1 / 56

ATOS DOS APÓSTOLOS

ATOS DOS APÓSTOLOS. Tudo começa no dia de Pentecostes. Fase inicial: eram (quase todos) judeus convertidos. Eram vistos com um dos muitos dos movimentos de contestação dentro do Judaísmo. Formavam pequenas comunidades ao redor da Sinagoga.

hume
Download Presentation

ATOS DOS APÓSTOLOS

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. ATOS DOS APÓSTOLOS • Tudo começa no dia de Pentecostes. • Fase inicial: eram (quase todos) judeus convertidos. Eram vistos com um dos muitos dos movimentos de contestação dentro do Judaísmo. Formavam pequenas comunidades ao redor da Sinagoga. • Início da proclamação da Boa Nova: anúncio da Chegada do Reino Mt 10, 5-10 e da morte e ressurreição de Jesus At 2,23—3.

  2. Bíblia dos primeiros cristãos: Sagrada Escritura dos Judeus. • A expressão “Antigo Testamento” ou “Antiga Aliança” vem de Paulo 2Cor 3,14. (Mt 21,42); Assim ao primeiros cristãos liam e reliam a Bíblia com novos olhos, nascidos da prática nova, onde as palavras da Escritura dos Judeus não eram suficientes, os cristãos começavam a lembrar as palavras e gestos do próprio Jesus. (Lembrança baseada no TESTEMUNHO – At 1,22).

  3. Divergência dessa fase: • Grupo ligado a Estevão – judeus da diáspora (abertura aos helenistas) At 7,1-53. • Grupo ligado a Tiago – judeus da Palestina (fidelidade estrita à Lei de Moisés e a Tradição dos Antigos) Mc 7,5.

  4. POLÍTICA ROMANA • Intensificação do culto ao imperador. Ameaçando as comunidades judaicas que se fecharam mais para manter-se fiel. Dificultou-se ainda mais a convivência com os judeus cristãos e os não cristãos. • Império sediado em Cesaréia (muito próximo da terra dos judeus, reacendendo o sentimento anti-romano. • Novos movimentos messiânicos foram surgindo (a partir dos anos 40).

  5. EXPANSÃO MISSIONÁRIA NO MUNDO GREGO (anos 40 a 60) • Perseguições, mudança de conjuntura, vontade de anunciar a Boa Nova “a toda criatura” Mc 16,15, levando os cristãos para fora da Palestina. Assim, o Evangelho se espalha pelo Império e penetra em praticamente todas as grandes cidades, inclusive Roma, a capital, o “fim do mundo” At 1,8. • O levante dos judeus e a brutal destruição de Jerusalém pelos romanos (70) cria uma nova situação e marca o fim desse período.

  6. A passagem da expansão missionária • 3 viagens de Paulo e seus companheiros (cerca de 16.000 km) • Muitos problemas 2Cor 11,25-26. • Fase lenta e de difícil passagem: • Do oriente para o ocidente; • Da Palestina para a Ásia menos, Grécia e Itália; • Do mundo cultural judeu para para o mundo cosmopolita da cultura grega; • Realidade do mundo rural para o mundo urbano;

  7. De comunidades que surgiram ao redor da Sinagoga, espalhadas pela Palestina e Síria, para comunidades mais organizadas que surgem ao redor da casa (oiko) nas periferias das grandes cidades da Ásia e da Europa. • Passagem do mundo da observância da Lei, que acusa e condena, para o mundo da gratuidade do amor de Deus que acolhe e perdoa (Rm 8,1-4.31-32). • As comunidades começam a despertar para sua própria identidade e recebem o nome de “Cristãos” pelo povo da Antioquia.

  8. O LIVRO DOS ATOS • Destaca o período histórico de quarenta anos entre a ressurreição de Jesus e a organização das Igrejas. • Não narra os acontecimentos de todos os Apóstolos, nem sequer todos os acontecimentos de Pedro e Paulo. Trata-se de uma história teológica, não pode ser lido como livro histórico. • O livro mostra a obediência à ordem dada por Jesus em At 1,8: “recebereis o Espírito santo e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, até os confins da Terra”.

  9. TEMA CENTRAL DO LIVROS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS • Missão essencial de testemunhar a ressurreição de Jesus. • O Livro é guiado pelo “ESPÍRITO SANTO”.

  10. Atos 2,14-41 • Núcleo essencial do primeiro anúncio cristão: Jesus, o homem aprovado por Deus, mas morto como um criminoso pelos homens, foi ressuscitado da morte (2,22-24b). • Nas três fases de Jesus – atividade, morte e ressurreição – domina soberana a iniciativa de Deus : Deus opera milagres, prodógios e sinais por meio de Jesus. • milagres (δυναμις = dynamis): faculdade, força, poder, potência... obras de portência, milagres, etc. • prodígios (Τερας = téras): prodígios (talvez mais ligado a curas). • sinais (σημειον = semeión): sinal (que indica uma presença sobrenatural) • Os três são sinônimos. É usado para indicar ação, força e poder de Deus. • A ressurreição é a última intervenção decisiva de Deus. • Testemunho dos Apóstolos (2,32).

  11. O fato de Jesus ter ressuscitado não é casual mas entra no projeto de Deus: a escritura anunciou a ressurreição do Messias. Segundo a mentalidade Bíblia, uma promessa da Escritura deve tornar-se realidade histórica. • No discurso de Pedro a ressurreição não é uma simples libertação da morte, mas a entronização régia e messiânica de Jesus. • O homem Jesus, morto no choque com as forças históricas de pecado, ressuscitou, por isso, ele é o Senhor da História. • A vitória e senhorio de Jesus tornam-se visíveis nas novas relações livres e corajosas daqueles que receberam o seu Espírito.

  12. CONSEQÜÊNCIAS PRÁTICAS DO QUERIGMA PROPOSTO • “Irmãos, que devemos fazer?” (2,37) • QUATRO etapas: a conversão, o batismo, o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo. • A conversão é mudança de mentalidade, de concepção de vida (interior e exterior). • O sinal visível e exterior da ruptura com o passado é o rito do batismo “em nome de Jesus Cristo”. • A ruptura com o passado é um dom de Deus que arranca o homem da escravidão e da alienação sob o domínio do pecado. • Batizados: membros da comunidade messiânica Ez 36,25-28).

  13. A VIDA DA PRIMEIRA COMUNIDADE 2,42-47 • Comunidade ideal cristã. • Ensinamentos dos Apóstolos: Escuta e aprofundamentos e interiorização da PALAVRA; • PALAVRA que é testemunho autorizados dos Apóstolos, isto é, dos garantes da revelação histórica de Deus; • O ensinamento dos Apóstolos é a transmissão fiel do que Jesus ensinou

  14. Comunhão Fraterna: • - Comunhão espiritual dos crentes baseada na mesma fé e no mesmo projeto de vida. • A comunidade cristã realiza o ideal dos amigos entre os quais tudo é comum. Tudo é participação e solidariedade. • Fração do pão: • - Esta refeição tem lugar nas casa privadas. Acontece num clima de alegria (tema caro par a Lucas) e simplicidade de coração. “fração do Pão” indica a refeição fraterna dos cristãos que se unia às refeições de Jesus com os discípulos e, de modo particular, à última ceia, com esperança de comunhão plena no reino de Deus (Lc 22,14-20).

  15. As orações: • Trata-se daquelas orações que demarcam o da do judeu piedoso. • O grupo de cristãos toma parte assiduamente e unido na liturgia do Templo (o Templo de Jerusalém é o centro da história salvífica para Lucas).

  16. TESTEMUNHO CORAJOSO E LIVRE • Três momentos : • Um acontecimento que revela a nova força salvífica do nome de Jesus (3,1-10) • Discurso de Pedro ao povo, com o qual se dá um significado cristão ao milagre (3,11-26) • Confronto de Pedro e João com o Sinédrio judaico (corajoso testemunho cristão). • Enfim, a comunidade descobre a sua confiança e liberdade na oração (4,23-31).

  17. Cura de um paralítico em Jerusalém • Fatos e gestos prodigiosos que acompanham o testemunho autorizado dos Apóstolos. • “Em nome de Jesus” acontece a cura. • O Templo: não é casual a ambientação deste primeiro gesto prodigioso dos Apóstolos no Templo de Jerusalém (mencionado 5 vezes neste trecho). A primeira comunidade cristã vive a sombra do Templo e, só se distancia dele quando é obrigada pela violência do grupo sacerdotal saduceu.

  18. Pedro e João estabelecem um contato humano e pessoal com o aleijado. • A palavra é seguida por um gesto: “tomando-o pela mão”. • “Então o coxo saltará como um cervo...” (Is 35,6) • A salvação de Deus já presente nos gestos curadores de Jesus continua agora a revelar-se em favor dos homens através dos Apóstolos. • A cura do aleijado é apenas um “sinal” da nova esperança de salvação que agora tem um nome: Jesus.

  19. Da mesma forma que acontece com Jesus o caminho dos gestos miraculosos não conduz ao sucesso fácil, mas desencadeia o conflito e a perseguição. Lógica Evangélica – Lógica da cruz.

  20. Salvação por meio de Jesus • Ambiente solene: Templo! • Elementos essenciais : situação imediata (3,12); proclamação do querígma sobre a morte e ressurreição de Jesus (3,14-15), argumentação escriturística (3,13.22-23.35); apelo à conversão (3,19.26) • A cura do paralítico é um sinalvisivel que evoca a ação soberana e libertadora de Deus na história • Síntese da Paixão (3,14-15)

  21. A cura engloba a reintegração física e social de um homem: é uma salvação que se enxerta na carne dos homens para sustentar a esperança da libertação total. • A cristologia do texto: o servo ( de Deus) – santo – o justo (3,13) – o príncipe da vida (3,14) [Cântico de Isaías 52,13; 53,10-12 – Esta alusão velada ao Texto de Isaías dá um sentido salvífico à vida e morte de Jesus]. • Para Lucas a conversão é uma ruptura com o passado de ignorância e infidelidade, e a abertura ao projeto de Deus revelado em Jesus. • CONVERSÃO, FÉ e PERDÃO DOS PECADOS são três momentos do processo de salvífico que tem sua iniciativa EM DEUS e o CENTRO de realização EM JESUS. • “Na sua descendência serão abençoadas todas as nações” – quando Lucas escreve os Atos, o caminho universal e ecumênico do movimento cristão já é uma realidade. (ver Gn 12,3)

  22. Testemunho de Pedro e João diante do Sinédrio: 4,1-22 • Inicia-se o conflito com o judaísmo oficial. Jesus também foi refutado e perseguido pelos chefes, mas acolhido com entusiasmo pelo povo. • Saduceus: grupo de judeus ricos e poderosos, do qual fazem parte as grandes famílias sacerdotais e a aristocracia leiga. Tinham boas relações com o poder romano de ocupação e, no campo religioso, eram conservadores rígidos, opondo-se às tradições e práticas propugnadas e recomendadas pelos fariseus.

  23. A cena do interrogatório: de uma lado a liberdade e coragem dos dois Apóstolos, e de outro, o embaraço e as contradições da autoridade suprema, sinédrio de Jerusalém. • Salmo 118,22 (Lc 20,17). • A palavra livre a franca corrói e põe em crise um poder que não tem razões. A liberdade diante dos homens se fundamenta na fidelidade a Deus, isto é, ao que é justo à consciência.

  24. ENTRE O IDEAL E A REALIDADE NA PRIMEIRA IGREJA 4,32—5,42 • Duas características definem a comunidade cristã: a unidade e a fé (DT 6,5). • Com sua opção de fé, os cristãos, tentam uma inspiração mais profunda com os homens: uma perfeita comunhão, que se exprima também em novas relações humanas no plano social e material (vida também dos essênios). Mas, a novidade da motivação é a fé em JESUS CRISTO RESSUSCITADO (4,33).

  25. A expressão: “não havia necessitados entre eles”, evoca o texto de Dt 15,4. Lucas, apresenta a comunidade cristã primitiva como o povo messiânico no qual se realiza a promessa da benção por parte de Deus: o fim da pobreza e da miséria. Isso acontece de forma natural, graças a uma renovação interior, que cria um novo estilo de vida e instaura relações diferentes e estruturas de participação (Lc 12,33; 14,33; 16,9).

  26. Dois exemplos: a generosidade de Barnabé e a fraude de Ananias e Safira: 4,36—5,11. • O exemplo de Barnabé confirma o quadro ideal da partilha dos bens da primeira comunidade, em contraste com a hipócrita mesquinhez de Ananias e Safira. • Barnabé é um personagem importante da Igreja da Antioquia e animador da primeira missão dos pagãos (At 11,25-26).

  27. INSTITUIÇÃO DOS SETE • A comunidade neste período é caracterizada por dois fatos: o aumento dos discípulos e as tensões internas entre dois grupos, diferentes pela cultura e mentalidade. Falta uma organização adequada para o numero de discípulos. • Os DOZE instituem os SETE. • DOZE -> Tribos de Israel • SETE -> Nações pagãs que habitavam em Canaã

  28. Moisés -> autoridade dos DOZE. • 70 COLABORADORES (Nm 11,1-24) -> os SETE. A comunidade cristã toma o lugar do antigo povo de Israel (encara-se assim, sob uma nova luz a autoridade dos DOZE)

  29. Em Jerusalém havia sinagogas para os judeus provenientes da diáspora ou dispersão. • Os que falavam língua grega e liam a Bíblia na tradução litúrgica chamada “Setenta”, por sua proveniência e contato com um mundo diferente e pluralista, eram mais aberto e inovadores na interpretação e prática da lei -> grupo dos Helenistas. • Os originários da Palestina falavam aramaico e liam a Bíblia em hebraico -> grupo dos Hebreus.

  30. O problema é a assistência cotidiana aos pobres. • Aos DOZE, cabe , por excelência, testemunhar a ressurreição, isto é, o serviço da Palavra, o anúncio público e catequético. Enquanto aos SETE, devem prover à gestão dos bens, à assistência aos pobres. • Há a suspeita legítima de que os SETE, mais que uma comissão de assistência dependente dos DOZE, constituem na realidade o grupo dirigente presidindo os cristãos de língua grega, paralelo ao grupo dos anciãos u presbíteros, cujo chefe é Tiago, para os cristãos de língua aramaica.

  31. O episódio trata-se de uma direção colegiada em vista de um serviço, diakonia, em favor da comunidade. • As estruturas essenciais que se pode reconhecer na comunidade de Jerusalém são três: o serviço da Palavra, o da oração e o serviço da assistência ou solidariedade com os pobres.

  32. ATIVIDADE E PRISÃO DE ESTEVÃO: 6,8-15 • Estevão : um defensor da liberdade e coragem espirituais extraordinárias. Se Lucas dá um realce tão forte à atividade e ao fim trágico deste cristão de língua grega, é porque recebeu, sem dúvida, a sua lembrança da tradição. É um homem dotado de qualidades carismáticas e de força espiritual. • Prodígios e sinais(v.8) -> atividade taumatúrgica que acompanha o testemunho da ressurreição por parte dos apóstolos.

  33. A oposição que encontra estevão neste ambiente judaico não faz senão comprovar a verdade da promessa de Jesus aos seus missionários perseguidos: “ Eu vos darei uma eloqüência e uma sabedoria às quais não poderão resistir seus adversários” (Lc 21,15). • É o primeiro amplo debate entre a velha instituição judaica e o novo movimento cristão.

  34. Estevão é modelo de justo mártir • Sua acusação acompanha temas do relato tradicional da paixão de Jesus: os “falsos testemunhos”, a acusação de “blasfemia” e a imputação mais grave, a sua constatação das observâncias legais do lugar do culto, o Templo. • Os dois títulos de acusação contra o primeiro mártir cristão são um eco das acusações lançadas contra Jesus de Nazaré: inovação de leis ou instituições tradicionais mosaicas (repouso do Sábado, leis de pureza ritual, tabus alimentares etc. e a contestação do lugar santo, o Templo ( 6,11.13.13).

  35. Lucas ressalta a dimensão espiritual do conflito: de uma parte, a cegueira irracional dos adversários judeus; de outra, a sabedoria espiritual de Estevão. • A reação dos judeus recorre à violência e à mentira, para reprimir a liberdade e a força do Espírito. • O discurso que se segue (7,2-53) é a justificação teórica da nova posição cristã em relação à velha instituição judaica, da qual o Sinédrio é representante oficial.

  36. O discurso de Estevão é o mais longo dos Atos. • Há nele uma reconstrução da História Bíblica de Abraão a Salomão à base de um mosaico de textos emendados por notas e comentários redacionais. • A concepção histórico-teológica de Lucas plasmou todo o caso de Estevão, do qual o discurso é ponto central e a justificação teórica. O movimento cristão toma distância do judaísmo oficial, representado pela Lei e pelo Templo.

  37. Lucas tinha boas probabilidades de demonstrar aos cristãos, que tinham visto em 70d.C. a destruição do templo, a provisoriedade das estruturas e instituições judaicas. Dessa forma, estava plenamente justificada a passagem de um cristianismo que gravitava em torno das tradicionais instituições judaicas, o Templo e a Lei, para um cristianismo disperso entre os pagãos, mas autônomo e livre.

  38. A chave hermenêutica • A chave hermenêutica de toda essa síntese de história Bíblica é justamente a conclusão. A figura do justo prometido pelos profetas, refutado e morto pelos descendentes dos “pais”, projeta a sua luz sobre os Principais personagens lembrados na exposição bíblica de Estevão.

  39. Morte de estevão e perseguição dos helenistas: 7,54-8,4 • A reação dos judeus explode só após a sua declaração deque o Filho do Homem está de pé à direita de Deus (7,55-56) • Jesus está de pé: Ele agora é “juiz” constituído por Deus e como tal intervém não só em favor do seu primeiro corajoso mártir, mas também para sancionar, com sentença autorizada, a auto-exclusão do povo judeu infiel, acusado por Estevão (Lc 12,8-9). • A confissão de fé em Jesus ressuscitado e juiz da história é o motivo determinante da condenação de Estevão. • O luto e sepultamento por parte de judeus piedosos, pode ressaltar um último detalhe, a concordância com o sepultamento de Jesus por parte de José de Arimatéia, “homem bom e justo”

  40. Presença de Paulo • Enquanto morre Estevão, que paga com o sangue a sua tomada de posição em favor da reviravolta histórica do projeto salvífico de Deus, que dos judeus passa para os pagãos, aparece no horizonte o primeiro líder da missão aso pagãos. Mais, aquele Saulo que antes dá uma mão aos assassinos de estevão, e depois se transforma no fanático perseguidor que arruína a Igreja de Jerusalém, justamente ele, será animador da missão que realizará a nova linha de desenvolvimento da Igreja entre os pagãos.

  41. ATIVIDADE DE FILIPE: A MISSÃO CRISTÃ ATINGE OS EXCLUÍDOS 8,5--10 • O protagonista agora é Filipe, o “evangelista”, um dos SETE. • Destinatários da missão: os samaritanos. • Pedro e João legitimam a missão tão discutida na Igreja (Mt 10,5; Lc 9,51-56; Jo 4,20-26).

  42. A MISSÃO DE FILIPE NA SAMARIA: 8,5-25. • Lucas alcança dois objetivos com esse relato: mostra a progressiva expansão da Igreja segundo o projeto traçado pelo ressuscitado (1,8) e ressalta a superioridade vitoriosa da experiência cristã sobre a magia no ambiente circunstante. • Simão, representante do mundo da magia, entra em contato com a força irresistível da palavra e o poder do Espírito (8,9-10).. • A presença dos Apóstolos é a autenticação da missão na Samaria e a derrota da magia sob a intervenção decisiva de Pedro.

  43. Filipe, é um dos SETE, conhecido como “evangelista” (21,8), refugiado por causa da perseguição judaica que levou estevão à morte, anuncia o Evangelho pela primeira vez na Samaria. • Os samaritanos era um grupo de excluídos, separados da ortodoxia judaica. Habitavam a região central da Palestina, chamada Samaria. Eram considerados heréticos ou cismáticos pelo judeus. No aspecto religioso eram equiparados aos pagãos, porque não reconheciam o lugar do culto legítimo, o Templo de Jerusalém, nem observavam todas as minuciosas prescrições legais.

  44. A atividade missionária de Filipe : anúncio verbal e sinais, gestos de libertação dos espíritos malignos e curas de doente (obtém sucesso imediato). • A figura e atividade de Simão entra em crise com a chegada do Evangelho. • Fundação da Igreja na Samaria. • O batismo de Filipe não dá o Espírito. Cabe aos Apóstolos de Jerusalém a tarefa de comunicar aos batizados o dom do Espírito, por meio da imposição das mãos.

  45. Um novo “pentecostes” sela a fundação da Igreja da Samaria. • Simão simonia: compra e venda de dignidades ou bens espirituais na Igreja. Onde o Espírito, dom gratuito de Jesus ressuscitado, é trocado, sob qualquer forma, por privilégios ou compensações econômicas, cessa a genuína experiência cristã, e a tentação da magia corrompe a liberdade e a verdadeira fé. • A condenação mais severa do Livro do Atos é a de Pedro em relação a Simão, o mago.

  46. CONVERSÃO E BATISMO DO EUNUCO ETÍOPE: 8,26-40 • Nova etapa de expansão e progressão da Igreja: Conversão de um africano da longínqua Etiópia, cidade situada nos confins do império romano. Um homem excluído da comunidade santa (Dt 23,2). • A força do Evangelho supera as barreiras raciais e culturais (Is 53,3-7 – conhece a escritura) e as distancias étnicas e sociais (Sl 68,32). • Cumpre-se agora as esperanças messiânicas. A salvação é oferecida a todos.

  47. Lucas destaca nesse relato a iniciativa de Deus! (O Anjo do Senhor – O Espírito do Senhor). • Não basta o missionário, mas a abertura sincera de coração de quem busca a verdade. • O texto de Isaías referido nos vv.32-33, é o único a ser citado de modo amplo em Atos. • O catecúmeno, o etíope, escutou e acolheu o anúncio, está pronto para o batismo (referência a catequese pré-batismal que parte da escritura). • Encontro, anúncio, catequese, batismo caminho cristão

  48. PAULO EM DAMASCO: DE PERSEGUIDOR A APÓSTOLO 9,1-31 • Paulo é o protagonista principal da nova etapa histórica que levará a mensagem cristã para fora da Palestina e entre os pagãos. • O fanático perseguidor dos cristãos, graças à intervenção prodigiosa de Deus, se transforma num pregador indomável da nova mensagem que diz respeito a Jesus, o Messias. • Lucas pretende propor um modelo ideal de cristão e Apóstolo.

  49. CONVERSÃO E VOCAÇÃO DE SAULO 9,1-19a • A conversão de Saulo provoca uma reviravolta histórica na expansão do movimento cristão. • Saulo o perseguidor: promotor de uma campanha de inquisição nas comunidades judaicas situadas fora da Palestina (Damasco, Síria). • Iniciativa divina. • Jesus é solidário com os cristãos (Lc 10,16).

  50. A conversão de Paulo coincide com a sua vocação ou investidura de apóstolo, enviado em missão. • Igreja de Damasco: a missão origina-se em Jesus, mas realiza a continuidade histórica com a Igreja. • “Cai por terra”, como acontecia com os profetas no AT. A cegueira é significativa, Paulo viu o esplendor divino. • A iluminação da fé coincidirá, para Paulo, com o seu caminho catecumenal, que se conclui com o batismo e o dom do Espírito.

More Related