1 / 19

Flores de Luanda

Flores de Luanda. Infância. Fiquei-me a imaginar O que eu quisera ser, quisera ter… E de um sonho vivi… Sorri e convidei-me p`ra dançar: Demos as mãos, sentimos a amizade, A unidade E eu fui criança adulta E eu fui Felicidade. E quando acordei A minha irmã mais nova eu afastei…

dorie
Download Presentation

Flores de Luanda

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Flores de Luanda

  2. Infância

  3. Fiquei-me a imaginar O que eu quisera ser, quisera ter… E de um sonho vivi… Sorri e convidei-me p`ra dançar: Demos as mãos, sentimos a amizade, A unidade E eu fui criança adulta E eu fui Felicidade.

  4. E quando acordei A minha irmã mais nova eu afastei… Vi-a isolar-se com seu bibe branco No tempo que passou Mas, de entre o nevoeiro, um arco-íris Então se desenhou…

  5. E o céu tornou-se azul e azul o mar, Ergueram-se as acácias coloridas, Desenharam-se as ruas e avenidas E um perfume intenso encheu o ar… E eu quis ir a Luanda que crescia Ante os meus olhos e que me dizia: “Anda daí, Inês! Vamos brincar!” …………………

  6. Meus olhos choram tanto Que eu oferto as lágrimas À terra onde nasci E atrás desta cortina de saudade Eu vejo a minha Mãe que me sorri E a casa de madeira e o Tomy…

  7. O Colégio Académico em frente E a mandioqueira donde a gente Falava com os da casa mesmo ao lado: Do Administrador Lobo Cansado. Havia formigueiros no jardim E eu punha-me a cismar tempos sem fim No mundo das formigas tão ordeiro… Mostrava-as ao Tomy, O meu Irmão mais novo e companheiro.

  8. Baloiço agora no quintal florido E o Chiquinho Gonçalves, meu amigo, Também quer baloiçar-se, é a sua vez… Voo mais alto… “Sai daí, Inês!” Saio e faço umas festas ao Tarzan Que ladra alegremente na manhã…

  9. Empoleirado numa goiabeira, Grita agora o Jacó: “Ó lavadeira!” E faz tal qual a voz de minha Mãe… Vai misturando as vozes e os nomes E fala agora pelo Dr. Brás Gomes: “Ó Martita! Martita!” Tão bem o imita Que a mulher responde que já vem…

  10. O Lua passa o quintal Com carvão rubro na mão... “Tu não te queimas, ó Lua ?” “Menina, não queima não!” Ó Lua, branca copa e tronco esguio, Que foi feito de ti? Quando a Brito Godins ficava um rio Tu levavas-me às costas e ao Tomy;

  11. Do teu pirão com óleo de dendém Nos davas a provar; Sabia-nos tão bem! (Se bem que já depois de um bom jantar…) Uma fogueira acesa no quintal Na noite perfumada E o teu rosto negro tão leal Que me deixava a mim extasiada…

  12. Havia um jogo em que se diziam Palavras em quimbundo E era com pedrinhas que corriam Nesse tempo distante, em nosso mundo…

  13. De manhã, muito cedo, o nosso Pai Conduz os meus Irmãos para o Liceu; Tem sempre um ar tranquilo e quando sai Não há no mundo um pai igual ao meu:

  14. É que transmite a todos tanta calma Na união que tem com nossa Mãe Que quando Ele sai, a sua alma Estando n`Ela, está em nós também.

  15. A minha infância permanece aqui, Corre em meu sangue aquilo que vivi. Prolonga-se no tempo e no espaço E une as gerações como um abraço. E o meu bibe branco se reparte E é o de qualquer criança e em qualquer parte…

  16. Com três letras se escreve “Pai” e “Mãe” Com quatro “Amor” e “Vida” e “Deus” também. Nossos Pais e Avós as reuniram Num grande “Coração” e o transmitiram Às novas gerações; Aconteceu Que a alma da “Família” assim nasceu…

  17. Luanda está aqui e em qualquer parte; É uma questão de amor, engenho e arte; É uma questão de em cada bibe branco Nós nos vermos a nós; É uma questão de erguer bem alto o canto De nossos Pais e Avós!

  18. Poema e Formatação de Maria de Aguiar Marçalo

  19. Música: “Exodus” Orquestra de Mantovani

More Related