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CINEMA DA RETOMADA (1994-2002): POLÍTICA E MERCADO

CINEMA DA RETOMADA (1994-2002): POLÍTICA E MERCADO. SENAC LAPA/SCIPIÃO – PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSU CURSO: ROTEIRO AUDIOVISUAL DISCIPLINA: POLÍTICA E MERCADO AUDIOVISUAL PROFESSOR: ANTÔNIO REIS. CINEMA DA RETOMADA E O NOVO PAPEL DO ESTADO.

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CINEMA DA RETOMADA (1994-2002): POLÍTICA E MERCADO

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  1. CINEMA DA RETOMADA (1994-2002): POLÍTICA E MERCADO SENAC LAPA/SCIPIÃO – PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSU CURSO: ROTEIRO AUDIOVISUAL DISCIPLINA: POLÍTICA E MERCADO AUDIOVISUAL PROFESSOR: ANTÔNIO REIS

  2. CINEMA DA RETOMADA E O NOVO PAPEL DO ESTADO • Mecenato oficial intermediado pelo setor privado • Estado continua investindo na cultura, mas o mercado escolhe onde esse investimento será feito • Lei do audiovisual foi concebida para durar 10 anos até a criação de uma suposta “cultura de investimentos” e numa suposta auto-sustentabilidade do cinema nacional • Ministério lança em 1995 publicação distribuída a empresas e produtores culturais “Cultura é um bom negócio”

  3. CINEMA DA RETOMADA E O NOVO PAPEL DO ESTADO • Estado • Aumenta limites de dedução de imposto de renda, alterando o teto de renúncia fiscal; • Reduz a contrapartida dos produtores; • Investe diretamente por meio das Estatais (Petrobrás, Banco do Brasil, Empresas de Telecomunicações) • Estado permanece como principal investidor • Carlota Joaquina R$ 400 mil • Tieta do Agreste R$ 5 milhões (R$ 3 milhões patrocínio via isenção de impostos) • Guerra de Canudos R$ 7 milhões (5,5 milhões patrocínio via isenção de impostos)

  4. ALTERAÇÕES LEI ROUANET • Alíquota de dedução passa de 2% a 5% • É reconhecida a figura do agente cultural que pôde ter seus custos incluídos no orçamento dos projetos • Os projetos podem ser encaminhados a qualquer época do ano (não é necessário aguardar editais) • Estado se compromete a avaliar os projetos em sessenta dias

  5. ANOS 1990, RETOMADA • Revalorização do cinema nacional pela sociedade e reconhecimento da mídia • Parte dos cineastas manifestam apoio à nova política cultural • Cacá Diegues, cineasta • “Quem se interessa pelo futuro da indústria cultural brasileira deve torcer para que a política econômica do novo governo dê certo” • “Assim, penso também que, agora, Tieta do Agreste está ajudando a liberar o cinema brasileiro do preconceito contra o merchandising, incorporando as formas de recursos que permitem a produção dos nossos filmes. Os jornalistas não nos mandavam tanto, sistematicamente, abandonar a proteção do Estado e ir ao mercado? “(1996)

  6. DEPOIMENTOS DE CINEASTAS • Vozes dissonantes • Sérgio Bianchi: crítica as formas de acesso dos cineastas às empresas e a figura do captador de recursos (produtor profissional) “Você tem lá um diretor de marketing de uma empresa, ele é uma pessoa humana. Ele tem um nível de cultura, uma sexualidade, uma classe social, e conseguir alguma coisa desta empresa vai depender do relacionamento que você tem com ele. Se você não sabe se relacionar não produz seu filme. Não é nem “mercado” nem a qualidade da obra que conta. É a relação mesmo. (...) Como há dedução do imposto de renda, quem decide é a firma (risos). Esse dinheiro é público. Esse é o grande dilema” (Bianchi, 2002:23).

  7. DEPOIMENTOS DE INVESTIDORES Ary S. Graça Filho, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, em artigo intitulado “Cultura é um bom negócio” publicado no Jornal do Brasil em 1997 “Arte é um excelente negócio, não só como marketing institucional e mídia espontânea, mas como lucro real. Só para recordar, filmes como O Quatrilho, O que é isso companheiro? E Tieta do Agreste, três recentes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro, foram viabilizados e geraram belos dividendos graças a certificados de investimento lançados no mercado financeiro. Isto sim, é que é rolar créditos. É business. Ou, melhor ainda, show business”

  8. DEPOIMENTOS DE CINEASTAS Carlos Reichenbach, cineasta “Para o investidor, é mais interessante captar recursos para um filme de seis milhões de dólares do que para um de um milhão. Ficamos em dois caminhos, que excluem a produção média: ou o filme é barato, e você paga para realizar, ou é superprodução. E os filmes de superprodução não vão se pagar nunca “ (1998) Lúcia Nagib, pesquisadora do cinema brasileiro “O Brasil não tem estrutura para filmes com orçamento de R$ 7 milhões ou mais. Mesmo havendo uma Lei do Audiovisual, uma superprodução não rende bilheteria que cubra um orçamento de R$ 10 milhões. Então, seria melhor fazer dez filmes de R$ 1 milhão cada, pois serão novos cineastas entrando no mercado “(2002)

  9. DEBATE ENTRE A CLASSE CINEMATOGRÁFICA Polarização do campo cinematográfico – diferentes concepções sobre cinema e diferentes posicionamentos ideológicos - Cineastas que defendiam filmes de baixo orçamento para democratizar acesso a produção e aumentar nº de filmes lançados (Sérgio Bianchi, Carlos Reichenbach, Domingos de Oliveira, Júlio Bressane e da nova geração Beto Brant, Tata Amaral, Lírio Ferreira, etc.) - Cineastas que apostavam nas superproduções , no público de massa e no filme como produto de exportação (Hector Babenco, Cacá Diegues, o clã Barreto, Sérgio Rezende e outros)

  10. 1997 – ALTERAÇÃO NA LEGISLAÇÃO SOBRE A CAPTAÇÃO DE RECURSOS • Cineastas e produtores podem incluir no orçamento um valor destinado a remuneração de empresas ou corretores; • O valor cobrado por esse profissional poderia chegar a 10% do orçamento total do filme, o que contribuiu para inflacionar ainda mais os custos dos filmes; • Para o mercado, torna-se mais interessante captar recursos para filmes mais caros, pois o valor recebido pelas corretoras era maior • Reaquecimento do mercado para profissionais de cinema, antes divididos entre a televisão e a publicidade

  11. Ano 2000 – Debate sobre uma política cinematográfica mais abrangente • Criação do Gedic Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica • Priorização do caráter industrial do cinema Objetivos: • Combater a hegemonia da indústria cinematográfica norte-americana; • Promover maior integração do cinema com a televisão; • Reduzir os preços dos ingressos para as exibições de filmes;

  12. GEDIC Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Ações previstas pelo Gedic • Criação de um órgão gestor (normatiza, fiscaliza e controla o cumprimento da legislação) • Redefinição das funções da SAV/Minc (preservação e memória, formação de público, divulgação e difusão no exterior) • Legislação para a TV (obrigatoriedade de exibição da produção independente; destinação de 4% do faturamento publicitário para a co-produção cinematográfica) • Volta da Cota de Tela (Ocupar até 40% das salas exibidoras; 30% do mercado de vídeo; 15% do mercado de DVD; 5% da programação de filmes na TV aberta; 2% da programação de filmes na TV fechada)

  13. GEDIC • Ações previstas • Criação de um fundo financeiro e fundos setoriais (taxa sobre valor do ingresso) • Novas distribuidoras (formação de 3 ou 4 empresas que comercializam os filmes) • Mais salas (mercado exibidor receberia 2.400 novas telas, incluindo locais com população de baixa renda) • Representantes do setor cinematográfico: Luiz Carlos Barreto (Produção); Cacá Diegues (direção), Gustavo Dahl (pesquisa); Rodrigo Saturnino Braga (distribuição) Luis Severiano Ribeiro Neto (exibição); Evandro Guimarães (televisão) – Globo e Columbia Pictures representadas.

  14. Retomada: Cinema, TV e publicidade • Retomada: associação entre cinema, televisão e publicidade • Primeira experiência em 1994: TV Cultura co-produziu longa-metragem em episódios (Veja esta Canção, de Cacá Diegues) • Exibido inicialmente na TV e depois no circuito exibidor comercial • Segunda metade dos anos 1990 – TV Cultura e governo do Estado de São Paulo lançam um projeto de parceria para cineastas paulistas o PIC Programa de Incentivo ao Cinema

  15. Programa de Incentivo ao Cinema • PIC • Emissora (TV Cultura) selecionava projetos; • investia até R$ 400 mil e oferecia apoio técnico para a produção; • avalizava os projetos para captação através da garantia de exibição na TV após a exibição em circuito comercial; • contribuía para o marketing do filme e veiculava publicidade do filme em sua programação. • Filmes contemplados: Ação entre amigos (1998) de Beto Brant; O Cineasta da Selva (1997) de Aurélio Michilis; Cronicamente Inviável (2000) de Sérgio Bianchi, entre outros.

  16. 1998 – Criação da Globo Filmes • Globo Filmes • Investimento na produção e co-produção de cinema; • Associação com produtores independentes que pudessem captar dinheiro através da renúncia fiscal; • Co-produção de Guerra de Canudos (1998) de Sérgio Rezende • Emissora comprou os direitos de exibição do filme na televisão antes dele ser finalizado (maior preço que um filme brasileiro já conseguiu na TV até então) • Foi exibido em episódios como uma pequena série e e depois estreou no circuito exibidor comercial.

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