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Dom Casmurro

Dom Casmurro. Machado de Assis. Introdução.

jun
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Dom Casmurro

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Presentation Transcript


  1. Dom Casmurro Machado de Assis

  2. Introdução Em 1899, Joaquim Maria Machado de Assisescreve um romance realista, chamado Dom Casmurro, uma obraque leva o leitor à reflexão quanto ao delírio de ciúmes que levou o personagem principal Bentinho a uma personalidade neurótica. Ao narrar Dom Casmurro, o autor trabalha com 3 fases da vida de Bentinho: Bentinho, enquanto solteiro, Bento, após casado e Dom Casmurro após separado e transformado em um velho solitário. Construído em “flash-back”, o protagonista Dom Casmurro, já velho e solitário, tenta "atar as duas pontas da vida" (infância e velhice), contando a história de sua vida ao lado de Capitu, que torna-se motivo principal do romance, devido a sua força e o seu mistério. Machado de Assis traz como característica trabalhar a análise de caracteres, numa verdadeira dissecação da alma humana. Essa obra é conhecida por deixar dúvidas referentes ao caráter dos personagens: teria Capitu traído Bentinho com Escobar? A cada leitura é possível conceituar a situação de uma forma diferente, ficando a critério do leitor responder a pergunta.

  3. Biografia Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 e aí mesmo faleceu em 29 de setembro de 1908. Filho do mulato Francisco José de Assis, pintor de paredes e Maria Leopoldina Machado, Machado de Assis passou a infância na chácara de D.Maria José Barroso Pereira, viúva do senador Bento Barroso Pereira, onde sua família morava como agregada, no Rio de Janeiro. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Ficou órfão de mãe muito cedo e também perdeu a irmã mais nova. Não freqüentou escola regular, e em 1851 com a morte do pai, passou a viver com sua madrasta Maria Inês, e como autodidata aprendeu inglês, alemão e francês. Em 1873, ingressou no Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, como primeiro -oficial. Posteriormente, ingressou na carreira de servidor público, aposentando-se no cargo de diretor do Ministério da Viação e Obras Públicas.

  4. Podendo dedicar-se com mais comodidade à carreira literária, escreveu uma série de livros de caráter romântico. É a chamada primeira fase de sua carreira, marcada pelas obras: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), entre outras. Em 1881, abandona, definitivamente, o romantismo da primeira fase de sua obra e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o início do realismo no Brasil. Tanto Memórias Póstumas de Brás Cubas como as demais obras de sua segunda fase vão muito além dos limites do realismo, apesar de serem normalmente classificados nessa escola. Machado escapa aos limites de todas as escolas, criando uma obra única. Na segunda fase, as características principais de suas obras são: a introspecção, o humor e o pessimismo com relação à essência do homem e seu relacionamento com o mundo. Dom Casmurro (1899) e Memorial de Aires (1908) são exemplos de obras dessa fase. Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de letras em 1887, tinha como desejo “conservar, no meio da federação política, a unidade literária”, e fazer com que houvesse não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a constância dos acadêmicos para com a mesma. Machado foi um importante escritor brasileiro, sendo a academia brasileira de letras um dos seus grandes feitos, a qual existe até hoje.

  5. Personagens • Bento Santiago: Personagem centralda história; sua vida pode ser dividida em 3 fases: bentinho (antes de se casar), bento (após o casamento) e Dom Casmurro (após a separação). • Bentinho: O menino cresce acreditando que vai ser padre; ingênuo, é preciso que outras pessoas “revelem” a ele seu amor pela companheira de brincadeiras. Enquanto bentinho, era apaixonado por Capitu, e um pouco mais baixo que a mesma.Rico e mimado, não tinha vocação para ser padre, porém era completamente submisso à vontade da mãe. • Bento: Após casado mostrou-se ciumento, desconfiando da fidelidade da mulher. Paranóico (personalidade muda bruscamente), inseguro e incapaz de ter auto-domínio em situações de tensão; seu ciúme é doentio e descontrolado, o que conduz o enredo e é motivo principal de seus sofrimentos: somado à imaginação e falta de objetividade, tal sentimento faz com que se acredite traído pela mulher e pelo amigo e destrói-lhe a vida e a felicidade. • Dom Casmurro: Perde seus familiares passa a viver isolado, velho, pessimista, amargo, cético em relação a tudo e a todos. É o narrador da história, trazendo a tona sentimentos, recordações e saudade de um passado no qual já fora feliz, porém ainda é ciumento e desconfiado de que não era o pai de Ezequiel.

  6. Capitolina: Capitu, amiga de infância de Bentinho. No início da narrativa, ainda é bem jovem, tem os cabelos grossos negros e compridos até a cintura. Seus olhos são negros e misteriosos, é inteligente, extrovertida e criativa. Olhos de cigana oblíqua e dissimulada (visão de José Dias); olhos de ressaca (sensação de Bentinho, apaixonado e atraído pela força irresistível desses olhos), inteligência viva, sagaz; extrema capacidade de reflexão e ascendência sobre o menino. Capacidade de simular e/ou dissimular sentimentos e emoções, autocontrole diante de situações comprometedoras ou conflituosas. Após casada, desenvolve uma intima amizade com Escobar, gerando desconfianças sobre tal fato ser apenas uma amizade. • Escobar: é um rapaz polido de olhos claros. “A cara raspada mostra uma pela alva e lisa. A testa é que era um pouco baixa... era interessante de rosto, boca fina e chocarreira, o nariz curvo e delgado. Olhos claros, esbelto, era um pouco fugitivo, com as mãos, ... com tudo”. Conhece Bentinho no seminário e logo tornam-se amigos inseparáveis. Tem grande facilidade com números, por isso, sonha em ser comerciante e assim que abandona o seminário dedica-se aos negócios. É o grande desencadeador da trama, pois Bento acredita que sua mulher Capitu tornou-se amante de seu melhor amigo. Casa com Sancha, amiga de Capitu.

  7. José Dias: Era um moço de porte magro, dedicado a família de Bentinho, agregado em casa de D. Glória onde servia de companhia e como empregado da casa sendo fiel e servidor a estes. Apresenta-se inicialmente como médico sem o ser, ganha a confiança do pai de bentinho e depois de toda a família; considerado sábio e sempre escutam-se suas opiniões. Usava calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Era magro chupado, com um principio de calva e dedicado a família de Bentinho até a morte. • Dona Glória: Mãe de Bentinho, senhora religiosa e viúva. Apesar da idade ainda era bonita. Desejava fazer do filho um padre, devido a uma antiga promessa (ao perder o 1º filho faz uma promessa de oferecer o segundo a Deus, caso vingasse.), por conta disso quando muito jovem colocou-o num seminário, onde Capitu (musa de Bentinho) e futura esposa o ajudaria a sair. Matriarca poderosa, aglutina a família ao seu redor e administra seus bens com eficiência, sempre manteve bentinho perto de si.

  8. Ezequiel: Filho de Capitu e Bentinho, nascido depois de muito tempo de tentativas, leva esse nome em homenagem ao primeiro nome de Escobar (melhor amigo de Bentinho). Possui feições semelhantes as de Escobar, o que leva o narrador a desconfiar de um adultério durante o conto. O filho tão desejado e depois rejeitado, é visto por D. Casmurro como o bode expiatório do seu fracasso conjugal. Idolatra o pai e nunca conseguiu entender a rejeição e o porquê da separação do casal. • Tio Cosme: irmão de D. Glória, advogado e viúvo era modesto, gordo, olhos dorminhocos e respiração curta. Ocupa posição neutra: não se opunha aos planos de Bentinho, mas também não interrompia. • Prima Justina: Prima de D. Glória. Parece ser egoísta, ciumenta, fofoqueira e intrigante. É viúva e segundo o narrador “vivia por favor de minha mãe, e também por interesse.” Junto a tio Cosme e D. Glória, forma a familia de bentinho.

  9. Resumo da Obra Bento Santiago tinha 15 anos e vivia com a sua mãe, D. Glória, seu tio Cosme, que era advogado, a prima de sua mãe chamada Justina, e o agregado José Dias, que inicialmente apresentou-se a família como médico, ganhando a confiança do pai de Bentinho, e após morte do mesmo permaneceu como membro da família. Bentinho era vizinho de Capitolina - a Capitu - que era uma espécie de irmã-namorada. Amigos desde criança, aos poucos Bentinho foi descobrindo sua paixão por Capitu, e vice-versa, porém ele estava predestinado por sua mãe a entrar no seminário. Uma promessa feita por sua mãe levou-o para o seminário com o intuito de vir a ser, mais tarde, padre. D. Glória havia engravidado pela primeira vez, e ao perder o bebe fez uma promessa de oferecer o segundo a Deus, caso vingasse, segundo filho esse que viria a ser Bentinho. Mesmo não querendo ir para o seminário, Bentinho teve de fazê-lo , afinal não poderia desagradar sua mãe. Porém, apesar de ter feito amizades, como a de Escobar, que viria a ser seu melhor amigo, não ficou muito tempo lá, pois José Dias conseguiu convencer D. Glória de que o filho deveria deixar o seminário e ir estudar no exterior.

  10. Bentinho vai estudar no exterior, e só consegue casar-se com Capitu quando volta, reatando também sua antiga amizade com Escobar, seu companheiro de seminário. Após casar-se com Capitu acontece uma transição, e Bentinho passa a ser Bento, um homem ciumento e obsessivo; e Escobar (que casou-se com Sancha, amiga de Capitu, que mais tarde falece) torna-se amigo íntimo do casal, o que tempos depois gera desconfianças em Bento. Bento e Capitu têm um filho, o qual nomeiam de Ezequiel em homenagem ao querido amigo do casal Escobar, e praticamente na mesma altura em que ele nasce, Escobar morre. Bento estranha o sentimento demonstrado pela mulher por este falecimento, apesar de que eram amigos, Bento acha Capitu muito triste e afetada com a morte do mesmo, desconfiando de sua atitude. Após certo tempo, ele começa a achar o filho muito parecido com o amigo morto, Ezequiel tinha semelhanças físicas que muito marcavam o amigo. Desconfiado, Bento começa a lembrar de ter encontrado a mulher e o amigo algumas vezes sozinhos em casa, conversando e com comportamentos íntimos (porém nunca presenciou uma cena realmente comprometedora) e sente-se desesperado, é aí que passa a ter uma outra personalidade, torna-se neurótico.

  11. A família muda-se para a Europa, mas Bento após certo tempo acaba por regressar ao Brasil sozinho. Na Europa separa-se de Capitu devido a desconfiança, chega certo ponto que ele não consegue mais conviver com a dúvida, porém mesmo com desconfianças Capitu nega até a morte a traição e a paternidade de Ezequiel. Já no Brasil, mais tarde recebe a visita do filho que lhe conta da morte da mãe e que acaba tempos depois também por morrer numa expedição ao Oriente. A dúvida de Bento dura até ao fim dos seus dias, sendo que ele fica sozinho, velho e solitário, tornando-se amargo, raivoso e ranzinza; por isso passa a ser conhecido como Dom Casmurro, momento da vida em que a solidão o acompanha, e que ele resolve escrever um livro com suas memórias, recordando de tudo o que passou, desde criança até a velhice, é esse momento que ele tenta atar as duas pontas de sua vida.

  12. Críticas da Obra • Esse livro é o cúmulo da criatividade humana! Depois que o li, passei a ver o mundo com outros olhos! E o pior é que não estou sendo hiperbólico. Este livro é o que foi dito dele e muito mais! É um ícone da literatura brasileira e de Machado de Assis que, mesmo mais de um sécudo depois, continua atual com seus romances Romantistas e Realistas. Dom Casmurro é um livro indispensável e de leitura obrigatória para qualquer pessoa que se julga sã! (Eden Meireles, advogada Rio de Janeiro/RJ) • A obra de Machado de Assis: Dom Casmurro é uma das obras mais fascinantes em minha opinião, do contrário que os leitores pensem não se trata apenas de uma história de traição. Machado de Assis nunca teria imaginado que seu romance seria tão atual como hoje. Em Dom Casmurro, não há a separação do mau e do bom. Todos seus personagens tem seu lado virtuoso e seu lado mascarado, por isso o sucesso de sua obra. Ele trata em seus livros da sociedade como ela é, abrindo mão de qualquer maquiagem. Suas críticas em Dom Casmurro são geniais! Ótimo romance! (Paulo Polzonoff Júnior. Jornalista, crítico literário.)

  13. Em Dom Casmurro, Machado de Assis enquanto narra, discute o ato e o modo de narrar. Ele põe em prática a metalinguagem, em que a própria narrativa trata de se auto-explicar. Logo no início, a metalinguagem ganha corpo, quando o personagem-narrador explica o título do livro e os motivos que o impulsionaram a escrevê-lo: Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores, alguns nem tanto. E mais adiante: Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão. Durante toda a narrativa de Dom Casmurro, a metalinguagem tem um papel fundamental, dando um tom muitas vezes jocoso, ou criando cumplicidade com o leitor, que ao invés de apenas ler passivamente, participa do próprio ato de narrar, ao servir de confidente do escritor, transcendendo o próprio texto. (Helen Caldwell crítica estadunidense, especializada especialmente no autor Machado de Assis).

  14. Conclusão Retratando a sociedade brasileira no século passado, Dom Casmurro aborda temas referentes a igreja (falta de vocação), amizade e principalmente o adultério. Será que podemos confiar plenamente em alguém? Após a segunda leitura do livro nossa visão se transforma, pois durante toda a história Dom Casmurro tenta provar a traição de Capitu, porém isso não pode ser afirmado com total convicção devido à falta d provas. Dom Casmurro mostra o estilo de Machado de Assis de trabalhar intimamente com questões psicológicas do ser humano, e através do poder de persuasão leva o leitor a refletir e interagir com os personagens. Durante toso o romance há uma espécie de tentativa de Bentinho de se auto-justificar perante o leitor, deixando claro seu estado neurótico que através do ciúme o leva a pensar de maneira insana. Mesmo com o término da leitura, não é possível tomar uma posição perante a pergunta inicial, porém é possível pensar-se por diversos pontos de vista. Machado de Assis não fez só um conto, fez uma obra muito bem escrita, com conteúdo cultural e que em qualquer época que lida pode-se relacionar com a atualidade.

  15. Questões de Vestibular (acafe) A alternativa correta em relação ao romance Dom Casmurro é: a) A odisséia da musa Tupiniquim combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da terra. Iracema é uma bela virgem tabajara e essa tribo é amiga dos franceses na luta contra os portugueses, que têm como aliados os índios potiguaras. Porém, Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata, descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão. b) O ex-jagunço Riobaldo resolve narrar sua vida a um doutor que não fala, limitando-se apenas a alguns gestos e risadas. Em ordem cronológica - já que a narração não é linear - a história de Riobaldo começa quando ele tem quatorze anos e vai com a mãe pagar uma promessa às margens do São Francisco. c) O enredo da obra centra-se na figura do padre Nando, que vive num mosteiro, no Recife, e alimenta a idéia de criar com os índios, na floresta amazônica, uma sociedade utópica (no modelo das reduções jesuíticas do século XVIII). Não se atreve, porém, a viajar rumo ao coração do Brasil, pois teme não resistir ao espetáculo da nudez das índias e pecar contra a castidade. Mas uma amiga inglesa resolve o problema de Nando, iniciando-o sexualmente. d) Uma das personagens é Gabriela, uma retirante que planeja estabelecer-se em Ilhéus como cozinheira ou doméstica, apesar dos pedidos do amante que planeja ganhar dinheiro plantando cacau. e) Há sempre uma forte relativização em tudo o que Bento afirma, pois cada registro da traição remete à possibilidade contrária.

  16. (UFL) Todas as alternativas apresentam informações sobre Dom Casmurro, de Machado de Assis, exceto:(A) A questão do adultério, tratada de forma ambígua pelo autor, permanece em aberto no fim da narrativa.(B) O narrador, através do exercício da memória, busca ligar o presente ao passado, a velhice à adolescência.(C) O narrador protagonista, ao assumir a primeira pessoa, apresenta uma visão tendenciosa dos acontecimentos.(D) O autor, introduzindo-se na narrativa, fornece ao leitor informações que contradizem as opiniões do narrador.(E) A narrativa, marcada pela ironia, mantém uma relação intersexual com a tragédia Otelo, de Shakespeare.

  17. Grupo.:Amanda Cristina nº.: 01Cláudia Reinert nº.: 09Paulo Eduardo nº.: 303º “B” – Ensino Médio maio/2007

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