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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO LITERATURA INFANTO-JUVENIL Profº Bruno Curcino

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO LITERATURA INFANTO-JUVENIL Profº Bruno Curcino. EMÍLIA, a boneca atrevida. Fernanda Ribeiro Mª Isabel Lemos Patrícia Soares Pollyana Araujo.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO LITERATURA INFANTO-JUVENIL Profº Bruno Curcino

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Presentation Transcript


  1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO LITERATURA INFANTO-JUVENIL Profº Bruno Curcino EMÍLIA, a boneca atrevida Fernanda Ribeiro Mª Isabel Lemos Patrícia Soares Pollyana Araujo

  2. “Memórias são a história da vida da gente, com tudo o que acontece desde o dia do nascimento até o dia da morte...” (LOBATO, p. 7) Memórias de Emília – Monteiro Lobato

  3. As personagens de LOBATO na visão de EMÍLIA

  4. “[...] nasci, fui enchida de macela que todos entendem e fiquei no mundo feito uma boba, de olhos parados, como qualquer boneca. E feia. Dizem que fui feia que nem uma bruxa. Meus olhos tia Nastácia os fez de linha preta. Meus pés eram abertos para fora, como pés de caixeirinho de venda...” (LOBATO, p. 10)

  5. “ ...é uma criatura boa até ali, só de me aturar, quanto não vale? O que mais gosto nela é o seu modo de ensinar, explicar qualquer coisa feia. Fica claro como água. E como sabe as coisas, a diaba!” (LOBATO, p. 59).

  6. “O Visconde é um verdadeiro sábio, estimadíssimo de todos aqui...” (LOBATO, p. 23)

  7. “ ... essa é a ignorância em pessoa. Isso é...ignorante, propriamente, não. Ciência é mais coisas dos livros, isso ela ignora completamente. Mas nas coisas práticas da vida, é uma verdadeira sábia. (...) para mil coisas de todos os dias, é uma danada.” (LOBATO, p 59)

  8. “Um excelente rapaz. Muito sério, de muita confiança, menino de palavra. Também temos brigado bastante, e havemos de brigar ainda; mas que ele é um menino que vale a pena, isso é. E é bom valente.” (LOBATO, p. 59-60)

  9. “EU QUERO MUITO BEM, PORQUE É UMA ESPÉCIE DE MINHA MÃE. Brigamos bastante, é verdade, e ela implica deveras comigo quando “me excedo”. Mas já vi que briga é prova de amor.” (LOBATO, p. 59-60)

  10. RESGATANDO suas Memórias • O anjinho • Os inglesinhos • Alice, Peter Pan e Popeye • Shirley

  11. “Descemos todos e com grande espanto Dona Benta viu que Emília tinha trazido o anjinho de asa quebrada, que descobrira, muito triste da vida, lá entre as estrelas. (LOBATO, p. 12) “A presença do anjinho no sítio foi causa de muitas brigas, porque a boneca se considerava dona dele. Ela o descobrira: logo, era seu.” (LOBATO, p. 15) “O rei da Inglaterra, então, mandou preparar um grande navio [...], e nele embarcou a criançada inglesa.” (LOBATO, p. 17) “Peter Pan caiu em si. Além disso, não queria brigar; queria apenas ver o anjinho verdadeiro...” (LOBATO, p. 23)

  12. “Enquanto os dois discutiam, Emília se atracava com Alice do País das Maravilhas, que também viera no bando.” (LOBATO, p. 24) “A luta rompeu.[...] Um soco de Popeye na queixada de Gancho o fez bambear, como bêbado [...] Mas o Capitão Gancho levantou-se e investiu mais uma vez.” (LOBATO, p. 33) “ Shirley, corra!... Venha ver três fenômenos – gritou ela. – um anjinho, uma boneca e um sabugo de cartola...”[...] “_ eu sabia que você acabava chegando até aqui. Ainda ontem disse a mamãe: “Qualquer coisa está me dizendo que Emília não tarda”. (LOBATO, p. 51)

  13. “(...) a realidade comum e familiar á criança em seu cotidiano é subitamente penetrada pelo maravilhoso, com a mais absoluta verossimilhança ou naturalidade. [...] Maravilhoso passa a ser elemento integrante do Real e em lugar de este “real” se torna inverossímel ou se “des-realizar”, acontece exatamente o contrário: o inventado passa a ter foros de realidade. Assim é que a personagens “reais” (= Lúcia, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, o leitão Rabicó...) têm a mesma “contextura” das personagens inventadas” (= a boneca Emília, o visconde Sabugosa, o Pequeno Polegar (...).” (COELHO, p. 356)

  14. “Com a mistura do imaginário com a realidade concreta, ele mostra, no mundo prosaico do cotidiano, a possibilidade de ali acontecerem aventuras maravilhosas que, em geral, só eram possíveis nos contos de fadas...” (COELHO, p. 359)

  15. Mistura do imaginário com a realidade concreta; • Lobato mostrou o maravilhoso como possível de ser vivido por qualquer um; • A linguagem é objetiva e coloquial para chamar a atenção das crianças; • A verdadeira fusão se deu na segunda versão, pois na primeira predominava o pensamento racional sobre o pensamento mágico; • Real e maravilhoso deixaram de ser distintos.

  16. “Nastácia estava de fato fritando bolo.(...)” -“Esta aqui, tia Nastácia, é a famosa Alice do País das Maravilhas e também do País do Espelho, lembra-se?”(...) Alice devorou o bolinho, arregalando os olhos – e pediu a receita. Nastácia riu-se. • “Receita, eu dou; mas a questão não está na receita – está no jeitinho de fazer.(...)” (LOBATO, p. 39)

  17. Nos fragmentos da obra Lobatiana, podemos perceber a presença de personagens estrangeiras, bem como algumas expressões.

  18. - “good bye – iam dizendo ela a cada shake hand” (LOBATO, p. 45) “Depressa, driver!” – gritou Shirley para o chofer. (LOBATO, p. 54)“O espinafre ingerido pelo sailor man era bom...” (LOBATO, p. 34)

  19. Podemos perceber em “Memórias de Emília” que o autor cita algumas de suas obras, esse recurso fora feito para reforçar algumas características das personagens, principalmente Emília.

  20. “- Ora Emília! Quem não conhece a Marqueza de Rabicó fique sabendo que em Hollywood todos sabemos de corzinho aqueles livros onde vêm contadas as suas histórias. O Caso da pílula falante, da viagem ao país da fabula… (LOBATO, p. 51) “Eu já estive no País da Gramática, onde todo os habitantes são palavras” (LOBATO, p.24) (...) As crianças que leram as Reinações de Narizinho com certeza leram a Viagem ao Céu (...)”

  21. “Emília é uma tirana sem coração. Não tem dó de nada. [...] Também é a criatura mais interesseira do mundo. Tudo quanto faz tem uma razão egoística.[...] Aqui no sitio quem manda é ela.” (LOBATO, p.49)

  22. “Vemos o espírito de líder que caracterizava a boneca, sua ascendência “mandona”, mas brejeira sobre os que convivem com ela ou ainda a obstinação com que ela sabe querer a suas coisas ou como mantém seus pontos de vista ou opiniões. Positiva é também sua incessante mobilidade, o seu fazer, sua curiosidade aberta para tudo ou a franqueza rude com que ela manifesta sua crítica aos “erros” ou “tolices” dos que a rodeiam ou da nossa civilização.” (COELHO, p. 367)

  23. ( Nessa trajetória questiona verdades estabelecidas, propõe novos pontos de vista, desafia padrões e viola normas, sendo lida, em função destes predicados, como porta-voz de monteiro lobato...” (LAJOLO, p. 126)

  24. Repercussão da obra “A verdade é que o “sistema” tradicional se estilhaçava e, Monteiro Lobato, com sua lucidez irreverente, empenhou-se em ‘desmascarar’ os falsos valores.” (COELHO, p. 363) Padrões ideais “[...] esse modelo de individualismo audaz, confiante e empreendedor vai encontrar na Emília, sua mais completa realização.” (COELHO, p. 366)

  25. A crítica pelo humor “Lobato foi um inovador, pela irreverência com que tratou o ‘rançoso’ que ainda se mantinha vigente na Sociedade de sua época.” (COELHO, p. 371)Identificação “[...] espécie de catarse que ocorreria no espírito da criança, através de sua identificação coma conduta libertária de certas personagens.” (COELHO, p. 372)

  26. Novos valores “Faltou ao universo lobatiano, o ‘projeto de vida’ que a evolução dos tempos começa a tornar possível, aos nossos escritores...” (COELHO, p. 374) Podemos perceber um anti-valor no trecho abaixo: “O casamento não dura quase nada; dissolve-se no mesmo dia de sua realização quando o noivo, para escândalo e indignação de todos, devora a mesa de doces.” (LAJOLO, p.127)

  27. “Se pela fala ela transcende sua condição de ser inanimado, ao manter-se boneca ela goza de uma liberdade muito maior do que a dos seres humanos dos quais, afinal, é mero simulacro. Além de imortal por natureza, por ser uma criatura híbrida e mestiça, boneca falante, Emília desfruta do melhor dos dois mundos: o das coisas e o das gentes, fecundando um com o ponto de vista do outro e virce-versa...” (LAJOLO, p.129)

  28. Esperto “ ser esperto é tudo” • Vida “ a vida, Senhor Visconde, é um pisca-pica.(...) Viver é isso. É um dorme e acorda.” • Filosofia “é um bichinho sujinho, caspento, que diz coisas elevadas que os olhos julgam que entendem e ficam de olho parado, pensando, pensando (...) pensando que entenderam.” • Verdade “verdade é uma espécie de mentira bem pregada, que ninguém desconfia.”

  29. - caracterização • - obras para crianças • - literatura como exploração da realidade

  30. “ Negra beiçuda! Deus te marcou, alguma coisa em ti achou. Quando ele preteja uma criatura é por castigo. (...) Só não compreendo porque DEUS faz uma criatura tão boa e prestimosa preta como carvão.” (LOBATO, p.59)

  31. “É curioso que o próprio Lobato deve ter tido a percepção de que sua intenção satírica poderia escapar ao leitor, pois termina Memórias de Emília com um capítulo escrito por ela mesma, que soa algo bastante falso, pela ausência da irreverência que sempre a caracterizou. Inclusive apresenta em um capítulo-defesa de sua personagem preferida, contra possíveis acusações de insensibilidade ou ceticismo humano.” (COELHO, p. 370)

  32. “ Antes de pingar o ponto quero que saibam que é uma grande mentira o que anda escrito a respeito do meu coração. (...) Coisinhas a toa não me impressionam, mas ele dói quando vê uma injustiça. Dói tanto que estou convencida que o maior mal desse mundo é a injustiça”. (LOBATO, p. 58)

  33. “Bom. Vou acabar com estas Memórias. Já contei tudo que sabia; já disse várias asneiras, já dei minhas opiniões sobre o pessoal aqui da casa. Resta agora despedir-me do respeitável público.” Memórias de Emília – Monteiro Lobato

  34. REFERÊNCIAS COELHO, Nelly Novaes. Brasil – século XX. Monteiro Lobato – um marco./ 60 anos de literatura infantil brasileira (dos anos 20 a 1980). In: _______. Panorama historico da literatura infantil/juvenil: das origens indo-europeias ao Brasil contemporaneo. São Paulo: Ática. 1995.p. 354 – 379, 381 – 402. LAJOLO, Marisa. Emilia, a boneca atrevida. In: MOTA, Lourenço Dantas; ABDALA JUNIOR,Benjamin(Org.). Personae: grandes personagens da literatura brasileira. São Paulo: Ed. SENAC, 2001. p. 119-137.

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