1 / 35

Apresentação de Caso Clínico

Apresentação de Caso Clínico. Takashi, A; Feliciano, JVP; Gordo, JMS; Fernandes, JC; Defendi, LA. Departamento de Cirurgia e Anatomia - Unidade de Emergência Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo 2006. Caso Clínico. * Feminino, 27a * Admissão: 17.04.06

danica
Download Presentation

Apresentação de Caso Clínico

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Apresentação de Caso Clínico Takashi, A; Feliciano, JVP; Gordo, JMS; Fernandes, JC; Defendi, LA Departamento de Cirurgia e Anatomia - Unidade de Emergência Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo 2006

  2. Caso Clínico • *Feminino, 27a • *Admissão: 17.04.06 • Há 5 meses, dor abdominal em QS direito, tipo cólica, com irradiação para dorso e freqüência de 1 vez por semana, inicialmente. Com o tempo a dor passou a ser contínua e diária. • -  Há 20 dias, foi feito US em UBS que diagnosticou cálculo em vesícula. Foi receitado Escopalamina VO, mas a dor melhorou apenas inicialmente, após a droga passou a ser administrada EV. • -  Há 4 dias, passou a apresentar vômitos junto com o quadro de dor, sendo encaminhada para este serviço. • -  Há 2 dias, voltou a este serviço para cirurgia de Colecistite Crônica Calculosa (havia sido dada alta para retorno dois dias após)

  3. *Exame Físico:   Abd: semigloboso, normotenso, indolor à palpação superficial, doloroso à palpação profunda em hipocôndrio direito, descompressão brusca negativa, RHA + NA, ausência de VMG, ausência de massas palpáveis. *Exames na admissão: - Creat. : 0,8 mg/dl - Ur.: 23 mg/dl - Bilirrub. Total : 0,4 mg/dl - Bilirrub. Indireta : 0,1 mg/dl - Na : 136,7 mmol/L - K : 4,09 mmol/L - Amilase : 64 U/L - ABO/Rh : O+

  4. *Evolução • 17.04.06 • Dor de pequena intensidade mantida irradiando para dorso • Dipirona, bromoprida • 18.04.06 • - Náuseas e regurgitação, aceita bem a dieta, dor mantida • - Dipirona, soro, cefazolina na indução anestésica • 19.04.06 • Náuseas, regurgitação e dor mantidos, em jejum desde 22h de ontem • CIRURGIA :COLECISTECTOMIA ABERTA (pela manhã) • Dipirona, soro, bromoprida, cetoprofeno, tramadol, ondasterona (se náuseas ou vômitos mesmo após bromoprida), repouso no leito, cabeceira elevada, após cirurgia diurese 24 h – sonda vesical.

  5. 20.04.06 • 1° PO, dor em incisão cirúrgica, RHA + diminuídos, um episódio de vômito com gosto amargo (não sabe referir cor), eliminou flatos, débito urinário  2150 ml, ausência de febre • dieta líquida após boa aceitação oferecida dieta branda, dipirona, soro (retirar se boa aceitação da dieta), cetoprofeno, tramadol, ondasetrona, cabeceira elevada, retirada sonda vesical • 21.04.06 • - 2° PO, dieta geral, dor apenas em local da incisão cirúrgica, evacuando e eliminando flatos, RHA + NA, ausência de febre, ALTA.

  6. Litíase Vesicular

  7. Litíase Vesicular • 15 a 20% da população mundial; • 40 a 60% assintomáticos. • Formação dos cálculos: • Colesterol • Pigmentares • Mistos

  8. Cálculos de colesterol (radiotransparentes) • Fatores demográficos e/ou genéticos • Obesidade • Perda de peso • Hormônios Sexuais femininos • Doença ou ressecção ileal • Avanço da idade • Hipomotilidade da vesícula biliar • Terapia com clofibrato • Redução da secreção de ácidos biliares • Outros

  9. b) Cálculos de pigmentos (50% são radiopacos) - Fatores demográficos e genéticos (populações asiáticas) - Hemólise crônica - Cirrose alcoólica - Infecção crônica do trato biliar, infestação parasitária - Avanço da idade

  10. Evolução possível da Litíase Vesicular 1) Assintomática – 85% 2) Vesícula em porcelana 3) Sintomáticas – I) Colelitíase II) Colecistite aguda - Cura - Colecistite gangrenosa - Perfuração – peritonite III) Colecistite crônica - Cura - Fístula IV) Coledocolitíase - Assintomática - Icterícia - Colangite - Pancreatite

  11. Assintomático “Cólica biliar” Colecistite Aguda

  12. Colelitíase • Litíase biliarversuscolecistite crônica • Etiologia • Obstrução transitória do canal cístico por um cálculo. • Não se acompanha de inflamação aguda. 2. Quadro clínico Episódios de dor no QSD do abdome O exame físico é normal.

  13. Características da dor • Local: epigástrio e hipocôndrio direito • Irradiação: precórdio, escápula direita, ombro direito e região inferior do abdome. • Fatores precipitantes: pode ser uma refeição • Início: súbito, aumenta de 15min a 1h, permanece em platô por 1h ou mais e diminui lentamente. • A dor que dura mais de 5 a 6 horas deve sugerir colecistite aguda!!!!!

  14. 4. Diagnóstico Diferencial • - Úlcera péptica • - Esofagite de refluxo • - Pancreatite • - Cálculos ou infecções renais • Lesões de cólon • (diverticulite e neoplasias) • - Angina pectoris • 3. Diagnóstico • Rx simples de abdome • Ultrassonografia • Colecistografia oral • - Ultrassonografia endoscópica • - CPRE • Exame da bile duodenal

  15. 5. Tratamento Colecistectomia Tratamento definitivo e indicado para a maioria dos pacientes sintomáticos Indicação recomendada seletiva - Crianças - Mulheres em idade fértil - Pacientes com cálculos grandes ou numerosos cálculos pequenos - Pacientes com cancerofobia - Diabéticos - Pacientes com dificuldade de acesso aos serviços de saúde

  16. Colecistite Crônica • Etiologia • - Inflamação crônica da vesícula biliar • Quase sempre associada à presença de cálculos • Surtos repetidos de colecistite aguda ou subaguda ou irritação mecânica persistente da parede vesicular • Bactérias na bile (em mais de 25%) • 2. Evolução • Assintomática por vários anos (85% dos pacientes), • Colecistite aguda • Complicações

  17. Colecistite aguda • Etiologia • Causa obstrutiva: obstrução do cístico + inflamação aguda da parede vesicular. Componente bacteriano: 50 a 85% (E.colli, Klebsiella, Strepto do grupo B e Clostridium). • -Causas não obstrutivas: sepse, trauma e salmonelose. • Fatores de risco • - Sexo feminino • - Uso de contraceptivos orais • Idade avançada • (mais comum na quarta década) - Obesidade - DM - Ingestão crônica de álcool - Etnia afro-americana

  18. Quadro clínico • Crises de “cólica biliar” com piora progressiva • Geralmente, o paciente já apresentava esses quadros. • * dor no hipocôndrio direito e região epigástrica • * irradiação interescapular, escápula e ombro direito • * concomitante à ingestão alimentar • * mais pronunciada após a ingestão de alto conteúdo de gordura • * ataques são noturnos • - Náuseas, vômitos e hiporexia • - Febre moderada • - Constipação

  19. Ao exame: • - QSD doloroso à palpação • - Sinal de Murphy pode estar presente • - Percussão dolorosa da área costal direita • - Distensão abdominal • - RHA hipoativos (por íleo paralítico) • - Vesícula biliar dilatada e tensa (25 a 50%) • Icterícia (20%) • Exames subsidiários • - Hemograma: leucocitose (10 000 a 15 000 com desvio à esquerda); • - US: presença de cálculos e espessamento da parede da vesícula

  20. Diagnóstico • História e Exame físico • Tríade: • * Início súbito de dor em QSD • * Febre • * Leucocitose Diagnóstico diferencial - Úlcera péptica perfurada - Apendicite aguda - Pancreatite aguda - Hepatite aguda - Isquemia miocárdica - Pneumonia lobar inferior Evolução - Empiema e perfuração podem ocorrer precocemente - Menos da metade dos casos evoluem para toxemia

  21. Tratamento • CLÍNICO • - Repouso alimentar; • -Analgesia • - Hidratação • - Antibioticoterapia apropriada (Cefazolina ou cefoxitina) • - Prevenção (dieta apropriada e hidratação). • CIRÚRGICO • 75% respondem ao tratamento clínico • recorrência da colecistite em 25% • Colecistectomiaaté duas semanas do início do quadro!!!

  22. Coledocolitíase • - Em 15% dos pacientes com colelitíase • Cálculos provenientes da vesícula biliar • Formas clínicas • - Assintomática • - Dor biliar • - Icterícia intermitente • - Colangite • - Pancreatite • - Cirrose biliar secundária quando associada à colestase crônica

  23. 2. Exames subsidiários • - Laboratoriais: aumento da FA e da bilirrubina • US • US endoscópica • Colangiografia por RM • 3. Tratamento • - Colecistectomia + remoção dos cálculos de colédoco através do ducto cístico • - Derivação da via biliar com o duodeno ou jejuno, após a coledocotomia, quando a via biliar encontrar-se dilatada (> 1,5cm de diâmetro)

  24. Pancreatite aguda biliar • Etiologia • Migração de cálculos para o colédoco • 2. Quadro • - Dor forte no QSD • - Náuseas e vômitos • - Paresia intestinal • - Sinais de colestase

  25. 3. Exames subsidiários • - Laboratorial: hiperamilasemia e hiperlipasemia • - US: litíase vesicular • CT: alterações pancreáticas e peripancreáticas • 4. Terapêutica • - Colecistectomia + colangiografia intra-opratória • - Colestase e febre: CPRE + papilotomia • - Importância da CPRM

  26. Papilotomia

  27. Outras complicações • Empiema • Obstrução persistente do ducto cístico • Infecção secundária da bile estagnada por bactérias piogênicas. - Quadro: febre alta, dor intensa em QDS, leucocitose acentuada e prostração. - Evolução: há risco elevado de sepse por gram – ou perfuração da vesícula. - Tratamento: intervenção cirúrgica de urgência e ATBterapia adequada.

  28. Outras complicações Hidropsia - Obstrução prolongada do cístico - Grande cálculo isolado - Distensão da luz vesicular - Ao exame: massa visível, facilmente palpável, sem sensibilidade dolorosa, que pode se estender do QSD à fossa ilíaca direita. - Evolução: dor crônica no QSD ou assintomático. - Tratamento: colecistectomia, visto que pode ocorrer complicação do quadro por empiema, perfuração ou gangrena vesicular.

  29. Outras complicações • Gangrena e perfuração • - Isquemia da parede • - Condições subjacentes: distensão acentuada da vesícula, DM, vasculite e empiema. • Perfurações localizadas: contidas pelo omento ou por aderências • -Abscessos: inflamação do conteúdo encerrado na vesícula. Drenagem precoce. • - Perfurações livres: raras, morte em 30% dos casos. • - Tratamento para perfuração: colecistectomia.

  30. Outras complicações • Fístulas e íleo paralítico por cálculo biliar • - Resultam da formação de aderências • - Fístulas para o duodeno são as mais comuns. Outras: flexura hepática do cólon, no estômago ou no jejuno • Silenciosas • - Diagnóstico: estudos contratados com bário, EDA ou colonoscopia. • - Tratamento: colecistectomia e fechamento do trato fistuloso.

  31. Outras complicações Íleo paralítico por cálculo biliar Obstrução por cálculo grande (> 2,5 com de diâmetro). Local mais comum: válvula íleo-cecal - Diagnóstico: Rx simples de abdome (cálculo biliar ectópico calcificado), seriografia de trato superior (obstrução da válvula íleo-cecal) - Tratamento: laparoscopia com extração do cálculo ou propulsão para cólon

  32. Outras complicações • Bile calcária (leite de cálculo) e vesícula biliar de porcelana • Bile calcária: em vesícula hidrópica. Secreção de cálcio em quantidade suficiente para precipitação e opacificação difusa da bile. • Vesícula de porcelana: depósito de sais de cálcio nas paredes da vesícula cronicamente inflamada. - Diagnóstico: US ou Rx simples - Tratamento: colecistectomia (pode ocorrer carcinoma de vesícula).

  33. Referências Bibliográficas Braunwald, Fauci, Kasper, Hauser, Longo, Jameson. Harrison Medicina Interna. 15ª Edição.Volume I. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill. Tolosa, Tozzi, Otoch. Manual de Cirurgia do Hospital Universitário – USP. São Paulo: Atheneu, 2002. Ausiello. Cecil Tratado de Medicina Interna. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

More Related