10 likes | 80 Views
NIMH - R01 MH65163-01: Brazilian HIV Prevention for the Severely Mentally Ill - Intervenção Brasileira em HIV / AIDS: a fase formativa do PRISSMA M L Wainberg 1 , C. Gruber-Mann 2 , D Pinto 2 , P L E Mattos 2 , S Oliveira-Broxado 2 ,
E N D
NIMH - R01 MH65163-01: Brazilian HIV Prevention for the Severely Mentally Ill - Intervenção Brasileira em HIV / AIDS: a fase formativa do PRISSMA M L Wainberg1, C. Gruber-Mann2, D Pinto2, P L E Mattos2, S Oliveira-Broxado2, D Feijo2, T Dutra2, C Lihnares2, V Terto3, U S B Prissma Project1, 2, 3 • Questões • Pessoas portadoras de transtorno mental grave (PTMG) estão mais vulneráveis para o HIV (4% - 23%) nos Estados Unidos onde várias intervenções para prevenção mostraram-se eficazes. • Apesar do evidente compromisso do Governo Brasileiro na luta pela prevenção do HIV , os serviços de Saúde Mental não oferecem intervenções para prevenção do HIV e não possuem, em seus quadros, equipe treinada para desempenhar esta função eficazemente. • O Estudo Colaborativo (Universidade de Columbia – EUA; IPUB / UFRJ e ABIA) PRISSMA (Projeto Interdisciplinar em Sexualidade Saúde Mental e AIDS), patrocinado pelo National Institute of Mental Health – NIMH, conduziu a fase formativa da pesquisa em dois Serviços de Saúde Mental. Esta fase, de Natureza Etnográfica, objetivou determinar as necessidades de prevenção para o HIV e informar os processos de adaptação de várias intervenções já testadas para a prevenção do vírus. • Além de adaptar e pilotar uma intervenção para prevenção do HIV para homens e mulheres PTMG, nossos objetivos também incluem: • Capacitar profissionais de Saúde Mental (PSM) a ajudar os USM a reduzir comportamentos sexuais de risco; • Estabelecer linhas de conduta para futuras pesquisas; • Garantir a participação da comunidade durante o estudo. • Descrição • Os 9 meses de pesquisa formativa em 2 Serviços de Saúde Mental incluiram: • 350 horas de observações etnográficas; • 9 Grupos Focais: 6 com homens e mulheres PTMG, n=45 & 3 com PSM, n=27; • 18 entrevistas aprofundadas com informantes chaves: 12 homens e mulheres PTMG & 6 PSM. • Utilização do software Atlas para auxiliar na análise dos dados. • Discussão • A triangulação da análise dos dados evidenciou: • Com relação aos pacientes com TMG: • São sexualmente ativos e não usam camisinha frequentemente; • b. Sentem-se à vontade para falar sobre sexo; • c. Querem aprender habilidades para prevenção do HIV; • d. Podem atuar como agentes multiplicadores. • Com relação às Instituições pesquisadas: • Não há políticas institucionais claras no tratamento do comportamento sexual; • PSM lidam com a prevenção para o HIV idiossincraticamente; • É necessário treinar os PSM para aplicarem uma intervenção de prevenção para o HIV. • Temas • Uso irregular da camisinha e problemas no uso da mesma: “O. também me disse que as pessoas não estão acostumadas a se proteger quando elas transam nas enfermarias.” “Eu tentei usar camisinha uma vez, mas é muito chato, sabe? Eu acho que incomoda, aperta, cola no pentelho, dá uma dor de cabeça danada, sabe?” • Medo da Estigmatização: “… porque quando eu uso camisinha com uma mulher eu acho que… assim chatear ela, achando que ela está doente… Bem, eu fico com isso na minha cabeça …” • Arrependimento de não usar camisinha: • “Ah! A gente pensa nisso depois, mas lá na hora é só vontade de transar e depois o arrependimento. Depois que você goza, aí vem o arrependimento ...” • Estigma internalizado do paciente psiquiátrico: • “Mas se eu tiver que transar com uma mulher for a do hospital eu não vou usar camisinha. Eu não acho que é arriscado, é a minha concepção, tá?” • “Enquanto doente mental, eu não posso escolher (parceiros) eu só posso ser escolhido.” • A sexualidade dos pacientes com TMG é percebida apenas como patologia: “A gente fala das diferenças entre pacientes internados, do ambulatório e do Hospital-Dias. As sexualidades de todos estes 3 tipos de pacientes são diferentes.” • Ausência de políticas institucionais: • “Lidar com os comportamentos e hábitos sexuais dos pacientes não faz parte da política da instituição.” • Recomendações • As instituições psiquiátricas precisam abordar a preveção do HIV sistematicamente, incluindo treinamento para os profissionais e desenvolvendo uma intervenção para a prevenção do HIV entre pessoas PTMG. 1 HIV Center for Clinical and Behavioral Studies New York State Psychiatric Institute mlw35@columbia.edu Columbia University 3 Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS www.abiaids.org.br abia@abiaids.org.br 2 Instituto de Psiquiatria - UFRJ cgmann@mail.com