1 / 37

Zootecnia II Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen

Zootecnia II Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen. João Paulo V. Alves dos Santos Engº Agrônomo/ESALQ-USP profjoaosantos@eduvaleavare.com.br. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen. Digestão – Definição:

chas
Download Presentation

Zootecnia II Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Zootecnia IIAula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen João Paulo V. Alves dos Santos Engº Agrônomo/ESALQ-USP profjoaosantos@eduvaleavare.com.br

  2. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Digestão – Definição: “Conjunto de processos que sofrem os alimentos desde a ingestão, transformações no tubo digestivo e eliminação dos resíduos não absorvíveis” Compreende: • Processos Físicos (mastigação, maceração) • Processos Químicos (enzimas digestivas em ação) • Processos Hormonais

  3. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Processos Químicos: Saliva – produzida pelas glândulas salivares • Parótidas • Sub-Maxilares • Sub-Lingual Estímulos que causam aumento da secreção salivar: • Estímulos Psíquicos (cheiro) • Estímulos Mecânicos (ingestão/mastigação)

  4. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Processos Químicos: Saliva: pH ao redor de 8,2 • Uréia • Amônia • Mucina (proteína que contribui para a viscosidade da saliva) • Sais inorgânicos • Água (99% a 99,5%) Exerce poder tampão: capacidade de manter pH constante (evita acidez = queda de pH)

  5. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Processos Químicos: Suco Gástrico: Produzido pela mucosa do abomaso (estômago glandular) Constituintes: 1-) HCl – ácido clorídrico: produção = depende • tipo de alimento consumido (concentração de HCl ingerido) • quantidade secretada de saliva Ex.: alto consumo de volumoso = alta produção de saliva = apto a receber maior concentração de HCl no abomaso

  6. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Funções do HCl: a-) solubilidade dos minerais b-) ativação da pepsina secretada na forma de pepsinogênio c-) determina a secreção da secretina d-) ação antiséptica 2-) Mucina Bastante viscosa, aderida ao epitélio estomacal (abomaso) e alimento. Função: evitar atrito proteger mucosa e neutralizar ação do HCl

  7. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen 3-) Pepsina: Secretada na forma de pepsinogênio Função: proteolítica (lise de proteínas) 4-) Lipase Gástrica: Hidrolisa apenas gordura de baixo ponto de fusão e já emulsionadas 5-) Renina: Ativada pelo HCl, mais abundante em lactentes (tomando leite). É uma enzima proteolítica, relacionada com a digestão da caseína

  8. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Digestão Intestinal: a-) Suco Pancreático: Estimulado por estímulo nervoso e hormonal (secretina – produzida pelo pâncreas) Possui quase todas as enzimas necessárias para degradação completa dos alimentos Constituintes básicos: Enzimas Proteolíticas: Tripsinogênio Quimitripsinogênio (Pro –Carbox – Peptidase)

  9. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen b-) Amilase Pancreática: Responsável pela quebra do amido em maltose Amido Maltose Glicose + Glicose Amilase Pancreática O amido que não é digerido no rúmen é quebrado pela amilase pancreática

  10. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen c-) Lipase Pancreática: Age sobre a gordura: transformando em triglicerídeos, di ou monoglicerídeos Ação potencializada por: • Sais Biliares (Emulsificação das Gorduras) • Íons de Ca • Grupamentos de Peptídeos

  11. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen d-) Suco Duodenal: Constituintes: Suco Duodenal Enteroquinase Suco Pancreático Mucina e-) Suco Intestinal: Constituintes: Fosfatos Cloretos Bicarbonatos, maltase, lipase, fosfatases, nucleotidades, peptidases, lactase, sacarase

  12. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen f-) Suco Biliar: Bile (nome comum) Coloração amarelada (amargo) Composto por: Água Sais Biliares Colesterol Mucina Atua na digestão e absorção de gordura (não contém enzimas)

  13. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Microbiologia do Rúmen: Tempo de retenção do alimento no interior do rúmen Garante a ação dos microorganismos

  14. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Microbiologia do Rúmen: Vantagens do Rúmen: • Utilização de alimentos fibrosos • Síntese de aminoácidos (aa´s) provenientes de NNP* *para monogástricos o N somente pode ser obtido à partir de aminoácidos. Para ruminantes o N pode ser obtido via NH3

  15. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Microbiologia do Rúmen: Desvantagens do Rúmen: Não aproveita eficientemente a energia contida nos alimentos Perda de energia na forma de metano: CH4 composto de alta energia; altamente volátil = perdas 6% a 8% da energia digerida

  16. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Microbiologia do Rúmen: Ambiente Ruminal: Temperatura – 38 a 42°C pH (ideal) – 5,5 a 7,0 Colonização bacteriana do rúmen: Com 30 dias de idade o rúmen já apresenta todas as bactérias necessárias para seu desenvolvimento Ar Água ingerida Contato com a mãe Ingestão de alimentos

  17. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Microbiologia do Rúmen: Alimento no rúmen: pode permanecer por mais de um dia Fibra Maior tempo de permanência Grão Menor tempo de permanência Bactérias no Rúmen: Classificadas de acordo com o principal substrato utilizado

  18. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Bactérias do Rúmen: 1011 células/mL Celulolíticas: Se fornecemos um dieta rica em volumoso (forragem); Propiciamos um aumento da população de bactérias celulolíticas Se reduzirmos a participação de volumoso e aumentarmos a concentração de grãos na dieta, reduzimos a população de bactérias celulolíticas

  19. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen • Hemicelulolíticas e Pectinolíticas: mesmo comportamento das celulolíticas; atuam na digestão da fração fibra (volumoso) da dieta • Bactérias utilizadoras de açúcares simples • Bactérias utilizadoras de ácidos intermediários (acético, propiônico e butírico) • Bactérias produtoras de amônia Ácido Latico – produção aumentada com dietas ricas em grãos

  20. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen • Bactérias Lipolíticas – hidrólise de lípídios no rúmen • Bactérias produtoras de metano • Mais de 200 bactérias ruminais já foram identificadas...! Protozoários: 105 a 1010 células/mL Quantidade bem menor que bactérias Importante representatividade em termos de N microbiano

  21. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Fonte de N (principal): Para bactérias ruminais = amônia Para protozoários ruminais = proteína microbiana Protozoários: sensíveis à mudança de pH Protozoários: (associados ao equilíbrio ruminal) “Comem” bactérias, equilibrando a fermentação ruminal Quando morrem, são fonte de proteína para bactérias

  22. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Fungos: Podem corresponder até 8% da população microbiana total Executam função chave na degradação da fibra “Abrem” a estrutura da planta (com seus rizóides), permitindo maior acesso bacteriano Correlações entre microorganismos: • Mutualismo (ambos se beneficiam) • Comensalismo (um se beneficia, para outro é indiferente)

  23. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Correlações entre microorganismos: • Parasitismo (ambos perdem) • Amensalismo (um perde, para outro é indiferente) Variações na população microbiana: fatores • Tempo de ruminação – quanto mais o animal macera o alimento, mais rapidamente os nutrientes são absorvidos e maior é sua taxa de passagem (pelo trato digestivo)

  24. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Variações na população microbiana: fatores Consumo de água: • Quanto maior for o consumo de água; • Maior será o volume ruminal; • Maior será a produção de ácidos; • Menor será o pH ruminal; • Maior será a taxa de passagem do alimento

  25. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Dieta: requer adaptação! • Não devemos modificar (nunca) abruptamente a dieta de ruminantes • Necessidade de período de adaptação: • Alterações no perfil da população microbiana do rúmen; • De acordo com o perfil e teores do alimento fornecido Os microorganismos (população) variam por diversos fatores, como:

  26. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen • Variação diurna • Limitação de nutrientes (morte) • pH (muito importante) • Antibióticos (presença – compostos/agentes) Qual é o nosso objetivo como nutricionistas: Manutenção das melhores condições para fermentação ruminal. O que isso implica??:

  27. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Conhecer o padrão de fermentação ruminal: • Alimento no rúmen – sofre ataque microbiano • Existem diferentes microorganismos dentro do rúmen • Cada grupo de bactérias atua na degradação de uma porção do bolo alimentar • A manutenção do pH ruminal é fundamental para que o processo de digestão do ruminante transcorra normalmente • Os ruminantes podem obter energia à partir da degradação da fração: fibra dos alimentos

  28. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen A principal fonte de energia para os ruminantes são os carboidratos Existem 2 tipos de carboidratos (CHO´s): • Fibrosos (celulose, hemicelose, lignina) – parede celular, também denominados de CHO´s estruturais (CF ou CE) • Não-Fibrosos (açúcares, amido) – maioria dos grãos, também denominados de CHO´s não estruturais (CNF ou CNE) Ambos promovem a o produção de 3 ácidos graxos voláteis principais:

  29. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen 3 ácidos graxos voláteis principais: • Acético (2C) • Propiônico (3C) – precursor de glicose (sangue – fígado) • Butírico (4C) Dietas ricas em concentrado (grãos) ou seja, ricas em CNF´s, além de proporcionarem maior produção de ácido propiônico podem promover produção de: Ácido Lático = queda de pH = morte de bactérias e protozoários

  30. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen “Rumen Fill” (inglês) = enchimento do rúmen Diretamente associado à passagem de alimento no rúmen. Dependente da taxa de passagem: Taxa de Passagem: % de alimento que deixa o rúmen/hora Objetivo: taxa de passagem relativamente rápida e constante • Evitar picos de alta taxa de passagem xs baixa • Dependente do perfil de alimento fornecido e população bacteriana (pH)

  31. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas de Produção: Bovinos, Ovinos, Caprinos: à pasto, confinados, semi-confinados Sistemas à pasto: • Desafio: suprir a demanda de produção do animal via pasto • Necessidade de complementação com concentrado • Cuidados com o fornecimento do concentrado (qualidade e quantidade)

  32. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas à pasto: Suplementar é necessário

  33. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas Confinados: • Todas as demandas nutricionais devem ser atendidas no cocho • Necessidade de controle efetivo do consumo de alimento • Necessidade de controle da qualidade e quantidade da dieta fornecida • Cuidados para evitar seleção (consumo excessivo de concentrado em detrimento à forragem) • Animais submetidos à maiores desafios

  34. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas Confinados: Controle do ambiente ruminal e enchimento do rúmen: monitoramento

  35. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas Confinados:

  36. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Sistemas Confinados: Maior risco de distúrbios alimentares Compreensão do hábito alimentar e conceitos envolvendo microbiologia e cinética ruminal = fundamental Semiconfinamento: Alterações constantes, padrões extremamente variáveis Necessidade de muito controle e conhecimento para obter resultados satisfatórios (pode agregar custos sem sucesso)

  37. Aula 3. Digestão de Nutrientes e Microbiologia do Rúmen Semiconfinamento:

More Related