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A utilização de programas de computador para a análise de dados qualitativos

A utilização de programas de computador para a análise de dados qualitativos. Pesquisa bibliográfica sobre reforma universitária no Brasil. Sumário. A Pesquisa Qualitativa O CAQDAS (C omputer-Aided Qualitative Data Analysis Software) O QSR NUD*IST

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A utilização de programas de computador para a análise de dados qualitativos

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Presentation Transcript


  1. A utilização de programas de computador para a análise de dados qualitativos Pesquisa bibliográfica sobre reforma universitária no Brasil Michelangelo Trigueiro

  2. Sumário • A Pesquisa Qualitativa • O CAQDAS (Computer-Aided Qualitative Data Analysis Software) • O QSR NUD*IST • Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária; uma aplicação do NUD*IST

  3. A Pesquisa Qualitativa • Considerações iniciais: • Em geral os textos sobre pesquisa qualitativa apresentam muitas técnicas e alertam para muitos problemas e cuidados que devemos ter nesse tipo de pesquisa • na realização de entrevistas • na observação participante • na análise dos dados e na divulgação dos resultados • Contudo, quase não trazem informações sobre a utilização de programas computacionais • Vantagens do uso de programas computacionais na pesquisa qualitativa • Economia de recursos e tempo • Possibilidades de gerar análises mais ricas e aprofundadas

  4. O CAQDAS (Computer-Aided Qualitative Data Analysis Software) • Conjunto de programas de computador voltados para a análise de dados qualitativos • Desenvolvidos a partir da década de 80, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra • Público alvo • Pesquisadores das ciências sociais ligados à pesquisa qualitativa • Objetivos • Suprir obstáculos de outros programas que apresentavam vários obstáculos operacionais, tais como grandes gastos de tempo, custos e perdas de informações quando se trabalhava com grandes massas de dados

  5. O CAQDAS (Computer-Aided Qualitative Data Analysis Software) • Vantagens dos novos programas • Economia de tempo e de custos • Fim da cansativa seleção de aspectos recorrentes ou distintos em fichas de entrevistas e documentos • Possibilidade de explorar de forma acurada o relacionamento entre os dados • Adequada estrutura formal de organização e sistematização de dados e informações, para auxiliar na construção conceitual e teórica da realidade empírica examinada • Possibilidade de testar e relacionar hipóteses, servindo-se dos recursos e benefícios da informática, com qualquer material que possa ser transformado em texto CUIDADOS IMPORTANTES Necessidade de se evitar que os dados qualitativos passem a ser analisados de modo muito quantitativo, e que os métodos utilizados fiquem muito homogêneos, com a inibição da criatividade dos pesquisadores

  6. O QSR NUD*IST Desta maneira, após a leitura minuciosa dos documentos (entrevistas, documentos históricos, artigos de jornal, transcrições de vídeos, enfim, qualquer material qualitativo) os temas passam a ser codificados • A operacionalização dos dados no QSR NUD*IST e na maioria dos programas do sistema CAQDAS tem por base o princípio da codificação Termo geral para a conceitualização de dados • Os códigos abrangem questões formuladas no curso da investigação e permitem respostas provisórias para as variáveis, categorias e seus relacionamentos

  7. QSR NUD*IST Codificação dos documentos Análise de sentenças ou parágrafos para criar categorizações sobre esses blocos Análise na qual seriam examinadas palavras, frases e outras evidências Análise do documento como um todo

  8. QSR NUD*IST Codificação dos documentos • Os códigos são arquivados em um sistema denominado nodes (nós), que vão conter as referências para os conceitos, categorias e hipóteses • Os nós correspondem a endereços que armazenam a codificação (o conteúdo do que se codificou nos documentos) • Os nós irão conter determinada quantidade de textos codificados Este é o princípio básico do NUD*IST: a codificação do texto e o armazenamento dessas referências em nós específicos

  9. QSR NUD*IST Os documentos consistem nas unidades básicas do NUD*IST. São quaisquer textos importados pelo programa, exclusivamente, na versão txt • Estrutura do programa • O conjunto dos nós formam a Index Tree Root • Uma “árvore” onde todos os nós estão dispostos de forma hierarquizada e relacional • O programa trabalha com um sistema de “janelas” • A janela superior, chamada Node Explorer, armazena os “nós” • A janela inferior, chamada Document Explorer, armazena os documentos que serão analisados

  10. Um exemplo de construção da Index Tree Root • Vamos imaginar uma pesquisa sobre o seguinte tema: “Fatores determinantes da escolha do problema de pesquisa no setor público agropecuário brasileiro” • Objetivo: • Conhecer o modo como pesquisadores brasileiros percebem (representam) a escolha de seus problemas de pesquisa • Estratégia da pesquisa: • Obtenção de informações junto a vários pesquisadores, mediante a realização de entrevistas semi-estruturadas • As entrevistas serão gravadas e transcritas • Todo o conjunto de entrevistas será importado como documentos (versão txt) para o NUD*IST

  11. Um exemplo de construção da Index TreeRoot dados pessoais/sexo/masculino colocamos 1 1 2 1 • Dados Objetivos (1): aspectos relacionados à escolha do problema (dados de entrada) • Idade dados pessoais/faixa etária/... • Sexo dados pessoais/sexo/... • Origem sócio-econômica local de moradia na infância/... escolaridade dos pais/... • Formação acadêmica • Experiência de pesquisa

  12. Esta segunda questão pode servir também para verificar a coerência entre uma questão e outra Um exemplo de construção da Index Tree Root • Dados subjetivos (2): aspectos relacionados aos sistemas de representações dos pesquisadores (informações obtidas nas entrevistas) • Exemplos de questões: 1) Quais as suas principais motivações para a escolha do problema de pesquisa? • Macro-políticas • Inclinações puramente pessoais • Políticas ou prioridades da instituição de pesquisa 2) Em relação aos dois últimos temas de pesquisa que você trabalhou, o que você considerou, principalmente? • Conjuntura econômica • Sistemas de premiação da instituição de pesquisa • Resposta codificada da primeira questão • Principal motivação para a pesquisa/macropolítica 2 1 1

  13. Como operacionalizar o NUD*IST? • O trabalho com o NUD*IST consiste, basicamente, em duas grandes etapas: • A criação e preparação do banco de dados • Criação ou importação dos documentos • Criação da Index Tree Root • Codificação • Análise e interpretação dos dados • Buscas na base de dados pelo Search Text • Pesquisa pelo Index Search • Novas codificações • Formulação e teste de hipóteses • Elaboração dos relatórios finais

  14. A busca automática tem como vantagem a velocidade na pesquisa por informações relevantes, especialmente quando são utilizadas grandes massas de dados Análise e interpretação dos dados no NUD*IST • Buscas na base de dados pelo Search Text • Baseia-se na busca automática por palavras ou por padrões lingüísticos, mediante a search text, realizadas a partir do menu Documents, tal como: • Encontrar a ocorrência de uma palavra em todas as entrevistas • Buscar por palavras com padrões, sufixos, prefixos ou partes semelhantes nas palavras

  15. Análise e interpretação dos dados no NUD*IST No NUD*IST, uma unidade de texto é igual a um parágrafo de um documento armazenado • Há duas formas de se utilizar a Search text • String Search • Consiste numa busca simples por uma seqüência de caracteres • O NUD*IST encontrará toda a unidade de texto que apresenta a exata seqüência que foi informada na caixa de diálogo do search text • Pattern Search • É a busca por um padrão de caracteres previamente especificados, mediante a utilização de caracteres especiais • Pode-se utilizar este recurso para uma pesquisa por diferentes significados de um mesmo termo, várias ocorrências com o mesmo radical e assim por diante O armazenamento do resultado da busca em um novo nó (recodificação) permite que, posteriormente, sejam formuladas novas relações entre as demais categorias e os dados já arquivados. É o princípio do System Closure ou refinamento da pesquisa Quando é realizada uma busca pelo String Search ou pelo Pattern Search, um novo nó é criado, automaticamente, contendo a respectiva codificação, na área Text Search do Node Explorer Ir

  16. Análise e interpretação dos dados no NUD*IST • Há duas formas de se utilizar a Search text • String Search • Consiste numa busca simples por uma seqüência de caracteres • O NUD*IST encontrará toda a unidade de texto que apresenta a exata seqüência que foi informada na caixa de diálogo do search text • Pattern Search • É a busca por um padrão de caracteres previamente especificados, mediante a utilização de caracteres especiais • Pode-se utilizar este recurso para uma pesquisa por diferentes significados de um mesmo termo, várias ocorrências com o mesmo radical e assim por diante O armazenamento do resultado da busca em um novo nó (recodificação) permite que, posteriormente, sejam formuladas novas relações entre as demais categorias e os dados já arquivados. É o princípio do System Closure ou refinamento da pesquisa Quando é realizada uma busca pelo String Search ou pelo Pattern Search, um novo nó é criado, automaticamente, contendo a respectiva codificação, na área Text Search do Node Explorer Ir

  17. Como operacionalizar o NUD*IST?(Relembrando) • O trabalho com o NUD*IST consiste, basicamente, em duas grandes etapas: • A criação e preparação do banco de dados • Criação ou importação dos documentos • Criação da Index Tree Root • Codificação • Análise e interpretação dos dados • Buscas na base de dados pelo Search Text • Pesquisa pelo Index Search • Novas codificações • Formulação e teste de hipóteses • Elaboração dos relatórios finais

  18. Análises com o Index Search Também nesta situação o resultado de cada busca é arquivado num novo nó no Index Search, podendo ser usado em novas busca É preciso verificar, antes das pesquisas com o Index Search, se os índices apresentam conteúdos de textos; caso contrário, não é possível realizar este procedimento de busca • O NUD*IST permite explorar ou testar relações entre variáveis ou testar hipóteses, mediante uma conjunto de possibilidades apresentadas no Index Search • Pesquisa nos índices da “árvore principal” (Index Tree) ou no conjunto de tudo o que foi codificado • Para estes procedimentos, o programa dispõe de 17 operadores, para verificar diferentes tipos de relações e padrões de codificações nos documentos

  19. Principais tipos de busca com o Index Search(operações Booleanas) • Intercect ou Interceção • Encontra todas as unidades de texto codificadas por todos os nós de um conjunto de dois ou mais nós indicados • Resulta no conjunto das unidades de texto codificadas que aparecem simultaneamente em todos os nós indicados na operação • Union ou União • Encontra todas as unidades de texto codificadas por qualquer um dos nós de um conjunto de dois ou mais nós • Resulta no conjunto das unidades de texto codificadas em todos os nós indicados na operação • Exemplo: Tema “Justiça social” • Nó A: Melhor distribuição de renda • Nó B: Melhoria da qualidade de ensino • Interessa saber quem respondeu favoravelmente aos dois indicadores • Exemplo: Pesquisa bibliográfica (textos em inglês e em português) • Nó A: Resultado da busca “traditional knowledge” • Nó B: Resultado da busca “conhecimento tradicional” • Interessa conhecer o conjunto de todas as unidades de texto dos dois nós anteriores

  20. Principais tipos de busca com o Index Search(operações Booleanas) • Less ou Diferença • Encontra todasas unidades de texto codificadas exclusivamente pelo primeiro nó indicado A Less B = • Exemplo: Pesquisa sobre reforma universitária (entrevistas junto à comunidade acadêmica e aos dirigentes de instituições de ensino superior) • Nó A: Opiniões favoráveis a grandes mudanças na estrutura do ensino superior brasileiro • Nó B: Opiniões favoráveis à expansão do acesso ao ensino superior via instituições privadas • Interessa conhecer as opiniões dos que pretendem grandes mudanças no ensino superior brasileiro mas não mediante a ampliação do acesso por meio das instituições privadas A B B B B

  21. Principais tipos de busca com o Index Search(operações Booleanas) • Just-one • Encontra todas as unidades de texto codificadas por somente um dos nós, entre todos os indicados na operação • Equivale à união de todos os nós, retirando-se as intersecções • Exemplo: Pesquisa sobre reforma universitária (entrevistas junto à comunidade acadêmica e aos dirigentes de instituições de ensino superior) • Nó A: Opiniões favoráveis a grandes mudanças na estrutura do ensino superior brasileiro • Nó B: Opiniões favoráveis à expansão do acesso ao ensino superior via instituições privadas • Interessa conhecer todas as opiniões dos que pretendem grandes mudanças no ensino superior brasileiro, mas que não querem que isto se dê via expansão do ensino superior, e dos que querem tal expansão, sem grandes mudanças na estrutura geral do ensino superior (todas estas opiniões reunidas num só conjunto)

  22. Principais tipos de busca com o Index Search(operações Booleanas) • Exemplo: Pesquisa sobre reforma universitária (entrevistas junto à comunidade acadêmica e aos dirigentes de instituições de ensino superior) • Nó A: Opiniões favoráveis a grandes mudanças na estrutura do ensino superior brasileiro • Nó B: Opiniões favoráveis à expansão do acesso ao ensino superior via instituições privadas • Interessa conhecer todas as opiniões que pretendem grandes mudanças no ensino superior brasileiro e todas as que querem a expansão do acesso via expansão das instituições privadas (reunidas num só conjunto), excluindo-se as opiniões, entre estas últimas, que não se manifestaram favoráveis às grandes mudanças na estrutura do ensino superior (no exemplo ilustrado na figura) • Overlap • Semelhante à operação Union,ao buscar unir todas as unidades de texto codificadas por qualquer um dos nós; • A diferença é que, se a unidade de texto contiver referências de apenas um dos nós indicados, a busca é desconsiderada AoverlapB A B B B B

  23. Principais tipos de busca com o Index SearchTree-Structured-Search • Pesquisas que exploram a “estrutura-árvore” (Index Tree Root) • Consistem nos operadores taxonômicos e nos operadores matriciais • Operadores taxonômicos • Inherit • Reúne todos os índices de referência nos nós ascendentes de um nó indicado: em todos aqueles acima dele, até a raiz do sistema • Collet • Reúne todos os índices de referência de um nó indicado e em todos os nós nas ramificações da árvore abaixo dele

  24. Principais tipos de busca com o Index SearchTree-Structured-Search • Operadores matriciais • Matrix • Utilizado em combinação com outro procedimento de busca (Intercect, Union, Less) • Aplicando-se,por exemplo, o operador matrix em conjunto com o Intercect obtém-se o nó que resulta da operação de intersecção entre dois ou mais nós e uma tabela com linhas e colunas correspondendo aos nós indicados • É semelhante ao cruzamento entre duas variáveis em outros programas de pesquisa quantitativa • Vector • Equivalente à matrix • O procedimento de busca é aplicado ao próprio endereço do primeiro nó e às sub-categorias do segundo nó indicado • Resulta numa tabela com uma única linha • Exemplo: Pesquisa sobre a escolha do problema de pesquisa no setor público agropecuário • Nó A: gênero • Nó B: Principais motivações da escolha do problema de pesquisa • Resultado: tabela em que será relacionado o gênero às principais motivações do pesquisador na escolha de seu problema de pesquisa Ir

  25. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária • A construção do mapa bibliométrico • Autores considerados de maior “visibilidade” na comunidade científica • Material empírico: publicações de autores brasileiros nos últimos 10 anos • A construção da listagem bibliográfica inicial • Entrevistas com especialistas • Pesquisas sobre o tema em bibliotecas especializadas • Resultado da etapa inicial: • banco de dados, formado por cinco blocos de referências bibliográficas: (i) da Rede Universitas; (ii) Bibliografia Brasileira de Educação; (iii) Rede Prossiga; (iv) Scielo; e (v) Centro de Informação e Biblioteca em Educação

  26. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária • O ponto de partida: listagem bibliográfica inicial • Os critérios de seleção para a listagem bibliográfica inicial • Enquadramento da publicação na faixa determinada pelo marco temporal (últimos dez anos) • Preferência por textos de autores nacionais, ou que tratem de temas relacionados à reforma universitária no Brasil • Livros, capítulos ou artigos que contenham bibliografia discriminada, possibilitando o encaminhando dos passos seguintes • Resultado: • 51 obras, cujos dados bibliográficos e citações foram inseridos no programa computacional SPSS

  27. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária • O banco de dados gerado pelo SPSS: • 1437 citações e a referência direta a 602 autores • O estudo concentrou-se na análise da composição das citações, organizadas por autor citante, tipo de obra, e ano de publicação • Após a obtenção dos resultados deste estudo preliminar, foi possível realizar levantamento estatístico para classificar grupos de autores segundo suas freqüências de citações

  28. Gráfico 1: Número de citações por autor citado

  29. Gráfico 2: Ano de publicação dos documentos citados

  30. Gráfico 3: Freqüências de tipos de documentos citados

  31. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária • Definição da amostra (obras selecionadas para leitura e fichamento) • Do quadro total de citações, a pesquisa concentrou-se em três grandes blocos, para a seleção das obras: • Bloco I: autores relacionados entre 43 e 46 citações • Bloco II: um autor com 21 citações e aqueles relacionados entre 10 e 18 citações • Bloco III: composto pelos autores relacionados entre 5 e 9 citações

  32. TABELA 1: Estimativa da quantidade de obras por autores mais citados

  33. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária Cada um dos itens do fichamento correspondeu a um nó no Index Tree Root • Análise e tratamento das informações • Modelo de fichamento dos textos selecionados • 1 Referência bibliográfica • 2 Comentários gerais • 3 Análise do conteúdo • 3.1 Características do pensamento sobre a reforma universitária • 3.1.1 Conceituação geral • 3.1.2 Classificação do pensamento por linha ideológica • 3.2 Organização dos saberes • 3.2.1 Estrutura organizacional do conhecimento • 3.2.2 concepção da relação Ensino Pesquisa e Extensão • 3.2.3 Articulação entre a tríade anterior • 3.2.4 Interdisciplinaridade • 3.2.5 Divisão interna na universidade (Departamentos, Institutos, Centros) O NUD*IST foi utilizado nesta parte da pesquisa

  34. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma universitária • Análise e tratamento das informações • Modelo de fichamento dos textos selecionados • 3.3 Relação entre globalização e sistemas locais de ensino superior • 3.3.1 Intercâmbio • 3.3.2 Massificação versus qualidade • 3.3.3 Novos perfis profissionais • 3.3.4 Autonomia versus dependência • 3.3.5 Mercantilização versus educação como direito  • 3.4 Universidade e sociedade • 3.4.1 Avaliação • 3.4.2 Comprometimento Social • 3.4.3Accountability • 3.4.4 Papel da universidade no novo contexto • 3.4.5 Capacitação continuada Ir

  35. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária Freqüências dos temas • Alguns resultados das análises realizadas com o NUD*IST

  36. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária • Alguns resultados das análises realizadas com o NUD*IST Freqüências dos cruzamentos de temas

  37. Pesquisa Bibliográfica sobre Reforma Universitária Toda a análise e interpretação dos dados foi feita examinando-se os vários nós e suas relações entre si, mediante vários procedimentos de busca, de acordo com o que vimos na primeira parte desta exposição O exame detalhado desses vários aspectos está presente no livro “Reforma Universitária; mudanças no ensino superior brasileiro, publicado em 2004 pela Editora Paralelo 15 • Os principais focos da disputa (os principais “nós”) • Financiamento • Acesso/expansão • Qualidade/Avaliação • Quadros de pessoal (Reposição, ampliação, carreiras) • Gestão • Democracia interna • Autonomia Nossa !!!! Como desatar todos esses nós?

  38. Um exemplo de construção da Index TreeRoot • Dados Objetivos (1): aspectos relacionados à escolha do problema (dados de entrada) • Idade dados pessoais/faixa etária/... • Sexo dados pessoais/sexo/... • Origem sócio-econômica local de moradia na infância/... escolaridade dos pais/... • Formação acadêmica • Experiência de pesquisa voltar

  39. Reforma Universitária As arenas políticas de disputa; como desatar os “nós”? PUC-Campinas Março de 2005 Voltar Michelangelo Trigueiro

  40. Sumário • Aspectos conceituais sobre reforma universitária • A movimentação dos atores • A disputa pelo “lugar da fala” • Como está a arena política de conflitos? • O papel das associações científicas e das corporações sindicais e profissionais • O papel do Estado • O papel das universidades • Como desatar os “nós”?

  41. Aspectos conceituais sobre a reforma universitária • Consiste de mudanças profundas no ambiente universitário, que atingem o aparato jurídico-normativo mais abrangente, em sua estrutura e em seus processos internos, bem como as que atingem localmente, uma ou mais dessas instituições, por suas próprias iniciativas • Dois níveis: • Macro: referente à regulação das leis, decretos e portarias federais, abrangendo o conhecimento dos principais momentos históricos em que tais processos se verificaram, a ponto de atingir e modificar significativamente o ambiente universitário • Organizacional: referente à instituição de ensino superior, sua estrutura e seus processos

  42. Proposta de abordagem teórica para o tema da reforma universitária Regulação (leis, portarias, decretos) Contexto internacional Nível macro Reforma universitária Nível organizacional Instituição de ensino superior Mercado e sociedade Articulação com o ambiente externo Sistema normativo Organização dos saberes Gestão

  43. A movimentação dos atores • No momento, destaca-se o ante-projeto de lei sobre Reforma universitária proposto pelo MEC • Além desse documento, tem sido divulgado um texto elaborado pelo “Fórum de Políticas Públicas da USP”, intitulado, o documento, de “Propostas para a revitalização da rede pública das universidades” • Há também um documento lançado recentemente pelo ANDES, chamado “Proposta ANDES-SN para a universidade brasileira”, de outubro de 2003, que consiste, na verdade, do que consideram versão revisada e atualizada da “Proposta das Associações de docentes e da ANDES-SN para a Universidade Brasileira”, publicada originalmente nos Cadernos ANDES, de 1996 • Temos ainda vários documentos da ANDIFES, do CRUB e de Associações científicas (SBPC, ABC e outras), que também têm procurado sistematizar seus pontos de vista e consolidar posições

  44. A disputa pelo “lugar da fala” Diz respeito a quem tem “legitimidade” para se pronunciar em nome das universidades • O “argumento de autoridade”: os intelectuais, especialistas, notoriedades, enfim, pessoas em geral do meio acadêmico, em nome do qual são reconhecidos como “legítimos porta-vozes” das universidades • Os “pragmáticos”, que procuram contestar o chamado “argumento de autoridade”; para estes (tecnocratas, políticos, representantes dos setor produtivo): • “pesquisa e ensino são coisas muito sérias para ficar apenas nas mãos de pesquisadores e professores universitários” • “é preciso ampliar a discussão para além dos muros da academia” • “a sociedade não deve apenas pagar a conta, mas poder interferir nas universidades” • “o novo modo de produção do conhecimento tem modificado o padrão fortemente hegemônico e altamente hierarquizado do meio acadêmico, demandando novas orientações e soluções acadêmicas e institucionais”

  45. A disputa pelo “lugar da fala” Atuando diretamente junto às bancadas parlamentares de seus estados, contribuindo em campanhas políticas para eleição de seus representantes e interesses, marcando posições em suas associações representativas – como na ANUP, na ABMES, e mesmo no CRUB, enfim, participando dos conselhos superiores de educação, no MEC, os segmentos privados têm sabido marcar suas linhas de ação política e definir o seu lugar de fala, na interlocução ampliada que se faz em torno da formulação do projeto de reforma universitária no País O poder de mobilização desses segmentos reside, principalmente, em sua capacidade de articulação com parlamentares e com técnicos e dirigentes do executivo, junto ao MEC, e a outros órgãos importantes do nível federal • No intrincado jogo de definição prévia do “lugar da fala”, as chamadas associações profissionais – Ordem dos Advogados do Brasil, Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, Conselhos Regionais de Medicina, e assim por diante, também entram pesadamente nessa “arena de disputas” políticas, nas quais não faltam sequer o instituto de liminares, recursos jurídicos e vários artifícios legais para garantir suas posições no futuro do ensino superior brasileiro • Outros atores de grande relevo consistem nos empresários da educação superior • Sem constituírem bloco monolítico, representam forças importantes no campo de conflitos que constitui o ensino superior brasileiro, do ponto de vista político

  46. A disputa pelo “lugar da fala” • Além desses atores, os grupos sindicais e as entidades representativas de docentes, técnicos e de dirigentes ligados ao ensino superior, como o ANDES, a ANDIFES e a FASUBRA também representam interesses políticos importantes na arena das disputas em torno da reforma universitária • O movimento estudantil, que representou força política relevante para puxar o tema da reforma universitária, em 1968, fazendo valer algumas de suas teses, também se apresenta no momento, mediante a União Nacional dos Estudantes; embora não com o mesmo peso e vitalidade que àquela época.

  47. Como está a arena política de conflitos? • A arena política de disputas a respeito da reforma universitária é muito mais complexa que a identificada nos idos de sessenta • São novos atores políticos, novas forças e arranjos organizacionais, permitindo alianças inéditas, e muitos outros interesses, provenientes do interior da sociedade e de um mundo bastante mais integrado e também diversificado • A passagem de um planejamento centralizado, nos anos 70, para os desafios da construção da democracia em um mundo mais globalizado, nos anos 90, parece ser o eixo central das transformações nos diferentes setores da vida em sociedade, que acabam por repercutir no ambiente universitário como um todo, marcando fortemente a arena política de disputas pela reforma • Tudo isto faz do Estado ator proeminente nesse processo

  48. O papel das associações científicas e das corporações sindicais e profissionais • O final dos anos 70 foi palco da proliferação de sociedades e associações político-profissionais variadas • É desse período a criação generalizada de associações de docentes, de associações profissionais até mesmo de profissões ainda não reconhecidas, com o objetivo, inclusive, de torná-las regulamentadas • Era a busca de proteção e de defesa dos interesses das diferentes corporações profissionais • A comunidade científica não fugiu à regra. • Diferentes áreas do conhecimento reativaram suas sociedades ou criaram novas, de modo a poderem representar os interesses de seus praticantes e das diversas ciências

  49. O papel das associações científicas e das corporações sindicais e profissionais • É inegável o efeito modernizante produzido pelas comunidades científicas sobre o sistema de C&T e sobre as universidades, quer por meio de atuação direta de seus representantes ou por pressões exercidas sobre o governo. • Porém, essa atuação forjou-se num quadro de dominação da cultura política clientelista, associada a ações corporativas de indivíduos e grupos, ambas favorecidas pelo regime autoritário-militar • Há, portanto, que reconhecer na ação dos cientistas no Brasil, de final dos anos 60 até meados dos 80, forte marca corporativa • Contudo, se a pressão corporativa mostrou-se eficaz no quadro da clientela política dos governos militares e de suas ações planejadas, as mudanças ocorridas no mundo e no País, a partir de meados dos anos 80, tornaram tais práticas inadequadas, se bem que resistentes à superação

  50. Estes fatos exigem do governo e da sociedade civil uma visão não fragmentária do todo social, que inclua interesses coletivos e não particularistas; este é um dos grandes desafios a enfrentar pela atual Reforma Universitária O papel do Estado • Em primeiro lugar, verifica-se que a ação governamental apoiada no planejamento centralizado não mais tem eficácia e nem viabilidade no momento atual • Vive-se a época da decisão compartilhada, de um planejamento participativo, em que novos atores passam a ocupar a cena política e aprendem a enfrentar o desafio da convivência com a diferença • Em outras palavras, está superada a fase do domínio da “razão técnica” como justificativa para imposição de decisões de governo e ensaia-se a prática política da negociação democrática • Tudo isto tende a aumentar o grau de complexidade na elaboração de um projeto de reforma universitária e de potencializar conflitos latentes A comunidade científica e suas associações representativas, os movimentos sindicais, e as representações estudantis encontram-se frente a tais questões

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