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PAUL RICOUER

PAUL RICOUER. “De la hermenéutica de los textos a la hermenéutica de la acción ” Apresentação: Christina Oliveira. UM POUCO DA HISTÓRIA DE PAUL RICOEUR. Paul Ricoeur nasceu em Valence em 27/02/1913. Estudou em Rennes e tornou-se professor de Filosofia.

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PAUL RICOUER

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  1. PAUL RICOUER “De lahermenéutica de los textos a lahermenéutica de laacción” Apresentação: Christina Oliveira

  2. UM POUCO DA HISTÓRIA DE PAUL RICOEUR • Paul Ricoeur nasceu em Valence em 27/02/1913. • Estudou em Rennes e tornou-se professor de Filosofia. • Foi prisioneiro, durante a Segunda Guerra Mundial (1940-1945), quando traduziu LesIdées (As Idéias) de Husserl. • Ensinou em Estraburgo de 1950-1955; na Sorbonne de 1956-1965 e em Nanterre de 1966-1978; a partir de 1978 lecionou na Universidade de Chicago. • Paul Ricoeur faleceu em 20/05/2005.

  3. PENSAMENTO DE PAUL RICOEUR • O seu pensamento está presente em seus inúmeros livros e ensaios de áreas que dialogam com a Filosofia e a Hermenêutica, a saber: Teologia, especialmente nas teologias de fronteira, na Lingüística, no Direito, na Ética e nas Teorias da Interpretação. • Destaque especial deve ser dado, no específico dessa abordagem, às seguintes obras: O Conflito das Interpretações: Ensaios de Hermenêutica (1969); A Metáfora Viva (1975); O Mal – um desafio à Filosofia e à Teologia (1986); O si-mesmo como um Outro (1990).

  4. Filosofia reflexiva de paulricouer ONTOLOGIA DA COMPREENSÃO (via curta) ONTOLOGIA HERMENÊUTICA (via longa) • HEIDEGGER postulara uma ontologia do ser finito: onde a questão: a que condição um sujeito cognoscente pode compreender um texto ou uma história? – é substituída pela questão: COMO FAZER PARA COMPREENDER? • (procura o método para a compreensão). • Em seu lugar, sem desconsiderar da ontologia, o hermeneuta francês propõe uma da epistemologia da interpretação. Ele deseja chegar a uma ontologia, mas não partindo dela. A pergunta é: O QUE É COMPREENSÃO? • (salvando o homem dos métodos positivistas das Ciências).

  5. Explicar & compreender • O objetivo do ensaio é analisar a dialética entre Explicar e Compreender nos três lugares principais em que este problema é discutido: a teoria do texto, a teoria da ação e a teoria da história. Segundo ele, é da correlação entre estas três teorias que deve destacar-se a idéia de uma dialética geral entre explicar e compreender.

  6. 2. A DIALÉTICA ENTRE EXPLICAR E COMPREENDER • Para Ricoeur, explicação e compreensão não constituem os pólos de uma relação de exclusão, mas os momentos relativos de um processo complexo: a interpretação. • “A questão entre explicar e compreender é, inicialmente, a de saber se as ciências , quer se trate de ciências da natureza ou de ciências do homem, constituem um conjunto contínuo, homogêneo e, finalmente, unitário, ou se entre as ciências da natureza e as ciências do homem, é preciso restabelecer uma ruptura epistemológica”

  7. EXPLICAR & COMPREENDER EXPLICAR COMPREENDER • (Dirtley) Explicação é um modelo de intelegibilidade tomado das ciências naturais e estendido às ciências históricas pelas escolas Positivistas (crítica do conhecimento histórico) • Já o modelo de interpretação seria uma derivação da compreensão; atitude fundamental das ciências do Espírito (ciências Humanas) porque possuiriam uma especificidade própria, uma irredutibilidade face às Ciências da Natureza e, nesse caso, compreendiam.

  8. EXPLICAR & COMPREENDER • A tarefa da filosofia seria então a de fundamentar o pluralismo metodológico e a descontinuidade epistemológica entre ciências da natureza e ciências do homem na diferença última entre o modo de ser da natureza e o modo de ser do espírito, sem suscitar cismas metodológicos, subordinando a própria idéia de método a uma concepção mais fundamental da relação de verdade com as coisas e com os seres.

  9. 3. A TEORIA DO TEXTO • Inicialmente, Paul Ricoeur analisa a dialética entre explicar e compreender através da teoria do texto. E pergunta: o que é um texto? • Primeiramente, Ricoeur observa a diferença entre a linguagem e o discurso. A linguagem é um sistema de regras composto por sinais que existem virtualmente, fora do tempo. Enquanto que o discurso é a efetuação da linguagem como evento, como acontecimento, no tempo e remetendo a seu locutor (algo que não acontece com a linguagem).

  10. 3.1: TRADIÇÃO DOS ANALISTAS • Para los analistas partidarios de una explicaciónsincomprensión, el texto seria una máquina de funcionamiento puramente interno alcual no habría que plantearleningunapregunta – juzgadapsicologizante- [...] (página 152) • Para os analistas, o texto deve ser considerado como algo objetivo, como uma máquina com funcionamento puramente interno, eliminando a intencionalidade do autor e a subjetividade do auditório. Para eles, a explicação eliminaria toda relação subjetiva e intersubjetiva em nome da objetividade do texto.

  11. 3.2 TRADIÇÃO DO ROMÂNTICOS • Para los hermeneutas românticos, en cambio, elanálisisestructural surgiria de una objetivaciónajenaalmensaje dei texto, élmismoinseparable de laintención de su autor: comprender seria establecer entre el alma dei lector y la dei autor una comunicación, incluso una comunión, semejante a la que se estableceenun diálogo cara a cara.(página 152) • Para os românticos, o texto não pode ser separado da intenção do seu autor. Logo, toda análise objetiva seria declarada estranha à compreensão. Para eles, compreender seria estabelecer, entre a alma do leitor e a do autor, uma comunicação semelhante a um diálogo.

  12. 3.3 equívocos • os analistas erraram ao se concentrar no código e esquecer do propósito do texto que é a significação. Mesmo se dissociando do seu autor, o texto mantém uma significação que seria incompreensível pela análise pura e simples do código e dos sinais. X • Em contrapartida, os românticos também erraram, pois a própria objetivação do texto diferencia a escrita do discurso. Assim, a interpretação de um texto não pode ser feita pelo mesmo método usado na compreensão de um diálogo.

  13. 3.4 proposta de ricouer • Utilizando o conceito de mundo do texto, Ricoeur propõe uma concepção mais dialética para resolver a discussão entre os hermeneutas analistas e os românticos sobre explicar e compreender. • O texto seria então uma objetivação do discurso, visto que perdeu as características subjetivas do autor. Neste ponto, Ricoeur introduz o conceito de mundo do texto e as relações referenciais: • “Só a escrita, ao libertar-se, não apenas do seu autor, mas da estreiteza da situação dialogal, revela que o destino do discurso é projetar um mundo” (RICOUER, Paul. Do texto à ação. Porto, Rés Editora, 1989. pág. 163)

  14. a interpretação seria um processo complexo que englobaria dois estádios distintos, mas complementares: objetividade e subjetividade. O mundo do texto surge da objetividade da obra com a subjetividade do autor. A significação da obra é percebida pela análise objetiva de seu código e pela apropriação subjetiva do seu conteúdo pelo leitor. “[...] pelo que, aquele que interroga faz parte da própria coisa sobre a qual se interroga. É essa pertença que é apreendida como finitude do conhecer”. (ricouer, Du Texte à l” action, 1986, pág. 55)

  15. filosofia reflexiva • Compreender é compreender-se diante da obra, compreender a si mesmo. Se no diálogo procuramos a intencionalidade do locutor, na leitura procuramos a significação obtida do mundo da obra segundo nossa capacidade subjetiva de compreensão. (APROPRIAÇÃO X DISTANCIAMENTO)

  16. 3.5 A FUNÇÃO HERMENÊUTICA DA DISTANCIAÇÃO • Ao tratar do problema da distanciação na hermenêutica, Paul Ricoeur inicialmente mostra a alternativa insustentável gerada pela problemática entre distanciamento alienante e participação por pertença: “o distanciamento alienante é a atitude a partir da qual é possível a objetivação que reina nas ciências [...]; mas esse distanciamento [...] é, ao mesmo tempo, a degradação que arruína a relação fundamental [...] que nos faz pertencer e participar da realidade que pretendemos erigir em objeto” (RICOUER, Paul. Do texto à ação. Porto, Rés Editora, 1989. pág. 43)

  17. problemática • [...] Ou praticamos a atitude metodológica, mas perdemos a densidade ontológica da realidade estudada, X • Ou então praticamos a atitude de verdade, e somos forçados a renunciar à objetividade das ciências humanas”. (Ibid. pág. 43)

  18. noção positiva e produtora do distanciamento • 1º tema: A Efetuação da Linguagem como Discurso: dialética do evento e da significação. Evento porque o discurso é realizado temporalmente e no presente e além disso, o discurso remete a seu locutor (Discurso é um acontecimento na forma de linguagem. Pág.170). Alguém age, e algo acontece. Ademais, que pretendemos compreender não é o evento, na medida em que é fugido, mas sua significação. O discurso realiza-se como EVENTO que, ao ingressar no processo de compreensão, articula-se como significação.

  19. noção positiva e produtora do distanciamento • O primeiro distanciamento é, portanto, o distanciamento do ato de dizer no que é dito (pág. 171). • Para elucidar esse problema, a hermenêutica deve recorrer não somente a lingüística, mas também à teoria do ato do discurso, que envolve três níveis: • 1- locucionário ou proposicional (ato de dizer), • 2-Ilocucionário (aquilo que fazemos ao dizer) e • 3- Perlocucionário (aquilo que causamos pelo fato de dizer).

  20. noção positiva e produtora do distanciamento • O ato locucionário, pela sua própria estrutura predicativa (se exterioriza pela oração), e o ato ilocucionário, através dos paradigmas gramaticais (modos indicativo, imperativo,...) são passíveis de fixação pela escrita. • No entanto, para Ricoeur, o ato perlocucionário constitui o aspecto menos inscritível do discurso sendo justamente aquilo que, no discurso, é o menos discurso. (é o discurso como estímulo).

  21. noção positiva e produtora do distanciamento • 2º tema: O Discurso como Obra: • uma obra é uma seqüência mais longa que a frase; (signo é a unidade básica da linguagem e a ORAÇÃO é a unidade básica do DISCURSO) • mais importante conseqüência da obra deve-se à noção de composição: a obra de discurso apresenta caracteres de organização e de estrutura que nos permitem estender ao próprio discurso os métodos estruturais que, inicialmente, foram aplicados com êxito nas entidades da linguagem mais curtas que a frase, em fonologia e em semântica; • ESTRUTURALISMO : CLAUDE LEVI-STRAUSS

  22. ESTRUTURALISMO • Como leitores, podemos permanecer SUSPENSOS do texto, tratá-lo apenas como texto SEM MUNDO e SEM AUTOR e explicá-lo então por suas relações INTERNAS; por suas ESTRUTURAS. • 1º Ferdinand Saussure: centra-se nas regras que permitem a língua operar. Está interessado na INFRAESTRUTURA da língua, aquilo que é COMUM a todos os falantes e que funciona em nível inconsciente; numa ideia de conferir cientificidade ao estudo; relacionando a língua apenas com que lhe é pertinente (SINCRONIA), sem relacioná-la com a HISTÓRIA (DIACRONIA)

  23. ESTRUTURALISMO ANTROPOLÓGICO • As ideias de Ferdinand Saussure, Claude Levi- Strauss leva para a ANTROPOLOGIA e aplica esta hipótese de trabalho em uma categoria específica de textos: a do MITO (pág. 191) • Exemplo: MITO DE EDIPO: Ricouer quer provar que: A estrutura mental da humanidade é a mesma, independente da raça, do clima e da religião. O que se vê é que, numa estrutura, as unidades se relacionam numa combinação coerente das unidades autônomas; devendo haver ORDEM e NORMAS para haver SIGNIFICAÇÃO.

  24. STRAUSS X RICOUER • ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL HERMENEUTICA DE RICOUER • OBJETIVIDADE SUJEITO DO DISCURSO • CIENTIFICIDADE SÍNTESE PREDICATIVA • FALAR DE REGRAS E DE SIGNIFI- CAÇÃO SÃO A MESMA COISA. NÃO HÁ HERMENÊUTICA SEM UMA PREMISSA ESTRUTURAL e VICE-VERSA: as ações seriam os PARADIGMAS DA AÇÃO.

  25. HERMENEUTICA DE RICOUER • [...] A profundidade semântica do texto não é o que o autor pretendia dizer, mas aquilo sobre o que trata o texto, ou seja, suas referências ostensivas. E a referência não ostensiva do texto é a classe de mundo que se abre por meio da semântica profunda do texto. [...]. Compreender um texto é seguir seu movimento na direção da referência, do que ele diz aquilo a que se refere. Neste processo, o papel de mediador desempenhado pela análise estrutural é tanto de justificação do enfoque objetivo quanto da retificação da abordagem subjetiva.

  26. noção positiva e produtora do distanciamento • 3º tema: A Relação entre a Fala e a Escrita • Na verdade, a escrita torna o texto autônomo relativamente à intenção do autor. O que o texto significa não coincide mais com aquilo que o autor quis dizer. A significação textual e significação psicológica são diferentes. • Essa libertação em relação ao autor possui seu equivalente por parte do leitor. “A escrita encontra seu mais notável efeito: a libertação da coisa escrita relativamente à condição dialogal do discurso. [...] A relação entre escrever e ler não é mais um caso particular da relação entre falar e ouvir”(Ibid. Pág. 53)

  27. noção positiva e produtora do distanciamento • Essa autonomia do texto tem uma primeira conseqüência hermenêutica importante: o distanciamento não é o produto da metodologia, mas é conseqüência do próprio fenômeno do texto como escrita. • “A passagem da fala à escrita afeta o discurso de vários modos; de uma maneira especial, o funcionamento da referência fica alterado quando não nós é possível mostrar a coisa de que falamos como pertencendo à situação comum aos interlocutores do diálogo” (Ibid. Pág. 54)

  28. noção positiva e produtora do distanciamento • 4º tema: O Mundo do Texto • a função primordial da hermenêutica seria a de explicitar o tipo de ser-no-mundo manifestado diante do texto mediante a abolição de uma referência de primeiro nível [...] dando possibilidade para que seja liberada uma referência de segundo nível, que atinge o mundo [...]”

  29. noção positiva e produtora do distanciamento • 5º tema: Compreender-se diante da Obra • Diz Ricoeur: “A apropriação está dialeticamente ligada ao distanciamento típico da escrita. Esta não é abolida pela apropriação. [...] A apropriação é exatamente o contrário da contemporaneidade e da congenitalidade: é a compreensão pela distância, compreensão a distância. Em seguida, a apropriação está dialeticamente ligada à objetivação típica da obra. Ela passa por todas as objetivações estruturais do texto, na medida mesma em que não responde ao autor, responde ao sentido. Talvez seja nesse nível que a mediação operada pelo texto deixa-se compreender melhor” (pág.58)

  30. 4. A TEORIA DA AÇÃO • A noção de texto é um bom paradigma para a ação humana, e que a ação é um bom referente para toda uma categoria de textos. Diz Ricoeur (influenciado pelo filósofo irlandês von Wright). Haveriam os PARADIGMAS DA AÇÃO. • “Ao destacar-se do seu agente, a ação adquire uma autonomia semelhante à autonomia semântica de um texto; ela deixa um rastro, uma marca; inscreve-se no curso das coisas e torna-se arquivo e documento. À maneira de um texto, cuja significação se liberta das condições iniciais da sua produção, a ação humana tem um peso que não se reduz à sua importância na situação inicial da sua aparição, mas permite a reinscrição do seu sentido em novos contextos.[...] a ação, como um texto, é uma obra aberta, dirigida a uma sucessão indefinida de <leitores> possíveis.(pág. 162)

  31. 4. A TEORIA DA AÇÃO 1ª conclusão: Assim como na escrita perde-se a característica de evento do discurso, mas se mantém a significação, para que possamos estudar a ação como ciência, é necessário descartar sua característica de evento temporal, volátil, mas conservar sua característica de significação, seu sentido.

  32. 4. A TEORIA DA AÇÃO 2ª conclusão: Assim como a escrita é a objetivação do discurso; o rastro ou marca deixada pela ação, seria a sua objetivação, pois torna-se independente do autor, gerando suas próprias conseqüências na ordem social e na ordem histórica. [a ação é uma obra aberta, pois perdeu a subjetividade do autor, mas se compensa com a subjetividade do <leitor>, aquele que tem conhecimento da ação. Fixação social da ação com sentido. Págs. 178 e 180]

  33. 4. A TEORIA DA AÇÃO 3ª conclusão: Assim como o leitor apreende o objeto do mundo da obra segundo a sua capacidade subjetiva, o cientista social apreende o conteúdo da ação e da história, tanto seus elementos objetivos quanto subjetivos (semelhante ao mundo da obra) segundo a sua capacidade subjetiva, sendo, portanto, forçado a negar o caráter puramente objetivo das ciências humanas, e a encontrar o equilíbrio entre explicar e compreender. [Método de interpretação das Ciências Sociais. pág.182]

  34. 4. A TEORIA DA AÇÃO • Caracteres que conferem objetividade a ação significativa considerada como um texto: • 1- fixação de seu conteúdo, dissociado a intenção mental do autor; • 2- rompimento dos vínculos do discurso com toda a referência ostensiva; • 3- a ação humana considerada como uma obra aberta a uma universalidade de destinatários

  35. Circulo hermenêutico • O texto é um campo limitado de interpretações possíveis; todavia, no conflito das interpretações: uma interpretação deve ser não só possível, mas também mais possível que outra (mediante a aplicação de testes) (pág.186). O primeiro círculo tem sido superado pelo segundo; o que constitui o problema hermenêutico. Conjecturas Validação e Invalidação (falibilidade de Karl Popper)

  36. 5. A TEORIA DA HISTÓRIA COMPREENDER EXPLICAR • Existem os historiadores que defendem que o método histórico se refere a ações humanas regidas por intenções, motivos, e que por isso, é necessário compreender as intenções. • Assim, não é possível compreender sem uma auto-explicação do próprio historiador, da sua subjetividade. • O lado oposto consiste dos historiadores que defendem a explicação na história segundo o modelo da explicação nas ciências da natureza, “condenado a nunca atingir o trabalho original e específico do historiador e a impor-lhe um esquema artificial que só satisfaz o epistemólogo”

  37. FENOMENOLOGIA RICOUERIANA • Como diz Ricoeur: “Este resultado, mais uma vez, não é surpreendente, na medida em que a história combina a teoria do texto e a teoria da ação, numa narrativa verdadeira das ações dos homens no passado” A compreensão na história seria a competência para seguir uma narrativa verdadeira das ações humanas, cuja principal objetivação seriam os rastros ou marcas estáticas deixados pelas ações dinâmicas dos homens na narrativa da história.(historicidade da história)

  38. conclusões • Superação da hermenêutica romântica na medida em que o trabalho de Ricouer não consiste na decifração da intenção inicial do autor, mas sim na construção das possibilidades interpretativas abertas do texto; • Superação da hermenêutica estruturalista na medida em que não restringe a interpretação à decodificação da estrutura do texto; mas mostra a necessidade de abrir-se à REFERÊNCIA do texto, à sua relação com o mundo e com o leitor.

  39. conclusões • O ponto de partida da hermenêutica em Ricouer é o par escrever-ler. Esse novo paradigma busca suas características fundamentais no estatuto do texto, com as quatro características expostas: • a) a fixação da significação; • b) a sua dissociação da intenção mental do autor; • c) o desenvolvimento das referências não ostensivas; • d) o leque universal dos seus destinatários.

  40. conclusões • Rejeitando os extremos, Ricouer propõe a dialética da compreensão e da explicação entendendo por “compreensão a capacidade de retomar em si mesmo o trabalho de estruturação do texto e por explicação a operação de segundo grau enxertada nessa compreensão e que consiste na clarificação dos códigos subjacentes a este trabalho de estruturação que o leitor acompanha”. (distanciação;mundo do texto;objetivação e apropriação). • Para Ricouer, a correlação entre explicação e compreensão e vice-versa (entre compreensão e explicação) constituem o que ele denominou CIRCULO HERMENÊUTICO.

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