, que tinham que ver basicamente com a Redemocratização e a Crise Econômica do País. • Também manteve o Ministério escolhido por Tancredo três dias antes de cair enfermo. • Já em Maio de 1985, Sarney sancionou um pacote de medidas redemocratizantes: • – Eleições Diretas, em Dois Turnos, para a Presidência e para as Prefeituras das Capitais e Municípios considerados, até então, “Áreas de Segurança Nacional”. • – Maior liberdade para a criação de Novos Partidos, o que permitiu, por exemplo, a legalização de grupos políticos considerados clandestinos, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB)e o Partido Comunista do Brasil (PC do B). • – Direito de Voto para os Analfabetos.

  13. Governo José Sarney (1985-1990) • Plano Cruzado • Nessa época, como na atualidade, milhões de brasileiros sofriam o drama da fome, da desnutrição, da falta de moradia e de péssimas condições de saúde. • Havia urgência na melhoria dessas condições sociais. • Porém,os economistas do governo acreditavam que nenhuma política social daria resultado se a inflação não fosse combatida. • Por isso que em 28 de fevereiro de 1986, a equipe econômica do governo, liderada pelo Ministro da Fazenda Dílson Funaro, tomou iniciativas de grande impacto para combater a inflação. • Era o Plano Cruzado, cujas medidas de maior destaque foram: • – Congelamento do preço das mercadorias; • – Extinção do Cruzeiro e criação de uma Nova Moeda, o Cruzado; • – Fim da correção monetária; • – Congelamento dos salários, que seria reajustados automaticamente sempre que a inflação atingisse 20% - instrumento chamado Gatilho Salarial.

  14. Governo José Sarney (1985-1990) • O Plano Cruzado foi muito contestado por vários setores da sociedade e da política, entre eles, parlamentares do PT e do PDT, setores do empresariado e organizações sindicais. • Diziam, por exemplo, que os trabalhadores tinham sido prejudicados, pois, os preços das mercadorias foram congeladas no pico, enquanto os salários foram congelados pela média dos últimos seis meses. • Muitos empresários alegavam que o congelamento era contra as leis do mercado e que a principal causa da inflação brasileira eram os gastos excessivos do Governo. • Apesar das críticas, grande parte da população apoiou o plano e foram às compras com as Tabelas Oficiais de Preços para fiscalizar e protestar contra as remarcações. • Mas a euforiadurou pouco. • O congelamento dos preços foi, aos poucos, derrubado por produtores e comerciantes.

  15. Governo José Sarney (1985-1990) • Diversos produtos sumiam do mercado e só reapareciam mediante o pagamento de Ágio – valor adicional cobrado sobre um preço tabelado quando a procura pelo produto supera a oferta. • Longas filas formaram-se para a compra de mercadorias essenciais. • Desse modo, o Plano Cruzado transformou-se rapidamente em um Fracasso. • Posteriormente, governo implantou novos planos para combater a Inflação: • – Cruzado II; • – Plano Bresser; • – Plano Verão. • Mas não obteve sucesso.

  16. Governo José Sarney (1985-1990) • Até o final do mandato, José Sarney – com sua equipe – não conseguiu acabar com a Grave Crise Econômica vivida pelo País desde sua chegada ao Poder, envolvendo três grandes problemas: • – Inflação Elevada; • – Divida Interna do Governo e; • – Divida Externa. • Em Janeiro de 1987, o Governo chegou a decretar uma Moratória – dispositivo legal por meio do qual as autoridades de um Estado declaram a suspensão do pagamento dos serviços da sua Dívida Externa – o País devia então 107 Bilhões de Dólares aos Credores Internacionais.

  17. Governo José Sarney (1985-1990) • Constituição Federal de 1988 • Mantendo um dos compromissos firmados por Tancredo Neves, o Governo Sarney também assumiu como uma de suas prioridades a Convocações de Eleições destinadas a escolher representantes para a Assembléia Constituinte, encarregada de elaborar uma Nova Constituição para o Brasil, pois, naquela época ainda vigorava a Constituição de 1969, imposta pelos Militares. • Sarney enviou ao Congresso a Proposta de Convocação da Assembléia Nacional Constituinte em Junho de 1986. • Instalada em 1° de fevereiro de 1987, a Assembléia Nacional Constituinte compunha-se de membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal eleitos em Novembro de 1986. • Como funcionou com o Congresso Nacional, foi também chamada de Congresso Constituinte. • Um dos principais objetivos que pautaram a elaboração da nova Constituição foi a Democratização do país, com a substituição dos Instrumentos Jurídicos criados pela Ditadura Militar.

  18. Governo José Sarney (1985-1990) • Ou seja, era preciso trabalhar na remoção do “entulho autoritário”, expressão consagrada para designar o conjunto de instituições e práticaslegadas pela Ditadura. • Depois de 20 meses de trabalho, debates e discussões, a Assembléia Constituinte promulgou, em 05 de Outubro de 1988, a nova Carta Magna do País, em 1988. • Alguns dos direitos e garantias fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal – válidos para todas as pessoas, pois “Todos são Iguais perante a Lei”– foram: • – Eleições Diretas, em Dois Turnos, para a Presidência, Governos Estaduais e Prefeituras com mais de 200 mil eleitores; • – Voto Facultativo para jovens entre 16 e 18 anos e para pessoas com mais de 70 anos; • – Jornada de Trabalho limitadas a 44 horas semanais (era 48 horas); • – Licença-Maternidade de 120 dias e Licença-Paternidade de 5 dias;

  19. Governo José Sarney (1985-1990) • – Multa de 40% sobre o valor total do Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço (FGTS) nas DispensasSem Justa Causa. • – Medida Provisória – MP • A Constituição de 1988 também criou a Medida Provisória (MP), instrumento jurídico, com força de lei, que pode ser usado pelo Presidente em caso de relevância ou urgência. • Se aprovada pelo Congresso, ela pode tornar-se Lei, perdendo seu caráter provisório. • A Medida Provisória substituiu, de certo modo, os antigos Decretos-Lei usados pelos Governos Militares. • – Constituição Cidadã • Pela proteção conferida aos cidadãos em geral em seus diversos aspectos (político, econômico, trabalhista, social, cultural, etc.), a Constituição de 1988 tornou-se conhecida também como Constituição Cidadã.

  20. Direitos dos Cidadãos • De fato, a Constituição Federal confere amplos Direitos aos Cidadãos. • E somente quando os direitos são exercidos é que existe, efetivamente, cidadania. Isso quer dizer que a cidadania não deve ser vista como “doação” do Estado à Sociedade. Cidadania é uma realidade em construção, que resulta de um processo constante de lutas e conquistas das pessoas e dos grupos sociais. • Vejamos, então, alguns pontos da atual Constituição Federal que se referem a esses Direitos Fundamentais do Cidadão. • – Igualdade Jurídica • Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país está garantida a inviolabilidade doDireito à Vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.Homens e Mulheres são iguais em direitos e em deveres. • – Subordinação de Todos à Lei • Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Significa que a liberdade de cada pessoa só tem como limites os mandamentos contidos nas normas jurídicas, e não no arbítrio de outra pessoa, por mais influênte que seja.

  21. Direitos dos Cidadãos • – Liberdade de Pensamento, de crença religiosa, de expressão intelectual, de locomoção, de associação. • É livre a manifestação do pensamento (sendo assegurado o direito de resposta); é livre o exercício de cultos religiosos; é livre a expressão intelectual (artística, científica e de comunicação), independentemente de censura ou licença; é livre a locomoção pelo território nacional em tempo de paz (direito de ir e vir: qualquer pessoa pode entrar, permanecer ou sair do Brasil, nos termos da lei); é livre o direito de reunião e de associação para fins lícitos. É lícito o ato que não contraria o direito. • – Casa é asilo inviolável do indivíduo • Ninguém pode penetrar na casa sem o consentimento do morador, salvo nos seguintes casos: a) flagrante delito; b) desastre; c) para prestar socorro; d) durante o dia, por determinação judicial. • – Sigilo das Comunicações • É inviolável o sigilo da correspondência, das comunicações telegráficas e telefônicas. No caso dos telefonemas, o sigilo pode ser quebrado por ordem judicial, tendo em vista investigações criminais ou instrução processual penal.

  22. Direitos dos Cidadãos • – Direito da Propriedade e de Herança • A propriedade consiste no direito de usar, gozar e dispor de uma coisa (móvel ou imóvel), bem como reavê-las das mãos de quem quer que injustamente a detenha. Além de sua função pessoal, a propriedade deve atender sua função social. Isto é, a propriedade deve ser aproveitada produtivamente em termos sociais, principalmente a propriedade agrícola. O proprietário não pode se dar ao capricho de conservar ou abandonar a coisa que é sua, visando apenas sua valorização especulativa, e impedir que a comunidade possa participar dos benefícios que ela poderia produzir, caso fosse utilizada. • – O Poder Judiciário e a Lesão ou Ameaça a Direito • A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer Lesão ou Ameaça a Direito. Essa norma é de extrema importância no Estado Democrático de Direito. Representa a garantia do Direito de Ação Judicial. Qualquer pessoa, ao sentir-se lesada ou ameaçada em seus direitos, pode submeter a questão à apreciação do Judiciário. E este não pode recusar-se a fornecer a prestação jurisdicional que lhe foi devidamente pedida.

  23. Direitos dos Cidadãos • – Garantias da Liberdade do Cidadão • Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita fundamentada de autoridade judiciária competente (magistrados: juízes, desembargadores, ministros de tribunais), exceto nos casos de transgressões ou crimes militares. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. • – O Reconhecimento Jurídico da Culpa • Todo Cidadão acusado de um delito tem o direito de ser considerado inocente até que sua culpa seja definitivamente comprovada em julgamento público, no qual tenham sido asseguradas garantias necessárias à sua livre defesa. • – Relação dos Direitos Sociais • São direitos sociais os direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao laser, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância, à assistência aos desamparados.

  24. Governo Collor (1990-1992)

  25. Governo Collor (1990-1992) • A Promessa de Modernização do País • Após quase 30 anos sem Eleições Diretas para Presidente da República, os eleitores brasileiros puderam exercer esse direito no dia 15 de novembro e 17 de dezembro de 1989 – em primeiro e segundo turnos. • Ao final de uma agitada Campanha Eleitoral, o candidato vitorioso foi o Ex-Governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, tendo como ViceItamar Franco. • Eles concorreram por uma pequena agremiação política, o Partido da Renovação Nacional – PRN. • No segundo turno, Collor recebeu o apoio do PFL, PDS e do PTB, além do apoio de diversas legendas menores. • Derrotou por pequena diferença de votos o Ex-Líder SindicalistaLuís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que concorria à primeira vez à Presidência da República e recebera apoio de lideranças do PMDB, PSDB e PDT.

  26. Governo Collor (1990-1992) • Durante a Campanha Eleitoral,Collor apresentou uma imagem de político renovador e um discurso centrado na moralização do serviço público e no combate aos Marajás. • Outra proposta de seu programa de governo era modernizar a administração do Estado e a economia do país conforme a cartilha neoliberal. • Isto é, privatizar (vender para a Iniciativa Privada) EmpresasEstatais, combater os Monopólios, abrir o país à Concorrência Internacional e desburocratizar as regulamentações econômicas, entre outras propostas. • Marajás • Denominação pejorativa para o funcionário público ou de empresa pública que goza de salários e vantagens considerados exorbitantes em relação à maioria da população. Um termo é uma alusão aos antigos príncipes indianos, chamados de marajás.

  27. Governo Collor (1990-1992) • Plano Collor • De imediato, o Novo Governo tomou medidas drásticaspara combater a hiperinflação, que já chegava a 2.751,34% ao ano. • No dia seguinte à posse, 16 de março de 1990, Collor anunciou um Plano de Estabilização Econômica elaborado por sua equipe econômica, que, entre outras medidas: • – Bloqueou contas e aplicações financeiras nos bancos; • – Confiscou cerca de 80% do dinheiro que circulava no país – incluindo o das • Cadernetas de Poupanças; • – Extinguiu a moeda vigente, o Cruzado, restabelecendo o Cruzeiro. • O Impacto Social do chamado Plano Collor foi violento. Grande parte da população foi obrigada a aceitar o sacrifício, tendo em vista o objetivo de conter o processo inflacionário.

  28. Governo Collor (1990-1992) • Com relação ao seu projeto de Modernizar o País, o Governo Collor iniciou um processo de Abertura Econômica, facilitando a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros. • Também adotou medidas que apontavam para um enxugamento da máquina estatal: • Demissão de grande número de funcionários do serviço público e extinção de empresas públicas, fundações e autarquias. • No entanto, não demorou muito para que viessem as decepções na Área Econômica. • Após um controle inicial, a inflação voltou a crescer, bem como a recessão, e o Governo foi perdendo credibilidade.

  29. Governo Collor (1990-1992) • Denúncias de Corrupção • Depois de dois anos de mandato de Fernando Collor de Mello, começaram a surgir na Imprensa do País inúmeras denúncias de corrupção envolvendo a cúpula governamental e a própria família Collor. • CPI do PC • A gravidade das denúncias, aliada à grande repercussão alcançada na mídia,levou a Câmara dos Deputados a instituir uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – destinada a apurar as eventuais irregularidades. • Aos poucos foi desmontada e exposta ao público a rede de corrupção, sonegação fiscal e contas “fantasmas” do chamado “esquema PC”: • Uma série de negócios obscuros dirigidos por Paulo César Farias – o PC Farias – amigo pessoal e ex-tesoureiro da Campanha Presidencial de Collor.

  30. Governo Collor (1990-1992) • Impeachment • Enquanto prosseguiam as investigações da CPI, ruas e praças do país foram tomadas por multidões em manifestações que exigiam o Impeachment – afastamento – do Presidente. • Nesse movimento, destacou-se a presença dos estudantes – posteriormente chamados de caras-pintadas, por terem pintado o rosto de verde e amarelo – exigindo ética e dignidade na vida pública brasileira. • Ao final dos trabalhos, a CPI apresentou um relatório que incriminava o Presidente Fernando Collor de Melo. • Estava aberto o caminho legal para o Impeachment, que foi aprovado pela Câmara Federal em 29 de setembro de 1992. • Impeachment • Palavra inglesa que significa “impedimento”; usada em sentido jurídico, é o processo que pune com o afastamento do cargo aquele que praticou delito grave no exercício das funções públicas.

  31. Governo Collor (1990-1992) • A votação dos Parlamentares (441 votos a favor e apenas 38 contra) foi transmitida, ao vivo, pelas emissoras de Rádio e TV e acompanhada, com grande interesse, pelos cidadãos brasileiros. • Assim, Fernando Collor foi impedido de exercer a função de Presidente da República para ser julgado pelo Senado Federal. • No dia 2 de outubro de 1992, o Vice-PresidenteItamar Franco assumiu a Presidência da República, governando interinamente até 29 de dezembro, quando durante julgamento no Senado Federal, Collor entregou sua Carta-Renúncia. • Mesmo após a apresentação da renúncia, o Senado prosseguiu o Julgamento de Collor, cassando seus direitos políticos por Oito anos.

  32. Os “Caras Pintadas”

  33. Passeata da UNE

  34. Governo Itamar Franco (1992-1994)

  35. Governo Itamar Franco (1992-1994) • A Busca do Equilíbrio em Meio à Crise • Com a saída de Collor da Presidência, Itamar Franco assumiu, efetivamente, o cargo de Presidente da República, em 29 de Dezembro de 1992. • Com estilo diferente do de seu antecessor, e sob o impacto do processo de Impeachment e sua repercussões, o NovoPresidente procurou compor um Governo com apoio de todos os partidos. • Governo de Coalizão • O Presidente Itamar Franco recebeu o governo com uma herança degraves problemas socioeconômicos: • – A persistência da Inflação; • – A altíssima concentração de renda; • – A recessão econômica e o desemprego; • – O agravamento do problema da fome, afetando metade da população do país e da indigência que atingiam milhões de brasileiros.

  36. Governo Itamar Franco (1992-1994) • A fim de enfrentar esse desafio, Itamar convidou para compor seu Ministério figuras das mais variadas tendênciasideológicas, vindas de diversos partidos políticos. • Formou-se assim um Governo de Coalizão. • Plebiscito • Entre os fatos que mercaram o início de seu governo, destaca-se a realização em Abril de 1993, do Plebiscito para decidir a Forma – República ou Monarquia – e o Sistema de Governo – Presidencialismo oi Parlamentarismo – que o Brasil iria adotar. • Esse Plebiscito estava previsto na Constituição de 1988. • A maioria dos eleitores decidiu que o Brasil continuaria sendo uma República Presidencialista: 66% votaram pela República e 10% pela Monarquia; 55% escolheram o Presidencialismo e 25%, o Parlamentarismo.

  37. Governo Itamar Franco (1992-1994) • Plano Real • No Plano Econômico, o Governo não conseguiu controlar a Inflação durante o Primeiro Ano, provocando a substituição seguida de três Ministros da Fazenda. • Na última substituição, Itamar nomeou Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que era o titular da pasta das Relações Exteriores, para o Ministério da Fazenda. • Alguns meses após assumir o Ministério da Fazenda (no final de 1993), Fernando Henrique Cardoso anunciou o Plano de Estabilização da Economia, desenvolvido por uma Equipe de Economistas que o assessorava no Ministério. • O Objetivo Básico do Plano era controlar a hiperinflação brasileira que era considerada crônica. • De acordo com esse plano, desenvolvido em etapas, em 1° de julho de 1994, entrou em vigor no país uma Nova Moeda: o Real. • Por isso, o plano ficou conhecido como Plano Real.

  38. Governo Itamar Franco (1992-1994) • Acolhido com desconfiança pelas oposições, o Plano Real, no entanto, foi ganhando o apoio de crescente parcela da população. • A inflação desabou de quase 50% ao Mês, em junho de 1994 para índices próximos a 4%, no final do Mês de Julho do mesmo ano. • O Ano de 1994 terminou com uma inflação semestral inferior a 20%. • No ano anterior, a Inflação Total tinha sido de mais de 2.000%. • Esses ResultadosPositivos do Plano Real, impulsionaram o apoio de Itamar à candidatura de Fernando Henrique Cardoso a Presidente da República, nas Eleições do final de 1994.

  39. Governo Itamar Franco (1992-1994) • Denúncias de Corrupção • Entre 1993 e 1994, o Governo Itamar também sofreu sucessivas crises devido à denúncias de irregularidades. • Entre elas, destacou-se a que deu origem à chamada CPIdo Orçamento. • A investigação da CPI apontou a existência de um amplo esquema de corrupção, que por meio do tráfico de influência desviava sistematicamente verbas previstas no Orçamentoda União para Entidades Filantrópicas Fantasmas, apadrinhados políticos, empreiteiras, etc. • A acusação inicial envolvia mais de vinte parlamentares, seis ministros e ex-ministros e três governadores de estado. • Entretanto, apenas seis deputados, conhecidos na imprensa como “anões do orçamento”, tiveram seus mandatos cassados pelo plenário da Câmara, perdendo seus Direitos Políticos. • Os demais denunciados renunciaram ou foram absolvidos.

  40. Governo Fernando Henrique (1995-2002)

  41. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Um Projeto Liberal-Reformista • Formando uma coligação entre o PSDB e o PFL, Fernando Henrique Cardoso – também conhecido como FHC – venceu, no Primeiro Turno, as Eleições de 3 de Outubro de 1994, com quase 55% dos votos válidos. • Assumiu a Presidência da República em 1° de janeiro de 1995 para cumpri um mandato que terminaria em 1° de Janeiro de 1999. • Em 1997, porém, foi aprovada pelo Congresso Nacional, uma Emenda à Constituição Federal permitindo a Reeleição para Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos. • Novamente, apoiado pelo PFL e por seu partido, Fernando Henrique Cardoso concorreu à Reeleição e saiu outra vez vitorioso no Primeiro Turno. • Tornou-se, assim, o Primeiro Presidente Brasileiro a exercer dois mandatos consecutivos. • O segundo mandato de Fernando Henrique iniciou-se em 1° de Janeiro de 1999 e encerrou-se em 1° de Janeiro de 2003.

  42. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Nas duas Eleições, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, dando início a um período em que PT e PSDB passaram a dominar e a polarizar progressivamente o Cenário Político Brasileiro. • Reformas na Gestão Econômica • No Plano Econômico, o Governo FHC teve como um de seus principais marcos o combate à hiperinflação do País dando prosseguimento ao Plano Real. • Adotando, entre outras medidas, uma política de juros alto, o resultado desse combate pode ser percebido pelos seguintes fatores: • – De 1988 a 1993, a taxa média da Inflação Brasileira havia sido de 1.280,90 ao ano; • – Com a implantação do Plano Real, de Julho de 1994 a Maio de 2000, a taxa de Inflação caiu para 11,4% ao ano (com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE).

  43. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Outro aspecto marcante na gestão de Fernando Henrique foi a retomada da Reforma do Estado e da Economia, projeto que tinha certos antecedentes no Governo Collor. • A idéia defendida pela equipe do Governo era romper com o modelo de EstadoInterventor, instalado desde a Era Vargas. • Programa de Privatizações • Assim, adotando uma Política Econômica considerada Neoliberal por uns, ou Liberal-Reformista por outros, o Governo FHC procurou reduzir o papel do Estado como Produtor de Bens e Serviços Diretos,promovendo uma série de Privatizações de Empresas Públicas. • Foram Privatizadas, por exemplo, Empresas de Telecomunicações (Sistema Telebrás), de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (Eletrobrás), de Mineração (Companhia Vale do Rio Doce), de Siderurgia (Usiminas, Cosipa, Companhia Siderúrgica Nacional) e do setor Químico (Copene, Copesul).

  44. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Para supervisionar as ÁreasPrivatizadas, o Governo criou diversas Agências Reguladoras – entidades públicas independentes dos Governos, idealizadas com o propósito de não ser suscetíveis a Pressões Políticas – são exemplos a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre outras. • As autoridades responsáveis pelo Programa de Privatizações defendem esse processo argumentando, principalmente, que: • – Era preciso fortalecer o EstadoRegulador em detrimento do Estado Empresário. Desse modo, retirando-se do Setor Empresarial, o Estado poderia cumprir melhor seu papel de Provedor e Executor de Políticas Sociais nas áreas da segurança, saúde, educação, etc.; • – As Privatizações atrairiam capital estrangeiro, modernizariam os diversos setores econômicos, expandiriam a cobertura dos serviços e dinamizariam a economia; • – O dinheiroarrecadado pelo Governo com a venda das estatais seria usado para pagar parte da Dívida do País (Interna eExterna).

  45. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • O programa de privatizações empreendido pelo Governo teve de enfrentar a dura oposição de grupos corporativos em defesa de seus interesses. • Também se defrontou com a reprovação daqueles que, por princípio ideológico, eram (e são) contrários à desestatização. • Mas as Privatizações também foram criticadas por outros motivos: • – Segundo diversos analistas, a liquidação do patrimônio público teria sido feita por preços muito baixos. • – Essa Privatização não teve como contrapartida a necessária melhoria da qualidade dos serviços públicossociais. • – O pagamento das dívidas interna e externa do país com os recursos arrecadados com as privatizações não alcançou o efeito esperado; ao contrário, durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso as Dívidas Interna e Externa do País aumentaram muito.

  46. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Lei de Responsabilidade Fiscal • Uma iniciativa do Governo FHC considerada importante para o aprimoramento da Gestão das Finanças Públicas foi a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em 4 de Maio de 2000. • A LRF estabeleceu regras precisas para Todos Administrador Público – seja em âmbito municipal, estadual e federal – com o propósito de alcançar um equilíbrio entre receitas e despesas na Gestão das Contas Públicas. • O princípio fundamental da LRF consiste em proibir a criação de uma Nova Despesa (por mais de dois anos) nos Orçamentos Públicos sem a indicação de receita correspondente ou de redução equivalente de gastos já previstos para cobri-la. • Ou seja, não se pode gastar mais do que arrecadado. • O desrespeito do Administrador Público às determinações da LRF pode gerar graves punições, como perda de direitos políticos, pagamento de pesadas multas e prisão dos infratores.

  47. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Avanços Sociais • Durante o Governo FHC, as injustiças sociais históricas do País não foram eliminadas. • No entanto, houve avanços positivos em setores como, por exemplo, a educação e a saúde. • Redução do Analfabetismo • Na Educação, o Governo FHC, o Brasil ficou próximo da Universalidade no Ensino Fundamental, isto é, grande parte das crianças de 7 a 14 anos de idade teve acesso à escola (dados de 202), embora ainda seja necessário desenvolver muito trabalho com relação à qualidade do Ensino Público. • Além disso, mantiveram-se em queda as taxas de analfabetismo entre a população acima de 10 anosdeidade. • Em 1990 havia 18,3% de brasileiros analfabetos, já em 2002 esse percentual caiu para 12,8%.

  48. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • A redução mais notável ocorreu entre os jovens de 15 a 19 anos, faixa etária em que a taxa de analfabetismo baixou de 12% para 6%. • Essa redução entre os jovens indica que o analfabetismo, no Brasil atual, tende a se confirmar entre as gerações mais velhas, não alcançadas pelas recentes políticas de alfabetização. • No entanto, quando comparada a muitos outros Países, a taxa de analfabetismo brasileira ainda é bastante elevada (observe a tabela ao lado). • Apesar desses progressos na Educação Brasileira em termos quantitativos, resta ainda um imenso trabalho a ser desenvolvido quanto à qualidade dos ensinos público e privado no País.

  49. Governo Fernando Henrique (1995-2002) • Queda da Mortalidade Infantil • Na área da saúde, o Governo FHC expandiu o atendimento médico-hospitalar e as Campanhas Públicas de Vacinação. • Esses esforços refletiram-se, por exemplo, na queda da taxa de mortalidadeinfantil: • A Taxa que era de 36,5 mortes por mil nascidos vivos em 1994, caiu para 27,8mortes em 2002, a esperança média de vida subiu para 71 anos. • Apesar dos progressos apontados, ainda são muitos os problemas que afetam as condições da saúde pública no Brasil. • Na tabela seguinte podemos comparar as taxas de mortalidade infantil e esperança de vida do Brasil com a de alguns países selecionados.

  50. Governo Fernando Henrique (1995-2002)

More Related