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A presen a do sufixo agem em voc bulos do s culo XX e em alguns neologismos

Objetivo: mostrar a an?lise do conte?do sem?ntico de palavras formadas, segundo o Dicion?rio Houaiss, no s?culo XX, compostas pelo sufixo ?agem e neologismos com o mesmo sufixo, deste modo ainda n?o presentes nos dicion?rios.Metodologia: fundamentando-se na proposta de Rio-Torto (1998), s?o feitas

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A presen a do sufixo agem em voc bulos do s culo XX e em alguns neologismos

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Presentation Transcript


    1. A presença do sufixo –agem em vocábulos do século XX e em alguns neologismos Anielle Aparecida Gomes Gonçalves FAPESP (processo no 06/58464-9). Orientador: Prof. Dr. Mário Eduardo Viaro

    2. Objetivo: mostrar a análise do conteúdo semântico de palavras formadas, segundo o Dicionário Houaiss, no século XX, compostas pelo sufixo –agem e neologismos com o mesmo sufixo, deste modo ainda não presentes nos dicionários. Metodologia: fundamentando-se na proposta de Rio-Torto (1998), são feitas paráfrases das palavras a partir de sua origem, com o intuito de conhecer as acepções que os sufixos possuíam, obtendo-se, assim, a categoria semântica de cada sufixo sob uma perspectiva diacrônica. Corpora: dicionário Houaiss. Base de Neologismos do Português Contemporâneo do Brasil, integrante do Projeto Observatório de Neologismos Científicos e Técnicos do Português Contemporâneo do Brasil. Esta Base é constituída por unidades lexicais neológicas extraídas dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo e das revistas IstoÉ e Veja nos anos entre 1993 e 2000. Páginas da web. Objetivo, Metodologia e Corpora

    3. O sufixo latino –aticum originou-se da terminação grega at????, e, de acordo com seu percurso histórico, deu origem, direta ou indiretamente (ou seja, através de outra língua), a sufixos diversos, como –ádego, –ádigo, –ádiga, –ático e, ao mais produtivo deles, –agem. Este sufixo se une a substantivos e verbos, podendo apresentar a noção de coletiva (folhagem, ramagem) e qualidade (ladroagem, malandragem). Porém, quando se une a verbos, e exclusivamente com verbos da primeira conjugação, possivelmente devido a uma convergência entre a vogal temática verbal e a vogal inicial do sufixo: contar / contagem, lavar / lavagem, listar / listagem, passar / passagem, filmar / filmagem. Também apresenta uma tendência de ordem semântica, aplicando-se quase exclusivamente a verbos de ação (raras vezes a verbos de estado), em geral indicadores de operações. Sobre o sufixo –agem

    4. Palavras formadas com o sufixo –agem no século XX   Vocábulos não analisados, devido à prefixação recente ou composição por justaposição (10 palavras): defasagem fotomontagem metalinguagem microfilmagem paralinguagem radiossondagem recontagem remixagem telecinagem ultrapassagem Análise dos dados

    5. barbeiragem: “X ruim”, AVAL. XXX bestagem: “ação e/ ou estado decorrente de Xv”, ACT. RES boicotagem: “ação e/ ou processo e/ ou estado decorrente de Xv”, ACT. RES camelotagem: “atividade associada a X”, REL. ATV camuflagem: “ação de Xv”, ACT. RES canoagem: “(ação de) V X”, ACT. MOV checagem: “ação e/ ou estado decorrente de Xv”, ACT. RES clonagem: “situação em que se V X”, REL. TIP enfermagem: “atividade associada a X”, REL. ATV politicagem: “que é próprio de X”, REL. TIP sacanagem: “que é próprio de X”, REL. TIP Vocábulos analisáveis: palavras sufixadas sem prefixo, com prefixação antiga ou formadas por parassíntese (79 palavras). Entenda-se por X a base lexical, verbal ou nominal; Xv, base estritamente verbal; V, como verbo subentendido não explícito na base; e, C, como complemento sintático preposicionado da palavra formada, tem-se:

    6. De acordo com os dados, tem-se:   ¦ 89 palavras (100%) formadas com o sufixo –agem presentes no Houaiss, das quais:   • 11% são vocábulos não analisados; • 2% são vocábulos não-parafraseáveis; • 66% pertencem à Classe de Ação: • 57 % à subclasse ACT. RES (24% “ação e/ ou estado decorrente de Xv”; 16% “ação de Xv”; 6% “ação e/ ou processo e/ ou estado decorrente de Xv”; 5% “(ação de) V X em”; 3% “ação e/ ou processo de Xv”; 2% “(ação de) V C com X”; 1% “processo e/ ou estado decorrente de Xv”); • 6 % à subclasse ACT. MOV (3% “ação de Xv”; 2% “fato de Xv”; 1% “(ação de) V X”); • 3 % à subclasse ACT. TRS (2% “ação de Xv”; 1% “(ação de) V C com X”);   • 16% pertencem à Classe Relacional: • 8 % à subclasse REL. ATV (4% “atividade associada a X”; 4% “que é próprio de X”); • 7 % à subclasse REL. TIP (4% “que é próprio de X”; 1% “situação em que há X”; 1% “situação em que se V X”; 1% “que está na posição de X”); • 1 % à subclasse REL. LOC (1% “local em que se V X”);   • 2% pertencem à Classe de Valores Avaliativos: • 1 % à subclasse AVAL. QNT (1% “grande quantidade de X”); • 1 % à subclasse AVAL. XX (1% “X ruim”); Resultados

    7. A Classe de Ação corresponde a 73% das palavras analisadas, enquanto a Classe Relacional e a Classe de Valores Avaliativos correspondem a 27%. Estes dados mostram que o sufixo –agem no século XX forma majoritariamente deverbais, principalmente com a acepção “ação e/ ou estado decorrente de Xv”. Assim, aplica-se quase exclusivamente a verbos de ação, em geral indicadores de operações.

    8. Neologismo é um fenômeno lingüístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de novo sentido a uma antiga. Uma nova unidade lexical, isto é, uma unidade lexical criada em determinado momento, não existente anteriormente, recebe o nome de neologismo. Alves (1990: 5), esclarece que “o processo de criação lexical dá-se o nome de neologia. O elemento resultante, a nova palavra, e denominado neologismo.” Sobre o Neologismo

    9. Bandidagem sf   “A pobreza vira sinônimo de <bandidagem> e a marginalidade social é confundida com a marginalidade criminosa. Outro dia, prenderam uma estudante bonita e de classe média pela “bobagem” de ter seqüestrado uma menina. O fato foi tão inusitado que é manchete até hoje.” (Veja, 26-jun-96). Paráfrase do valor semântico do sufixo: “situação em que há X”, REL. TIP Houaiss: “conjunto de X”, REL. QNT (s. d.)

    10. Legendagem sf   “Durante o mês de dezembro as grandes redes norte-americanas de TV exibiram seus especiais musicais e jornalísticos, deixando de apresentar episódios inéditos desses seriados. É o que os americanos chamam de ‘preemption’, quando um episódio inédito deixa de ser exibido por causa de outro evento. Para piorar, nas semanas do Natal e do réveillon foram reapresentados lá nos EUA episódios especiais sobre as datas produzidos em outros anos. Com isso, o canal foi obrigado a exibir reprises aqui no Brasil, já que os episódios são exibidos no Brasil com um ‘gap’ mínimo de três semanas em relação aos EUA. Essa diferença é imposta nos contratos e, só depois que um episódio vai ao ar nos EUA é que ele é liberado para o Brasil. Após isso ainda é necessário um tempo para a importação, tradução e <legendagem>.” (Folha de S. Paulo – SP, 18-jan-98).   Paráfrase do valor semântico do sufixo: “ação e/ ou processo e/ ou estado decorrente de Xv”, ACT. RES

    11. Tucanagem sf   “O único direito em toda essa história é o dos partidos do reino da <tucanagem> e das organizações a seu serviço.” (Folha de S. Paulo – SP, 16-abr-00).   Paráfrase do valor semântico do sufixo: “que pertence a X”, REL. QNT

    12. ¦ 89 palavras (100%) formadas com o sufixo –agem presentes no Houaiss, das quais:   • 11% são vocábulos não analisados; • 2% são vocábulos não-parafraseáveis; • 66% pertencem à Classe de Ação: • 57 % à subclasse ACT. RES (24% “ação e/ ou estado decorrente de Xv”; 16% “ação de Xv”; 6% “ação e/ ou processo e/ ou estado decorrente de Xv”; 5% “(ação de) V X em”; 3% “ação e/ ou processo de Xv”; 2% “(ação de) V C com X”; 1% “processo e/ ou estado decorrente de Xv”); • 6 % à subclasse ACT. MOV (3% “ação de Xv”; 2% “fato de Xv”; 1% “(ação de) V X”); • 3 % à subclasse ACT. TRS (2% “ação de Xv”; 1% “(ação de) V C com X”);   • 16% pertencem à Classe Relacional: • 8 % à subclasse REL. ATV (4% “atividade associada a X”; 4% “que é próprio de X”); • 7 % à subclasse REL. TIP (4% “que é próprio de X”; 1% “situação em que há X”; 1% “situação em que se V X”; 1% “que está na posição de X”); • 1 % à subclasse REL. LOC (1% “local em que se V X”);   • 2% pertencem à Classe de Valores Avaliativos: • 1 % à subclasse AVAL. QNT (1% “grande quantidade de X”); • 1 % à subclasse AVAL. XX (1% “X ruim”); ¦ 25 palavras (100%) formadas com o sufixo –agem não presentes no Houaiss, das quais: • 100% são vocábulos analisáveis e, conseqüentemente, parafraseáveis; • 60% pertencem à Classe de Ação: • 51 % à subclasse ACT. RES (3% “ação e/ ou estado decorrente de Xv”; 10% “ação de Xv”; 13% “ação e/ ou processo e/ ou estado decorrente de Xv”; 3% “(ação de) V com X”; 16% “ação e/ ou processo de Xv); • 3 % à subclasse ACT. MOV (3% “ação de Xv”); • 3 % à subclasse ACT. TRS (3% “(ação de) V X”); • 3 % à subclasse ACT. AGE (3% “pessoa que Xv”);   • 45% pertencem à Classe Relacional: • 18 % à subclasse REL. ATV (18% “atividade associada a X”); • 13,5 % à subclasse REL. TIP (4,5% “que é próprio de X”; 9% “situação em que há X”); • 4,5 % à subclasse REL. LOC (4,5% “local em que se V X”); • 13,5 % à subclasse REL. QNT (9% “conjunto de X”; 4,5% “que pertence a X”);   • 5% pertencem à Classe de Valores Avaliativos: • 5 % à subclasse AVAL. XXX (5% “X ruim”, sentido pejorativo e depreciativo); Resultados

    13. ALVES, Maria Ieda. Neologismo: criação lexical. São Paulo: Ática, 1990. BASÍLIO, Margarida. Relevância do fator semântico na descrição de processos de formação de palavras: um estudo das formas X-agem em português. Anais do VIII Encontro Nacional de Lingüística, Rio de Janeiro, p. 96-101, 1984. ________. Teoria lexical. 7. ed. São Paulo: Ática, 2003. HOUAISS, Antonio. VILLAR, Mauro (Org.). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Versão 1.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. CD-ROM. MARONEZE, Bruno Oliveira. Um estudo da nominalização no Português do Brasil com bases em unidades lexicais neológicas. 2005. 191 f. Dissertação (Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. RIO-TORTO, Graça Maria. Morfologia derivacional: teoria e aplicação ao português. Porto: Porto Editora, 1998. Referências bibliográficas:

    14. Obrigada! anielle@usp.br

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