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Comunicação, Memória e Ação Cultural: balanço de uma experiência

Bruno Fuser - UFJF Josimara Delgado - UCSal Novembro de 2012. Comunicação, Memória e Ação Cultural: balanço de uma experiência. Projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural” Apoio: FAPEMIG 2008 – 2010 – Extensão e pesquisa 2010 – 2012 – Programa Pesquisador Mineiro Coordenação:

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Comunicação, Memória e Ação Cultural: balanço de uma experiência

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Presentation Transcript


  1. Bruno Fuser - UFJF Josimara Delgado - UCSal Novembro de 2012 Comunicação, Memória e Ação Cultural: balanço de uma experiência

  2. Projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural” Apoio: FAPEMIG 2008 – 2010 – Extensão e pesquisa 2010 – 2012 – Programa Pesquisador Mineiro Coordenação: Bruno Fuser – PPGCOM - Jornalismo – UFJF Profª Josimara Delgado – Serviço Social – Docente do Mestrado em Políticas Sociais e Cidadania – UCSal Bolsista de apoio técnico: Bel. Marcos Antonio de Oliveira Santos – UFV Bolsistas de iniciação científica e de extensão

  3. O projeto Produção cultural comunitária acerca de narrativas e memórias produzidas por velhos e jovens moradores do bairro Dom Bosco, em Juiz de Fora Na coleta e produção de tais narrativas, envolvimento de várias instâncias: escolas, igrejas, organizações não governamentais Participação de jovens, velhos e adultos na produção de vídeos, fotos, histórias de famílias, do bairro, registro das perspectivas futurase análise de presente e passado de várias gerações

  4. As atividades Pesquisa de perfil sócio-econômico Entrevistas de histórias de vida Oficinas diversas com jovens e velhos do bairro, de foto, vídeo, iniciação à informática Produção de vídeos, artigos, exposições fotográficas no bairro e no centro da cidade

  5. As produções finais Dois livros: Memória, gerações e produção cultural: experiências e reflexões; e Nove histórias mineiras Um DVD, com vídeos sobre aspectos da história de vida dos velhos do bairro: Infância, Trabalho, Bairro, Família, Envelhecimento. E sobre Ser mãe no Dom Bosco (feito por jovens do bairro) Uma revista (Viva Dom Bosco), de ampla circulação no bairro, sobre a história da região, as perspectivas do presente, as personagens que fizeram e fazem a história do Dom Bosco

  6. Ponto de partida Utilização dos meios de comunicação, em especial os digitais, em processos criativos, de cidadania cultural, de afirmação de identidades em uma perspectiva contra-hegemônica – como fazê-lo? Exigência prévia: definição de conceitos, desenvolvimento de métodos

  7. Perspectiva interdisciplinar Comunicação: importância de articulação com outras áreas Comunicação, arte e cultura: um caminho, que dilui/tensiona/enriquece o próprio campo da comunicação Projetos de educomunicação: caminho possível Busca de parceria com Serviço Social: importância da experiência do projeto Òmnia, Espanha

  8. Cultura e cidadania Cultura democrática - negação da cultura como mercadoria, como consagração do consagrado Afirmação da crítica, da imaginação, da sensibilidade Estímulo à produção cultural, além do campo das belas-artes Cultura como direito dos cidadãos, como recurso e afirmação de formas diferenciadas e conflitantes de cultura (Marilena Chauí)

  9. Ação cultural Ação cultural = parte de uma política cultural (Teixeira Coelho) Afirmação da crítica, da imaginação, da sensibilidade Objetivo = satisfação de necessidades culturais e desenvolvimento de representações simbólicas Ação cultural = não a construção de projetos, mas sua inserção na luta contra apatia e os modelos impostos, em uma perspectiva que valorize a crítica e a consciência de si e do seu entorno

  10. Gerações e cultura Pesquisa e intervenção social baseadas em memórias e narrativas com idosos e jovens A expressão do universo cultural de jovens e velhos como forma de perceber esses sujeitos como interlocutores no desvendamento dos sentidos de nossa sociedade Criação de alternativas de recriação e transmissão de referenciais culturais dessa população, assim como de enfrentamento de suas necessidades materiais

  11. Reconstrução coletiva da memória e produção / identificação / valorização de seus suportes objetivos Narrativas: formas de compreensão e (re)construção de um lugar social de velhos e jovens empobrecidos – em cenário de ritmo acelerado de mudanças sociais, com novas relações geracionais Jovens e idosos: portadores de memória social, discursos que constroem e reconstroem sentidos e identidades

  12. Reconstrução do lugar social do velho, visto de forma naturalizada como representante de posturas do passado, atrasadas, saudosistas Reconstrução do lugar social do jovem, visto como associado a esperança de futuro ou como risco e ameaça

  13. As histórias de vida • Trabalho de entrevistas de histórias de vida, com registro em áudio, vídeo e foto, de 13 idosos: 2 homens e 11 mulheres entre 65 e 87 anos • Idosos: geração que consolidou a inserção do grupo no trabalho urbano • Enfrentou os processos de exclusão territorial da cidade, vivenciando a busca pelos terrenos mais acessíveis, muitas vezes não regularizados e em locais sem infra-estrutura e serviços públicos fundamentais

  14. As histórias de vida • Infância como tempo roubado pelo trabalho, perspectiva naturalizada nas narrativas, socialização vista como necessária e única possível ao pobre • Estudo cede espaço também ao trabalho • Renda atual de 1 a 2 salários mínimos, importante perante quadro de precarização do trabalho das gerações posteriores

  15. As histórias de vida • Geração que se reconhece como legatária de valores em forte mutação: redes de parentesco e solidariedade apontadas como código essencial nas relações sociais • Críticas a novos valores materiais e quebra de hierarquias familiares pelas gerações mais novas • Mudanças de valores vistas como principal referência temporal (amizades versus brigas, desrespeito aos mais velhos), além de alterações na infra-estrutura urbana (“tudo” melhorou)

  16. As oficinas com as jovens • Oficinas de audiovisual foram (e continuam sendo) desenvolvidas em parceria com Grupo Espírita Semente • 2009: seleção de oito jovens, entre 13 e 16 anos • Produção de vídeos e registros fotográficos com diversas temáticas: o bairro; ser mãe no bairro; a moda no Dom Bosco; a escola onde elas estudaram; as amizades • Exposições de fotos das jovens (e do bolsista Marcos) em vários locais do bairro e da cidade

  17. As oficinas com as jovens • Imagens com forte teor narcísico (tecnonarcisismo; Muniz Sodré) • Expressiva carga erótica • Associação com objetos de consumo aos quais não têm acesso (carros, motos, casas)

  18. As oficinas com as jovens • Identificação e crítica ao bairro • A falta de infra-estrutura – os problemas de coleta de lixo, casas precárias • Os amigos, as amigas, carinho pela escola, pelas professoras, por uma funcionária da associação espírita

  19. As oficinas com as jovens • Interesse inicial forte pela novidade da oficina, das máquinas – a importância do bolsista • Participação com muitas alterações de intensidade: maior, menor • Sensibilização pelo entorno, entusiasmo por propostas feitas por elas mesmas (vídeo de homenagem à funcionária, sobre moda, fotos com rapazes do bairro)

  20. O retorno ao bairro • Oficinas de audiovisual nunca foram interrompidas • Novos contatos com as jovens e com os idosos em 2012 • Distribuição de vídeos, revistas, livros – ação que foi finalizada no bairro, mas ainda não nas bibliotecas das escolas públicas de Juiz de Fora, e nos cursos superiores/pós-graduação eventualmente interessados

  21. O retorno ao bairro • Jovens passaram por muitas mudanças: uma delas (Geisiane) se preparava para ganhar o primeiro filho, e iria morar com namorado, diz que aprendeu na oficina a buscar “o espírito da fotografia” • Frequenta EJA, não trabalha, tem máquina fotográfica (que fica com o namorado), não posta fotos nem tem acesso à internet • Outra (Evellyn) diz que a oficina foi a única oportunidade que teve de usar máquina fotográfica e mesmo computador. Mora com o namorado e trabalha das 6h às 16h em um restaurante

  22. O retorno ao bairro • Eliziane (Lilica) teve contato inicial com máquina fotográfica, está hoje no Facebook e também no orkut, e tem o hábito de postar fotos nas redes sociais. Frequenta o 2º ano do ensino médio, pretende fazer curso superior na UFJF • Andreska cuida de crianças para uma tia e para duas outras mulheres do bairro. Angélica busca trabalho, como atendente em loja. Para ambas, as imagens feitas na oficina eram produzidas “por acaso”. Não estudam, não têm máquina fotográfica nem acesso à internet

  23. O retorno ao bairro • Revisitamos a casa de todo/as o/as idoso/as: uma delas havia morrido; outra havia se mudado, pois estava doente. Todo/as o/as demais foram encontrado/as e foram deixados com eles/as exemplares do livro Nove histórias mineiras, do DVD e da revista • Livro, em especial, emocionou o/as idoso/as – (re)conta a histórias de nove dos entrevistados • Perspectiva atual é transcrever e analisar entrevistas feitas com filhas e filhos desses idosos, e que não puderam integrar corpo de interpretação do projeto

  24. Vídeos • Disponíveis no youtube, canal memoriaeacaocultural (fechamento da escola estadual Dom Orione, Caminho das Águas, Retratos do Bairro, Reggae Bem, etc.) • Email: bruno.fuser@ufjf.edubr

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